Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil

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Edu

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #435 em: Abril 03, 2014, 03:18:59 pm »
Chaimites, penso eu, pelo menos da minha parte, que ninguém aqui vê a Rússia como um exemplo a seguir. Eu certamente não vejo, vejo a Rússia como um país corrupto, com insegurança e com uma quantidade muito grande de gente xenofoba. No entanto o que aqui está em causa não é se o exemplo Russo é bom ou mau, está em causa uma situação particular na qual principalmente os EUA jogaram o seu jogo típico  apoiando na Ucrânia um tipo de gente extremista, que nunca deveriam de ser apoiados, por forma a tentarem tirar a Ucrânia da esfera de influência russa. Nesta brincadeira esperavam eles que a Rússia não fizesse nada, no entanto a Ucrânia e principalmente a Crimeia são importantes de mais para a Rússia, para que a mesma a pudesse deixar sair da sua zona de influencia facilmente.

O que se passou a seguir mostrou que enquanto a Rússia está disposta a quase tudo para não perder a Crimeia, e mesmo Ucrânia, para os EUA a Ucrânia não é suficientemente importante para justificar mais que ligeiras sanções económicas.

A critica que aqui se faz aos EUA é que se algum país dentro da sua zona influência tentasse sair da mesma com ajuda por exemplo Russa a reacção dos EUA não seria menos dura. Basta ver que em Portugal quanto tentámos acabar com o trafico de armas da CIA eles nos mataram o primeiro ministro.
 
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papatango

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #436 em: Abril 03, 2014, 03:44:23 pm »
Citação de: "Edu"
A critica que aqui se faz aos EUA é que se algum país dentro da sua zona influência tentasse sair da mesma com ajuda por exemplo Russa a reacção dos EUA não seria menos dura. Basta ver que em Portugal quanto tentámos acabar com o trafico de armas da CIA eles nos mataram o primeiro ministro.
Países como Cuba, a Venezuela e a Nicaragua, estão claramente a ser invadidos pelos americanos malvados, já que estão claramente na zona de influência americana...  :mrgreen:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
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Edu

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #437 em: Abril 03, 2014, 04:26:47 pm »
Citação de: "papatango"
Citação de: "Edu"
A critica que aqui se faz aos EUA é que se algum país dentro da sua zona influência tentasse sair da mesma com ajuda por exemplo Russa a reacção dos EUA não seria menos dura. Basta ver que em Portugal quanto tentámos acabar com o trafico de armas da CIA eles nos mataram o primeiro ministro.
Países como Cuba, a Venezuela e a Nicaragua, estão claramente a ser invadidos pelos americanos malvados, já que estão claramente na zona de influência americana...  :mrgreen:

Mas qual ranço?? Deixe-se lá da conversa do ranço já cheira mal e não acrescenta nada de útil à discussão.

Você fala de Cuba como se nunca tivesse havido uma crise dos misseis de Cuba. Acha que Cuba representa para os EUA o mesmo que a Ucrânia para a Rússia?

Os EUA não se chateiam com Cuba enquanto for o paísinho que é sem qualquer capacidade de ameaçar ainda que minimamente o território americano. Mas veja lá que quando a URSS lá queria por os misseis, num país soberano com a autorização do seu chefe de estado o que foi que os EUA fizeram? Deixaram? Respeitaram soberania e direito internacional? Cuba como estado soberano que é tinha o direito se quisesse e ter lá os misseis soviéticos.

Mais ainda, o senhor faz esta afirmação omitindo grosseiramente todas as influências a nível de controlo de governos e mesmo imposição de ditadores que os EUA têm feito na america latina ao longo da história, e depois diz que os americanos não invadem ninguém, o que foi a baia dos porco? Foi um fracasso é verdade, mas também uma tentativa de intromissão.

Sabe qual é o seu problema Papatango, é que você muitas vezes camufla inverdades com meias verdades lá pelo meio e omitindo as partes da história que lhe convêm, por forma a fazer soar o que diz como verdade.

Por isso eu digo, tanto a Rússia como os EUA influênciam como podem quem está à volta deles. E quando quem está à volta deles não obedece ou se assassinam predidentes, ou se fazem bloqueios navais, ou se financiam oposições extremistas que muitas vezes dão origem a ditaduras ou finalmente se invade. Nisto Rússia e EUA são iguais, não há santos.
 

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mafets

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #438 em: Abril 03, 2014, 04:39:23 pm »
Citação de: "papatango"
Citação de: "mafets"
Ou seja, a UE e os EUA que apoiaram a revolta ucraniana, deixando elementos nacionalistas chegarem ao poder, colocando as pessoas nas ruas convictas que assinando um acordo comercial (que pouco acrescentava ao dos Russos) praticamente entravam para a Europa Comunitária e prometendo somas elevadas de dinheiro para depois quando a Rússia aproveita a confusão entrar pela Crimeia a dentro, dizem que não é nada com eles, tiveram bom senso?

Essa é a sua interpretação.
Mas mesmo que por absurdo, essa interpretação fosse correta, ainda assim nem os alemães, nem os britânicos nem os franceses nem os americanos invadiram coisa absolutamente nenhuma.
O que aconteceu foi evidentemente uma situação de revolução em que o poder caiu na rua e em que o próprio presidente Yanukovich já reconheceu que «perdeu a cabeça».
Além disso, a sua interpretação baseia-se na velha máxima de que duas coisas mal feitas fazem uma coisa bem feita.
Todos temos idade para perceber que não é assim...



Citação de: "mafets"
As fontes que tive acesso, desde o NY Times à Reuteurs (com jornalistas no terreno) a analistas militares e instituições varias completamente neutras dizem o contrário (mas é questão de colocar as suas fontes para que outros possam também ter acesso). Os problemas com determinados batalhões e com a Força Aérea são verídicos, agora são típicos de operações militares e não coloca em causa o que as unidades navais e os para-quedistas fizeram. Tirando as questões de hierarquia, os problemas de comunicações e o abate do bombardeiro Tupolev (que desceu para os 4 000 metros ou para fazer reconhecimento ou para bombardear), o resto são de aparelhos que faziam apoio de fogo (como os Su-25) e portanto tão expostos a fogo inimigo e amigo.

Mas dizem o contrário do quê ?
As suas fontes são as mesmas que as minhas...

Basicamente o que você está a dizer é:
Tirando todos os fiascos da atuação das forças armadas da Rússia, correu tudo bem …
Na invasão russa tudo foi um sucesso, descontando tudo o que não funcionou...
Ora mafets. Se a minha avó não tivesse morrido, ainda hoje seria viva.

Você está a confundir uma operação conduzida e com resultados atingidos na sequência de organização e da utilização judiciosa  dos meios disponíveis com uma operação desorganizada (resultado da pressa e da incapacidade de organização russa) cujo sucesso foi assegurado mais pela incompetência do lado opositor.

Não me lembro de ter visto alguém a defender que os russos não tinham ganho do ponto de vista tático. O que não deixa de ser verdade é que Putin queria a cabeça do Sakhasvilli, porque ele tinha dito coisas muito inconvenientes nos fórums internacionais sobre a realidade corrupta do governo russo. Putin mandou bombardear a capital georgiana, e queria matar o presidente georgiano e mostrar que podia também fazer como os americanos numa operação de «regime change».

Aliás, são os próprios russos que tornaram claros os problemas que surgiram durante a operação.
E o que sei do NY Times, são afirmações sobre a realidade do exército georgiano e da forma como foi derrotado.
E o exército georgiano foi derrotado porque na essencia continuava a ser um exército organizado à soviética. Sem a vantagem do número, claudicou rapidamente.

Existe um relatório interessante sobre a situação aqui:

http://strategicstudiesinstitute.army.mil/pubs/parameters/Articles/09spring/mcdermott.pdf
Não está em causa se os russos ganharam. O que foi colocado em causa é que seja verdade que as tropas russas demonstraram incapacidades várias, que a força aérea russa demonstrou incapacidades várias, que o exército georgiano foi incompetente, mal comandado e mal organizado e que por isso abriu as portas aos russos...

Agora, se a operação xpto, numa ilha das caraíbas de há 30 anos foi um fracasso ou um desfracasso, ou se a conquista do forte de Eben Emael em 1940 foi bem ou mal feita, desculpe mas isso é absolutamente irrelevante. As tropas que apoiaram a operação contra a Crimeia, foram tropas do 48º e do 59º exércitos russos. Os msemos que contribuiram com as tropas que invadiram a Georgia em 2008.
E isso é relevante.

Eu não estou a defender guerrinhas estéreis de russos x americanos, estou apenas a tentar analizar o que se passa neste periodo histórico, pós guerra fria, com as realidades de agora. Só me posso pronunciar sobre isso.

Os problemas dos Russos na Geórgia são similares aos que os Americano na Urgent Fury. É questão de ler e verificar a descoordenação entre a actuação dos A6 e A7 da Marinha com os AC.130 da USAF e as forças terrestres que levaram dias para vencer menos de 4000 homens, onde os SEAL e os RANGER na conseguiam comunicar com os MARINES pois não tinham as frequências rádios. Pior só mesmo quando os aviões chegam à pista do Aeroporto e verificam que a pista estava bloqueada, pelo que voltam para trás e toca a vir tropas aerotransportadas e fuzileiros de helicóptero, pelo que à pressa ou devido ao fogo inimigo perdem-se um Ch-60, 2 Ch-46, 1 Ch-53 e 2 Cobra. Com as tropas em terra começam-se a atacar objectivos com artilharia que estavam vazios pois o inimigo tinha retirado para o interior. Se fossem os Russos era um fiasco (como disse e não especificou mais), mas como foram os EUA não interessam.  

 Mas qual fiasco? Uma operação onde perdem meia dúzia de aviões é um fiasco? Onde os problemas se resumiram à falta de comunicações modernas e a descoordenação dos meios aéreos e terrestres? Nas minhas fontes que são as suas não falam de problemas de logística à excepção das munições (que por exemplo se passou com os Argentinos nas Malvinas com Porto Argentino a dúzia de quilómetros das posições). E onde fala de questões táticas nos pontos anteriores? Refere ser um
Citar
Fiasco
, inclusive acusando os Russos de só "baterem em mortos" quando os EUA tiveram o Vietname onde perderam 51 000 homens e quantos ficaram no Iraque ou já falecerem no Afeganistão? Vai buscar o exemplo de Napoleão e da primeira guerra mundial mas "O resgate do USS Mayaguez" ou a "Eagle Claw" já é irrelevante porque aí os EUA demonstram deficiências várias, incompetência, mau planeamento e reconhecimento. Ou seja, é de acordo com o que dá jeito.

Então mas o Sakhasvilli que ataca primeiro, que é a própria comunidade internacional a dizê-lo aqui já é perseguido pelo Putin porque denunciou a corrupção do governo Russo?  Se bem me lembro dizia acima que os EUA, Grã-Bretanha e  França não tinham ocupado a Ucrânia ao contrario da Russia, mas aqui quando é a Georgia a atacar primeiro e a ocupar, já a justificação é outra. Ainda virá à baila que os Russos já estavam no terreno e conjugaram as milícias separatistas para se movimentarem como forma de justificar a invasão (ao contrário de na Ucrânia, onde EUA e UE nada fizeram e a culpa é em exclusivo dos Russos e Ex-Presidente). Sem dúvida, tudo conclusões no mínimo curiosos... :twisted:

Parece também existir algum esquecimento do Papatango de como as operações eram conduzidas pelos EUA no Irão (como voltaram a colocar o Xá da Persia no Poder) ou na Nicarágua. Quando se acusa os Russos é preciso que se tenha a decência de dizer perante este forum como por exemplo eram tratados os opositores Iranianos. O porque da revolta contra os americanos após a revolução, os mesmos americanos que depois venderam armas ao Irão durante a Guerra do Golfo sem que os iranianos se fizessem rogados em aceitar armas americanas ou inclusive israelitas. Sabe, é tal questão da "velha máxima de que duas coisas mal feitas fazem uma coisa bem feita". Todos temos idade para perceber que não é assim..." mas continuamos a achar que o lado da ideologia que defendemos é que agiu bem contra a outra que está mal, quando afinal qualquer dos lados agiu mal, seja no caso do Irão, Geórgia ou Ucrânia, pois quem morre "é o tipo da bandeira" e a ele pouco interessa que Putin seja o mau da fita e Obama o bom samaritano, já que no final morra ou sobreviva as condições miseráveis que o fizeram ir para a rua continuam igual apesar dos figurões novos que estão no poder. Mas palavras de apreço para quem anda na rua ou de critica para quem usa o descontentamento popular nem com uma lupa, (como cá em Portugal, a culpa era da esquerda que gastava o dinheiro mal gasto mas a direita que pede sacrifícios gasta exactamente o mesmo em popós de alta cilindrada para o governo, o mesmo governo que sorteia audis a4 e a6 nas factuars da sorte, mas pede sacrifícios à população). Mas isto tembám não interessa, pois nada tem a ver com o caso e é mais uma interpretação descontextualizada e pessoal minha (e quem sabe esquerdista contra a maravilhosa democracia de direita  :twisted: )  

Cumprimentos
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

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papatango

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #439 em: Abril 03, 2014, 05:44:44 pm »
Citação de: "Edu"
Mas qual ranço?? Deixe-se lá da conversa do ranço já cheira mal e não acrescenta nada de útil à discussão.

Você fala de Cuba como se nunca tivesse havido uma crise dos misseis de Cuba. Acha que Cuba representa para os EUA o mesmo que a Ucrânia para a Rússia?

Os EUA não se chateiam com Cuba enquanto for o paísinho que é sem qualquer capacidade de ameaçar ainda que minimamente o território americano. Mas veja lá que quando a URSS lá queria por os misseis, num país soberano com a autorização do seu chefe de estado o que foi que os EUA fizeram? Deixaram? Respeitaram soberania e direito internacional? Cuba como estado soberano que é tinha o direito se quisesse e ter lá os misseis soviéticos.
Se fosse necessário mais argumentação, você acabou de dar como exemplos, exactamente episódios do tempo da guerra fria, em que a Russia gloriosa e vermelha, Luz do Sol na Terra e pátria do povo iluminado que marcha rumo aos amanhãs que cantam, colocava mísseis em Cuba.

É você mesmo que confirma todas as minhas palavras.

Você olha para os avanços russos e compara-os com as conquistas russas no tempo glorioso da Cuba do Fidel Castro triunfante e do glorioso camarada Che Guevara ...  :mrgreen:

Você pretende fazer comparações ao nível tático de ocorrências separadas pela evolução histórica, ora tais comparações normalmente são dificeis de fazer por causa da evolução da História.
Uma comparação ao nível tático, como alguma das operações referidas, que diferem décadas nada tem a ver com uma comparação ao nível estratégico, como a questão das tradicionais tensões do império russo com os seus vizinhos.



A minha questão tem a ver com o facto de serem as tropas do 58º e do  49º exércitos da Federação Russa que operaram na Ucrânia, sendo que os mesmos exércitos estiveram envolvidos nas operações contra a Georgia, onde se aplicam as considerações que eu referi acima.
Numa segunda fase também houve neste caso, o envio de unidades do 2º exército blindado russo, da região de Samara. Muitas dessas forças continuam aliás na fronteira com a Ucrânia.

O que sabemos é que estes exércitos claudicaram e só conseguiram atingir os seus objetivos por causa da absoluta incapacidade dos georgianos, que é o que a sua fonte do New York Times diz (e que é verdade e eu nunca o neguei).
Mas o facto mantem-se que foram estes exércitos russos que na Georgia cometeram os erros referidos e não há 40 (quarenta) anos mas sim há 6 (seis).
É por isso que é legítimo eu fazer referência ao que aconteceu na Georgia e não é legítimo nem relevante fazer referência à atuação russa no Afeganistão ou aos desastres nos combates contra os alemães durante a II guerra mundial.

E é a esses problemas que eu faço referência quando falo na falta de efetivos russos.
As modernizações que foram feitas nestes dois exércitos foram relativamente limitadas, pelo que os russos têm um número reduzido de brigadas a que podem chamar de modernas.
A solução russa foi chamar tropa macaca mais antiga, nomeadamente unidados do 2º Exército de tanques.
E essas tropas aparentemente têm os mesmos problemas que a maioria das unidades russas.

E os americanos neste momento consideram que há possibilidade de invasão russa das regiões ucrânianas que permitem o contacto entre a Russia e a Crimeia. A partir daí, e depois de consolidarem posições, os russos poderiam viajar até à Transnistria.
E não precisam ir por barco ...
Os ucrânianos não têm muito para lhes fazer frente (ainda que vários analistas afirmem que não será um passeio como na Georgia, porque há unidades ucranianas que estão dispostas a lutar a sério).
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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #440 em: Abril 03, 2014, 06:15:27 pm »
NASA suspende contactos com a Rússia devido a situação na Ucrânia

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Agência espacial norte-americana apenas irá manter relação com a Roscosmos por causa da ISS.

A agência espacial norte-americana NASA apenas vai manter os seus contactos com a Rússia para falar sobre missões partilhadas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Através de uma circular interna, fez saber à sua equipa que devido à situação na Ucrânia está suspensa “a maioria dos compromissos com a federação russa”.

“Devido à contínua violação pela Rússia da soberania e integridade territorial da Ucrânia, o governo dos Estados Unidos determinou que todos os contactos da NASA com representantes do Governo russo estão suspensos”, diz a nota interna tornada pública nesta quinta-feira.

O diálogo com a Rússia fica reduzido à Roscosmos, a agência russa, e limitada a questões de segurança e de actividade na ISS, onde se encontra actualmente uma equipa a bordo que incluiu membros de nacionalidade russa, como os cosmonautas Oleg Kotov (comandante), e Sergey Ryazansky e Mikhail Tyurin (ambos engenheiros de voo), dois astronautas norte-americanos e um japonês.

“A NASA está focada num plano para que os voos espaciais tripulados regressem a território norte-americano e se acabe a nossa aliança com a Rússia para chegar ao espaço”, escreve ainda a agência espacial.

Até nova ordem, ficam ainda suspensas viagens de equipas da NASA à Rússia e deslocações de congéneres russos às instalações da agência espacial norte-americana, bem como “reuniões bilaterais, troca de emails, teleconferências e videoconferências”.

No passado dia 27 de Março, em plena crise na Ucrânia, e ao contrário do agora divulgado, o administrador da NASA, Charles Bolden, assegurou perante o Congresso a confiança da agência na sua parceria espacial com a Rússia, da qual os Estados Unidos dependem para transportar os seus astronautas até à ISS.

A agência espacial norte-americana depende do vaivém russo Soyuz para se deslocar de e até à ISS. À NASA são cobrados 71 milhões de dólares (51 milhões de euros) por cada lugar no aparelho, a única forma dos astronautas norte-americanos regressarem a Terra.



http://www.publico.pt/mundo/noticia/nasa-suspende-contactos-com-a-russia-por-situacao-na-ucrania-1630861

E assim se acabam a boleias que os Russos davam aos americanos, como já eu havia questionado antes.

Ou bem que aceleram o novo lançador espacial ou nos proximos tempos não há astronautas americanos.
 

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mafarrico

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #441 em: Abril 03, 2014, 06:46:55 pm »
http://en.ria.ru/russia/20140403/189013 ... -Past.html

Russia Discloses Ukrainian Ultranationalist Leader’s Nazi Past



Citar
MOSCOW, April 3 (RIA Novosti) - Russia's Defense Ministry published on its website Thursday secret documents revealing that Ukrainian ultranationalist Stepan Bandera, who is considered as a national hero by his supporters, was involved in atrocities against civilian population in western Ukraine during World War II.

The classified documents which were previously known to just a few specialists include reports by the Red Army troops and leaders of Ukrainian partisans, revealing the creation and development of a nationalist movement in Ukraine and its collaboration with the Nazis.

Among the documents, which are of particular interest, is a letter dating back from January 19, 1942, from Lavrentiy Beria, Stalin's head of the Soviet secret police, to Lev Mekhlis, head of the Political Commissars in the Red Army. In the letter, Beria informed Mekhlis of attempts by the Germans to launch a so-called "Ukrainian Army" on Ukraine's territory and form punitive forces out of Ukrainians and deserters.

Russia's Foreign Ministry also exposed documents last month confirming facts of Bandera's collaboration with the Nazis.

Stepan Bandera remains one of the most divisive figures in the country's modern history and reflects the long-term geographic schism in the former Soviet state. Bandera, who was assassinated by the KGB in 1959, is revered in western Ukraine as a patriot who fought for Ukrainian independence, but is condemned as a Nazi collaborator in the pro-Russian eastern and southern regions.

The Ukrainian nationalist movement, led by Bandera in the 1930s and 1940s, included an insurgent army that fought alongside national socialist soldiers. The supporters of Bandera claimed that they sided with the Germans against the Soviets in hope that Adolf Hitler would grant Ukraine independence.

Ukraine's ex-president Viktor Yanukovych officially revoked a national award bestowed to Bandera, which had been given to the late partisan leader by his predecessor Viktor Yushchenko shortly before he left office in 2010.

Moscow has described uprising in Kiev as an illegitimate fascist coup, which resulted in taking steps to protect ethnic Russians in Ukraine and reunification with Crimea. Russian Foreign Minister Sergei Lavrov railed against attempts by the West to justify the actions of the neo-Nazis and their accomplices and called on the US and EU to condemn the extremists.

An opinion poll conducted by a state-run pollster VTsIOM in mid-March showed that most Russians (91 percent) believe that Bandera supporters are representatives of a semi-fascist movement and believe that they pose a serious threat to the Russian-speaking population in Ukraine.
"All the world's a stage" William Shakespeare

 

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mafarrico

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #442 em: Abril 03, 2014, 07:04:41 pm »
http://en.itar-tass.com/russia/726479

Russian security detains Ukrainian citizens on suspicions of preparing subversive acts

 Russia
April 03, 20:52 UTC+4
According to the information from the secret services, the terrorist acts were due to take place from March 14 through to March 16 in the Rostov, Volgograd, Tver, Oryol, and Belgorod regions

MOSCOW, April 03. /ITAR-TASS/. Russian secret services have detained 25 citizens of Ukraine on suspicion of preparing subversive acts on the territory of Russia, the Moscow-base NTV channel said.

“According to the information from the secret services, the terrorist acts were due to take place from March 14 through to March 16 in the Rostov, Volgograd, Tver, Oryol, and Belgorod regions, as well as in the constituent republic of Kalmykia and Tatarstan,” the report said.

“A total of twenty-five persons including three activists of the Right Sector (Ukraine’s ultra-rightwing radical organization - Itar-Tass) were detained,” NTV said. “They admitted they had been receiving instructions from Ukraine’s Security Service.”

The scope of their tasks believably included gathering the data on redeployments of army vehicles in the parts of Russia adjoining the border with Ukraine and establishing contacts with radical organizations in Russia, the report said.

“And inquest on the detainees is underway and preliminary investigation has begun,” NTV said.

Officials at the law enforcement agencies declined to provide comments on the information but media reports in Russia said earlier that the security forces had detained a group of Ukrainians who had arrived in the Moscow region for organizing the so-called guerilla warfare.

At the end of March, Deputy Plenipotentiary Representative of the Russian President in the Central Federal District Nikolai Ovsiyenko said that the Federal Security Service (FSB) had detained a Ukrainian citizen who had arrived in Russia most obviously for organizing the guerrilla war.

“The so-called Ukrainian leadership is making direct threats of what they call a ‘guerilla war’ on the territory of Russia and a question arises in this connection on whether or not we’re ready for this,” Ovsiyenko said.

“A man who had arrived from Ukraine with a huge arsenal of munitions and explosives - quite possibly, for translating those threats into life - was detained in the Moscow region several days ago,” he said. “All the details of the situation are being clarified now, as a criminal case against him has been instituted.”

On the whole, the crimes related to extremist activities grew almost 20% in the Central Federal District last year. “Given the current developments in Ukraine, this situation is causing a really big concern,” Ovsiyenko said.
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mafarrico

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papatango

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #444 em: Abril 03, 2014, 08:49:33 pm »
Citar
The classified documents which were previously known to just a few specialists include reports by the Red Army troops and leaders of Ukrainian partisans, revealing the creation and development of a nationalist movement in Ukraine and its collaboration with the Nazis.

A distorção histórica na Russia atinge um tal nível, que chega ao anedótico.
As tropas russas na frente sul, desde 22 de Junho de 1941 que contaram com a sabotagem por parte dos nacionalistas ucranianos.
A História da Grande Guerra Patriótica, inicialmente tentou ocultar esse facto, dando a ideia de que os povos eslavos se levantaram em uníssono contra o invasor fascista.

Na verdade nada disso aconteceu. Os alemães foram vistos nos países bálticos e em partes da Ucrânia como libertadores, porque os crimes dos comunistas tinham ultrapassado tudo o que seria imaginável.
Nada poderia ser pior que o sistema comunista, que tinha morto à fome milhões de ucrânianos apenas alguns anos antes.

O que a Máfia agora vem dizer, é o que está publicado em várias versões sobre as operações de 22 de Junho de 1941 na frente sul, que era onde havia maior presença de tropas do exército vermelho.
É claro que o tal do Bandera foi preso pelos mesmos nazis com que os russos o acusam de ter colaborado. Só foi libertado depois da queda do III Reich, e FOI ASSASSINADO PELA GLORIOSA KGB, essa instituição de escoteiros ...  :twisted:  :twisted:
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FoxTroop

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #445 em: Abril 03, 2014, 10:35:36 pm »
Citação de: "chaimites"
Fox eu não sou soldador mas.......
A tecnologia anti radiações da soldadura ainda não chegou ai? ou os trabalhgadores do gulag não merecem EPI´s?

O Gulag é Portugal e, nesta parte do Gulag, chegou. Para esses lados é que parece que não, aliás chegou mas chegou tarde senão isto;
Citação de: "chaimites"
Quase todos os Soldadores ENVC reformava por invalidez antes dos 60!
não tinha de acontecer. É que iniciei-me na construção naval como tubista e depois optei para ir para a soldadura e sei bem o que é estar num compartimento sobre-aquecido a mamar com os fumos e radiações do "caldo", isto num sitio e numa altura onde já havia e há (agora ainda mais) cuidados e EPI's eficientes. Mal imagino como seria à 35 ou 40 anos atrás em que mal havia sequer luvas.

Quanto ao meu bronzeado não se deve a nada mais que ter estado fora de posição a soldar Hardox com o banho de fusão quase encostado ao vidro da máscara, devido ao pouco espaço. Apesar de usar vidros de tono 12, acabei por ficar com o espaço entre a testa e o bordo da mascara respiratória completamente vermelho. Aqui ainda não há vidros "gold coated" para evitar estas coisas.

Citação de: "chaimites"
Fox:
Tu defendes cegamente tudo o vem da Rússia e não consegues perceber que a Rússia foi tomada por um bando de mafiosos que só pensa no bem próprio.
Eu não tenho nada contra os Russos mas sei perceber o que lá se passa! tu continuas a fazer uma leitura conjuntural como se a Rússia fosse a ex URSS.
que é mais ridículo ainda!!! como se o nível de vida na Rússia actual ou na ex URSS fosse exemplo para quem quer que seja!

Errado, penso que tens capacidade cognitiva suficiente para perceber que não se trata de estar a defender a Rússia nem nada que se pareça, mas sim tentar analisar uma situação geo-estratégica e, neste campo, não há bons nem maus. O jorda nojenta que o "petas&tangas" nos tenta vender aqui é que os russos são maus pelo que fizeram ali, quando as regras do jogo vêm sido violadas à mais de um década pelos USA&muchachos com uma nojice de pretexto chamado R2P. Mas esse tal de pretexto é muito selectivo, só servia para certos sitios onde, de forma extremamente democratica, se lançam umas quantas toneladas de explosivos. Claro que as bombas da OTAN no Kosovo ou na Líbia eram "inteligentes", lêm Kant enquanto caem mas matavam na mesma.

Vai lá atrás e lê o que eu escrevi e quais seriam as consequencias das aventuras americanas à completa revelia do tal de "Direito Internacional" (outra coisa que só dá jeito de vez em quando). Depois então fala lá sobre o meu fundamentalismo.

Ah, e outra coisa, com todo o respeito, tu sabes nada do que lá se passa na Rússia, zero, nickles, niente. Se soubesses não lançavas uma abetoarda dessas.

Citação de: "chaimites"
Respeita essa gente!
Eu respeito-me, agradecido.
 
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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #446 em: Abril 03, 2014, 10:38:17 pm »
Citação de: "papatango"
Citação de: "mafets"
Os problemas dos Russos na Geórgia são similares aos que os Americano na Urgent Fury. É questão de ler e verificar a descoordenação entre a actuação dos A6 e A7 da Marinha com os AC.130 da USAF e as forças terrestres que levaram dias para vencer menos de 4000 homens, onde os SEAL e os RANGER na conseguiam comunicar com os MARINES pois não tinham as frequências rádios.

Eu estou certo que você analisou com toda a profundidade a atuação dos americanos há 30 anos atrás numa ilha perdida nas Caraibas.
Desculpe-me se não vou fazer a mesma coisa, porque eu estou a discutir a questão ucraniana e não a comparar a Georgia com Granada.
Tal comparação é tão irrelevante para a questão em discussão, como era irrelevante a dificuldade de acesso das tropas de Adolf Hitler ao norte da Noruega através de território sueco...
Então mas é irrelevante e volta a escrever sobre o assunto? Ou só quando respondo ás comparações que faz e aos assuntos que refere é que é irrelevante?  :roll:




Citação de: "papatango"
Eu não estou muito preocupado com a questão de se os americanos, os ingleses, os checoeslovacos, os birmaneses os marcianos ou os Klingons fizeram operações em Granada e se elas também poderiam ser consideradas um fracasso.
Se calhar foram, se calhar não.
Depende do Klingon que estivesse no comando.  :wink:  Mas acredito que não esteja preocupado com Grenada (assim é que é o nome correcto), até porque analisar o caso tem pouco de "ficção cientifica" e tem bem mais a ver do que parece comparativamente ao com o tal fiasco das operações a que se refere na Geórgia e a nível geopolítico e geoestratégico  na Crimeia. Depois uma coisa é "arrear" nos Russos (que até serve o exemplo de Napoleão), outra completamente diferente é questionar as operações americanas (sempre justificadas nas suas analises e pontos de vistas, com fontes, relevância, palavras e lógica independentemente do Klingon que está ao comando).  :shock: Mas isto não é valido hoje, à 10 ou 40 anos atrás? O mesmo não se passa com o reconhecimento das posições inimigas que não foi feito em Grenada e foram responsáveis por mais de metade nos militares mortos (mas critica a aviação Russa que perderam aviões a fazer esse mesmo reconhecimento)? Então mas uma operação que é feita porque existiam cubanos e até norte coreanos na tal ilha perdida nas caraíbas não tem a ver com as tensões americanas com os seus vizinhos, principalmente de índole comunista?  Ou será que neste caso a operação de Reagan justificava-se para retirar os tais 200 estudantes de medicina americana que estava em perigo...  c34x

Agora, voce refere as 58º e do  49º exércitos da Federação Russa que operaram na Ucrânia, e acha que eu refiro a questão das tropas aerotransportadas e sobretudo da marinha e fuzileiros russos porque? Não foram os fuzileiros a ter uma importância na anexação da Crimeia? Não serão os Fuzileiros e para-quedistas usados em qualquer movimentação Russa na Ucrânia? Não é verdade que foram militares elogiados nas operações da Geórgia? Ou também acha que é irrelevante, irreal e outras belíssimas expressões usadas, mas depois se algum utilizador se passa dos "carretos", fica ofendido e chama a atenção da moderação?  E por acaso o papatango explica a sua opinião de forma desenvolvida como aqui está ou prefere escrever linhas e linhas pró-liberdade e anti-russia? São os foristas que devem retirar dos impropérios e da doutrina antí-comunista e fascista questões técnicas, assim como dar um prazo de validade às operações militares de forma a poderem ser comparadas e legitimas (na maioria das academias militares é dada historia militar secular e muitas das dissertações são feitas em comparação com conflitos actuais)... :wink:  
Citação de: "papatango"
E os americanos neste momento consideram que há possibilidade de invasão russa das regiões ucrânianas que permitem o contacto entre a Russia e a Crimeia. A partir daí, e depois de consolidarem posições, os russos poderiam viajar até à Transnistria.
E não precisam ir por barco ...
Os ucrânianos não têm muito para lhes fazer frente (ainda que vários analistas afirmem que não será um passeio como na Georgia, porque há unidades ucranianas que estão dispostas a lutar a sério).
A questão do ir de barco é levantada pela própria NATO (e por mim defendida por razões que já o referi)e por outros artigos (http://www.realcleardefense.com/articles/2014/03/03/odessa_putins_next_stop_in_ukraine_107117.html) assim como a possibilidade de ir por terra é defendida pelo papatango, pelo que são duas hipóteses em cima da mesa podendo-se concretizar uma ou até as duas (por razões que já foram debatidas insistentemente). Para já e apesar dos media referirem os assunto instantaneamente não é credível que Putin venha a dar qualquer passo antes de perceber até onde UE e EUA irão, nas sanções e militarmente. Não é pelo facto de os EUA referirem (também existia armas de destruição maciça no Iraque) assim como a NATO e UE (onde param os tais analistas que nada previram e agora já prevêem que Putin conquistara a maior parte da Ucrânia), nem pelo facto de repetidamente se repetir este ou aquele discurso que este tem maior probabilidade de acontecer. É uma questão simples de debater e com educação e seriedade, se forem cruzados dados ao invés de usar-se tudo e só aquilo que serve os propósitos políticos e ideológicos (a questão técnica e militar raramente é referida), ignorando a historia (por razões sem qualquer sentido) e não tendo qualquer horizonte além do que os países e as suas fontes repetem insistentemente. E isto serve para todos os intervenientes e analistas da questão Ucraniana seja aqui seja em qualquer lado.


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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #447 em: Abril 03, 2014, 11:12:03 pm »
Citação de: "mafets"
Para já e apesar dos media referirem os assunto instantaneamente não é credível que Putin venha a dar qualquer passo antes de perceber até onde UE e EUA irão, nas sanções e militarmente.

Concordo. Os efectivos e meios russos ainda estacionados nas zonas de fronteira já não têm massa critica para uma operação de largo espectro e Putin está claramente à espera do que vai sair deste lado antes de optar por qual das decisões (que acredito que já estão tomadas para os diversos cenários possíveis). Creio que os russos irão enterter-se a consolidar e organizar as coisas na Crimeia e se o trafego naval militar russo voltar a fluir para a Síria (onde o Assad foi forçado a abrandar as suas manobras) poderamos considerara questão sanada por agora. Continua  afirmar é que as coisas entre os ucranianos vão aquecer e muito. Estes tipos no governo em Kiev são claramente impreparados e não têm a minima noção de como gerir o duplo impacto de austeridade a ser imposta nos acordos com o FMI junto com o estrangulamento energético vindo da Rússia. Vai entornar o caldo.
 
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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #448 em: Abril 04, 2014, 10:17:47 am »
Mais dois Ropucha regressam da Síria para Sebastopol (um da frota do Báltico e outro da frota do Norte), o que eleva para pelo menos 9 navios de desembarque Russos no Mar Negro:http://turkishnavy.net/2014/04/03/russian-warship-movements-through-turkish-straits-part-44/



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