REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS

  • 3741 Respostas
  • 888329 Visualizações
*

LM

  • Investigador
  • *****
  • 3266
  • Recebeu: 1515 vez(es)
  • Enviou: 4212 vez(es)
  • +2201/-124
Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3735 em: Hoje às 11:58:39 am »
A Tekever - líder e portuguesa - é até fácil de justificar, pois vigilância é algo que o "contribuinte votante" aprecia; daí eu parecer comissionista da Tekever e julgar prioritário sobre meios mais "militarizados" e de outras capacidades - alguns AR5 na FAP deviam permitir, por exemplo, um acompanhamento dos meios navais russos na nossa costa muito interessante (até de "analise eletrotécnica").

Relembro que o CEO da Tekever sempre disse que os ramos tiveram e têm interesse, nunca tiveram foi orçamento...   
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: P44, Charlie Jaguar, PTWolf, Mentat

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 9943
  • Recebeu: 5095 vez(es)
  • Enviou: 849 vez(es)
  • +5369/-1150
Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3736 em: Hoje às 02:48:55 pm »
Eu só exigia mesmo 2% REAIS nas FA.
Não era preciso mais.

Como e vende isto publicamente? Como se vendeu a compra dos KC e dos ST. Retorno para economia, postos de trabalho etc...

Continua a fazer-me muita confusão porque não se investiu mais na Tekever por exemplo

O problema é que o grosso das nossas necessidades não se resolve com produtos nacionais. Existem programas de reequipamento que não teriam qualquer envolvimento nacional, porque o país não vai consegue absorver capacidade industrial de tudo e mais alguma coisa.

Alguns programas podem e devem ser resolvidos com envolvimento da indústria nacional, outros inevitavelmente não terão esse envolvimento.

É preciso é decidir bem que programas fazem sentido ter envolvimento nacional, e que programas devemos remeter-nos a uma simples aquisição.
Depois é preciso justificar bem.

Gastar mais 1000M/ano em Defesa não é nada de outro mundo. É acabarem com fantasias de mega obras públicas e rotundas desnecessárias, e de repente surge o dinheiro. Ao mesmo tempo que se cria uma indústria de Defesa com pés e cabeça, que realmente gera retorno anual que compense estes gastos com a Defesa.

A Tekever - líder e portuguesa - é até fácil de justificar, pois vigilância é algo que o "contribuinte votante" aprecia; daí eu parecer comissionista da Tekever e julgar prioritário sobre meios mais "militarizados" e de outras capacidades - alguns AR5 na FAP deviam permitir, por exemplo, um acompanhamento dos meios navais russos na nossa costa muito interessante (até de "analise eletrotécnica").

Relembro que o CEO da Tekever sempre disse que os ramos tiveram e têm interesse, nunca tiveram foi orçamento...   

Discordo com a parte a negrito. A compra de drones à Tekever, apesar de necessária, não pode ser considerada prioritária face às outras necessidades.

Faz sentido adquirir drones nacionais? Sim. Faz sentido adquirir alguns AR5, quantidades apreciáveis de AR3/AR3 VTOL, incluindo variante EW e variantes munição, faz sentido investir no desenvolvimento dos Ogassa, e nos VTOne, etc? Sim. Faz sentido ignorar as outras lacunas? Não.

Prioridades mesmo, que possam ser executados num prazo relativamente curto, é a sustentação e compra de armamento para as frotas F-16, P-3, Tridente e BD, e pela compra de sistemas VSHORAD e MRAD. Sem isto, tudo o resto nas FA passa a ser peso morto.

Ao mesmo nível de prioridade, estaria a compra de fragata novas, mas com uma probabilidade ainda menor de acontecer.
 

*

LM

  • Investigador
  • *****
  • 3266
  • Recebeu: 1515 vez(es)
  • Enviou: 4212 vez(es)
  • +2201/-124
Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3737 em: Hoje às 03:09:55 pm »
A prioridade AR5 é por eu ser pessimista e duvidar da capacidade - orçamental e, talvez, contratual da Força Aérea - de ter ambos os projectos em paralelo; e porque - posso estar a ser injusto - julgo que a Força Aérea tem ainda de criar doutrina para uso de drones "a sério" e diminuir possíveis "resistências", desenvolver estruturas, etc (e o AR5 aí permite perceberem a vantagem, a nível de vigilância naval). E, confesso, porque permite entretanto perceber o status do "Eurodrone MALE UAV" e apostar nesse (mesmo atrasando ter essa capacidade).
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

*

Drecas

  • Investigador
  • *****
  • 2425
  • Recebeu: 1041 vez(es)
  • Enviou: 208 vez(es)
  • +577/-230
Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3738 em: Hoje às 03:21:57 pm »
AR3 faz sentido como prioridade

A nossa artilharia está literalmente "cega"

Os radares estão obsoletos e são demasiado poucos

AR3, a um Pelotão por CAG seria um salto significativo para a artilharia

E um excelente complemento para novos radares de contra bateria
 

*

LM

  • Investigador
  • *****
  • 3266
  • Recebeu: 1515 vez(es)
  • Enviou: 4212 vez(es)
  • +2201/-124
Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3739 em: Hoje às 03:35:15 pm »
AR3 faz sentido como prioridade

A nossa artilharia está literalmente "cega"

Os radares estão obsoletos e são demasiado poucos

AR3, a um Pelotão por CAG seria um salto significativo para a artilharia

E um excelente complemento para novos radares de contra bateria

O Exército pode sempre verificar o trabalho na Ucrânia => https://www.tekever.com/news/%F0%9F%87%BA%F0%9F%87%A6-tekever-x-ukraine-black-forest-battlefield-case-study/
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

*

Ghidra

  • Membro
  • *
  • 263
  • Recebeu: 104 vez(es)
  • Enviou: 82 vez(es)
  • +204/-115
  • 🙈🙉🙊
Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3740 em: Hoje às 09:31:09 pm »
Claramente os drones da tekever têm de ser uma prioridade não só para artilharia como também para a marinha vigiar a zee... Até porque o João está quase ai pelo menos uns ar3 para ele
 

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 9943
  • Recebeu: 5095 vez(es)
  • Enviou: 849 vez(es)
  • +5369/-1150
Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3741 em: Hoje às 10:34:23 pm »
A prioridade AR5 é por eu ser pessimista e duvidar da capacidade - orçamental e, talvez, contratual da Força Aérea - de ter ambos os projectos em paralelo; e porque - posso estar a ser injusto - julgo que a Força Aérea tem ainda de criar doutrina para uso de drones "a sério" e diminuir possíveis "resistências", desenvolver estruturas, etc (e o AR5 aí permite perceberem a vantagem, a nível de vigilância naval). E, confesso, porque permite entretanto perceber o status do "Eurodrone MALE UAV" e apostar nesse (mesmo atrasando ter essa capacidade).

Concordo com a necessidade de se comprar alguns AR5. Mas lá está, alguns, por exemplo meia dúzia para patrulha marítima e 3 para testes. Para a MGP é difícil justificar o AR5, pelo menos para já. Vai depender da viabilidade de utilização no PNM. Para o EP, diria que só fazem sentido se o radar SAR for bom para vigilância do campo de batalha. Caso contrário, o AR3 e outros drones desta classe servem perfeitamente.

Depois não esquecer que o AR5 dará lugar ao ARX. Não faz sentido investir assim tanto no AR5, quando pouco tempo depois vai surgir um modelo maior e melhor da mesma empresa.

O AR3 é outra coisa... para unidades de artilharia e morteiros, para unidades de reconhecimento, para operar a partir de navios, e ainda a versão EW, e um evential desenvolvimento de uma versão suicida, tornam o AR3 muito mais interessante para as FA.

Não esquecer ainda as outras duas empresas, com os seus VTOne e Ogassa (o primeiro com mais potencial enquanto munição, e o segundo com um payload maior).


Atenção, que o AR5, e mesmo o ARX, não podem ser vistos como algum tipo de solução stop-gap até uma hipotética compra do EuroDrone. O AR5 está para o EuroDrone, como os Chipmunk estão para os F-16.

Para criar doutrinas para um futuro UCAV MALE (e possivelmente com múltiplas variantes) como o EuroDrone, o mais lógico é comprar uns MQ-1C em segunda-mão, ou em alternativa, uns Hermes 900 ou Anka turcos, já preparados para operações de vigilância e ataque.
Estes UCAVs "stop-gap", depois da hipotética entrada em serviço dos EuroDrone, podiam passar a plataformas de testes, quem sabe, de munições nacionais, e até mesmo uma versão mais pesada e poderosa do radar da Tekever.