A prioridade AR5 é por eu ser pessimista e duvidar da capacidade - orçamental e, talvez, contratual da Força Aérea - de ter ambos os projectos em paralelo; e porque - posso estar a ser injusto - julgo que a Força Aérea tem ainda de criar doutrina para uso de drones "a sério" e diminuir possíveis "resistências", desenvolver estruturas, etc (e o AR5 aí permite perceberem a vantagem, a nível de vigilância naval). E, confesso, porque permite entretanto perceber o status do "Eurodrone MALE UAV" e apostar nesse (mesmo atrasando ter essa capacidade).
Concordo com a necessidade de se comprar alguns AR5. Mas lá está, alguns, por exemplo meia dúzia para patrulha marítima e 3 para testes. Para a MGP é difícil justificar o AR5, pelo menos para já. Vai depender da viabilidade de utilização no PNM. Para o EP, diria que só fazem sentido se o radar SAR for bom para vigilância do campo de batalha. Caso contrário, o AR3 e outros drones desta classe servem perfeitamente.
Depois não esquecer que o AR5 dará lugar ao ARX. Não faz sentido investir assim tanto no AR5, quando pouco tempo depois vai surgir um modelo maior e melhor da mesma empresa.
O AR3 é outra coisa... para unidades de artilharia e morteiros, para unidades de reconhecimento, para operar a partir de navios, e ainda a versão EW, e um evential desenvolvimento de uma versão suicida, tornam o AR3 muito mais interessante para as FA.
Não esquecer ainda as outras duas empresas, com os seus VTOne e Ogassa (o primeiro com mais potencial enquanto munição, e o segundo com um payload maior).
Atenção, que o AR5, e mesmo o ARX, não podem ser vistos como algum tipo de solução stop-gap até uma hipotética compra do EuroDrone. O AR5 está para o EuroDrone, como os Chipmunk estão para os F-16.
Para criar doutrinas para um futuro UCAV MALE (e possivelmente com múltiplas variantes) como o EuroDrone, o mais lógico é comprar uns MQ-1C em segunda-mão, ou em alternativa, uns Hermes 900 ou Anka turcos, já preparados para operações de vigilância e ataque.
Estes UCAVs "stop-gap", depois da hipotética entrada em serviço dos EuroDrone, podiam passar a plataformas de testes, quem sabe, de munições nacionais, e até mesmo uma versão mais pesada e poderosa do radar da Tekever.