Combate a fogos pela F.A.P.

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #2025 em: Setembro 02, 2025, 01:35:07 pm »
Já quanto aos meios aéreos,  são eficazes sobretudo no ataque inicial,  antes do fogo tomar proporções.
Por isso são necessários tantos e estarem dispersos.
Essa é uma desvantagem dos helicópteros,  serem mais lentos a chegar quando não estão próximos.
Mas se os virem atuar quando chegam no início percebem facilmente a sua eficácia. Mesmo os mais ligeiros.
Abraços
João Pereira
 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #2026 em: Setembro 02, 2025, 01:50:12 pm »
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Estado reforça meios aéreos e papel dos militares no combate a incêndios já em 2026
Ministro da Defesa garante ao PÚBLICO que Forças Armadas “já estão presentes” no combate aos fogos e que o executivo está “a investir no reforço de meios próprios para utilização no futuro próximo”.

O rescaldo dos incêndios deste ano ainda está em andamento, mas com argumentos generalizados sobre a necessidade de maior prevenção, o Governo sinaliza que está em marcha, não só a ampliação faseada da frota de meios aéreos para combate aos fogos, como também uma maior presença das Forças Armadas (FA) nestas operações. De acordo com informações do Ministério da Defesa enviadas ao PÚBLICO, haverá mais quatro aeronaves próprias a operar no próximo ano. Já os dois bombardeiros Canadair só deverão chegar em 2029 e 2030.

https://www.publico.pt/2025/08/31/politica/noticia/estado-reforca-meios-aereos-papel-militares-combate-incendios-ja-2026-2145558

Notícia em "aberto"...

Incêndios: Governo quer mais meios aéreos e Forças Armadas no combate aos fogos já em 2026

Citar
Nos meios das Forças Armadas vão ser incluídos, na frota própria do Estado, vão estar dois helicópteros UH-60 Black Hawk: dos nove encomendados, quatro já chegaram. Ainda vão ser usados dois C130 com kits de combate a incêndios MAFFS II, que podem despejar 12 mil litros de água ou calda retardante.

Estes meios vão reforçar os que são atualmente utilizados no combate aos incêndios: dois helicópteros Koala AW119, para reconhecimento, avaliação e coordenação, três helicópteros Ecureill ASB-350B3, para combate direto aos fogos, duas aeronaves de asa fixa P3 e C295, para ações de vigilância e dissuasão – haverá também, embora sem detalhes, sistemas aéreos não tripulados, incluindo sensores térmicos.

https://executivedigest.sapo.pt/noticias/incendios-governo-quer-mais-meios-aereos-e-forcas-armadas-no-combate-aos-fogos-ja-em-2026/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques#goog_rewarded

Esta frase parece-me confusa: "Nos meios das Forças Armadas vão ser incluídos, na frota própria do Estado, vão estar dois helicópteros UH-60 Black Hawk"  :o

Para o ano, de facto, só 2 UH-60A é que farão parte do DECIR. Aumentarão nos anos seguintes.

O P-3 e C-295M para vigilância compreendo, até porque já o fazem; agora para dissuasão? Não estarão os Super Tucas melhor equipados para essa missão?  :mrgreen:

Pode ser pretexto para (re)armar os P-3 e os C-295...




Vai sonhando, Gonçalo, vai sonhando.

Abraço
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #2027 em: Setembro 02, 2025, 02:07:34 pm »
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Estado reforça meios aéreos e papel dos militares no combate a incêndios já em 2026
Ministro da Defesa garante ao PÚBLICO que Forças Armadas “já estão presentes” no combate aos fogos e que o executivo está “a investir no reforço de meios próprios para utilização no futuro próximo”.

O rescaldo dos incêndios deste ano ainda está em andamento, mas com argumentos generalizados sobre a necessidade de maior prevenção, o Governo sinaliza que está em marcha, não só a ampliação faseada da frota de meios aéreos para combate aos fogos, como também uma maior presença das Forças Armadas (FA) nestas operações. De acordo com informações do Ministério da Defesa enviadas ao PÚBLICO, haverá mais quatro aeronaves próprias a operar no próximo ano. Já os dois bombardeiros Canadair só deverão chegar em 2029 e 2030.

https://www.publico.pt/2025/08/31/politica/noticia/estado-reforca-meios-aereos-papel-militares-combate-incendios-ja-2026-2145558

Notícia em "aberto"...

Incêndios: Governo quer mais meios aéreos e Forças Armadas no combate aos fogos já em 2026

Citar
Nos meios das Forças Armadas vão ser incluídos, na frota própria do Estado, vão estar dois helicópteros UH-60 Black Hawk: dos nove encomendados, quatro já chegaram. Ainda vão ser usados dois C130 com kits de combate a incêndios MAFFS II, que podem despejar 12 mil litros de água ou calda retardante.

Estes meios vão reforçar os que são atualmente utilizados no combate aos incêndios: dois helicópteros Koala AW119, para reconhecimento, avaliação e coordenação, três helicópteros Ecureill ASB-350B3, para combate direto aos fogos, duas aeronaves de asa fixa P3 e C295, para ações de vigilância e dissuasão – haverá também, embora sem detalhes, sistemas aéreos não tripulados, incluindo sensores térmicos.

https://executivedigest.sapo.pt/noticias/incendios-governo-quer-mais-meios-aereos-e-forcas-armadas-no-combate-aos-fogos-ja-em-2026/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques#goog_rewarded

Esta frase parece-me confusa: "Nos meios das Forças Armadas vão ser incluídos, na frota própria do Estado, vão estar dois helicópteros UH-60 Black Hawk"  :o

Para o ano, de facto, só 2 UH-60A é que farão parte do DECIR. Aumentarão nos anos seguintes.

O P-3 e C-295M para vigilância compreendo, até porque já o fazem; agora para dissuasão? Não estarão os Super Tucas melhor equipados para essa missão?  :mrgreen:

Em primeiro lugar as minhas desculpas, CG, pela minha intervenção tardia a este teu post, mas algo se passou, nas duas primeiras vezes que a minha resposta estava alinhavada e ao enviar, eclipsaram-se.

Não consigo entender a razão porque, provavelmente, a 551 irá empenhar apenas dois UH-60A no DECIR26.

Este ano, se não me engano em Fev, (* correção a 01ABR2025), foi recebido o quarto heli.
Também este ano, deveremos, receber os dois últimos UH-60A, penso até que o quinto ALPHA, já deveria ter sido recebido, e o primeiro UH-60L.

Se o calendário for cumprido, quererá dizer que, em DEZ25, a cinco meses antes do DECIR26, a 551 terá no seu inventário sete blackhawk.

Deste modo parece-me, pelo que vou sabendo acerca do adestramento/treino das tripulações para, este tipo de missao, que os quatro helis que desde, ( correção Fevereiro/Março), Abril/Maio 2025, estão disponíveis seriam suficientes para, continuar a, qualificar tripulações suficientes para, pelo menos, operar quatro aeronaves nos TO dos FF  a partir de Maio 2026......
......convirá não esquecer que desde a chegada, (* Correção, dos dois primeiros UH-60A, em DEZ2023 ), foi quando a adaptação a este modelo de heli e, o treino das tripulações teve o seu início.

Se se vier a confirmar que apenas dois UH-60A serão empenhados no DECIR26, os motivos de tão reduzido número de aeronaves da 551, quanto a mim, prendem-se, nunca com falta de aeronaves, mas com;

A) Reduzido número de Tripulações PilAv+LM, disponiveis para a formação, nesta missão de combate aos FF, ou;

B) HV disponíveis não suficientes para qualificar maior número de tripulações nesta missão, impedindo o empenhamento de maior número de helis em 2026.

Posto isto, na MHO, a concretizar-se o empenhamento de apenas dois helis, uma vez mais os IrResponsaveis Politicos, especialmente o responsável pela pasta, apesar de toda a conversa para boi dormir, não acautelaram, as três variáveis necessárias para que esta missão alocada agora à FAP, possuísse, ATEMPADAMENTE, os meios Humanos e Financeiros, que permitissem que os meios Materiais fossem empenhados em  maior número permitindo uma melhor resposta, logo maiores hipóteses de sucesso nesta missão.

Não me espantaria mesmo nada, que se em 2026, nos diversos TO dos combates aos FF, os meios aéreos forem, menos bem sucedidos, os IrResponsaveis Politicos, responsabilizassem a FAP com as consequências dos resultados desses combates.

Quanto à dissuasão, abestenho-me de comentar, tal o ridículo dessa afirmação!!

Grande abraço
« Última modificação: Setembro 02, 2025, 06:15:59 pm por tenente »
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #2028 em: Setembro 02, 2025, 02:22:47 pm »
Já quanto aos meios aéreos,  são eficazes sobretudo no ataque inicial,  antes do fogo tomar proporções.
Por isso são necessários tantos e estarem dispersos.
Essa é uma desvantagem dos helicópteros,  serem mais lentos a chegar quando não estão próximos.
Mas se os virem atuar quando chegam no início percebem facilmente a sua eficácia. Mesmo os mais ligeiros.
Abraços

Os helicópteros são dos mais adequados nos combate a incêndios nascentes. Primeiro pela relação custo/benefício, depois podem estar mais dispersos pelo território e operar a partir de qualquer lado e ao mesmo tempo abastecer em qualquer, depois podem transportar equipas de primeira intervenção e deixá-las junto ao incêndio.

Canadair para fogos nascentes é um overkill.

E depois os meios pesados podem ser úteis para ajudar nos incêndios maiores, quando as condições são adequadas a isso, mas se não houver equipas no chão em número suficiente, bem posicionadas e com condições se atuar de imediato nas frentes de fogo, são praticamente inúteis.
 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #2029 em: Setembro 02, 2025, 03:46:55 pm »
Já quanto aos meios aéreos,  são eficazes sobretudo no ataque inicial,  antes do fogo tomar proporções.
Por isso são necessários tantos e estarem dispersos.
Essa é uma desvantagem dos helicópteros,  serem mais lentos a chegar quando não estão próximos.
Mas se os virem atuar quando chegam no início percebem facilmente a sua eficácia. Mesmo os mais ligeiros.
Abraços

Os helicópteros são dos mais adequados nos combate a incêndios nascentes. Primeiro pela relação custo/benefício, depois podem estar mais dispersos pelo território e operar a partir de qualquer lado e ao mesmo tempo abastecer em qualquer, depois podem transportar equipas de primeira intervenção e deixá-las junto ao incêndio.

Canadair para fogos nascentes é um overkill.

E depois os meios pesados podem ser úteis para ajudar nos incêndios maiores, quando as condições são adequadas a isso, mas se não houver equipas no chão em número suficiente, bem posicionadas e com condições se atuar de imediato nas frentes de fogo, são praticamente inúteis.
Precisamente, daí a minha questão há dias se realmente os Canadair deveriam ser o meio prioritário ou o reforço de helicópteros,  sobretudo pesados.
Mesmo em combate a incêndios de grandes proporções, não sei quem são os mais limitados...
Agora, não deixa de ser uma realidade que os Canadair provável farão mais sentido em número de 3 ou 4 para permitirem  o ataque em carrossel.
João Pereira
 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #2030 em: Setembro 02, 2025, 04:24:43 pm »
(...)
Não consigo entender a razão porque, provavelmente, a 551 irá empenhar apenas dois UH-60A no DECIR26.

Este ano, se não me engano em Fev, foi recebido o quarto heli.
Também este ano, deveremos, receber os dois últimos UH-60A, penso até que o quinto ALPHA, já deveria ter sido recebido, e o primeiro UH-60L.

Se o calendário for cumprido, quererá dizer que, em DEZ25, a cinco meses antes do DECIR26, a 551 terá no seu inventário sete blackhawk.

Deste modo parece-me, pelo que vou sabendo acerca do adestramento/treino das tripulações para, este tipo de missao, que os quatro helis que desde Fevereiro/Março 2025, estão disponíveis seriam suficientes para, continuar a, qualificar tripulações suficientes para, pelo menos, operar quatro aeronaves nos TO dos FF em 2026......
......convirá não esquecer que desde a chegada do primeiro UH-60A, em 2023, a adaptação a este modelo de heli e, o treino das tripulações teve o seu início.

Se se vier a confirmar que apenas dois UH-60A serão empenhados no DECIR26, os motivos de tão reduzido número de aeronaves da 551, quanto a mim, prendem-se, nunca com falta de aeronaves, mas com;

A) Reduzido número de Tripulações PilAv+LM, disponiveis para a formação, nesta missão de combate aos FF, ou;

B) HV disponíveis não suficientes para qualificar maior número de tripulações nesta missão, impedindo o empenhamento de maior número de helis em 2026.

Posto isto, na MHO, a concretizar-se o empenhamento de apenas dois helis, uma vez mais os IrResponsaveis Politicos, especialmente o responsável pela pasta, apesar de toda a conversa para boi dormir, não acautelaram, as três variáveis necessárias para que esta missão alocada agora à FAP, possuísse, ATEMPADAMENTE, os meios Humanos e Financeiros, que permitissem que os meios Materiais fossem empenhados em  maior número permitindo uma melhor resposta, logo maiores hipóteses de sucesso nesta missão.

Não me espantaria mesmo nada, que se em 2026, nos diversos TO dos combates aos FF, os meios aéreos forem, menos bem sucedidos, os IrResponsaveis Politicos, responsabilizassem a FAP com as consequências dos resultados desses combates.
(...)

Também fiquei surpreendido mas como não tenho competência (ie como não sei parece-me sempre muito tempo para uma unidade, com meios novos, atingir a capacidade) desvalorizei; agora, com o @tenente - que sabe - já fico intrigado.

Quem são os "IrResponsaveis Politicos"? Porque, presumo, que desde a decisão de criar a unidade / comprar os meios que deve haver um plano para quando, parcelarmente, a unidade está totalmente operacional... houve um atraso devido ao Governo, o ano passado? E o PS não aproveitou para denunciar que o "seu" plano estava a ser afetado? Será que foi este sempre o plano? Terá sido a Força Aérea que não conseguiu - com os meios previstos e por ela assumidos - executar?   
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #2031 em: Setembro 02, 2025, 05:40:31 pm »
O dinheiro para a formação de tripulações vem do OE. Por isso é possível que tenha ido parar a outros lados.
 

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #2032 em: Setembro 02, 2025, 06:17:47 pm »
Sinceramente, não me parece despropositada a entrada ao serviço de apenas dois Black Hawk  em 2026.
O treino para este  tipo de missão é muito específico,  não existe qualquer experiência, os aparelhos foram chegando gradualmente e não ficaram disponíveis assim há tanto tempo...
E uma coisa é começar a operar gradualmente controlando duas unidades,  outra é arrancar de imediato com quatro ou mais.
Vão aparecer problemas,  falhas... que terão de ser corrigidas já no terreno,  e por isso considero 2026 o ano zero.
2027, aí sim, já com alguma prática,  terá de ser diferente.
Aliás,  se ouvirem as palavras recentes numa entrevista de um dos pilotos, é o próprio a dizer que os privados, neste tipo de missão,  levam anos de avanço e para já a esquadra ainda irá operar com muitas limitações.
Seria arriscado e até imprudente o dispositivo previsto para 2026 contar com estes meios. Penso que deveriam ser considerados, para já, como meios complementares,  em treino operacional efetivo.
João Pereira
 

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #2033 em: Setembro 03, 2025, 02:33:16 am »
A Força Aérea desde o início que sempre disse que os Black Hawk só iriam operar (dois) em 2026.

Nunca disse que seria mais cedo nem com mais aeronaves.
 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #2034 em: Setembro 03, 2025, 02:45:53 am »
Itália - 18 CL-415 ao serviço;

Como nem tudo é preto e branco, deixo aqui um exemplo desses "cinzentos", em Itália parece ser um sistema como tínhamos com os Kamov, meios aéreos do estado mas operados por privados.

https://www.reuters.com/business/aerospace-defense/avincis-renews-contract-operate-italys-fire-planes-495-mln-2025-01-20/?
« Última modificação: Setembro 03, 2025, 02:46:20 am por Lightning »
 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #2035 em: Setembro 03, 2025, 02:57:23 am »
A questão de Portugal ser o país com maior numero de meios aereos por km2 não deve ser bem verdade, basta ver o numero máximo de aeronaves que estavam a atuar nos dias de maiores incêndios este verão. Outro facto importante é saber se os meios aereos contratados que compõem o DECIF são os mais adequados ao tipo de incêndios que assolam o nosso país, grande parte das aeronaves são helicopteros ligeiros que operam com bambi buckets de 800 a 900l o que para fogos de grandes dimensões a sua eficacia é manifestamente reduzida. Portugal deve ser um dos países que mais arde anualmente e que dispõe somente de um pequeno numero de aeronaves pesadas para combate a incendios, a titulo de exemplo em França  chegam a actuar 3 parelhas de canadairs em simultâneo num unico incendio evitando assim que os incêndios tomem grandes proporções, aqui em é o deixa arder e depois admiram se que hajam  incendios a durar mais de uma semana como aconteceu este verão. Enfim tapa se os olhos do povo.

O que me lembro de ver nas notícias é que este verão a Espanha é que tem a maior área ardida, Portugal tem é a maior percentagem de território ardido (a Espanha é muito maior que Portugal, a sua percentagem de área ardida é menor que nós).

Em relação ao uso dos helicópteros ligeiros, o que li é que funcionam bem no ataque inicial e que extinguem mais de 90% dos incêndios.
https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/paulo-nuncio-diz-que-95-dos-incendios-sao-debelados-nos-primeiros-90-minutos-confirma-se/

Para mim, o ataque inicial nunca vai ter 100% de sucesso, então o problema é os restantes incêndios que se perde o controlo e acabam por queimar o que se conseguiu evitar que ardesse semanas ou meses seguidos. Os bombeiros (e os outros todos que para lá andam) têm de conseguir extinguir todos os incêndios, mas o incêndiario apenas tem de ter sucesso uma vez.

A nível de combate temos poucas aeronaves, mas não são só os 2 Canadair, também temos 3 parelhas de Fire Boss que segundo muitos especialistas são melhores aeronaves para o nosso tipo de terreno, e também temos helis pesados Kamov, destes não sei o número, talvez 3 ou 4.

Mas para o comum português a ver na TV, quando estamos aflitos lá vem os Canadair dos países vizinhos, por isso é lógico dizer, precisamos disto.

Em relação ao maior número de aeronaves por km2, eu acredito que possa ser verdade, não sei os valores dos outros países, mas temos 2 ou 3 helis ligeiros por distrito, mais os outros meios, é ver o DON2.
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&opi=89978449&url=https://prociv.gov.pt/media/d3rjmgs3/don_02_2025.pdf&ved=2ahUKEwinsYPswbuPAxVnRaQEHbmxK5sQFnoECC0QAQ&usg=AOvVaw3PWihxdH0iecg4ndfz0KjX

Por isso é que não vemos 30 ou 40 helis ligeiros no mesmo fogo, eles estão de prevenção nas suas áreas.
« Última modificação: Setembro 03, 2025, 03:13:57 am por Lightning »
 

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #2036 em: Setembro 03, 2025, 05:06:33 am »
A Força Aérea desde o início que sempre disse que os Black Hawk só iriam operar (dois) em 2026.

Nunca disse que seria mais cedo nem com mais aeronaves.

Não tinha conhecimento dessas declarações sobre serem apenas dois Blackhawk a operar em 2026.

Onde as posso encontrar  ??

« Última modificação: Setembro 03, 2025, 05:12:09 am por tenente »
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #2037 em: Setembro 03, 2025, 07:35:22 am »
A Força Aérea desde o início que sempre disse que os Black Hawk só iriam operar (dois) em 2026.

Nunca disse que seria mais cedo nem com mais aeronaves.

Não tinha conhecimento dessas declarações sobre serem apenas dois Blackhawk a operar em 2026.

Onde as posso encontrar  ??

É verdade, amigo tenente. De facto o que está planeado são apenas 2 Black Hawk no DECIR26, até porque a 551 estará ainda nessa altura numa fase IOC+.

Vou ver se consigo encontrar onde li isso.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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yuwanko

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #2038 em: Setembro 03, 2025, 01:02:25 pm »
Itália - 18 CL-415 ao serviço;

Como nem tudo é preto e branco, deixo aqui um exemplo desses "cinzentos", em Itália parece ser um sistema como tínhamos com os Kamov, meios aéreos do estado mas operados por privados.

https://www.reuters.com/business/aerospace-defense/avincis-renews-contract-operate-italys-fire-planes-495-mln-2025-01-20/?

Já aquilo tinha publicado esta informação sobre a Avinci, que opera meios de todos os tipos em toda a Europa.

A diferença é que o contrato não é como os portugueses, que é à empreitada, como quem contrata uns camponeses por ano para a vindima, mas sim a longo prazo.

O contrato entre a Avincis e o Estado Italiano é de sete anos. É assim que se fazem as coisas.

São 18 canadair, durante 7 anos, por 479 milhões de euros.
« Última modificação: Setembro 03, 2025, 01:04:23 pm por yuwanko »
 
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