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Forças Aéreas/Sistemas de Armas / Re: Força Aérea Chinesa
« Última mensagem por Duarte em Hoje às 05:03:54 pm »
US Department of Defense highlights China’s advances in sixth-generation fighter and AEW&C capabilities

https://www.airdatanews.com/pentagon-report-china-sixth-generation-fighter-aewc/
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Forças Aéreas/Sistemas de Armas / Re: U.S.A.F. - Força Aérea dos Estados Unidos
« Última mensagem por Duarte em Hoje às 05:02:53 pm »
Boeing will receive an additional $2.04 billion to upgrade the aging B-52 bombers

US Department of Defense authorized the next phase of the engine replacement program, with initial funding expected for 2026

https://www.airdatanews.com/boeing-will-receive-an-additional-dollar2-04-billion-to-upgrade-the-aging-b-52-bombers/
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Armadas/Sistemas de Armas / Re: Armada Chinesa
« Última mensagem por Lusitano89 em Hoje às 03:44:21 pm »
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Armadas/Sistemas de Armas / Re: Marinha Turca
« Última mensagem por Cabeça de Martelo em Hoje às 02:54:46 pm »
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At the forum held at Istanbul Shipyard within the scope of TEKNOFEST Blue Homeland, Navy personnel involved in the project described the aircraft carrier's technical capabilities:

💢 10,000 nautical mile range: "Our national aircraft carrier can go to New York and return without refueling."

💢 40 MW electrical power: Energy capacity equivalent to 3,000 homes.

💢 ÇAFRAD radar: 750 km range, to be integrated into the ship.

💢 National Vertical Launch System with 32 cells: Air defense + strike capability.

💢 Electronic warfare and sonar systems: Features not found in many aircraft carriers around the world.

💢 Survivability concept: Low radar signature, blast-resistant design.

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Armadas/Sistemas de Armas / Re: Marinha de Auto-Defesa do Japão
« Última mensagem por PTWolf em Hoje às 02:37:13 pm »
https://zap.aeiou.pt/o-novo-submarino-furtivo-do-japao-e-algo-nunca-visto-e-vai-mudar-as-regras-da-guerra-719136

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O novo submarino furtivo do Japão é algo nunca visto (e vai mudar as regras da guerra)

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Mundo / Re: Rússia
« Última mensagem por Cabeça de Martelo em Hoje às 12:16:44 pm »
A vassalagem estratégica de Moscovo
A tese é desconfortável para o Kremlin, mas os indicadores são implacáveis: Moscovo está a abdicar da sua autonomia estratégica, ao converter-se, na prática, num estado-cliente de Pequim, como consequência direta de vetores de dependência tecnológica e económica sem precedentes.

Jorge Silva Carvalho, Consultor em Estratégia e Segurança


Após mais de três anos de um conflito que redefiniu o equilíbrio de forças na Eurásia, a geografia estratégica da guerra na Ucrânia alterou-se de forma irreversível; não apenas nas frentes de combate, mas sobretudo nos centros de decisão de Pequim. Em 2025, com a administração Trump a consolidar um desinvestimento operacional na Europa para priorizar o isolacionismo transacional, a Ucrânia transitou para a esfera de responsabilidade existencial quase exclusiva dos parceiros europeus.

No reverso desta dinâmica, a Rússia sobrevive hoje num estado de suporte vital logístico e financeiro providenciado pela China. A tese é desconfortável para o Kremlin, mas os indicadores são implacáveis: Moscovo está a abdicar da sua autonomia estratégica (ao converter-se, na prática, num estado-cliente de Pequim) como consequência direta de vetores de dependência tecnológica e económica sem precedentes.

Existe uma ironia histórica nesta fase do conflito. Se a propaganda russa descreve a Ucrânia como um ativo sem soberania própria, em 2025 a situação da Rússia não é substancialmente distinta, embora a natureza do seu “patrono” seja marcadamente predatória.

Se Kiev depende da determinação política de Bruxelas para a sua defesa, Moscovo depende da China para evitar o colapso da sua base industrial de defesa. Cerca de 90% da microeletrónica importada pela Rússia têm hoje origem chinesa (incluindo Hong Kong), de acordo com estudos preparados para o American Enterprise Institute, que confirmam que 88% dos semicondutores adquiridos por Moscovo no primeiro semestre de 2023 foram fornecidos pela China. No início da invasão, esta quota situava‑se em torno de 75%. Sem a liquidez em yuan, que já assegura cerca de um terço do comércio externo russo, e sem o escoamento de hidrocarbonetos para o mercado chinês com descontos forçados, o Estado russo perderia a sua principal âncora de viabilidade.

Esta subordinação é asfixiante no teatro de operações. Desde 2022, o fornecimento chinês de bens de dupla utilização registou aumentos críticos em componentes óticos para sistemas de armas e materiais balísticos. Mais do que um apoio logístico, Pequim exerce agora um poder de mercado monopolista sobre o esforço de guerra do Kremlin.

Estudos baseados no fluxo comercial sino-russo indicam que, entre 2021 e 2024, os preços médios de bens controlados exportados da China para a Rússia aumentaram 87%, enquanto para outros mercados a variação foi residual. Como nota o Carnegie Russia Eurasia Center, esta vassalagem estratégica impõe um prémio de risco que Moscovo é obrigado a liquidar para manter a sua operacionalidade.

A Rússia não está apenas a lutar com o suporte chinês, mas a fazê-lo sob condições de exploração impostas pelo seu principal fornecedor tecnológico de última instância.

Contudo, é na natureza desta dependência que reside a divergência fundamental entre as duas nações em conflito. A dependência ucraniana em relação à Europa é estruturada para uma futura integração plena, onde o objetivo final é a participação num mercado normativo e de segurança coletiva. Pelo contrário, a relação entre Pequim e Moscovo é puramente extrativa e assimétrica.

A China não encara a Rússia como um aliado paritário para o futuro, mas como um ativo estratégico subordinado que continuará a garantir energia barata, um laboratório militar para testar tecnologia contra sistemas ocidentais e um escudo geopolítico que drena os recursos da NATO.

No entanto, este cenário de absorção russa por Pequim encerra uma provocação final. A agressividade das sanções unilaterais impostas pela administração Trump poderá não ser apenas um castigo, mas uma tentativa de encurralar Moscovo para, ironicamente, lhe oferecer uma saída.

Ao tornar a vassalagem chinesa insustentável através do garrote financeiro, Washington poderá estar a sinalizar ao Kremlin que o regresso a uma soberania mínima só será possível através de uma transação direta com os EUA. Resta saber se Putin ainda detém as chaves para mudar de rumo, ou se a guerra, que começou como uma mistura de delírio imperial russo, excesso de confiança militar e má ‘intelligence’, ameaça terminar como a capitulação definitiva da soberania eurasiática perante a hegemonia chinesa.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/a-vassalagem-estrategica-de-moscovo/
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