Situação Política em Portugal

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TOMSK

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #195 em: Abril 06, 2011, 09:05:26 pm »
 

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FoxTroop

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #196 em: Abril 06, 2011, 09:23:34 pm »
Mais uma machadada na já pouca independência que nos resta e desta vez, não vai haver os fundos comunitários a entrar aos milhares de milhões para nos tirara do buraco, como da outra vez. O pessoal ainda não tem noção, mas vai perceber da maneira mais dura, ai vai, vai.......  e para compor o ramalhete os PS sobe 7% nas intenções de voto. Começo a ter aquela sensação de comichão no fígado.........
 

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TOMSK

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #197 em: Abril 06, 2011, 10:59:46 pm »
 

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P44

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #198 em: Abril 07, 2011, 01:34:11 pm »
As reformas acima dos 1500€ deviam sofrer cortes progressivos á semelhança do que aconteceu com os salários da F.P.
Não é justo que aqueles que já têm a sua vida estabilizada fiquem ISENTOS dos sacrifícios que foram exigidos a quem ainda tem encargos como casa e filhos para sustentar.
Muita dessa gente reformou-se com 40 e 50 anos de idade e muito bom corpinho para trabalhar e é em grande parte graças a eles que quem trabalha actualmente nem direito a reforma terá!

Que se cancelem indefinidamente as loucuras do TGV e do novo aeroporto!
Que as contas públicas sejam auditadas por entidades estrangeiras e os governantes sejam levados a tribunal pelo mal que fizeram ao País!
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Jorge Pereira

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #199 em: Abril 07, 2011, 02:12:10 pm »
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Jorge Pereira

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #200 em: Abril 07, 2011, 02:44:21 pm »
Note-se a preocupação pelo país...

Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Lusitanian

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #201 em: Abril 07, 2011, 08:49:32 pm »
Eheheh. ó Jorge, tudo bem que estamos irritados com o homem, mas é normalissimo ele perguntar. Numa transmissão importante, quem não pergunta? Não fez nada de mal. A TVI é que é amadora nisto, e depois o Sócrates, sem fazer nada ainda apanha com as culpas. Não vamos generalizar....é a minha opinião.
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cromwell

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #202 em: Abril 07, 2011, 09:35:20 pm »
Citar
Sondagem indica que portugueses culpam PS pelo pedido de ajuda externa
07 Abril 2011 | 10:17
Jornal de Negócios  Online - negocios@negocios.pt

Cidadãos nacionais acreditam que a intervenção vai melhorar as condições de vida daqui a cinco anos.
O PS é o grande culpado de Portugal ter de recorrer a ajuda financeira externa, de acordo com uma sondagem. Mas o pedido poderá melhorar as condições de vida dos portugueses daqui a cinco e dez anos, embora no curto prazo os portugueses acreditem que a sua vida estará pior. São estas as principais conclusões da sondagem realizada pela Unidade Católica para a Antena 1, RTP, JN e DN.

No estudo, 43% dos inquiridos atribuem responsabilidades aos socialistas pelo recurso ao Fundo Monetário Internacional e ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira. O PSD aparece como segundo responsável com uma percentagem quase três vezes mais baixa, 15%, acima dos 9% de inquiridos que acusam o presidente Cavaco Silva e de outros 9% que atribuem a responsabilidade a todos os portugueses.

Há ainda 7% de auscultados que consideram que a grande culpada é a crise internacional, sendo que 4% defende que o pedido de ajuda não seria feito se não fosse a actuação dos parceiros europeus. O CDS/PP, a CDU e o Bloco de Esquerda ocupam o resto das respostas dadas, respectivamente com 2%, 0,4% e 0,2% das respostas.

E se 39% dos cidadãos que responderam ao inquérito dizem que sim a uma intervenção externa, outros 39% dizem que “é melhor não pedir a intervenção do Fundo”, numa pergunta em que 22% dos portugueses inquiridos não quiseram responder. O inquérito foi realizado nos dias 2 e 3 de Abril e, por essa razão, não se sabia ainda que Portugal iria recorrer ao auxílio financeiro.

Vida dos portugueses pior no curto prazo, melhor no longo prazo

Na sondagem, foi pedido aos elementos da amostra que imaginassem como estaria a vida dos portugueses dentro de um, cinco e dez anos.

Em relação a um ano, há 46% das respostas que indicam que a vida estará “pior”, acima de 31% que acreditam que tudo ficará “na mesma”, e de 14% que apontam para “melhor”. 6% colocam-se no extremo “muito pior” e são quase nulos (0,3%) aqueles que pensam que tudo estará “muito melhor”.

Pelo contrário, nos períodos de cinco e dez anos, as respostas mostram que os cidadãos acreditam que a vida estará melhor (46% no prazo mais longo), aos quais se juntam 8% que pensam que tudo ficará "muito melhor". 21% pensam que tudo ficará “na mesma”, enquanto 12% e 5% vêem uma vida “pior” e “muito pior”, respectivamente.

PSD continua à frente das intenções de voto mas PS sobe muito
Antes de ter sido feito o anúncio ao pedido de ajuda externa, a sondagem perguntou também quais as intenções de voto nas próximas legislativas, que irão acontecer a 5 de Junho.

Nesse contexto, o PSD ganharia as eleições, com 39% dos votos (40% no inquérito de Outubro do mesmo centro de sondagens), mas não conseguiria uma maioria absoluta, uma condição à qual Cavaco Silva parece não querer submeter o país.
Mas a surpresa é a percentagem de respostas que indicam um voto no PS. 33% das intenções de voto vão para os socialistas, quando apenas 26% o faziam no estudo anterior, em Outubro.

O Bloco de Esquerda passa para metade das intenções de voto (de 12% para 6%), enquanto o PCP e o CDS mantêm as mesmas intenções de voto relativas da outra sondagem (8% e 7%, respectivamente).

39%- PSD

33%-PS

Os portugueses não aprendem.  :evil:
"A Patria não caiu, a Pátria não cairá!"- Cromwell, membro do ForumDefesa
 

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TOMSK

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #203 em: Abril 07, 2011, 09:46:04 pm »
Citação de: "Lusitanian"
Eheheh. ó Jorge, tudo bem que estamos irritados com o homem, mas é normalissimo ele perguntar. Numa transmissão importante, quem não pergunta? Não fez nada de mal. A TVI é que é amadora nisto, e depois o Sócrates, sem fazer nada ainda apanha com as culpas. Não vamos generalizar....é a minha opinião.

Exactamente. Ainda mais quando esta era uma transmissão que iria muito provavelmente ser difundida posteriormente nos meios de comunicação estrangeiros, qual é o mal de o homem perguntar se está apresentável?  Incrível ver nos comentários pessoas a chamarem todo o tipo de nomes a Sócrates por causa disto. Que tristes que nós somos realmente, prendemo-nos com merdas insignificantes e não ligamos ao essencial.
« Última modificação: Abril 07, 2011, 09:47:04 pm por TOMSK »
 

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Camuflage

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #204 em: Abril 07, 2011, 09:46:57 pm »
Maior parte dos portugueses não conhece outros partidos e nisso os media não ajudaram nada. Em tempo de eleições só se fala nos mesmos de sempre quando há imensos candidatos.
 

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Lusitanian

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #205 em: Abril 08, 2011, 03:12:54 am »
Ui então não é? Olha houve partidos que pediram o mesmo tempo de antena que os outros têm (aos cincos grandes partidos, no minimo o mesmo tempo concedido aos partidos menores). O MMS e o PNR, salvo erro, foram descriminados. Quase não tiveram tempo de antena, quase ninguem quis fazer debates contra estes partidos, enfim eles não têm a mesma oportunidade que são dadas aos outros. E depois eles é que são os mauzões. Tanto um partido grande como pequeno deve ter o mesmo tempo de antena e a mesma oportunidade, é a minha opinião, Isto sim é Democracia, não é favorecer este e aquele, por motivos idiotas como audências. E depis assistimos a TVI ou a SIC e RTP sempre a falar no Passos e no Passos e no Passos, porra mas o homem é algum Salvador? Passem a outro. Depois o povo pensa que não há soluções e que só são aqueles cincos, e que o resto (os partidos pequenos) são apenas isso: restos, só paisagem. Uma vergonha.
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zawevo

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #206 em: Abril 08, 2011, 12:33:06 pm »
Recebi isto por mail:

Porque silenciam o exemplo da ISLÂNDIA?

Porque não se fala nos media do que se passa na Islândia?

Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna - pública e privada com incidência no sector bancário - e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra.

Sócrates foi dizer à Sra. Merkle - a chanceler do Euro - que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse.

Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele.
Não é impunemente que não se fala da Islândia - o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira - e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise.

Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.

Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal.

A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas "macaquices" bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar).

País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria.

Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal "ajuda" ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para "tapar" o buraco do principal Banco islandês.

Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.

O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.

Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições.

Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha.

Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.

Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não "estragar" os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado.
As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais.

Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.
O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.
Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos.
Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.
O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez. Um exemplo que infelizmente não é seguido por muitos.

 Fica aqui o link do artigo original

em http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... k=1#823066


cumprimentos



z
 

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papatango

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #207 em: Abril 08, 2011, 02:30:33 pm »
Uma das coisas que tenho o hábito de fazer, quando vejo estes comentários milagrosos, é olhar trinta anos no passado e ver como estavam as coisas nessa altura.
Desde pequeno que tenho a mania das estatísticas e de guardar numeros, por isso ganhei esse hábito e guardei almanaques de estatísticas, que me ajudam a tentar perceber as coisas.

Em 1978, o rendimento per capita da Islandia era segunda as Nações Unidas de $8.320 Dolares americanos.
Nesse mesmo ano, Portugal pedia ajuda ao FMI e a renda per capita estava (segundo os dados que tenho disponíveis) em $2.020 dolares americanos.

Em 1978, a Islandia, que na altura tinha uma população de 233.917 habitantes era - vendendo peixe e minérios - quatro vezes mais rica que Portugal (per capita).

Isto para frisar, que não podemos fazer comparações com outros países sem olhar para o contexto.
Primeiro porque a Islandia tem um peso insignificante em termos internacionais. Se a ilha da Madeira fosse à Falência, Portugal, se não estivesse em crise podia absorver essa falência.

Segundo, porque em 1978 a Islândia já era capaz de se sustentar a ela própria. Os islandeses habituaram-se a isso e eram um dos países mais ricos do mundo, muito antes da crise financeira.
A Islandia não era um país rico antes do colapso dos bancos nem era um país rico por causa dos bancos, A Islândia já era rica antes. Muito Rica.
Era uma antiga colonia da Dinamarca, pais onde aparentemente, as donas de casa, são eficientes a gerir o país.

Esse é o nosso problema.
Portugal precisa ser dirigido por uma dona de casa que só gasta o que tem para gastar e ainda tenta guardar algum, para o caso de vir a ser necessário.
Tragicamente no nosso caso tivemos uma dona de casa que se chamou Oliveira Salazar, e que conseguiu estar em guerra durante mais de dez anos e ainda assim aguentar as finanças públicas.

A nossa experiência com a dona de casa foi má, e por isso ganhámos (com alguma razão, acrescento) horror à ideia de ter alguém conservador à frente das finanças do país.
Temos que inventar uma dona de casa, que não meta o país em guerras, que respeite a democracia, mas que seja essencialmente uma dona de casa e não uma louca estrambólica como o travesti trapalhão que temos por primeiro ministro.

Ninguém silencia a Islândia. O problema é que por um lado a Islândia é tão pequena que nem se nota e por isso não se ouve. Por outro lado, comparar Portugal com um país nórdico, de cultura escandinava, onde predomina a moral da religião protestante, é a mesma coisa que comparar os portugueses com os chineses.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

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Jorge Pereira

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #208 em: Abril 08, 2011, 04:07:00 pm »
Lusitanian e TOMSK:

A comunicação não-verbal (sons, gestos, sinais, imagens, símbolos) e a cinésica (movimentos do corpo) dizem mais de uma pessoa do que a própria comunicação verbal (oral e escrita). E dizem mais porque a comunicação não-verbal é na maior parte das vezes incontrolável e involuntária. O que aquelas imagens nos transmitem de facto é que, perante o maior dos fracassos da sua governação, na altura de fazer um reconhecimento formal do seu falhanço, do seu fracasso há já muito anunciado, mas sempre negado e ocultado, na altura de dizer ao país que por sua causa vamos todos ter de pagar com sangue, suor e lágrimas a ajuda externa, humilhando a imagem de Portugal no mundo, numa altura dessas, àquele individuo o que mais o preocupa, com a maior das descontracções, é saber qual é o melhor ângulo para aparecer nas câmaras. Alguém com um mínimo de vergonha, há muito que já tinha abandonado a ideia de continuar em toda e qualquer função política. Mas não, ainda pensa em recandidatar-se! INACREDITAVEL!


OBS: Estou mesmo a ver o primeiro ministro do Japão a dizer: Óh kioshi, vê lá como é que fico melhor a olhar para os…assim..ou..assim, é que tenho que ficar bem para dizer aos Japoneses e ao mundo que a central nuclear de Fukushima está prestes a ir pelos ares…

Por lá, o amor à Pátria, a dignidade e a honra estão acima de tudo!
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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #209 em: Abril 08, 2011, 09:41:19 pm »
O senhor Sucatas esteve agora a fazer outro discurso aos berros, de vitimização e culpando constantemente a oposição de tudo o que ele fez ao país. Isto hoje no congresso do PS em Matosinhos.

Estupidos serão os portugueses que votarão neste mer***.
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