Qual profissionalização!
A classe de sargentos a partir de 1º sargento sempre esteve reservada a profissionais, mesmo no tempo da guerra ultramarina (os 2ºs Sargentos milicianos passavam sempre ao QP aquando da segunda comissão e promovidos a 1º se isso não tivesse acontecido antes, como creio que até acontecia com a maioria). A criação do Sargento-chefe e Mor são muito anteriores à “profissionalização”, em mais de 30 anos…
Pois, não sabia disso, mas como deve ter noção há muitas outras coisas que mudaram e que são diferentes do tempo da guerra colonial, que também estas podem ter contribuido para o aparecimentos desses postos, qual as condições necessárias para um sargento QP passar à reserva? É que sei de alguns casos de sargentos a irem para a reserva com pouco mais de 40 anos (o tempo de Ultramar ajuda) e agora tem que ficar até aos 60. Outra coisa é que certos sargentos passavam para oficial automaticamente se tivessem certas condições, isso agora não acontece, há que ter formação, concorrer a concursos, etc.
Eu compreendo a existência dos postos de Sarj-chefe e Mor se vista no âmbito da nato e dos exércitos com os quais interagimos….. eles têm esses postos, não nos ficava bem não ter. Tem que haver correspondência nas categorias e graduação. E nesse prisma está muito bem visto.
Então agora já concorda :lol: , mas como o seu problema é a falta de 1ºSargentos e a falta de soldados, a minha ideia (irónica) é acaba-se com esses postos e o pessoal fica todo em soldado e em 1ºSargento

que assim já não há falta.
Eu continuo a ver o exército como uma organização hierarquizada e piramidal e a pensar que para cada cabo deve corresponder um (mais ou menos) pré-definido numero de soldados … e o mesmo diria em relação a toda a estrutura.
Tou a ver, mas você está errado, isso já não existe, as Forças Armadas actualmente são uma pirâmide invertida, na melhor das hipoteses talvez um quadrado.
O que queria dizer é que entendo como errado favorecer até ao exagero as promoções quando isso compromete a normalidade dos serviços e o que está regulamentado para cada categoria ou posto.
Concordo consigo. Mas você também tem que perceber que é perfeitamente normal que uma pessoa tenha aspirações a ser promovida a uma posição superior, então se existem regras (e nas FAs existem regras para tudo) que dizem que o militar com o posto X, quando tiver os requisitos Y pode ser promovido porque é que isso não pode acontecer? O problema disto é que às vezes, para cinco que sao promovidos, são colocados três nesses lugares.
Mas se você acha que as tarefas devem ser indiferentes da graduação … então pergunto-lhe que carga-de-água justificará a existência dos postos?
Eu nunca disse que as tarefas são indiferentes, você é que está a dizer isso quando diz que o Ajudante pode fazer tudo o que o Mor, o Chefe e o Ajudante fazem.
Por exemplo na Força Aérea (que é o que eu conheço) há uma grande diferença entre sargento até ajudante e após ajudante, porque um sargento até Ajudante é mão-de-obra directa (trabalha directamente na aeronave e supostamente é o mais experiente naquela matéria especifica) o Ajudante normalmente é o chefe da secção e tem sob o seu comando vários outros sargentos e alguns praças, um sargento-chefe ou mor já não tem nada a ver com isso, já passa a ser mão-de-obra indirecta e passa a ocupar posições nos Comandos, nas secretarias, etc