Ao meu camarada boneco,
De boneco para boneco - para não ser a minha resposta apagada e a tua ficar... porque posso ser boneco, mas não sou burro...
Ah... o velho "quem diz é quem é". Excelente argumento!
E não és burro? Está bem...

Os turcos usaram sim Portugal como porta de entrada.
E se Portugal foi esperto, usou esse desejo dos turcos de abrir o mercado europeu aos seus navios em seu proveito e conseguiu um preço especial.
Os turcos entraram no concurso, e calhou ganharem este, tendo perdido vários outros. Neste ganharam, não porque foi um "grande negócio", mas porque o orçamento que colocámos é tão curto, que mais ninguém entrou.
Portugal não usou nada, Portugal, ou o CEMA, tinham um orçamento tão baixo para os navios, que tiveram que optar por mini-AORs, fazendo cortes em várias áreas dos navios. Nem hangar para helicóptero terá!
E qual preço especial? O contrato com a STM é para os navios despidos, e ainda não ficou esclarecido se a verba inicial chega para os dois, ou se foi preciso ir desencantar X milhões de algum lado para possibilitar o segundo.
Agora, a relação estabelecida pode-se manter visto Portugal poder vir a ter 2Bi para gastar em fragatas.
Money makes the world go round.
E falta abrir a porta para navios de combate. E falta Portugal começar a montar Fragatas no Alfeite.
Então e os concursos? Então mas uma compra tão cara como fragatas, não tem que ter concurso? Ou isso só se aplica aos caças, e em todos os outros casos, o país pode dar o cu?
E para Portugal fazer um ajuste directo por fragatas, porque raio é que haveria de o fazer para adquirir uma das piores opções do mercado, e ainda por cima ficar muito mais dependente de um país que é geopoliticamente imprevisível como a Turquia?

CIWS
Segundo o fabricante turco, cada reabastecedor terá 2.
Os navios terão espaço para 2 CIWS. Não virão com 2 CIWS já equipados, tanto que nos desenhos aparecem 2 Phalanx. Tendo nós apenas 3 Phalanx armazenados (2 armazenados há muitos anos, e 1 da Vasco da Gama), o mais provável é andarem 99% com apenas 1, ficando o outro espaço como "FFBNW".
A verba do GFE para estes navios, não é suficiente para 4 CIWS novos + tudo o resto que seria necessário incluir. E para virem já os 4 instalados nos navios, representaria cerca de 50% do custo total do contrato.
E se Portugal os testar e declara que são excelentes, sendo que os equivalentes franceses e alemães custam o triplo?
Como é que Portugal vai testar CIWS? Pega nos P-3 e dispara Harpoons reais contra os navios, a ver se o CIWS turco funciona? E quais seriam os critérios para serem considerados "excelentes"? Intercepção de mísseis sub-sónicos, ou também supersónicos? Inclui enxame de drones? Mas depois não és burro...
Portugal a ter que adquirir um
terceiro modelo de CIWS de canhão, como o seu CIWS do futuro, não pode olhar para "qual o modelo mais baratucho no mercado". Dado haver milhentas opções no mercado, com calibres entre os 20 e os 40mm, além dos sistemas de mísseis e dos sistemas mistos, tem de haver um concurso para que se escolha o mais capaz que conseguirmos (€) comprar.
Um sistema tão crítico como um CIWS, não pode ser adquirido assim em cima dos joelhos. Muito menos estarmos na expectativa de sermos um boneco de testes para o sistema. E Portugal nem sequer tem competência para atestar a excelência de um sistema anti-míssil, seja ele qual for, já que isso implica usar os ditos sistemas em combate, ou gastar muitos milhões em testes.