Numa marinha que nunca teve LPD ou LHD, cuja força de infantaria não tem veículos para desembarcar nem lanchas que os desembarquem, e que fica sem AOR por este chegar a não justificar a manutenção, achas que há alguma lógica?
Os veículos para os Fuzos é o menor dos problemas, já que é um processo extremamente barato quando comparado com a resolução de problemas da frota de navios. Mas também temos de ver que um LPD não transporta só Fuzileiros, pode transportar material do Exército e até da FAP se necessário, por isso é um "não-problema". Agora o que é questionável é quando é que iríamos desembarcar 500 tropas (das mais variadas origens e especialidades), com ou sem veículos, num determinado TO. E é aí que pergunto se vale a pena esbanjar dinheiro num conceito já meio obsoleto, ou se devíamos procurar soluções mais baratas mas que cumpram a missão. E na Marinha, e não só, a lógica já se perdeu há muito tempo, nós aqui acabamos por estar a bater no ceguinho! 
A história do navio para responder a emergências tem muita água no bico. Com essa justificação, basicamente o navio vai passar 90% do tempo atracado ou limitado a operações em águas nacionais, porque se for destacada, já não pode responder a possíveis emergências.
Pois exactamente, é pura demagogia falar da necessidade de desembarque de forças quando não há forças preparadas para desembarcar. E também é verdade que esse tipo de operação será, no mínimo,
improvável. Por isso o conceito pode e deve ser revisto.
Claro que um LPD pode ser utilizado por outra unidade que não os fuzos mas o que é certo é que a infantaria da Marinha tem sido negligenciada em todos os programas de reequipamento das últimas décadas.
Agora, a verdade é esta. Se um simples navio reabastecedor não é essencial para uma marinha navegar, vamos acreditar que o LPD é importante aos olhos do CEMA? Um projecto que anda a ser cozinhado há quase 20 anos? Ainda por cima mencionar a sua construção em Portugal, foi o que percebi, quando a construção dos NPO tem sido o que se tem visto?
A questão de termos um navio para emergências é válida se for para desbloquear o orçamento no parlamento ou no MdF, trata se de um navio "primario" para um país com a nossa extensão marítima. Até um deputado deveria conseguir perceber isso.
Ps, já agora, para os fuzos:
https://youtu.be/n9WUn5FV-CA