Isto é mais ou menos o que na altura se dizia quando a bombardier tomou conta da sorefame.
Cumprimentos,
Exactíssimamente. Sempre me pareceu que uma privatização dos ENVC pode ter esse destino. As semelhanças com o caso da Sorefame são muitas. A actividade da Sorefame centrava-se nos fornecimentos ao Estado, na pessoa da CP. As exportações eram a excepção à regra. E note-se que a intenção de avançar com o TGV só surgiu
depois do fecho da Sorefame. A indústria naval está em vias de extinção na Europa, incapaz de competir com a Ásia (em 2007, a Coreia do Sul por si só obteve 75% das encomendas mundiais). A única saída são os fornecimentos aos estados, i.e. navios de guerra e afins. Ora, os ENVC não têm condições de sobreviver com encomendas do Governo Português, e também não têm de sobreviver comercialmente se forem privatizados.
Penso que é melhor ter uns ENVC públicos (que fico satisfeito que não dêem prejuízos) e manterem capacidade de produção de riqueza, manterem know-how e garantirem alguma independência produtiva neste domínio, do que não ter nada.
O tempo da ilusão do livre comércio e da livre concorrência acabou: agora é economia a sério, a defender a produção nacional senão qualquer andamos a comer pedra.
JQT