Agora sim, em sede própria.
Por enquanto, não tenho razões para duvidar do IPTM. Afinal, não me lembro de nenhum navio de passageiros português ter avariado ou afundado em Portugal nos últimos anos. Relembro que este instituto tinha emitido um parecer que, basicamente, proibia o "Atlântida" de navegar fora de águas costeiras.
Quanto à sala de jogos, nem sabia da sua existência, pelo que não me posso alongar muito sobre isso. Mas se foi incluída no projecto, duvido que fosse para ser explorada pelo GRAA. O mais certo, penso eu, seria a sua concessão a algum privado. E, conhecendo mais ou menos os meandros políticos e empresariais, o mais certo seria a exploração pela mesma empresa detentora da exclusividade da exploração de jogos de fortuna ou azar na Região Autónoma dos Açores, a ASTA-Atlântida.
Já agora, a questão da velocidade é importante. Porque, caso desconheçam, a viagem entre Terceira e S.Miguel a 16 nós (mais ou menos aquilo que o "Atlântida" está a dar e não o contratado) equivale a uma viagem na casa das 6h.
Os interesses no transporte inter-ilhas serão sempre o interesse do Governo Regional. Só existem dois verdadeiros candidatos a este serviço: a Atlânticoline, empresa de capitais públicos, e a Transmaçor (que é detida em 20% pelo Governo Regional). Aquando da formação da Atânticoline, foi como que um choque para a Transmaçor, pois não entendia a parte da concorrência pelo seu próprio dono...
O caso da CanadaMar, que estava interessada no transporte inter-ilhas, é que não percebo muito bem. Tanto quanto sei, é uma empresa de um empresário açoriano emigrante no Canadá que pretendia fazer o negócio com 3 catamarans, capazes de atingir os 35 nós em condições ideais. Para além disso, pretendia que o serviço fosse durante todo o ano e não só de Verão.
Aqui entram os interesses do Governo Regional, que "chutaram para canto". Nunca apoiaram esta proposta, afinal, não pertenciam ao capital da empresa. Por outro lado, o empresário, na altura, referiu que não estava à espera dos apoios para iniciar o serviço. A verdade é que já se passou mais de um ano desde essa notícia e, hoje, nem encontro referência à empresa "CanadaMar" na net.