Olivença

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ferrol

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« Responder #1800 em: Setembro 19, 2007, 10:59:39 am »
Citação de: "Jorge Pereira"
Aqui em Portugal esta questão é uma autêntica bola de neve. Não para de crescer o número de pessoas (e sinto um grande orgulho pelo ForumDefesa.com e os seus membros ajudarem na divulgação desta causa) que toma conhecimento desta questão. Basta fazer uma simples pesquisa no Google.
Supoño que a bola de nece se refire as 800 peticions firmadas para que houbese un debate no parlamento portugues referente o tema...O da pesquisa de Google tenche a sua gracia, non sabia eu que as enquisas se realizasen a traves do google, en cuio caso estariamos todos medio tolos, porque o mais buscado son os peitos de Paris Hilton... :roll:

Citação de: "Jorge Pereira"
se nega a cumprir aquilo que prometeu com Portugal e ao mesmo tempo tem a desfaçatez de exigir ao Reino Unido a devolução de Gibraltar.
España cumpreu o tratado, porque negociou con Portugal...hasta que Portugal invadiu Uruguai e xa non houbo nada que negociar...o Tratado afirma a vontade a negocia=la devolucion, non a obriga de devolver...como seguramente vostede xa leu no fio adecuado e agora esquece oportunamente... :wink:

Citação de: "Jorge Pereira"
Obviamente que esta questão terá que ser um dia resolvida; Está na Constituição da República Portuguesa… e no mais íntimo do sentimento patriótico de todos os portugueses, morem estes em Portugal ou em qualquer outra parte do mundo.
Pois e unha magoa que non estea na Constitucion Española, nin en ningunha lei española hai ningun problema con Olivenza. Bueno si, que os portugueses non queren rematala ponte para pasar a Portugal...

Saudos de parte de todo o planeta...
Tu régere Imperio fluctus, Hispane memento
"Acuérdate España que tú registe el Imperio de los mares”
 

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Upham

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« Responder #1801 em: Setembro 19, 2007, 11:43:21 am »
Bom dia! :rir:  Pensava que era a NATO, mas está-se sempre a aprender versões novas e mirabulantes da História.

Quanto á saida natural para os produtos portugueses, vê-se. Os supermercados Continente que crescem em Madrid como cogumelos, tal e qual como o Corte Inglês em Lisboa.




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Como todos sabemos que España jamás entregará Olivenza por las buenas, algunos de nuestros amigos siguen jugando con su imaginación destruyendo a nuestro país de todas las maneras posibles para recuperar ese pedazo de tierra que dicen les pertenece: dejen que continúen montando sus castillos en el aire, que destruyan España mil veces antes de que les suene el despertador...  


Pois mas só lhes traria honrradês se a entregassem "por las buenas". Essa postura arrogante e paternalista  não lhe trás muita simpatia por aqui, tal como a qualquer outro espanhol com a mesma postura em Portugal.
E quanto á destruição de Espanha??????? :)

Cumprimentos a todos! (Os Ibéros tugas e espanhóis claro)
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

Frase atribuida a Caio Julio César.
 

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Lancero

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« Responder #1802 em: Setembro 19, 2007, 01:06:00 pm »
Eu já contei aqui a anedota do pequeno espanhol que há dentro de cada um de nós  :?:
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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HELLAS

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« Responder #1803 em: Setembro 19, 2007, 01:33:50 pm »
Upham, obrigado pelas tuas palabras.Acredita que quando Portugal perdiu o europeio de futebol contra Grecia, pelo menos eu senti pena, e com certeza que a maioria dos espanhois queriamos a vitocria para voces.
 

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Upham

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« Responder #1804 em: Setembro 19, 2007, 02:16:09 pm »
Boa tarde!

Obrigado pelas tuas palavras também HELLAS, mas não sintas pena, eu não sinto, claro que na altura como portugues fiquei triste mas, como escreveu Fernando Pessoa:

"Quem quer passar o Bojador, tem que passar para alem da dor.
 Deus ao mar o perigo e o abismo deu, mas foi nele que espelhou o céu"

Ou seja, quem quer alcançar grandes feitos tem que lutar e tem que aceitar o risco de fracasso porque não há sucessos antecipadamente garantidos. Quem quer, tem que lutar e presistir. O que é algo que muitas pessoas hoje em dia não têm presente nos espiritos. Ou seja tem que ser humilde.

Cumprimentos!
« Última modificação: Setembro 19, 2007, 02:26:04 pm por Upham »
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

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Upham

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« Responder #1805 em: Setembro 19, 2007, 02:19:29 pm »
Citação de: "Lancero"
Eu já contei aqui a anedota do pequeno espanhol que há dentro de cada um de nós  :)

Essa do pequeno espanhol dentro de nós recorda-me que tenho uma remota ascendência Galega. (uma bisavó materna natural de Pontevedra)

Cumprimentos!
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

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Lancero

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« Responder #1806 em: Setembro 19, 2007, 02:38:20 pm »
O ego é o pequeno espanhol que há dentro de nós.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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manuel liste

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« Responder #1807 em: Setembro 19, 2007, 02:41:40 pm »
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Pois mas só lhes traria honrradês se a entregassem "por las buenas". Essa postura arrogante e paternalista não lhe trás muita simpatia por aqui, tal como a qualquer outro espanhol com a mesma postura em Portugal.


Estimado Upham: nuestro territorio nacional no es negociable, acepto que decir eso pueda sonar arrogante (yo diría más bien orgulloso), pero.. ¿paternalista? ¿defender nuestro territorio es paternalista? :wink: Gracias de todas formas por el aprecio, que es mutuo.
 

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Alfré

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« Responder #1808 em: Setembro 19, 2007, 03:20:56 pm »
 

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Lancero

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« Responder #1809 em: Setembro 19, 2007, 03:53:59 pm »
Ao menos escreveu bem o nome  :lol:
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Upham

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« Responder #1810 em: Setembro 19, 2007, 05:16:37 pm »
Citação de: "manuel liste"
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Pois mas só lhes traria honrradês se a entregassem "por las buenas". Essa postura arrogante e paternalista não lhe trás muita simpatia por aqui, tal como a qualquer outro espanhol com a mesma postura em Portugal.

Estimado Upham: nuestro territorio nacional no es negociable, acepto que decir eso pueda sonar arrogante (yo diría más bien orgulloso), pero.. ¿paternalista? ¿defender nuestro territorio es paternalista? :wink: Gracias de todas formas por el aprecio, que es mutuo.


Boa tarde!

Segundo o nosso ponto de vista, o território em questão é nosso de jure (se é que isso valha alguma coisa, e não vosso.

Quanto a "pequenas vantagens", monetárias, militares, estratégicas???? obtidas por uma guerra civil de um vizinho, sugiro-lhe que analise bem os livros de História e apure sobre que países é que tiraram vantagens da Guerra Civil Espanhola (suspeito que nenhum deles era vizinho da Espanha).
Por outro lado, a posição e apoio mais ou menos encapotado do Governo Portugês da época a um dos campos é bem conhecida, a qual poderia não coincidir exactamente com a opinião pública (não se esqueça que viviamos sob um regime de ditadura há uns anos e que a repressão, apesar de não ser tão sanguinária como a de outros regimes ditatoriais Europeus da época era mesmo assim "pesada"). Pode encontrar-se justificação para esse apoio por questões ideológicas, o combate aos "vermelhos", como também (em minha opinião) ao facto de se os portugueses já vêm "ameaças" do outro lado da fronteira quando se trata de uma Espanha una, quanto mais quando a situação é tão instavel que os espanhóis se matam e estripam uns aos outros. Acredite que preferimos a vizinhança de uma Espanha una e estavel a várias Espanhas instaveis.
E só um pequeno aparte final quanto a este assunto. Não confunda o meu humor cáustico português com mesquinhês, pois numa guerra todos perdem (apesar de alguns perderem mais do que outros).

Cumprimentos!
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

Frase atribuida a Caio Julio César.
 

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Upham

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« Responder #1811 em: Setembro 19, 2007, 05:30:15 pm »
Citação de: "Lancero"
Ao menos escreveu bem o nome  :lol:


 :) Até a palavra Espanha está correctamente escrita em português.

Este Alfré deve ser meio arraçado de tuga.

Cumprimentos!
« Última modificação: Setembro 19, 2007, 06:23:59 pm por Upham »
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

Frase atribuida a Caio Julio César.
 

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HELLAS

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« Responder #1812 em: Setembro 19, 2007, 06:06:13 pm »
Alfre, aunque a mi tambien me emociona ver nuestra enseña nacional,creo sinceramente que el sentido de poner ese escrito en un foro como este carece de sentido, pues por lo menos yo trato de unir y no de confrontar, y poniendo cosas asi no ayuda a nada, todo lo contrario.
Que ellos defiendan lo suyo con sus argumentos y nosotros con los nuestros, pero trata de evitar poner segun que cosas y segun con que sentido.
A mi no me gustaria que un frances me cuelgue en un foro proespañol su bandera con el escribo "Rosellon frances!" porque me jode.
Te digo lo mismo que les digo a ellos, entre portugueses y españoles hay mas cosas que unen que desunen y estar de malas resulta bastante feo, y no me digas que ellos tambien lo hacen, por sí, tambien lo hacen,quien lo haga pues en todos lados hay de todo, pero por favor no demos motivos.
 

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Jorge Pereira

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« Responder #1813 em: Setembro 19, 2007, 06:14:03 pm »
Citação de: "manuel liste"
Estimado Jorge: esa historia es caduca, más propia del siglo XIX que del XXI.

É bem menos caduca e de mais óbvia resolução que a questão de Gibraltar, no entanto, desta última a Espanha não abdica.

Citação de: "manuel liste"
Ustedes pueden visitar Olivenza cuando quieran, vivir y trabajar allí porque ya no hay fronteras entre nuestras dos naciones (afortunadamente). Pueden invertir, pueden ahorrarse impuestos, hasta pueden pasearse con la bandera de Portugal como hacen por las carreteras de Galicia.

Mais um motivo para que a devolução de Olivença a Portugal seja um processo pacífico e sem sobressaltos.


Citação de: "manuel liste"
Pero deben ser buenos vecinos y comportarse de modo educado, lo contrario es inaceptable y tienen que comprenderlo. Si respetan a los españoles serán respetados, y hacer excursioncitas reivindicativas a un país ajeno no es ser buenos vecinos.

Também não é propriamente de um bom vizinho violar o espaço aéreo territorial português nas Ilhas Selvagens, ou empurrar um petroleiro carregado que corre o risco de se afundar para águas portuguesas.

Citação de: "manuel liste"
Las relaciones entre nuestras dos naciones son excelentes, no se empeñen en estropearlas porque no lo van a conseguir, y si lo consiguieran ustedes serían los más perjudicados.

No creo ofender a nadie si digo que en nuestra península están las regiones más pobres de Europa Occidental, y eso es algo que sí me resulta humillante, eso sí es un problema real por el que todos deberíamos preocuparnos. Está visto que a ustedes no les preocupa tanto, por lo visto prefieren seguir viviendo en un país pobre que reivindica su 'Alsacia-Lorena' antes que alzarse contra las verdaderas injusticias y problemas de su nación.

Não sei qual a relação entre a questão económica e Olivença.

A Espanha deixou de ter boas relações com o Reino Unido por causa das negociações para recuperar Gibraltar?

As relações económicas entre o Reino Unido e a Espanha viram-se afectadas por essas mesmas negociações?

Por que haveria de ser diferente para nós? É esse o único argumento de peso que a Espanha tem? Uma ameaça?

Se formos por aí, não se esqueça que a Espanha vende mais para Portugal do que para toda a América Latina. Já pensou nas consequências para vocês se porventura os portugueses se aborrecerem de comprar produtos espanhóis ou produtos vendidos por empresas espanholas? Eu pensaria bem antes de acenar com o fantasma ridículo «da possibilidade de perturbar o bom relacionamento entre Portugal e Espanha». Para além de que, há coisas que não têm preço. A dignidade e a integridade territorial de Portugal são um bom exemplo disso.

Citação de: "manuel liste"
El ultranacionalismo es algo del pasado que jamás debería volver.

Para mim e para muitos portugueses é uma questão de justiça. Para vocês o que é a questão de Gibraltar? “Ultranacionalismo”?

Citação de: "manuel liste"
Me resulta chocante que se preocupen tanto por recuperar la pacífica Olivenza y no reivindiquen por ejemplo sus antiguos territorios en la India, que de forma tan sangrienta (y posiblemente injusta) les arrebataron hace tan solo unas décadas

Essa comparação é um absurdo.

A origem de Olivença está ligada à reconquista cristã da região fronteira a Elvas pelos Templários idos do Reino de Portugal, cerca do ano de 1230.

Goa, Diu, Damão, Dadrá e Nagar Haveli faziam parte do Estado Português da Índia ou Índia Portuguesa. Colónias, se quiser. As diferenças são óbvias!

Citação de: "ferrol"
Supoño que a bola de nece se refire as 800 peticions firmadas para que houbese un debate no parlamento portugues referente o tema

Como bem percebeu, nessa altura só se recolheu as assinaturas necessárias para atingir o objectivo previsto, que era a discussão dessa questão no Parlamento.

Como é óbvio, não se iam empregar meios para a recolha de milhões de assinaturas quando o objectivo não era esse. O objectivo era a discussão no Parlamento e foi para isso que se obtiveram as assinaturas necessárias.

Citação de: "ferrol"
O da pesquisa de Google tenche a sua gracia, non sabia eu que as enquisas se realizasen a traves do google


Pois só demonstra ignorância com isso. Obviamente que os resultados de um motor de pesquisa denotam o quanto uma questão é procurada, discutida, debatida etc.  

Quanto ao resto ferrol, nem lhe vou responder. Quando quiser discutir seriamente um assunto apareça. A sua ironia e pretensa falta de perceba já roçam o ridículo!
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Jorge Pereira

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« Responder #1814 em: Setembro 19, 2007, 07:00:09 pm »
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PUBLICO (19/09/2007)


Monumento Manuelino vai ser recontruído 300 anos depois da destruição


OBRAS DA PONTE DA AJUDA VÃO SER RETOMADAS

Suspensas em 2003 por razões patrimoniais e ambientais, as onras na ponte manuelina que ligava Elvas a Olivença e foi destruída pelo espanhóis em 1709 já têm luz verde do IPPAR.

As autoridades espanholas vão retomar em breve as obras de recuperação da Ponte de Nossa Senhora da Ajuda, destruída pelo exército castelhano em 1709, dando sequência ao acordo celebrado em 2000 pelos governos de Portugal e Espanha.

A reconstrução do monumento manuelino foi iniciada em 2003, mas foi suspensa pouco depois, na sequência de uma providência cautelar interposta pelo Grupo dos Amigos de Olivença (GAO). Na origem da decisão judicial esteve, entre outras, a utilização de materiais considerados impróprios para um monumento classificado. António Marques, dirigente do GAO, recorda que o Ministério do Fomento espanhol estava a utilizar betão nos trabalhos de restauro, desrespeitando as orientações do Instituto Português do Património Arquitectónico IPPAR.

O aparecimento na estrutura da velha ponte de uma espécie vegetal, o "narcissus cavanillessii", que se encontra protegido por normas internacionais, por se encontrar em perigo de extinção, foi outro dos factores que determinaram o embargo judicial que ainda hoje se mantém.

Nos últimos meses, porém, foram dados passos decisivos para ultrapassar esta situação, tendo o IPPAR aprovado o projecto definitivo da obra no final de 2006. Por outro lado, o governo espanhol incluiu nos Objectivos Gerais do Estado para 2007 uma verba de 750 000 euros destinada à reconstrução da ponte. A este montante junta-se um financiamento de 215 000 euros que serviu para pagar o projecto.

António Marques diz ter a garantia das autoridades portuguesas de que as obras a cargo do Ministério do Fomento espanhol não vão mexer nas «delimitações fronteiriças», nem «colocar em causa a soberania portuguesa sobre Olivença».

No acordo celebrado entre os dois países em 2000 ficou assente que competia a Portugal a construção, no local, de uma nova Ponte sobre o Rio Guadiana, que foi inaugurada a 11 de Novembro de 2000, poucas centenas de metros acima do monumento manuelino. Esta obra veio restabelecer a ligação viária entre Elvas e Olivença, interrompida em 1709, permitindo reduzir para menos de metade a distância entre as duas cidades.

TRAVESSIA PARA PEÕES

Se não se registarem mais contratempos poderá ficar brevemente concluído o processo iniciado em 1990 na Cimeira Ibérica então realizada na cidade do Porto. Nessa altura, o então Primeiro-Ministro Cavaco Silva assinou com o seu homólogo de Espanha um convénio para a reconstrução da Ponte de Nossa Senhora da Ajuda ou Ponte de Olivença, uma obra que ficaria a cargo dos dois paíese ibéricos.

O primeiro contratempo surgiu em Março de 1994, quando o Ministério dos Negócios Estrangeiros, à época dirigido por Durão Barroso, travou a reconstrução da Ponte pelos dois países, por considerar que essa solução poderia implicar o reconhecimento do Guadiana como sendo, naquele local, a linha de fronteira entre Portugal e Espanha - coisa que o Estado português nunca aceitou.

Já em 2000 foi estabelecido um novo acordo que atribuía às autoridades portuguesas a responsabilidade da construção da nova ponte rodoviária, que já está em funcionamento, e às espanholas o encargo de reconstruir a Ponte Manuelina - por razões históricas e patrimoniais -, apenas para circulação de peões.

É esse acordo que parece estar agora em vias de se concretizar, uma vez ultrapassados os novos precalços que, mais uma vez, evidenciaram a animosidade que a questão de Olivença continua a suscitar entre os dois países ibéricos.

OS CUSTOS DA OBRA

19 arcos, um torreão a meio, e um tabuleiro com 450 metros de comprimento era a antiga estrutura da ponte mandada construir por D. Manuel I entre o final do século XV e o princípio do século XVI.
1709 é a data da destruição da estrutura fortificada que ligava Elvas a Olivença.
750 000 euros é o valor previsto do investimento para a obra de reconstrução da ponte manuelina, ao qual terão ainda que se juntar 215 mil euros para pagar o projecto.

Carlos Dias
« Última modificação: Setembro 19, 2007, 07:03:37 pm por Jorge Pereira »
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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