Olivença

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Miguel

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« Responder #615 em: Março 11, 2006, 05:50:54 pm »
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A  Usurpação

No dia 20 de Maio de 1801, o exército espanhol, num acto de pura traição, toma o concelho de Olivença, usurpando 750 km2 do território de Portugal, incluindo uma das suas vilas mais importantes.

A Vila de Olivença foi conquista pelos portugueses aos mouros, pela primeira vez em 1166. A sua posse definitiva foi reconhecida em 1297, no Tratado de Alcanises, quando foram fixadas as fronteiras entre Portugal e Castela. Durante mais de 600 Anos a sua população bateu-se contra a investidas de Castela e depois da Espanha (a partir de 1492) para preservar a sua identidade nacional

Esta usurpação ocorre num momento particularmente dramático para Portugal, dado que vivia sob a ameaça de uma invasão pelo exercito francês. A Espanha aproveita-se desta fragilidade de Portugal, e declara-lhe guerra e num acto de traição, pela força das armas, usurpa um território que não lhe pertencia subjugando uma população indefesa.

Em 1815, após inúmeras manobras negociais, a Espanha compromete-se a devolver aquilo que havia roubado a Portugal, mas acabou por nunca o fazer. Pelo contrário, iniciaram uma sistemática política de genocídio cultural de uma parte do povo português e de ocultação das marcas de um crime.

Apropriaram-se de terras portuguesas

Usurparam património português

Procuram extinguir lentamente as famílias portuguesas

Negaram a identidade cultural aos seus descendentes

Ocultaram nomes e referências históricas de modo a esconderam a usurpação.

Fizeram tudo isto, também com a conivência de alguns traidores portugueses.

 
 
  Não era a primeira vez que a Espanha fazia um genocídio cultural semelhante. Fê-lo quando obrigou à conversão forçada ao cristianismo de centenas de milhares de judeus e muçulmanos. Os que resistiram foram mortos ou fugiram espoliados dos seus bens. Na América Latina, cerca de 70 milhões de Astecas, Maias, Incas e tantos outros povos foram exterminados e de uma forma sistemática esvaziados da sua identidade cultural.O que hoje aqui aí encontramos são povos que perderam o sentido da terra que habitam e dos monumentos que os cercam. Algo semelhante podemos encontrar também em Olivença. Andado pelas ruas da cidade e pelas antigas aldeias portuguesas, o que encontramos são pessoas que reclamam a propriedade de casas, igrejas, monumentos, ruas que foram erigidos por um outro povo com uma outra cultura, a quem carinhosamente tratam por "hermanos". Esvaziados da sua identidade cultural, a que hoje ostentam e se reclamam são as tradições e a fidelidade à cultura do invasor.  
Apenas na Alemanha Nazi e na Ex-União Soviética e na China, no século XX, ocorreram casos semelhantes. É por tudo isto que o caso de Olivença é importante, nomeadamente para compreendermos a forma como se pode exterminar um povo. Olivença pode ser considerado o primeiro caso de genocídio cultural empreendido na História Contemporânea da Europa. Uma das suas novidades reside na forma quase silenciosa como o crime foi perpetrado e ainda hoje é ocultado, o que pode justificar a forma naturalizada como a questão é encarada. Nenhum remorso ou alusão aos milhares e milhares de homens, mulheres e crianças a quem lhes foi negado o direito a uma identidade, à história das suas raízes, sendo que a única que lhes concediam era a do invasor.

 
 

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pedro

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« Responder #616 em: Março 11, 2006, 05:51:32 pm »
De isso estou seguro mas talvez daqui a outros 200 anos.
Se o governo nao faz nada tenho quase a certeza que e daqui a muitos anos.
Cumprimentos :lol:
 

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Miguel

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« Responder #617 em: Março 11, 2006, 05:57:37 pm »
O Genocidio dos Portugueses de Olivença.

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Após a ocupação, não tardou a população de Olivença a descobrir o que a esperava. Os espanhóis vinham para ficar, instalando aqui as suas tropas que maior apego demonstravam à causa do traidores que governavam a Espanha, e sobretudo que não recuavam perante a empresa que se avizinhava.

 
 
 A população de Olivença estava sitiada, metida num redil, como os prisioneiros dos campos de concentração nazis. A única ligação com Portugal, a ponte da Ajuda, fora destruída pelos espanhóis. A língua portuguesa foi proibida, assim como a manifestação de qualquer sinal de identidade cultural. Todos os que se opuseram foram mortos.

O povo de Olivença isolado de Portugal sofre então uma das suas piores humilhações que qualquer ser humano poderá sentir: a negação da sua identidade e dignidade como pessoa. Sob a ameaça foi-lhes imposto que se tornassem espanhóis de corpo e espírito. Gerações e gerações dos que resistiram viveram esta experiência de puro terror.

Em 1806, a população sitiada e sem poder contar com qualquer apoio exterior revolta-se. Os espanhóis recuam, para de seguida reforçaram militarmente a praça de Olivença com novas unidades mais ferozes que as anteriores.

Cinco anos depois, os espanhóis abrem as portas de fortaleza de Olivença aos franceses que a ocupam. O objectivo é a partir daqui invadirem e tomarem Portugal. A violência dos combates com as tropas portuguesas e inglesas ultrapassa tudo o que se possa imaginar. Os franceses são derrotados, sendo a fortaleza de novo tomada pelos portugueses. Bedesford que governava Portugal, trai os portugueses e entrega Olivença aos espanhóis, tentado desta forma captá-los para o apoiarem na guerra contra os franceses. Aos portugueses é prometido que o assunto seria mais tarde resolvido quando fosse feita a paz geral.

A população de Olivença sofre um novo e brutal massacre, sendo aniquilada na sua maior parte. Neste cenário é difícil imaginar que houvesse alguém que continuasse a afirmar-se português, mas curiosamente houve-os. Mas todos os que restavam sabiam os que os esperava.  

 
 

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Aponez

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« Responder #618 em: Março 12, 2006, 02:08:08 pm »
Citação de: "Miguel"
Olivença voltara a ser Portugal.


Si, voltará a ser, o día menos pensado :lol:  :twisted:
 

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Aponez

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« Responder #619 em: Março 12, 2006, 02:19:19 pm »
Citação de: "Miguel"
O Genocidio dos Portugueses de Olivença.

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Após a ocupação, não tardou a população de Olivença a descobrir o que a esperava. Os espanhóis vinham para ficar, instalando aqui as suas tropas que maior apego demonstravam à causa do traidores que governavam a Espanha, e sobretudo que não recuavam perante a empresa que se avizinhava.

 
 
 A população de Olivença estava sitiada, metida num redil, como os prisioneiros dos campos de concentração nazis. A única ligação com Portugal, a ponte da Ajuda, fora destruída pelos espanhóis. A língua portuguesa foi proibida, assim como a manifestação de qualquer sinal de identidade cultural. Todos os que se opuseram foram mortos.

O povo de Olivença isolado de Portugal sofre então uma das suas piores humilhações que qualquer ser humano poderá sentir: a negação da sua identidade e dignidade como pessoa. Sob a ameaça foi-lhes imposto que se tornassem espanhóis de corpo e espírito. Gerações e gerações dos que resistiram viveram esta experiência de puro terror.

Em 1806, a população sitiada e sem poder contar com qualquer apoio exterior revolta-se. Os espanhóis recuam, para de seguida reforçaram militarmente a praça de Olivença com novas unidades mais ferozes que as anteriores.

Cinco anos depois, os espanhóis abrem as portas de fortaleza de Olivença aos franceses que a ocupam. O objectivo é a partir daqui invadirem e tomarem Portugal. A violência dos combates com as tropas portuguesas e inglesas ultrapassa tudo o que se possa imaginar. Os franceses são derrotados, sendo a fortaleza de novo tomada pelos portugueses. Bedesford que governava Portugal, trai os portugueses e entrega Olivença aos espanhóis, tentado desta forma captá-los para o apoiarem na guerra contra os franceses. Aos portugueses é prometido que o assunto seria mais tarde resolvido quando fosse feita a paz geral.

A população de Olivença sofre um novo e brutal massacre, sendo aniquilada na sua maior parte. Neste cenário é difícil imaginar que houvesse alguém que continuasse a afirmar-se português, mas curiosamente houve-os. Mas todos os que restavam sabiam os que os esperava.  

 


Un texto muito interesante Miguel pero ou voce mente descaradamente ou o que o escrebeu non sabe contar, o texto di que 5 anos despois dessa revolta España e Francia tentan invadir Portugal saindo (entre outras zonas dende Olivenza), 1806+5 anos é 1811, nese momento España esta en guerra con Francia, informese un pouco melhor :roll: , e dende 1808 Olivenza estaba en mans francesas ja que as tropas que defendian a cidade renderonse tras 20 días de combates contra o ejercito francés, 20 días nos que nin Inglaterra nin Portugal nin ninguen acudeu na sua ajuda.
 

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Miguel

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« Responder #620 em: Março 12, 2006, 03:00:14 pm »
GENOCIDIO

Aponez sabe o que é um GENOCIDIO ?

Qual é a sua resposta?

A ponte que permitia a ligação a Portugal, foi destruida para impedir os Portugueses de Olivença fugir ao massacre.

Pode responder?

Olivença E Portugal

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O estatuto jurídico de Olivença
Olivença é um território português ilegalmente ocupado pela Espanha. Portugal não reconhece ao país vizinho a soberania sobre o Território de Olivença. Por esse facto, nunca se definiu a fronteira entre os dois países na região oliventina, faltando colocar 100 marcos na delimitação fronteiriça entre os dois estados ibéricos.
Os direitos de soberania que Portugal possui sobre Olivença são indiscutíveis e nenhum especialista de Direito Internacional os pode pôr em dúvida. A Constituição da República Portuguesa, pelo Artigo 5.º N.º 3, inviabiliza qualquer possibilidade de aquele território ser cedido à Espanha, pelo que a única solução para este litígio peninsular reside no cumprimento do estipulado no Tratado de Viena de 1815, pelo qual a Espanha se comprometeu a devolver Olivença a Portugal, o que até hoje ainda não cumpriu.
 

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Aponez

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« Responder #621 em: Março 13, 2006, 01:20:23 am »
Si, sei o que é un genocidio ¿Cando España tentou destruir TODA a poboación portuguesa? Ja que isso sería genocidio, o destruir unha ponte que é un medio de comunicación non é genocidio.

Olivenza NON é Portugal, é territorio español dende 1801, Tratado de Badajoz ¿ou esquenceu ese tratado?, en canto ó Congresso de Viena de 1815, esquence unha cousa, España non o firmou por tanto non ten por que obedecelo.
 

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Marauder

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« Responder #622 em: Março 13, 2006, 09:46:20 am »
Citação de: "Aponez"
Olivenza NON é Portugal, é territorio español dende 1801, Tratado de Badajoz ¿ou esquenceu ese tratado?, en canto ó Congresso de Viena de 1815, esquence unha cousa, España non o firmou por tanto non ten por que obedecelo.


  Aponez,

              pensava que já tinha aprendido....a invasão espanhola-francesa, que é conhecida como a 1ª invasão francesa em Portugal invalidou o Tratado de Badajoz. Existia uma alínea no tratado que em caso de quebra, o tratado seria considerado inválido.
 

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Miguel

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« Responder #623 em: Março 14, 2006, 08:20:47 pm »
A ponte destruida, pelos Espanhois, para impedir a fuga dos Portugueses de Olivença, e assim serem massacrados pelos espanhois.


Nunca esqueceremos.

 :Soldado2: VOLTAREMOS
 

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ferrol

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« Responder #624 em: Março 15, 2006, 08:18:21 am »

O "Príncipe da Paz", Manuel Godoy, pintado por Goya despois da victoria da Guerra das Laranxas. Obsérvese a bandeira portuguesa rendida á esquerda do cuadro.

Respecto do texto de Miguel, é unha mágoa que non se poña a orixe del, porque así se pode saber de onde sae cada cousa. Internet aguanta con todo, incluso con comparacións ridículas como a de Olivenza-Dachau:   :roll:

E moito menos con melodramáticos "nunca esqueceremos", manipuladores e falsos.

+ A ponte da Ajuda foi voada en 1.709, durante a Guerra de Sucesión española para evita-lo fornecemento loxístico dos 9 baluartes da cidade, non na Guerra das Laranxas de 1.801. Durante case un século, Olivenza foi portuguesa con esa ponte destruída, así que nada de destruir pontes para "masacrar portugueses".

+ Olivenza conquistouse sen disparar un só tiro. O Gobernador portugués da praza, Julio César Augusto Chermont, prohibéu disparar sobre as tropas españolas, xa que Olivenza non valía a vida dun só soldado portugués:
http://www.dip-badajoz.es/municipios/comarcas/c_olivenza/olivenza/historia3.htm

+ Olivenza foi española deica O tratado de Alcañices de 1.297. En 1.801 só se restaurou a lexitimidade histórica, por eso se devolveron pouco despois tódalas prazas conquistadas nesa guerra excepto Olivenza, que pertence por dereito histórico a España.

Saúdos.
Tu régere Imperio fluctus, Hispane memento
"Acuérdate España que tú registe el Imperio de los mares”
 

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Miguel

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« Responder #625 em: Março 15, 2006, 11:59:32 am »
Ferrol:

Portugal, tem a capacidade para recuperar rapidamente Olivença por via militar.

A unica diferença e que nos portugueses, respeitamos muito os direitos e tratados internacionais.Coisa que muitos não cumprem como a Espanha.

Cumprimentos
 

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Marauder

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« Responder #626 em: Março 15, 2006, 12:07:58 pm »
Citação de: "ferrol"
+ Olivenza foi española deica O tratado de Alcañices de 1.297. En 1.801 só se restaurou a lexitimidade histórica, por eso se devolveron pouco despois tódalas prazas conquistadas nesa guerra excepto Olivenza, que pertence por dereito histórico a España.

Saúdos.


 Epá...essa palavra deica não conheço, mas sim...Olivença deixou de ser espanhola a partir do tratado de Alcañines de 1297. Isto é, foi atribuida a Portugal nesse tratado.

   Diz isso o wikipédia em espanhol (e depois não digam que eu não mento as fontes :twisted: ):
http://es.wikipedia.org/wiki/Olivenza

Curioso, nas guerras sempre foi ocupada e sempre foi devolvida a Portugal....Quando é que estão a pensar devolver a nossa vila?

  Cumprimentos

 PS: Ferrol, relativamente à outra info que meteu, concordo que provavelmente seja verdade. Toda a gente fala de massacre em Olivença, mas nunca vi factos a indicar mortos, etc...Mas Olivença é Portugal lamento.
 

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Aponez

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« Responder #627 em: Março 15, 2006, 01:58:36 pm »
Citação de: "Miguel"
Ferrol:

Portugal, tem a capacidade para recuperar rapidamente Olivença por via militar.

A unica diferença e que nos portugueses, respeitamos muito os direitos e tratados internacionais.Coisa que muitos não cumprem como a Espanha.

Cumprimentos


Miguel:

Portugal tem a mesma capacidade para recuperar Olivenza que España para recuperar Gibraltar, ainda o tem máis facil posto que en Olivenza non hai forzas militares pero, ¿podería manter a sua conquista?.

Si, respetan tanto os tratados internacionais que menos de 3 anos depois da firma do Tratado de Badajoz navios ingleses seguian a utilizar Portugal como porto :roll:
 

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Aponez

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« Responder #628 em: Março 15, 2006, 02:00:47 pm »
Citação de: "Marauder"
Citação de: "ferrol"
+ Olivenza foi española deica O tratado de Alcañices de 1.297. En 1.801 só se restaurou a lexitimidade histórica, por eso se devolveron pouco despois tódalas prazas conquistadas nesa guerra excepto Olivenza, que pertence por dereito histórico a España.

Saúdos.

 Epá...essa palavra deica não conheço, mas sim...Olivença deixou de ser espanhola a partir do tratado de Alcañines de 1297. Isto é, foi atribuida a Portugal nesse tratado.

   Diz isso o wikipédia em espanhol (e depois não digam que eu não mento as fontes :twisted:
 

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Marauder

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« Responder #629 em: Março 15, 2006, 03:01:54 pm »
Citação de: "Marauder"
Citação de: "Aponez"
Olivenza NON é Portugal, é territorio español dende 1801, Tratado de Badajoz ¿ou esquenceu ese tratado?, en canto ó Congresso de Viena de 1815, esquence unha cousa, España non o firmou por tanto non ten por que obedecelo.

  Aponez,

              pensava que já tinha aprendido....a invasão espanhola-francesa, que é conhecida como a 1ª invasão francesa em Portugal invalidou o Tratado de Badajoz. Existia uma alínea no tratado que em caso de quebra, o tratado seria considerado inválido.


   8) Aqui vai mais uma vez....parece que a malta não aprende..