-> Vicente de Lisboa:
Considerando o que está no livro e nos documentos mostrados pelo investigador espanhol e começando pelo fim:
Sim, Franco tinha intenções de atacar a França de Vichy e fez planos nesse sentido.
A ideia falangista da Espanha Imperial, implicava a criação de um império «Hispano». Mesmo depois da II Guerra, Franco introduziu o conceito da Hispanidad, que até incluia o Brasil, e deixou o Salazar ainda mais irritado com ele. (Os brasileiros, evidentemente acharam que o Franco era um palhaço e não lhe ligaram nenhuma).
-> O Marrocos espanhol era apenas uma possessão no extremo norte de África. A maior parte de Marrocos era território francês.
-> O problema não era entre a Espanha e a França de Vichy, mas sim entre a Espanha e a Itália.
-> Tanto os espanhóis como os italianos tinham planos para abocanhar tantos bocados da França africana quanto possível. Quando Mussolini declarou guerra à Grã Bretanha, atou o exército italiano na fronteira leste e a Espanha ficou com a porta aberta. A situação ficou confusa em 1941 e em 1942 os americanos invadiram, pondo fim definitivo aos planos de Franco.
Hitler também tinha planos para abocanhar a França Africana. O plano Felix de tomada de Gibraltar, implicava a passagem para África de duas divisões alemãs uma das quais blindadas.
Essa era a principal razão que levava Franco a recusar a operação alemã de tomada de Gibraltar. Tomada Gibraltar, os alemães passavam para o norte de África e o plano espanhol de recuperar o norte de Africa francês ía para o «penico».
A invasão de Portugal era uma operação colateral, e não fazia necessariamente parte de um plano saído da mente de Francisco Franco. o autor do livro «A grande tentação» ignora paulatinamente as referências portuguesas aos planos de invasão, que tinham sido várias vezes referidos aos ingleses, nos planos que foram discutidos com eles para a defesa da peninsula.
Os planos espanhóis são anteriores sequer ao inicio da guerra civil. Planos de invasão de Portugal já eram publicados na imprensa de Madrid ainda a guerra não tinha começado.
Quando discutiram com os ingleses os planos de invasão, os generais portugueses estavam perfeitamente informados sobre os planos espanhóis, o que implica que ao contrário do que parece, Portugal tinha - pelo menos em termos especificamente militares - bastante boa informação sobre o dispositivo militar espanhol.
O que não parece que tinha era acesso aos politicos espanhóis, o que nos leva mais uma vez, para as más relações entre Franco e Salazar, que foram pura e simplesmente ignoradas.
O Pacto Ibérico, foi apenas uma ocasião para tirar fotografias, os dois regimes continuaram sempre de costas voltadas. Portugal voltado para a Inglaterra, à espera que esta fosse suficientemente forte para não ser preciso pedir apoio aos americanos.
A Espanha continuou voltada para a Alemanha, esperando que as coisas corressem bem aos alemães, para depois agir, quando a Espanha estivesxse em melhores condições.
Não é por acaso, que logo que Portugal recebeu carros de combate Valentine, que tornavam a arma blindada portuguesa mais poderosa que a Espanhola, os espanhois vão à pressa para Berlim pedir tanques Panzer IV.
Só imbecis como o Mário Soares, é que ainda olham para os dois regimes e vêm dois aliados...

Quanto a Fulgêncio Baptista, sabe para onde é que ele viajou quando foi deposto ?
Sabe onde morreu ?
Cumprimentos