Bom, algumas actualizações:
De acordo com alguns relatos existe afinal a hipótese do 19204 poder ter voado na passada sexta-feira 7, aproveitando o bom tempo que se fazia sentir e efectuando assim o voo inaugural pós-modernização. Tem estado na rampa de Yeovil, pelo que é plausível que tal tenha acontecido mesmo que a Leonardo ainda não o tenha divulgado oficialmente. O que é certo todavia, e infelizmente já suspeitado por todos nós, é que o aparelho não tem FLIR no nariz (pelo menos por ora) e então por esta altura assemelhar-se-á bastante externamente aos aparelhos ao serviço da Marinha Real Tailandesa.

Assim, a MB concebeu um programa de modernização de doze Lynx, ao longo de oito anos (2008 a 2015), em duas fases, a um custo de R$34,7 milhões. A explicação do número de Lynx a serem modernizados é que três deles foram acidentados, sendo dois com perda total (N-4007 e N-4008); o N-4002 (acidentado em 2002) será recuperado, como veremos adiante. A primeira fase do programa consiste de dois contratos. O primeiro, no valor de US$4.950.536, foi celebrado com a FLIR Systems Inc e prevê a aquisição de seis conjuntos de sensores FLIR Star Safire III. O segundo, no valor de US$3.119.165,07, foi celebrado com a Westland, para a instalação das partes fixas do FLIR em doze aeronaves, e sua integração ao radar Seaspray 3000. A segunda fase será a celebração, até 2012, de um contrato com a Westland, para a recuperação da célula do N-4002 e reparo de grandes componentes. Para a Marinha do Brasil, a importância do imageador térmico sempre foi bem clara. Todos os aviadores navais brasileiros que voaram os Lynx HMA Mk.8 da Royal Navy haviam sido unânimes em apontar suas importância, principalmente para a identificação de contactos à noite.
Modernamente, muitos navios de combate utilizam radares que se confundem com aqueles dos navios mercantes (é o caso, das “Niterói” e seu radar Furuno). Mesmo com equipamento MAGE, é por vezes muito difícil estabelecer a real identidade de um contacto. Em tempos de paz, é possível a um helicóptero se aproximar de um alvo, iluminá-lo com seu farol e identificá-lo visualmente, procedimento claramente inaceitável em situações de combate, No Lynx, o Star Safire III é operado por quem ocupa o assento do co-piloto, e a imagem obtida por ele é reproduzida com resolução de 640 x 512 pixels (o equipamento é estabilizado) no monitor do radar SeaSpray 3000. Entre as opções estão um telêmetro laser, um “Autotracker” (para acompanhamento automático), Digital Vídeo Recorder (gravador digital de vídeo) e a possibilidade de utilizar a câmera na faixa de luz visível (imagem exibida em CCD-TV). Existe também um sistema para desconexão rápida, que permita a imediata transferência para outra aeronave.
http://www.operacional.pt/modernizacao-dos-lynx-na-marinha-brasileira/
Pois é: a confirmar-se sem sombra de dúvida a ausência do sistema FLIR (muito provável pois não existe qualquer prova da sua aquisição) dos Super Lynx da Marinha Portuguesa, das duas uma: ou somos mais inteligentes e dotados que todos os outros, ou continua a mesma miséria de sempre, isto é, arranjar sim mas pelo preço mais baratinho...