OPERAÇÕES ESPECIAIS: Ingresso

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alpha

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« Responder #405 em: Dezembro 16, 2008, 01:08:25 pm »
e mais agora os oe nao tem missoes. as unicas missoes deles e fazerem cerimonias!!! infelizmente a tropa com mais qualificacoes fica em portugal. e apenas 4 a 6 saem por ano para missoes no estrangeiro... para k uma pessoa aldar la a passar fome e a dar cabo da saude para depois andar apanhar erva, a limpar o chao e a pintar paredes....
enquanto estes governantes nao dignificarem as operacoes especiais de lamego...nao vale a pena ir para la!
 

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Ranger Rebelde

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« Responder #406 em: Dezembro 16, 2008, 01:17:41 pm »
Ou o ppl que anda para aqui a argumentar nem sequer por lá passou, ou a confirmar-se estas denúncias é muito grave, porque sendo assim ainda mais razões existem para se fechar a Unidade de uma vez por todas, já que não tem "utilidade" prática na instituição do Exército... e em relação ao curso ser 24 horas, mais informo que até para se descansar 3 a 4 horas por noite, se o ppl estivesse no interior do quartel, entre o pelotão de instrução era garantida segurança às instalações através das parelhas que efectuavam as rondas nocturnas. Quem por lá passou sabe bem do que falo, quem não sabe, paciência...
« Última modificação: Dezembro 16, 2008, 01:19:59 pm por Ranger Rebelde »
 

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alpha

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« Responder #407 em: Dezembro 16, 2008, 01:18:04 pm »
4 a 6 militars
 

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alpha

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Re: Ingresso nos Rangers
« Responder #408 em: Dezembro 16, 2008, 01:28:56 pm »
atençao, a minha primeira intervençao neste forum foi para responder a isto:

Citação de: "outsider"
Boa noite,

Precisava da vossa ajuda para tentar perceber quanto tempo, alguém com um físico com enorme potencial, com força e alguma resistência precisa para se preparar fisicamente para conseguir entrar nos Rangers com sucesso. Alguém me pode ajudar?


e estava a referir m ao "curso", duraçao 6 meses k e o k os ditos "filhos de lamego" fazem. e quando falei mas primeiras semanas estava a referir m as 5 semanas de instrucao basica. porque acho k e neste "curso" durançao 6 meses k este elemento pretende entrar. estou certo??

agora o k o caro amigo "ranger rebelde" esta a falar e do o curso de operacoes especiais duraçao 3 meses!!! onde quem chegar ao fim e passar recebe a tao desejada boina verde seco e as insignias de operacoes especiasi!!!

tamos entendido? quanto as missoes e trabalhos depois e verdade porque eu constactei com os mus proprios olhos. tambem eu andeiao lado deles e sujei a arda da foda com lixivia!!!
 

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alpha

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« Responder #409 em: Dezembro 16, 2008, 01:43:47 pm »
atançao!!! nao pretendo aki denegrir a imagem das operacoes especiais!!! pelo contrario!! dou os meus parabens a quem acabar um curso de operacoes especias. porque quem acha k a vida e facil nunca frequentou um curso de operacoes especiais!!!!! mas meus senhores aquilo esta muito diferente desde os tempos da guerra colonial. porque ai sim eram verdadeiros guerreiros. mas tambem tenho k dizer k desde 2006 akilo mudou muito devido a visita dos psicologos do estado. as marchas nao nao sao os quilometros k eram. os prisioneiros de guerra ja nao estao la as horas k estavam!!! ate ja ha praxe em lamego lol
 

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RicP

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« Responder #410 em: Dezembro 16, 2008, 02:57:56 pm »
Caro alpha,

A instrução pelo que me consta continua a ser a mesma,dura mas humanizada.os tempos mudam,não é necessário ter uma instrução sem segurança hoje em dia.

Quem vai para lá,vai por gosto,não é perda de tempo mas sim algo que testa as capacidades do ser humano ao máximo a todos os níveis,há quem goste de passar por isso para se testar a ele mesmo e quem sabe conseguir seguir carreira militar entrando para a ESE.
Como em tudo na vida há boas e más histórias.

Já agora de onde retirou a expressão "filhos de Lamego"?não será que está a confundir com os "filhos da escola" dos Fuzileiros?
É como se diz aqui e diz se bem,quem nunca passou por tal mais vale é estar caladinho.
 

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alpha

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« Responder #411 em: Dezembro 16, 2008, 03:02:25 pm »
nao retirei de lado nenhum. e a designaçao k alguns rangers dao ao pessoal k vai directamente da vida civil para as operacoes especiais.
 

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Lightning

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« Responder #412 em: Dezembro 16, 2008, 11:52:34 pm »
Citação de: "Ranger Rebelde"
Ou o ppl que anda para aqui a argumentar nem sequer por lá passou, ou a confirmar-se estas denúncias é muito grave, porque sendo assim ainda mais razões existem para se fechar a Unidade de uma vez por todas, já que não tem "utilidade" prática na instituição do Exército... e em relação ao curso ser 24 horas, mais informo que até para se descansar 3 a 4 horas por noite, se o ppl estivesse no interior do quartel, entre o pelotão de instrução era garantida segurança às instalações através das parelhas que efectuavam as rondas nocturnas. Quem por lá passou sabe bem do que falo, quem não sabe, paciência...


Eu nunca por lá passei, mas tudo na vida tem que mudar com o tempo, umas vezes para melhor, outras para pior, porque o que fica parado no tempo tem a tendencia a ficar obsoleto e ai é que desaparece de vez.

Em relação aos OE não irem a missões, é uma verdade que eu também gostava que mudasse, mas por os Rangers não irem a missões (ou os que vão são poucos) não quer dizer que sejam uma força desnecessária (faz lembrar o tópico dos Fuzileiros), quer dizer sim que são uma força com uma certa capacidade que o Exército quer ter mas, o governo não quer usar, pelo menos actualmente, no futuro não se sabe.

Talvez os Rangers tenham que ser restruturados, não haver Rangers "ao pontapé" desculpem o termo, e haver menos Rangers mas todos especializados em uma área especifica (Sniper, LRRP, Montanhismo, etc).
Peço desculpa se estou a dizer uma grande barbaridade, é só uma ideia.
 

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Ranger Rebelde

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« Responder #413 em: Dezembro 17, 2008, 12:49:44 pm »
Filhos de Lamego? :lol: Já agora qual foi o seu curso/turno? Como diria o Ricp, quem não sabe o que diz, mais vale estar caladinho.

Sobre as OpEsp, sempre foram formadas por contingentes pequenos, mas de grande qualidade técnico-militar, o que acontece na realidade. Agora, se efectivamente, e pelas palavras de "pseudo" entendidos, não têm integração prática nas missões oficiais do Exército, para que interessa ao País manter uma estrutura que não tem qualquer tipo de utilidade na prática??? E depois quando regressarem à vida civil? O que irão fazer estes militares especializados? Atentados, emboscadas, eliminação de alvos, etc...??? Neste caso concreto, "País do faz de conta é um perigo para a sociedade civil..."
 

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RicP

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« Responder #414 em: Dezembro 17, 2008, 09:48:06 pm »
Caro Ranger Rebelde,eu não me fiava muito neste entendidos.
Mas num mundo como o nosso que é actualmente,onde o terrorismo reina seria totalmente impensável acabar com os OpEsp.

Pode ser verdade que não haja uma grande afluência de missões para as eles,mas nunca acabar com isso.
Nunca se sabe o dia de amanha e há que manter sempre prontos estes homens para o que der e vier.
 

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Ranger Rebelde

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« Responder #415 em: Dezembro 18, 2008, 12:55:37 pm »
Citação de: "RTP"
Nacional
Terrorismo: Comandante das Operações Especiais defende plano nacional que envolva militares e forças de segurança

Lisboa, 29 Mai 2008(Lusa) - O comandante do Centro de Tropas de Operações Especiais (CTOE), Coronel Martins Pereira, defendeu hoje a criação de um plano nacional de combate ao terrorismo que envolva as forças armadas e de segurança.

"A criação de um plano nacional é um caminho que deve ser seguido", disse à agência Lusa o comandante do CTOE, sedeado em Lamego, e que hoje participou na conferência internacional "Terrorismo: Ameaça ou Exagero?", organizada pela revista Sábado.

Segundo o responsável, o plano identificaria as ameaças, os riscos e o grau de intervenção de cada força, além de facilitar a intervenção no combate ao terrorismo.

Martins Pereira adiantou que há "um conjunto de passos que devem ser tomados", apesar de a Lei de Segurança Interna, que se encontra em discussão na Assembleia da República, já prever uma actuação das forças armadas em caso de ameaça terrorista, embora não especifique o tipo de acção a desenvolver.

"Ao nível das duas forças existe uma boa ligação e um conhecimento mútuo, faltando um plano nacional que clarifique as estruturas", afirmou, acrescentando que em caso de ameaça terrorista "a utilização do apoio militar aparece como última solução".

No entanto, o comandante do CTOE sublinhou que "há áreas especificas que as forças de segurança não dispõem como a luta biológica, quimica e nuclear". Segundo o responsável, as forças armadas têm essas capacidades, que devem ser utilizadas.

O plano nacional de combate ao terrorismo deveria ser, segundo Martins Pereira, idêntico ao modelo utilizado na protecção civil, onde existe uma estrutura em rede que actua em caso de necessidade e coloca em prontidão os meios disponíveis.

"No âmbito da Protecção Civil houve uma evolução forte" desde que está a funcionar este modelo, acrescentou.

O CTOE - Centro de Tropas de Operações Especiais , baseado em Lamego, é uma Unidade do Exército português com a missão de instrução de tropas em guerra não convencional e contra-terrorismo.

Até 2006 era conhecido como CIOE - Centro de Instrução de Operações Especiais.

O CTOE contém o BEOE - Batalhão de Elementos de Operações Especiais, popularmente conhecido como Rangers, que executa missões como Patrulhas de Reconhecimento de Longa Distância, raids contra alvos principais, localização de centros de comando e controlo inimigos, destruição das defesas aéreas e radares.

FONTE: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... =26&tema=1

Enquanto não levarem a sério estes "técnicos especialistas" destas áreas, a temática Terrorismo será sempre ridícula nesta "república das bananas" :evil:
 

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lazaro

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« Responder #416 em: Dezembro 18, 2008, 08:22:01 pm »
... E de forma pacífica e displicente à beira-mar plantados cá andamos ... :roll:
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #417 em: Dezembro 19, 2008, 12:09:55 pm »
Citação de: "alpha"
e mais agora os oe nao tem missoes. as unicas missoes deles e fazerem cerimonias!!! infelizmente a tropa com mais qualificacoes fica em portugal. e apenas 4 a 6 saem por ano para missoes no estrangeiro... para k uma pessoa aldar la a passar fome e a dar cabo da saude para depois andar apanhar erva, a limpar o chao e a pintar paredes....
enquanto estes governantes nao dignificarem as operacoes especiais de lamego...nao vale a pena ir para la!


4 a 6?

Para o Afeganistão foram os Snipers em apoio dos Comandos e dos Pára-quedistas (apesar de haver snipers na Companhia de Precursores).

Depois temos o DOE no contigente Português no Kosovo.

Ora um DOE são mais do que 4 a 6 e como as missões são de 6 meses, por ano o CTOE tem que preparar pelo menos 2 DOE.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Cabeça de Martelo

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Re: Ingresso nos Rangers
« Responder #418 em: Dezembro 19, 2008, 12:18:35 pm »
Citação de: "alpha"
atençao, a minha primeira intervençao neste forum foi para responder a isto:

e estava a referir m ao "curso", duraçao 6 meses k e o k os ditos "filhos de lamego" fazem. e quando falei mas primeiras semanas estava a referir m as 5 semanas de instrucao basica. porque acho k e neste "curso" durançao 6 meses k este elemento pretende entrar. estou certo??

agora o k o caro amigo "ranger rebelde" esta a falar e do o curso de operacoes especiais duraçao 3 meses!!! onde quem chegar ao fim e passar recebe a tao desejada boina verde seco e as insignias de operacoes especiasi!!!

tamos entendido? quanto as missoes e trabalhos depois e verdade porque eu constactei com os mus proprios olhos. tambem eu andeiao lado deles e sujei a arda da foda com lixivia!!!


A recruta sao 12 semanas. 5 semanas de instrução básica, juramento de bandeira, e 7 semanas de instrução complementar. Depois segue-se para o curso de especialização.

Depois do Curso de Operações especiais têm muitos outros pela frente (incluindo o de Pára-quedismo que não é pera doce).
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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GEP

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Excelente artigo sobre uma Unidade antecessora dos Rangers
« Responder #419 em: Dezembro 19, 2008, 05:44:50 pm »
Angola 1961: a eclosão do terrorismo
Esclarecimentos de um protagonista

Caros Camaradas e Amigos
Tenho vindo, de maneira superficial, a acompanhar estes comentários sobre o início do designado «terrorismo» em Angola, sobre os massacres então ali ocorridos, sobre os primeiros reforços militares enviados e respectivas actuações e, tal como já previa, acabo por constatar os mesmos lapsos ou (no mínimo) omissões que de forma lastimável, incompreensível e inadmissível se têm verificado e repetido, nomeadamente, até em registos de natureza, dimensão e importância qualitativamente muito diferentes já que "se inscreverão na história", tais como publicações e livros diversos - alguns deles (infelizmente) de autores militares -, intervenções avulsas ou contextualizadas nos "media" nacionais, programas e séries de TV em que não deixo de incluir a recente produção da autoria do jornalista J. Furtado.
Procurarei, assim, e para já exclusivamente no que respeita à questão particular referente às primeiras forças militares enviadas (mobilizadas) para Angola, após a eclosão do conflito (noite de 15/16 de Março de 1961), repor a verdade sobre os factos ocorridos com vista a clarificar os lapsos e/ou omissões acima citados, mais que não seja, como acto de muito respeito e testemunho de veneração por todos aqueles que já não se encontram entre nós, precisamente por, nesse tempo distante mas sempre tão presente, terem dado as suas vidas no cumprimento do nobre dever que só a «condição militar» (especificidade tão incompreendida e tão maltratada, até, tem vindo a ser nestes últimos tempos) obriga. Falo, como é óbvio, dos deveres para com a Pátria, mormente, o do sacrifício da vida, inscritos no Código e no Juramento de Honra do cidadão militar.
Passemos, porém, aos factos em apreço. A 16 de Março, logo que conhecidos foram pelo poder político, na (então) Metrópole, os sangrentos e criminosos actos ocorridos em Angola na data acima referida, por decisão superior foi determinado o imediato envio para ali, por via aérea em aviões da TAP, da 7ª Companhia de Caçadores Especiais - 7ªCCE (posteriormente denominada 78ª) que se encontrava sedeada no B.C.5 em Lisboa e que muito recentemente havia completado a sua instrução de aprontamento operacional no Centro de Instrução de Operações Especiais - CIOE, em Lamego. A urgência imposta revestiu tal grau que a nenhum seu militar, inclusive aos residentes em Lisboa e na sua cintura, foi autorizada a saída do quartel para contacto e despedida dos seus familiares; houve, nessa tarde, que se proceder à vacinação de todo o pessoal no Institudo de Medicina Tropical, fazer espólios, distribuir novas dotações de fardamento camuflado, distribuir armamento ligeiro e munições aos graduados e receber instruções adequadas à situação.
Esta sub-unidade era comandada pelo Capitão de Inf. Abílio Eurico Castelo da Silva, que ao princípio da noite de 16 de Março de 1961, marchou com um 1º escalão da mesma num Super-Constellation da TAP (via ilha do Sal); face à total indisponibilidade de mais qualquer aeronave da respectiva frota, nessa data, só a 18 e 19 de Março, nas mesmas condições, marcham os 2º e 3º escalões da Companhia, sendo este último comandado por mim (Alferes de Infª, cmdt do 1º Pelotão e Adj. do Cmdt.).
Esta primeira força militar rapidamente encaminhada para o teatro de operações e, normalmente, pouco citada antes quase sempre omitida, até, nas mais diversas referências e descrições, quer faladas quer escritas, àcerca do início do conflito em Angola, ocorre relativamente apreciável tempo antes, ainda, da mobilização de unidades de escalão Batalhão - e acaba por realizar, à semelhança de outras muito poucas sub-unidades para lá mobilizadas ainda antes de 15 de Março de 1961, assim como das também poucas para lá deslocadas na circunstância, missões difíceis em condições perigosas, que exigiram sacrifícios de toda a ordem num ambiente de enorme tensão e de grande e generalizada instabilidade psicológica, por que não dizer mesmo de verdadeiro pânico das populações e de muita preocupação por parte das autoridades civis e militares.
É, pois, neste quadro que a 7ª CCE cumpre múltiplas missões nos Distritos do Quanza Norte e do Uige, centradas em toda a região dos Dembos (e rio Dange), área das inúmeras e grandes roças produtoras de café, que constituíram os «alvos» preferenciais da barbárie, em pé de igualdade com a quase totalidade das pequenas povoações, algumas das quais sedes de Administrações e de Postos Administrativos, onde, em comum, se desenrolaram os mais traiçoeiros e impiedosos ataques efectuados pelo movimento dirigido por Holden Roberto, designado, então, por "União das Populações de Angola" - UPA.
Esta intervenção de grande mobilidade sobre os Dembos é realizada pela 7ªCCE (-), já que dois dos seus pelotões foram destacados para garantir a segurança da capital de Distrito do Quanza Norte (Salazar), das povoações de Dondo e de Lucala e da barragem de Cambamba à data em plena construção, e pela 6ª C Caçadores (-) com a qual se verifica idêntico emprego atribuindo-se-lhe a segurança das povoações de Quibaxe, Bula-Atumba, Pango-Aluquem entre outras. Estas forças foram, para o efeito, integradas num Comando de Batalhão (muito reduzido), denominado por "Batalhão Eventual" e cujo comando foi atribuído ao (então) Major de Infª Rebocho Vaz que, até aí, desempenhava as funções 2º Cmdt do RI de Luanda.(Recorda-se aqui que o Ten Inf Jofre Prazeres, morto poucos dias depois, era seu adjunto e pertencia, igualmente, àquele RI).
Nas acções, inicialmente desenvolvidas, sempre em condições muito complexas e sem o mínimo apoio logístico, por total inexistência de meios, o seu pessoal procede ao levantamento dos hediondos danos cometidos pelo inimigo por toda essa vasta região, tenta a identificação e trata dos inúmeros mortos encontrados, salva e recupera bastantes colonos e nativos (bailundos) assalariados nas roças, que haviam conseguido furtar-se aos ataques (chacinas) fugindo e escondendo-se na mata e noutros locais seguros, dando-lhes todo o auxílio e protecção na desesperada busca de familiares não encontrados assim como na recuperação de alguns bens mais significativos, presta socorros a feridos que surgiram nas mais díspares situações e ajuda as populações a organizar-se em autodefesa nas povoações não atacadas e não abandonadas. Simultaneamente e com frequência, efectivos seus, na exploração de notícias obtidas e na perseguição de grupos inimigos, confrontam-se e travam com eles acções de combate, sobretudo aquando vítimas de emboscadas, por norma, montadas em locais difíceis e preparados com abatises.
É neste cenário e nestas condições que, decorridos que foram cerca de 15 dias de permanência em Angola, não obstante as inúmeras baixas provocadas ao inimigo, a 7ª CCE contava já, também, com um considerável número de baixas em combate - 7 mortos e 1 desaparecido.
De entre os mortos figurava o próprio comandante, Cap. Castelo da Silva, chefe que todos, mas todos, os seus subordinados veneravam profundamente e que, por todas as formas, tentavam tomar como exemplo (morto e chacinado com outros militares, em 02 de Abril de 1961, numa emboscada sofrida no triângulo Aldeia Viçosa - Vista Alegre - Cambambe, concretamente em Cólua).
Figura ímpar nas suas dimensões de Homem e de Militar sobravam-lhe qualidades e virtudes que o tempo - não fosse todo o infortúnio desse nefasto acontecimento - inexoravelmente se encarregaria de conferir os devidos reconhecimento e realce.
Ocorre de forma inverosímil, injusta e vergonhosa que este Distinto, Valente e Exemplar Militar nem, postumamente, merecedor foi de um singelo louvor.
O historial pátrio tem inscritos, também, exemplos destes!!

Valdemar Diniz Clemente (Cor. Infª Reformado)

NOTA – O autor deste comentário pede a todo e qualquer cidadão e agradece, profundamente, que faça dele a maior divulgação já que, face ao pensamento corrente e dominante nas actuais "elites", tão distraídas, rejeitantes e altamente aleivosas desse passado nacional, o simples conhecimento destes factos assim como de tantos outros da mesma sorte, possa constituir uma salutar lufada de natureza conceptual relativa à Honra, ao Respeito e à Gratidão.
Por outro lado e da nossa parte, tal gesto representará sempre uma pequeníssima Homenagem ao Cap. Infª A. Eurico Castelo da Silva e a todos os demais militares vítimas dos repugnantes acontecimentos desse período.
Este pedido abrange a inserção em blogues que, pela sua estratégia editorial, possibilitem o esclarecimento dos acontecimentos militares de 1961 em Angola e outros semelhantes.

http://viriatos.blogspot.com/2008/05/an ... rismo.html
Simba