Apetece-me gritar bem alto, FO...

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miguelbud

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1005 em: Setembro 11, 2012, 08:29:11 pm »
Citação de: "Camuflage"
Reformado com perto de 700€ bem bom, já tem filhos maiores de idade, precisa de mais porquê? A reforma é um subsidio à velhice não é um salário, se não juntou durante a vida de trabalho, também não tem o direito de exigir que outros o sustentem.
Velhice descansada? Normalmente é nesta altura que as doenças atacam, portanto o melhor será pedir uma velhice com bons acessos à saúde, exercício físico e boa alimentação para combater incurias de outros tempos.
O facto de haver trabalhadores que nao ganham isso por mes, nao invalida a queixa. Para ganhar os 700€ imagina o quanto deve ter descontado quando ainda nao tinha filhos maiores de idade, para depois vir o tal "rapaz", leia-se puto (pois parece-me que ele tem idade para ser pai do passos), lhe tirar cerca de 20% daquilo que ele confiou na pátria que defendeu na guerra.
 

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routechecker

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1006 em: Setembro 11, 2012, 09:18:42 pm »
Citação de: "Camuflage"
Reformado com perto de 700€ bem bom, já tem filhos maiores de idade, precisa de mais porquê? A reforma é um subsidio à velhice não é um salário, se não juntou durante a vida de trabalho, também não tem o direito de exigir que outros o sustentem.
Velhice descansada? Normalmente é nesta altura que as doenças atacam, portanto o melhor será pedir uma velhice com bons acessos à saúde, exercício físico e boa alimentação para combater incurias de outros tempos.

Se soubessem o irreal que é, para quem vive fora de Portugal, ler que "700€ bem bom, já tem filhos maiores de idade, precisa de mais porquê"...
Nunca pensei que ter saido do pais à 20 anos atràs haveria de se tornar na melhor decisão que tomei na minha vida.
Portugal jà nem para férias....
When people speak to you about a preventive war, you tell them to go and fight it. After my experience, I have come to hate war. War settles nothing: Dwight David Eisenhower : 34th president of the United States, 1890-1969
 

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Luso

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1007 em: Setembro 11, 2012, 10:20:05 pm »
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1008 em: Setembro 12, 2012, 04:59:29 pm »
Citação de: "Camuflage"
Reformado com perto de 700€ bem bom, já tem filhos maiores de idade, precisa de mais porquê? A reforma é um subsidio à velhice não é um salário, se não juntou durante a vida de trabalho, também não tem o direito de exigir que outros o sustentem.
Velhice descansada? Normalmente é nesta altura que as doenças atacam, portanto o melhor será pedir uma velhice com bons acessos à saúde, exercício físico e boa alimentação para combater incurias de outros tempos.


És tu Passinhos?
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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FoxTroop

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1009 em: Setembro 12, 2012, 08:25:52 pm »
Citação de: "Camuflage"
Reformado com perto de 700€ bem bom, já tem filhos maiores de idade, precisa de mais porquê? A reforma é um subsidio à velhice não é um salário, se não juntou durante a vida de trabalho, também não tem o direito de exigir que outros o sustentem.
Velhice descansada? Normalmente é nesta altura que as doenças atacam, portanto o melhor será pedir uma velhice com bons acessos à saúde, exercício físico e boa alimentação para combater incurias de outros tempos.


Uau!!!!  Hás-de lá chegar e com esse pensamento depois queixa-te ao Totta
 

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Camuflage

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1010 em: Setembro 12, 2012, 09:33:07 pm »
Façam a vossas continhas sobre quanto já descontaram para a segurança social e quanto esperam descontar até aos 65 anos com perspectiva de vida até aos 80, subtraiam-lhe os abonos, RSI, subsidio de desemprego  e afins que usufruíram até hoje no final digam-me quanto é que têm direito a receber do Estado. Anda por aqui muita gente com a cabeça metida na areia a julgar que mete 20 no saco, tira 10 e no fim tem direito a 50.
Eu sei que nao vou ter direito a reforma porque ando a sustentar os mais velhos com reformas insustentáveis, tenho plena noção do que eu contribuir em toda a minha vida, será para outros usufruírem, e mesmo que eu viesse a auferir todas as minhas contribuições, sem nunca ter recebido algum por outro tipo de subsídios, não teria direito a mais do que 200 e picos € mensais.
Juntem e rentabilizem o que ganham durante a vida, não se fiem em cantigas nem esperem que o Estado vos vá pagar para "córtir" a vida de reformados, isso acabou.

A reforma é aquilo que vocês decidem juntar ao longo da vida, não é o subsidio que o Estado vos paga. Subsidio = a ajuda para acesso a elementos básicos e não a um salário.

Não sou da cor politica de que alguns daqui são mas que subitamente trocam quando o Governo muda, já deixei claramente que não tenho cor politica nem pertenço a nenhum clube.
 

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Luso

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1011 em: Setembro 13, 2012, 12:02:49 am »
Reforma decente?

Isso foi só para a geração abrileira, perdulária, gabarola, infantil e deletéria que nos trouxe a isto. A que mais ganhou e que condenou os mais novos à servidão e à partida. PQP é o que tenho a dizer.
Não tenho ilusões quanto à reforma.
Mas ainda tenho quanto à Justiça a fazer.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1012 em: Setembro 13, 2012, 04:57:55 pm »
Ferreira Leite arrasa Gaspar: "Não se pode governar com base num acto de fé" e "destroçar" o País
13 Setembro 2012 | 00:29

O Executivo de Passos Coelho está a ser teimoso, não explica as medidas, está a governar o País com base num acto de fé e através de modelos e vai acabar por destroçar Portugal se não mudar de rumo. As palavras, bastante duras, são da ex-líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, que ainda acredita que o corte da TSU não vai avançar, pois é preciso ter "bom senso".
Manuela Ferreira Leite deu esta noite uma entrevista à TVI24, onde lançou duras críticas às medidas de austeridade anunciadas pelo Governo, centrando a reprovação na intenção do Governo em agravar a contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social, por contrapartida à descida da taxa social única das empresas para 18%.

“Onde é que isto nos conduz?”, questiona Ferreira Leite, alertando para a necessidade de o Governo fazer uma análise e apresentar estudos sobre as medidas que pretende implementar e depois efectuar uma comunicação aos portugueses para dizer como estará o País em 2014.

Salientando que as medidas tomadas até aqui “não têm estado a dar resultados”, adiantou que um programa de ajustamento desta natureza tem que ser aplicado com “bom senso”, sem que a contrapartida seja “destruir um país, destroçar um país”.

“Se continuamos a insistir nesta receita, que não está a dar resultados, quando chegarmos ao fim o País está destroçado”, acusou Ferreira Leite, acrescentando não acreditar que “a troika queira destruir o País”.

Criticou também o Executivo de Passos Coelho por não dizer aos portugueses qual é o rumo do País. “Era bom que no anúncio das medidas nos mostrassem para onde vamos, onde pensam que vamos chegar”, pois não interessa introduzir medidas “se depois o País não se conseguir levantar”. “Se não alterarmos a política, nada nos indica que vamos melhorar”.

Como alternativa, Ferreira Leite recomenda que se negoceie com quem empresta dinheiro a Portugal, pois os “credores não estão interessados em que não tenhamos condições para lhes pagar”.

“Só por teimosia se pode insistir na receita”, disse Ferreira Leite, considerando que nos últimos agravamentos de impostos já “toda a gente via que não ia dar resultados, já se percebia que não dá receita”, por isso “devia-se alterar”, pois é para isso que servem as “negociações com a troika”.

Os modelos de Gaspar

A ex-ministra das Finanças do Governo de Barroso critica também o facto de não serem conhecidas as negociações com a troika.

“Não sei quais destas medidas foram impostas pela troika, quais recusámos, quais as que propusemos”, lamentou, acrescentando não ser capaz de “avaliar o papel pernicioso ou benéfico da visão que a troika tem” sobre a política que está a ser seguida.

Questionou também por que motivo é que a redução da TSU é agora considerada “essencial”, se não se houve “um sindicato, um economista, um empresário a defender” tal decisão. Para Ferreira Leite, a medida é “altamente perniciosa”, vai “aumentar dramaticamente o desemprego” e só por “teimosia é que pode vir a ser aplicada”.

Acusou o ministro das Finanças de estar a governar o País através de modelos e com base na experiência, pois um País é constituído por pessoas e a economia não é uma ciência exacta e dogmática.

“Sobre o mesmo assunto pode haver várias opiniões válidas. Um País governado com modelos é algo que me dá um enorme desconforto. Não podemos transformar o País num exercício de experimentação”, afirmou, acrescentando que se Vítor Gaspar está a tomar medidas “com base no que dizem os modelos, só por sorte é que acerta”.

“Bom senso vai acabar por imperar”

O que está a faltar muito a este Governo é “bom senso” e fundamentalmente “prudência”. Sobretudo numa altura em que a “Europa está numa situação que sabemos qual é: complexa e com poucas soluções”.

“Tínhamos que atravessar uma ponte”. Até aqui “temos percorrido sem problemas”, mas “quando estamos no meio da ponte”, temos que ter “a maior das precauções”, pois se “vamos tomar as medidas todas muito depressa” vamos “cair ao fundo e quando surgirem as medidas [na Europa] já estamos afogados lá em baixo”, ilustrou.

Reconheceu que se estivesse no Governo não teria adoptado medidas muito diferentes das seguidas até aqui, mas garante que a atitude perante a troika era diferente. “O meu remédio não seria muito diferente, pois a orientação é externa. Mas de uma coisa tenho a certeza. Aquilo a que fosse obrigada a fazer e soubesse que era pernicioso, no mínimo dizia aos portugueses: ‘É mau, mas tenho que fazer. São eles que mandam. E berrava na Europa. Sou bem comportado e não me ouvem?”, questionou.

“Não tomaria nunca uma medida que tivesse um impacto tão violento”, ainda por cima sem benefício no emprego, disse Ferreira Leite, referindo-se à TSU, e usando depois outra analogia: “ninguém gosta de xarope, mas tomam de olhos fechado pois sabem que é para tratar a doença. Mas se tomo e estou pior e vem o médico e diz que se tem que tomar mais xarope, ninguém quer engolir pela segunda vez.”

“Não sei qual é o interesse desta medida surreal” de reduzir a TSU, disse Ferreira Leite, mostrando ainda esperanças que não avance. “Estou muito convicta de que o bom senso vai acabar por imperar” e que não se avance com “medidas que terão um efeito dramático no País”.

“Parece que se está a querer ficar igual à Grécia de propósito”

Lembrou que sempre defendeu que Portugal não era a Grécia, sobretudo porque “tínhamos consenso politico, maioria alargada no Parlamento, acordo de concertação social e uma máquina fiscal eficiente”.

Contudo, nos últimos dias quase tudo se alterou. “Parece que se está a querer ficar igual à Grécia de propósito”, lamentou Ferreira Leite, admitindo que “estamos todos desconfiados com o que se passa com o CDS”.

Quanto ao consenso social, Ferreira Leite questionou como os sindicatos podem aceitar a redução da TSU se isso vai agravar o desemprego e como os trabalhadores vão financiar as empresas sabendo que estas podem falir dentro de dias.

“Quando estou na rua sinto que há um ambiente de enorme desânimo e enorme descrédito”, disse Ferreira Leite, acrescentando que todos tiveram a noção e estavam mobilizados para a necessidade e inevitabilidade de fazer sacrifícios, “mas creio que ninguém teve a noção que esse processo poderia conduzir a que todos ficássemos pobres”.

Como se vai baixar o défice de 4,5% em 2013 para 2,5% em 2014?

Além de pedir esclarecimentos sobre como estará o país em 2014 e como decorrem as negociações com a troika, Ferreira Leite quer também ter mais informação como será o ajustamento orçamental em 2014.

“Temos esta brutalidade de medidas para 2013, para passar de um défice de 5% [em 2012] para 4,5%. Então como se passa de 4,5% para 2,5% em 2014? Chegaremos a que País? O que é que resta?”, questionou.

A ex-líder do PSD tem também dúvida sobre como vai conseguir Portugal regressar a uma trajectória de crescimento. Nessa altura “já não há empresas, faliram”, disse Ferreira Leite, desabafando que “não consigo imaginar. Isto não pode ser um acto de fé. Não podemos governar um país com um acto de fé”, só porque “acreditamos que isto vai acontecer”.


Presidente da República não pode servir para lavar consciência dos deputados

Ao longo da entrevista à TVI24, Ferreira Leite repetiu por diversas vezes o apelo ao bom senso e prudência, tendo em consideração as incógnitas que existem na Europa. “Não nos devemos precipitar, fazer experiências e sermos voluntaristas”.

Questionada sobre o papel do Presidente da República, Ferreira Leite desvalorizou o papel de Cavaco Silva no que diz respeito ao Orçamento do Estado. Apelou antes aos deputados, que foram eleitos pelas pessoas e não podem aprovar o Orçamento e esperar depois que o Presidente da República “lhes lave a consciência”.

“Não nos podemos apoiar naquilo que o Presidente da República pode fazer para nos isentarmos de exercer as obrigações que cada um”, afirmou Ferreira Leite, lembrando que há muitas formas de um deputado demonstrar a sua opinião, que no limite pode passar por “abandonar o mandato”.

Defendeu ainda a existência de manifestações, desde que sejam pacíficas e sirvam para mostrar aos poderes públicos que as “pessoas não aceitam determinado tipo de medidas”.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=578299
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Luso

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1013 em: Setembro 13, 2012, 05:44:44 pm »
Citação de: "P44"
Ferreira Leite arrasa Gaspar: "Não se pode governar com base num acto de fé" e "destroçar" o País
13 Setembro 2012 | 00:29

“Parece que se está a querer ficar igual à Grécia de propósito”


- Ela sabe o que se passa!

Perguntem-se quem ganha com outra Grécia na Europa!
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Miguel

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« Responder #1014 em: Setembro 13, 2012, 06:34:19 pm »
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« Última modificação: Setembro 13, 2012, 06:55:32 pm por Miguel »
 

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Luso

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« Responder #1015 em: Setembro 13, 2012, 06:38:17 pm »
Quinta-feira, 13 de Setembro de 2012
A prioridade da Pátria

Para lá de ter da reclamação de uma auditoria imediata das contas públicas, de enviar para inquérito judicial todo e qualquer grande negócio dos dois governos anteriores e de limpar o Estado de todos os dirigentes socratinos, o desafio que o Governo tinha pela frente logo que tomou posse em 21-6-2011, era resolver o abuso das parcerias público-privadas (PPP) do socialismo corrupto. Nem sequer as arranhou, nem lhes trouxe os ganhos, de negócios sem risco, para os valores próximos da taxa de juro dos depósitos: fez-lhes cócegas, em negociações amigáveis, sem informar o povo do valor atual líquido dos descontos obtidos (nem da percentagem atualizada de descontos obtida, nem da redução por motivo de os desobrigar de manutenção ou de determinadas obras ou cedência de troços de acesso). O povo continua sem quase nada saber.

Passados cinco trimestres, nenhum destes quatro vetores do programa patriótico foi cumprido. Não foi, portanto, o povo que rompeu com o Governo: foi o Governo que rompeu o pacto moral (eleitoral) de que o povo não o desobrigou. E posto perante uma opção de vida ou de morte, nesta beira do precipício onde o País se reencontra, não parece que o Governo se emende. O Governo não acaba com os abusos das PPP: as PPP é que acabam com o Governo. Aliás, o que o povo desonfia é que mais rapidamente Passos Coelho, Miguel Relvas, Vítor Gaspar ou Paulo Portas, deixariam o Governo do que decretariam a suspensão dos pagamentos das parcerias público-privadas até ao apuramento judicial da legalidade e regularidade de todos os contratos, das «cláusulas secretas»  (alô, Dr. António Barreto, por que não denunciou isso há quatro anos, quando soube?!...), dos estudos de tráfego manhosos e dos anexos decisivos, e trânsito em julgado dessas decisões judiciais. Além da imediata revogação das instâncias arbitrais desses negócios ruinosos.

Não se diga que isto não se pode fazer: o império da lei pertence ao Estado. E este momento de aflição nacional não vejo partido, nem Presidente da República, nem Tribunal Constitucional que tivesse a desfaçatez de se opor à revogação dos tribunais arbitrais especiais (todos de lá de casa...) e à suspensão dos pagamentos até à verificação da legalidade e regularidade dos contratos das parcerias público-privadas.

Engana-se quem mente ao veicular que os patriotas não querem o reequilíbrio orçamental. Querem, ainda mais do que qualquer socialista ou moralmente corrupto bloco-centralista. Um sacrifício temporário, equitativo (não aquele em que os sobrinhos têm tudo e os bastardos zero) e justo (com responsabilização judicial dos prevaricadores). Lembro que eu defendi, aqui ,orçamento com défice «zero»: com suspensão dos pagamentos das PP e correção de abusos na subsidiodependência de (des)inserção e nos prazos ociosos, além do encerramento de serviços inúteis do Estado (ERC, etc.) e fundações sorvedouro.

O futuro pessoal dos governantes atuais pode depender do cumprimento dos compromissos pré-eleitorais - quando se deu o assalto ao PSD -, mas o futuro imediato do povo depende da suspensão das PPP. Convém lembrar a prioridade de Francisco Sá Carneiro: primeiro o país, depois a democracia e só depois o partido. Quem pretende a solidariedade partidária à frente da obrigação com o País e até com a democracia, desmerece o partido de Sá Carneiro.

Por aqui, agora e sempre, não cedemos à chantagem moralmente corrupta: apoiar estes, apesar de se recusarem a mudar de política, para evitar que venham os outros. Não consentimos no abuso, simplesmente porque «são os nossos»... Nossos são os patriotas que põem o País e o povo, antes de qualquer compromisso pré-eleitoral com banqueiros, construtores e financiadores. Não apoiamos estes porque governam mal e não se emendam; e não aceitamos que a demissão destes (Passos, Relvas, Portas , Gaspar, etc.) implique eleições antecipadas e o regresso dos anjinhos socialistas. Creio ser possível nomear um Governo de salvação nacional no quadro da atual maioria ideológica, com personalidades independentes, todos imbuídos do espírito patriótico e a aplicação do programa mínimo que apresentámos.


Publicado por António Balbino Caldeira em 3:12:00 p.m.


http://doportugalprofundo.blogspot.pt/
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1016 em: Setembro 14, 2012, 10:43:16 am »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1017 em: Setembro 14, 2012, 11:06:22 am »
a história do PINÓCRATES II

As contradições de Passos

Antes de chegar ao poder, o actual primeiro-ministro escreveu um livro e usou as redes sociais para apresentar ao país as suas ideias. Quando o PSD disse "basta", "porque a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos", Passos passou a estar sujeito a um escrutínio inevitável: a comparação entre o que disse e o que fez.

14-09-2012 8:00 por Carla Caixinha

Depois de ter chegado ao Governo, Pedro Passos Coelho confrontou-se com a fragilidade das contas do Estado. Perante um país intervencionado e desassossegado pelo défice, a austeridade fez-se incontornável. Ao fim de 15 meses a liderar o país, o discurso que pautou a passagem de Passos Coelho pela oposição nem sempre foi sustentado pelos actos governativos.

Antes de vencer as eleições, o agora primeiro-ministro recorreu ao Twitter como arma política. Entre críticas e promessas, explicou em Abril de 2011 por que motivo chumbou o PEC IV, que fez cair Sócrates. "O PSD chumbou o PEC 4 porque tem de se dizer basta: a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte de rendimento", lê-se num "tweet".

"Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português", escreveu também no Twitter. "Se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pessoas", sustentou Passos noutro "tweet".

A realidade dos últimos meses proporciona uma dimensão diferente a todos estes pensamentos escritos por Passos em 2011. Ainda assim, o então líder do PSD também se salvaguadou: "Não posso prometer que não haja aumento de impostos. Não vou prometer coisas que não tenha a consciência de poder cumprir".

Por outro lado, há um outro "tweet" que sobressai na "timeline" de Passos precisamente sobre a temática dos impostos. "Impostos e salários foram sacrificados para pagar juros demasiado altos. Quem assim procedeu não pensou no país mas em salvar a própria pele."


O IVA que não queria subir
Há cerca de dois anos, Passos Coelho publicou um livro cujo título era uma declaração de princípios: "Mudar". Um dos temas mais desenvolvidos é o do IVA, imposto que o Governo acabou por agravar.

"Os impostos indirectos tratam todos pela mesma medida, tanto pobres como ricos, razão porque são, nesse aspecto, mais injustos. É essa, aliás, a razão porque eu nunca concordei em taxar cada vez mais os impostos indirectos, nomeadamente o IVA. Ele vale 20% para quem tem muito como para quem tem pouco", escreveu Pedro Passos Coelho em 2010.

Em Março de 2011, voltou a tocar no tema. "Os impostos têm um efeito recessivo sobre a economia. A ideia que se foi gerando em Portugal de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento”, declarou o presidente do PSD numa conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa.

Quando chegou ao poder, Passos acabou mesmo por mexer no IVA. Agravou o imposto sobre um conjunto de produtos e a restauração foi das mais penalizadas: pulou de 13% para 23%.

A propósito do IVA, há outra declaração forte. Passos sublinhou que, numa situação limite, preferia sempre "pensar nos impostos sobre o consumo do que ir às pensões mais degradadas que existem em Portugal". O Governo também acabou por mexer nas pensões, cortando dois meses (subsídios de Natal e de férias): valores entre os 600 e os 1.100 euros foram penalizados com cortes progressivos e, acima deste valor, o corte foi integral. Os pensionistas abaixo dos 600 euros, que será o valor que o Governo terá entendido como o das "pensões mais degradadas", foram poupados.

Os subsídios que se foram e o laboratório da TSU
Uma das declarações de Passos que é recordada com frequência surgiu dois meses antes das eleições, em Abril de 2011. O então líder do PSD garantia a uma adolescente de uma escola de Vila Franca de Xira que não iria haver cortes no 13º mês.

"Nós nunca falamos disso. Isso é um disparate", garantiu. Já antes, a 24 de Março, Passos afirmara em Bruxelas que não ia tocar nos impostos sobre os rendimentos. "Se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, a minha garantia é que ela seria canalizada para os impostos sobre o consumo e não sobre os rendimentos das pessoas."

Depois de chegar ao Governo, acabou mesmo por mexer nos subsídios e nos rendimentos. Primeiro, anunciou um imposto extraordinário sobre os rendimentos equivalente a 50% do subsídio de Natal acima dos 485 euros. Mais tarde, cortou mesmo dois subsídios aos funcionários públicos e aos pensionistas, medida que o Tribunal Constitucional acabou por travar. Ainda assim, os pensionistas, mesmo apesar da decisão do Tribunal, vão continuar sem os 13º e 14º meses em 2013.

Já em Setembro deste ano, Passos deu a conhecer um agravamento nas contribuições dos trabalhadores, que vão passar a descontar 18% do seu salário para a Segurança Social (em vez dos actuais 11%). Por sua vez, as contribuições das empresas descem de 23,75% para 18%.

A propósito destas contribuições, e numa entrevista concedida à RTP há cerca de um ano, Passos disse que não havia margem orçamental para uma descida generalizada da taxa social única (TSU). O Governo excluiu a possibilidade de seguir a recomendação do FMI, que sugeria um corte de oito pontos percentuais da TSU, argumentando que tal exigiria um esforço considerável para compensar a queda de receitas da Segurança Social. O primeiro-ministro afirmou inclusivamente que este Governo não aceitaria fazer de "Portugal" um "laboratório para estudar medidas radicais".
 
Esta quinta-feira, em entrevista à RTP, e confrontado com estas declarações que fez, Passos deu a sua versão dos factos. Explicou que este corte discutido há um ano previa um agravamento ainda maior do IVA - o Governo já o tinha agravado - e que, por isso mesmo, recusou avançar. Um ano depois, e em vez de mexidas no IVA, Passos decidiu que são os trabalhadores que devem suportar o esforço.

Viragem adiada
No início de 2012, Passos foi ao Parlamento anunciar que o novo ano ia marcar "a viragem económica" do país e sustentou que os portugueses iam perceber que os sacrifícios não foram feitos em vão. Três meses depois, em entrevista à TVI, acrescentou mais um ano à estimativa. "A nossa previsão é que a partir de 2013, como disse, haja recuperação da economia e essa recuperação será mais pronunciada a partir de 2014."

A 14 de Agosto deste ano, o primeiro-ministro voltou às previsões. Durante a festa do Pontal, referiu que "2013 será um ano de inversão na situação da actividade económica em Portugal". "Estou muito confiante, apesar das adversidades externas, que nós temos todas as condições para que 2013 seja um ano já de estabilização da nossa economia e de preparação para a recuperação económica em Portugal." Passos Coelho reafirmou nesse mesmo dia que Portugal "vai vencer a crise custe o que custar". "Estamos mais próximos do que há um ano" de isso acontecer, garantia.

Poucos dias depois, a 7 de Setembro, Passos dirigiu-se ao país. Não abordou a viragem, mas sim a austeridade: as contribuições dos trabalhadores para a Segurança Social sobem sete pontos percentuais, a das empresas desce. Consequências no orçamento das famílias, até que haja informação em contrário: trabalhadores do privado vão perder mais de um salário líquido (nos vencimentos mais elevados, o corte pode ser de dois salários), os funcionários públicos continuam sem um subsídio e têm perdas que ultrapassam um salário líquido (os sindicatos dizem que podem chegar a três vencimentos) e os pensionistas continuam sem dois subsídios (dias mais tarde, ficaram a saber que pensões acima de 1.500 euros podem ter cortes até 10%).
 
Um dia depois de os trabalhadores terem perdido a miragem da recuperação económica dos seus orçamentos, Passos Coelho voltou a falar a Portugal, mas usou a Internet. Depois de ter dito que 2012 ia marcar a viragem económica e que 2013 era o princípio do fim dos sacrifícios, usou o Facebook para falar como "cidadão e pai" e informou os portugueses "que os sacrifícios" não tinham terminado.

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.as ... &did=77212
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Luso

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1018 em: Setembro 14, 2012, 11:51:41 am »
P44, olha aqui o teu amigo João Miguel Saraiva Aarderdetrabalhoasferiasjaseforam Annes:



Tem que haver pancadaria. E da grossa.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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P44

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1019 em: Setembro 14, 2012, 05:17:27 pm »
qual quê, o povo é manso...

mas o futuro avista-se esplenderoso!!!!!


Agravamento das previsões para queda no consumo e emprego

Publicado hoje às 15:33
As novas previsões económicas do Governo agravam a queda do consumo interno e a queda do emprego no próximo ano, segundo as previsões inscritas nas Grandes Opções do Plano (GOP).

No próximo ano, o consumo interno e o emprego caem. O mesmo acontece com o PIB e o investimento.

O cenário macroeconómico das Grandes Opções do Plano (GOP) do Governo, documento a que o Jornal de negócios e o Público tiveram acesso, prevê duas subidas no próximo ano: o desemprego para 16 por cento e as exportações para 3,6 por cento.

As novas estimativas do Governo quanto à evolução da economia em 2013 são agora mais pessimistas do que as que foram feitas pela trooika e pelo Executivo em julho.

No próximo ano, e com a entrada em vigor de mais medidas de austeridade, o consumo privado vai cair 2,2 por cento, quando se previa uma queda de 0,5 por cento.

O investimento recua 4,2 por cento, face a uma queda prevista de 0,5 por cento.

Em relação ao PIB, prevê-se uma queda de um por cento, uma contração também superior ao que estava previsto (o,2 por cento).

Esta nova previsão do PIB, segundo o Governo, resulta de fatores externos e internos . No entanto, o Executivo reafirma que o PIB deve começar a crescer a partir do segundo trimestre do próximo ano.

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economi ... no&page=-1


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corda, muita corda, que postes há aos montes :!:
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-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas