Tem graça.
Os intelectualóides (putas e paneleiragem plumitiva) escrevem louvores sobre uns desqualificados quaisquer que escreveram umas insignificâncias contra o último regime político português e agora calam como os nudibrânquios que são.
Os textos do Mário Crespo são de uma violência espantosa e sem paralelo para quem cresceu a ler jornais.
Violência justificada e verdadeira.
O problema, porém, não é esse.
São as elites, essas que convivem muito bem com o poder corrupto que domina o território outrora chamado Portugal.
Só as elites é que podem fazer qualquer coisa.
E não fazem.
Os deseperados, os miseráveis que há um século foram utilizados como instrumentos de revolução, ganham com um sistema corrupto que os mantêm. Ergo, a "paz social" é comprada e mantida artificialmente pelo sistema.
Mas regressando à "piada" inicial, o que constato é o absoluto desinteresse por estes assuntos da parte de quem é mais prejudicado por este estado de coisas. São incapazes de dizer seja o que for, com coerência e razoabilidade, mesmo aqueles que a experiência de vida a isso deveria obrigar. Por outro lado, pessoas que, como eu, dão graças a Deus por terem uma vida comparativamente confortável, são aquelas que mais se indignam.
O que dá a entender que as coisas afinal estão bem (e objectivamente não estão e, pior, não estarão).
Só posso compreender isto como estupidez natural das massas. De outra forma não se explicaria o sucesso do futebol e da telenovela. E disso já se aperceberam os criminosos que estão no poder. Esta gene abriu a caixa de Pandora, e todos sabem que já tudo vale. As sombras de respeitabilidade, herdadas dos sacrifícios sofridos ao longo das últimas décadas da existência de Portugal, já se desvaneceram.
Cada vez mais se demonstra que este povo - se ainda o é - é incapaz de mudar de rumo de uma forma voluntária e consciente.
Não vejo nada de bom para o Ocidente Peninsular.