Apetece-me gritar bem alto, FO...

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #915 em: Junho 29, 2012, 10:00:58 am »


infelizmente esta é a triste realidade do tuga, se se mobilizasse para defender o que realmente interessa, ao invés de apenas  com um bando de mercenários aos chutos na bola, então aí este país teria futuro.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #916 em: Junho 29, 2012, 01:41:22 pm »
Estado assume dívidas de Duarte Lima e Baía ao BPN

 :arrow: http://www.dn.pt/inicio/tv/interior.asp ... ia&page=-1
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"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #917 em: Junho 29, 2012, 01:45:27 pm »
ou seja, vamos NÓS pagar as dívidas!!!!  :roll:  :roll:

já sei qual o remédio do governo: MAIS E NOVOS IMPOSTOS, para continuar o ciclo vicioso!!!!


Citar
INE (act.)
Quebra na receita fiscal agrava défice para 7,9% no primeiro trimestre

Económico com Lusa  
29/06/12 11:25

O défice orçamental agravou-se para 7,9% do PIB no primeiro trimestre, ficando acima da meta de 4,5% prevista para o final do ano.

Segundo os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor nominal do défice das Administrações públicas em contabilidade nacional - a óptica que conta para Bruxelas - atingiu os 3.217 milhões de euros, valor que compara com os 3.097 milhões de euros registados no final do primeiro trimestre do ano passado.

Analisando estes dados em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), verifica-se um agravamento dos 7,5% do final do primeiro trimestre do ano passado para 7,9% registados em 2012.

O valor de 2011 foi revisto de 7,7% para 7,5% do PIB.

Os dados do INE mostram ainda que analisando o ano terminado no final do primeiro trimestre também se registou um agravamento do défice.

"A necessidade de financiamento das Administrações Públicas agravou-se 0,1 [pontos percentuais], passando de 4,2% em 2011 para 4,3% no ano acabado no primeiro trimestre de 2012".

Esta evolução, segundo o Instituto, "refletiu em larga medida a diminuição das receitas de impostos sobre a produção" com uma quebra de 1,7% no ano acabado no primeiro trimestre de 2012, "e o aumento das prestações sociais" com um crescimento de 1,2% no mesmo período.

Sinais de alarme

Na publicação "Contas Nacionais Trimestrais por Sector Institucional", o INE explica que o agravamento do défice orçamental se ficou, assim, a dever à "redução mais acentuada na receita que a verificada na despesa".

Os dados divulgados hoje pelo INE confirmam os sinais de alarme relativos à execução orçamental de 2012 que já se vinham a fazer notar nas sínteses mensais de execução orçamental, com especial incidência numa cobrança de receitas fiscais abaixo do previsto, mas também em relação às despesas com prestações sociais, designadamente o subsídio de desemprego, acima do previsto.

A síntese de execução orçamental relativa ao mês de Maio, divulgada a 22 de Junho, dava conta disso mesmo, ao revelar que a receita fiscal do Estado tinha caído 3,5% nos primeiros cinco meses deste ano por comparação com o mesmo período de 2011.

O Governo previa no Orçamento para 2012 que a receita fiscal do Estado crescesse 2,9%, um valor que foi revisto ligeiramente em baixa no Orçamento Rectificativo, mas sem que se deixasse de prever um crescimento da receita com impostos.

Já do lado das despesas sociais, os gastos com subsídios de desemprego e de apoio ao emprego aumentaram 23% nos primeiros cinco meses deste ano, um aumento que equivale a mais 200 milhões de euros por comparação com o mesmo período do ano passado.

Um dia antes destes números serem conhecidos, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, reconheceu que a informação disponível sobre o comportamento das receitas não era "positiva".

O ministro reconheceu que os números da execução orçamental significam um aumento dos "riscos e incertezas" relativamente à possibilidade de cumprir a meta para o défice.

Perante estes números e os riscos para a execução orçamental que os mesmos comportam, o Governo não tem fechado a porta à aplicação de mais medidas de austeridade.

Os número divulgados hoje pelo INE confirmam, ainda que parcialmente, a estimativa que havia sido feita pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental do Parlamento que, perante os dados de execução orçamental tinham previsto que o défice orçamental em contabilidade nacional no final do primeiro trimestre seria de 7,4% do PIB.

Os técnicos de apoio à Assembleia da República notaram, contudo, que o principal impacto das medidas do orçamento (como o corte de subsídios à função pública e pensionistas) só será sentido depois do primeiro trimestre.
http://economico.sapo.pt/noticias/quebr ... 47455.html
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #918 em: Junho 29, 2012, 01:58:40 pm »
E alguém toca no fugitivo de Paris?
E nas PPP da sua responsabilidade?

Estes tipos do governo estão declaradamente a protegê-lo(s).

Bandidagem.
Mas eu sei ao que eles andam.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #919 em: Junho 29, 2012, 02:13:02 pm »
Citação de: "Luso"
E alguém toca no fugitivo de Paris?
E nas PPP da sua responsabilidade?

Estes tipos do governo estão declaradamente a protegê-lo(s).

Bandidagem.
Mas eu sei ao que eles andam.


então mas fizessem alguma coisa ao pinócrates criavam um precedente para quando ELES sairem do poder  :twisted:
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Luso

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #920 em: Junho 29, 2012, 04:32:28 pm »
Outro fardado que certamente subiu na carreira a apelar aos "mais altos valores"...

Exército aceita que ex-chefe deixe reforma para não perder dinheiro - Pág. 2

Pinto Ramalho, ex-chefe do Estado-Maior do Exército, desistiu de pedido de passagem à reforma para que o seu vencimento fique inalterado nos próximos cinco anos. A decisão do general gerou indignação em altas patentes militares.


http://www.dn.pt/inicio/tv/interior.asp ... ia&page=-1

Olhem aqui o mama-sumo:



Essa barbinha...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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PILAO251

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #921 em: Junho 29, 2012, 11:09:09 pm »
Oh Don Luso

Independentemente da razão que lhe possa assistir, qual o objectivo de realçar o facto do camarada ter o curso"Comando".
Porque não pôs em evidência o pormenor dele ter a ordem de Cristo(senão estou em erro), aparte mais umas Nato`s.
Um pouco de imparcialidade, só lhe faz bem.

Saúde e desporto
 

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Luso

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #922 em: Junho 29, 2012, 11:27:11 pm »
A "Ordem de Cristo" sai no bolo rei há já uns tempinhos. Ainda não recebeu a sua, PILAO?

Quanto à minha "parcialidade", não se preocupe com ela já que vale o que vale.
Preocupe-se antes com a "dos outros". Essa sim.

Este general é outro exemplar do que será provavelmente a pior geração da história de Portugal.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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PereiraMarques

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #923 em: Junho 29, 2012, 11:29:29 pm »
Esclarecimento na página oficial do Exército e para quem tiver a paciência de ler (e interpretar) esses diplomas legais referidos.

Citar
29-06-2012   ESCLARECIMENTO  

1. O General José Luís Pinto Ramalho cessou o seu mandato como titular do cargo de Chefe do Estado-Maior do Exército em 18 de Dezembro de 2011, pelo que transitaria nessa data para a situação de reserva, nos termos do disposto na alínea a) do artigo 153.º do Estatuto dos Militares das Forças Armadas (EMFAR), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 236/99, de 25 de Junho, por limite de idade.

2. No exercício do direito que lhe é conferido pela alínea c) do n.º 1 do artigo 159.º do mesmo estatuto, o General Pinto Ramalho requereu então a passagem antecipada à situação de reforma, por reunir todos os requisitos legais para esse efeito, pois contava 64 anos de idade e 47 anos de tempo de serviço.

3. Por isso, e desde 18 de Dezembro de 2011, ficou na situação de desligado do serviço e a aguardar a passagem à reforma – na chamada situação de pré-reforma –, ou seja, a aguardar a resolução final da Caixa Geral de Aposentações sobre o direito à pensão de reforma e sobre o montante desta, tendo o Exército passado a abonar-lhe a pensão transitória (ou provisória) de reforma, nos termos do disposto nos artigos 99.º e 126.º do Estatuto da Aposentação (o pagamento da pensão de reforma apenas passaria a ser da responsabilidade da Caixa Geral de Aposentações a partir do dia 1 do mês seguinte ao da publicação no Diário da República da lista dos aposentados com a inclusão do seu nome).

4. Não tendo ainda a Caixa Geral de Aposentações proferido resolução sobre o direito à pensão, e no uso da faculdade que é conferida pelo Estatuto da Aposentação a todos os subscritores daquela Caixa que requeiram a reforma/aposentação voluntária, o General Pinto Ramalho apresentou uma declaração a desistir da passagem antecipada à situação de reforma.

5. Com efeito, e nos termos do n.º 6 do art.º 39.º do Estatuto da Aposentação, o requerente da aposentação/reforma voluntária (designa-se por reforma a aposentação do pessoal militar das Forças Armadas, como consta no n.º 1 do art.º 112.º do mesmo estatuto) apenas não pode desistir desse pedido depois de proferido despacho pela Caixa Geral de Aposentações a reconhecer o direito de aposentação voluntária (desde que esta não dependa de incapacidade ou de verificados os factos a que se refere o n.º 2 do artigo 43.º).  

6. E, assim, tendo desistido da passagem à reforma, o General Pinto Ramalho passou a estar na situação de reserva fora da efetividade de serviço, desde 18 de Dezembro de 2011 e até 21 de Abril de 2012, data em que completou 65 anos de idade e transitou obrigatoriamente para a situação de reforma, por limite de idade, nos termos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 159.º do EMFAR.

7. Em termos das remunerações que percebeu no sobredito período, não resultou qualquer benefício para o General Pinto Ramalho na desistência da passagem à situação de reforma, pois era igual o montante ilíquido da pensão provisória de reforma e o montante ilíquido da remuneração de reserva, sendo certo que tanto uma como outra eram pagas pelo Exército.

8. Acresce que, independentemente da data da passagem à reforma – tivesse a mesma ocorrido na data em que inicialmente requereu ou na data em que veio a completar o limite de idade para esse efeito –, sempre seria o mesmo o montante da pensão de reforma a que tem direito, atendendo à sua idade e ao tempo de serviço que prestou.

9. A fixação do montante da respetiva pensão de reforma é da responsabilidade da Caixa Geral de Aposentações e será objeto de publicação no Diário da República (o que ainda não ocorreu), sendo incluída na lista de aposentados que esta Caixa faz publicar mensalmente.

10.  É de referir, por último, ter existido uma incorreção na Portaria n.º 257/2012, de 12 de Junho, publicada no Diário da República, 2.ª série, n.º 119, de 21 de Junho de 2012, pois não foi «revogado o ato que lhe concedeu a reforma» mas sim deferido o requerimento de desistência da passagem voluntária à reforma.

http://www.exercito.pt/Noticias/Paginas ... MENTO.aspx
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #924 em: Junho 29, 2012, 11:36:58 pm »
Citação de: "Luso"
A decisão do general gerou indignação em altas patentes militares.
Indignação talvez não seja a palavra mais correcta... :roll:
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #925 em: Junho 29, 2012, 11:52:00 pm »
Citação de: "HSMW"
Citação de: "Luso"
A decisão do general gerou indignação em altas patentes militares.
Indignação talvez não seja a palavra mais correcta... :roll:


Não foi a minha escolha de palavras. E vindo de onde terá vindo com toda a certeza que não seria indignação.
Está a demorar a dar resposta, a CGA...
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #926 em: Junho 30, 2012, 12:13:48 am »
Eu sei Luso, por isso mesmo mantive o itálico.
"Indignação"... por menos uma vaga de 4 estrelas...
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #927 em: Julho 03, 2012, 12:55:17 pm »
É assim que o sistema se alimenta. Eu sei por experiência própria.

http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/ros ... ho-1551702


Os partidos vão para o governo APENAS para manter a máquina e enriquecer os seus militantes mais "activos". O País é para eles a sua quinta e o Povo o seu gado. Os partidos não hesitam em vender o gado ou sobrecarregá-lo de trabalho para que a "quinta" os possa manter.
Pensar o contrário é, no mínimo, infantil.
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #928 em: Julho 03, 2012, 05:11:19 pm »
Citar
Miguel Relvas fez licenciatura num ano

O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares fez num ano uma licenciatura cuja duração é de 3 anos. O seu currículo profissional e a frequência em cursos de História e Direito ter-lhe-ão dado equivalências às restantes disciplinas.

Matriculou-se pela primeira vez na Universidade Lusófona em setembro de 2006 no curso de Ciência Política e Relações Internacionais e em outubro 2007 licenciou-se.

“Tirei o curso de Ciência Política e Relações Internacionais, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia, em Lisboa, depois de ter frequentado, na década de 80, os cursos de Direito e de História”, informou o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, em entrevista ao jornal i.

António Valle, assessor do político, explicou ao jornal Público que o facto de o ministro ter frequentado “os cursos de Direito e de História” permitiu-lhe a conclusão do curso em menos tempo. Valle não esclareceu, porém, quantos créditos lhe foram atribuídos com as equivalências, nem quantas cadeiras Miguel Relvas fez na Lusófona.  

O Público avança que a única disciplina que o ministro concluiu antes de 2006 foi a cadeira de Ciência Política e Direito Constitucional do curso de Direito da Universidade Livre. Concluiu-a em 1985, com 10 valores.

Quando pediu para ser admitido na Universidade Lusófona, em 2006, já tinha sido eleito deputado em várias legislaturas e ocupado o cargo de Secretário de Estado da Administração Local do XV Governo Constitucional, dirigido pelo ex-primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso.

Percurso

Em Setembro de 1985, Relvas pediu transferência para o curso de História, matriculou-se em sete disciplinas mas não concluiu nenhuma. Em 1995, pediu o reingresso na Universidade Lusíada -antiga Universidade Livre - para o curso de Relações Internacionais, mas não chegou a frequentar nenhuma cadeira. Dez anos depois, em 2006, matriculou-se na Lusófona em Ciência Política e Relações Internacionais, tendo concluído o curso um ano depois.

Segundo o plano de estudos disponível no site da universidade, o curso tem 36 disciplinas, distribuídas por seis semestres, com um total de 180 créditos.
Uma lei publicada em março de 2006, meses antes de o atual ministro ser admitido naquela instituição de ensino, prevê que as universidades e politécnicos possam reconhecer “através da atribuição de créditos, a experiência profissional” de pessoas que já tendo estado inscritos no ensino superior pretendam prosseguir estudos (Decreto-Lei 74/2006).

Nuno de Noronha

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo ... _4186.html
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #929 em: Julho 04, 2012, 07:56:03 pm »
Licenciatura de Relvas: curso num ano “não é de todo vulgar”

03.07.2012 - 23:30 Por Andreia Sanches



    No currículo tinha uma longa experiência política e vários cargos. Já tinha estado no Governo. E concluíra uma disciplina de Direito em 1985. O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas requereu a sua admissão à Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (Lisboa) em Setembro de 2006. E concluiu uma licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais em Outubro de 2007, com 11 de classificação final. O curso tem um plano de estudos de 36 cadeiras semestrais, distribuídas por três anos. O presidente da Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado (Apesp), João Redondo, diz que fazer uma licenciatura de três anos só num ano “não é de todo vulgar”.

António Valle, adjunto de Miguel Relvas, explicou ao PÚBLICO que, quando pediu admissão à Lusófona, esta universidade privada analisou o “currículo profissional” de Relvas, bem como a frequência dos “cursos de Direito e História” anos antes – sendo que da frequência desses cursos resultara a conclusão de uma cadeira (Ciência Política e Direito Constitucional, com 10 valores, na Universidade Livre, instituição privada que deu origem à Universidade Lusíada). Valle não esclareceu quantos créditos foram atribuídos ao ministro pela Lusófona nem quantas cadeiras Miguel Relvas fez.

Quando pediu para ser admitido nesta instituição de ensino, o actual governante já tinha sido eleito deputado várias vezes e ocupado o cargo de Secretário de Estado da Administração Local do XV Governo Constitucional.

O Decreto-Lei 74 de Maço de 2006 prevê que as instituições de ensino possam atribuir créditos às competências académicas e profissionais dos alunos. Cabe a cada escola definir como faz isso. E não existe limite mínimo ou máximo de créditos passíveis de serem atribuídos nestes termos, faz saber o Ministério da Educação. Ou seja, não está definido em quanto tempo pode um curso superior ser encurtado. O ministério também não tem registo de quantos casos deste tipo existem.

João Redondo, presidente da Apesp e vice-presidente da Fundação Minerva, que detém a Universidade Lusíada, considera que a lei sobre esta matéria “é um bocado coxa”.

“Por isso, e porque entendemos que não estávamos devidamente preparados para fazer essa análise, na Lusíada não se faz reconhecimento de experiência profissional. Já temos tido pedidos, mas não fazemos. E ainda recentemente o presidente do conselho de administração de uma empresa entrou no 1.º ano de uma licenciatura.”

Questionado sobre o assunto, Redondo acrescenta: permitir que se possa “fazer uma licenciatura de três anos num ano não é de todo vulgar”, no universo das instituições de ensino, tanto mais que Miguel Relvas só tinha uma cadeira do ensino superior concluída.

Segundo informação do gabinete do ministro, este inscreveu-se pela primeira vez no ensino superior em 1984, no curso de Direito da Universidade Livre, uma instituição privada.

Em 1985 concluiu, após frequência escrita e prova oral, a disciplina de Ciência Política e Direito Constitucional. Em Setembro desse ano pediu transferência para o curso de História, ainda na Livre. Matriculou-se em sete disciplinas, mas não fez nenhuma.

Em 1995/96 pediu reingresso na Lusíada para o curso de Relações Internacionais. Não frequentou nenhuma cadeira. Só dez anos depois requereu admissão à Lusófona.

Esta última universidade não forneceu ao PÚBLICO o seu regulamento para reconhecimento de competências profissionais. E António Valle disse que não podia, para já, dar mais informação sobre o processo de creditação. Nem sobre outras questões colocadas pelo PÚBLICO, como esta: no registo biográfico entregue no Parlamento quando foi eleito pela primeira vez deputado (na IV Legislatura, iniciada a 4 de Novembro de 1985), Miguel Relvas escreveu na alínea das habilitações literárias: “Estudante universitário, 2.º ano de Direito” – informação semelhante à do registo entregue na legislatura seguinte. Tendo Relvas feito apenas uma cadeira do 1.º ano de Direito, a que se deve a referência ao 2.º ano de Direito na informação que prestou à Assembleia?

No dia 7 de Junho o jornal “O Crime” publicou uma notícia com o título “Miguel Relvas não revela o seu percurso académico”. De então para cá, escreveu outros artigos levantando dúvidas sobre o percurso académico do ministro.

Na segunda-feira, no seguimento de informações que já tinham sido prestadas por Valle sobre o assunto, o PÚBLICO questionou o gabinete de Relvas sobre o processo de reconhecimento do percurso profissional do ministro pela Lusófona. Nesta terça-feira, o jornal “i” cita o próprio ministro que diz que o curso foi “encurtado por equivalências reconhecidas e homologadas pelo Conselho Científico” da Lusófona “em virtude da análise curricular a que precedeu previamente”. “Fiz os exames que me foram exigidos”, explicou.O plano de estudos da licenciatura de Ciência Política e Relações Internacionais, publicado no site da Lusófona, contempla 36 disciplinas, distribuída por seis semestres, equivalentes a 180 créditos — o número de créditos que, por norma, como se define no Decreto-Lei 74/2006, é exigido para um grau de licenciatura desde que entrou em vigor o chamado Processo de Bolonha, que prevê a uniformização europeia da estrutura dos cursos superiores.

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