Bom, tentarei responder de forma «corrida» para evitar dar uma resposta mais coerente.
O Forumdefesa é um fórum português em lingua portuguesa organizado e mantido por portugueses. O seu objectivo é a discussão de temáticas militares.
Se você reparar com atenção, aparecem sempre comentários despropositados sempre que algum espanhol é vitima de algum atentado. Esta gente, tem tentado por várias vezes – porque não está de acordo com o que nós pensamos – criar a ideia de que as pessoas neste fórum são apoiantes do terrorismo.
Isso para mim, era razão mais que suficiente, para pura e simplesmente proibir os espanhóis de participaram neste fórum.
O objectivo deles é absolutamente claro: Amedrontar as pessoas indirectamente e levar ao encerramento do fórum.
E eu não insinuo nada, eu afirmo. Afirmo que não existem nenhuma intenção por parte dos participantes espanhóis de discutir temas militares. Eles estão aqui para criar problemas e a prova é que os problemas aparecem sempre que a ETA actua.
Os problemas são sempre iniciados por esta gente.
Os fórums estrangeiros nomeadamente espanhóis são para nós uma referência. O principio da reciprocidade existe em todo o lado.
Mesmo assim, somos inimaginavelmente mais tolerantes que os espanhóis, mas TOLERÂNCIA É POR ELES CONFUNDIDA COM MEDO E FRAQUEZA.
Os movimentos nacionalistas não apareceram, eles sempre existiram. O que ocorreu foi uma agregação de nações em estados que teve inicio no século XVII e que se prolongou até ao século XIX. Esses estados foram criados uns por via mais ou menos pacifica como a unificação da Alemanha (e pacifico com muitas reservas), outros foram apenas impérios criados por conveniência (o império Austro-Hungaro é um exemplo) outros ainda foram resultado de uma repressão brutal (a Espanha e a Rússia são exemplos disso).
Quanto à ETA, ela é apenas uma (mais uma) expressão do inconformismo dos bascos, perante uma sociedade que lhes é estranha desde há milénios. Eles sempre fizeram parte de outros estados como entidade relativamente autónoma. Sempre foi assim.
A comparação entre os bascos e os castelhanos e entre os portugueses do norte e do sul, desculpe-me Chicken_bone, mas é bastante infeliz.
Uma das características dos portugueses é exactamente a homogeneidade. A diferença entre alguém de Bragança e alguém de Évora é apenas circunstancial. Em Évora a gastronomia é resultado das condições climatéricas, em Bragança também. Mas o povo é basicamente o mesmo.
A sua tese, não tem como ser respondida.
O problema do terrorismo, é o problema do terrorismo e deve ser tratado como o que é, um caso de polícia. Mas ele é consequência de um problema político que o Estado Espanhol se recusa a aceitar e a resolver.
E esse problema só terá solução com a independência, ou com a aceitação da independência (que o estado espanhol pura e simplesmente não aceita).
E note que os colonos castelhanos não têm o direito de voto, pois esse é o ponto de vista dos próprios espanhóis perante os britânicos, que também não consideram o direito de voto dos gibraltinos em face da possibilidade de independência de Gibraltar.
Quanto ao rei espanhol, não está em causa se ele tem ou não tem poder. Obviamente que não tem. O problema é um problema de principio. Objectivamente a Espanha tem como chefe de estado o herdeiro político de um ditador criminoso.
Isso seria inaceitável em qualquer democracia do ocidente.
Em Espanha é aceitável porque foi uma das muitas concessões. Entre essas concessões estava a obrigação de em caso algum colocar em causa a unidade da Espanha castelhana, que Franco defendeu em 1936-1939. Ou seja, Juan Carlos é o símbolo vivo de um compromisso, que implicou os bascos, e que explica o problema da ETA.
Quanto aos epítetos sobre os espanhóis:
Chicken_bone, eu respeito todas as pessoas que têm argumentos, que apresentam razões para me fazer pensar e duvidar. São as mais interessantes, porque obrigam a utilizar a massa cinzenta e eu coloco todos os dias em causa as minhas opiniões. Eu posso estar enganado, por isso parto sempre do principio de que alguém poderá provar que eu estou errado.
Ao contrário de pessoas como o Cavaco, eu sou um simples cidadão e engano-me e posso errar …

Porém, inevitavelmente neste tipo de ambiente aparecem aqueles que facilmente se percebe não terem as ideias organizadas, que as apresentam tão mal relacionadas e desprovidas de qualquer suporte, que levam a que seja impossível leva-los a sério.
Esses sinceramente, para mim não passam de patetas.
Como eu não sou uma pessoa politicamente correcta, daí resulta que digo o que penso, quando alguns interlocutores perdem completamente a credibilidade que eu dou sempre a toda a gente.
Cumprimentos