Páras no Afeganistão

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Lightning

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« Responder #150 em: Janeiro 24, 2007, 09:33:24 pm »
Há ai uma coisa que acho estranho, os Comandos tiveram 357 mortos, se em toda a guerra colonial morreram entre 8.000 a 9.000 militares portugueses, como é que tiveram 10% das baixas?
 

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migbar2

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« Responder #151 em: Janeiro 24, 2007, 11:35:57 pm »
Citação de: "Lightning"
Há ai uma coisa que acho estranho, os Comandos tiveram 357 mortos, se em toda a guerra colonial morreram entre 8.000 a 9.000 militares portugueses, como é que tiveram 10% das baixas?








Os comandos foram em proporção quem teve mais baixas na Guerra. Ainda faz pouco tempo que eu li algures sobre isso. Realmente a diferença com as outras unidades é muito grande. Eu li que quem fosse para a guerra como comando tinha dez vezes  :shock: mais probabilidades de ser ferido ( por exemplo infantaria normal tinha 1 % de baixas e os comandos tinham 10 % ). Pelos vistos eles estavam sempre a meter a cabeça na boca do lobo e isso sai caro !!  Foi assim que a mistica deles se foi criando...com muito sangue e sofrimento .
 

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Lightning

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« Responder #152 em: Janeiro 25, 2007, 12:46:01 am »
Citação de: "migbar2"
Os comandos foram em proporção quem teve mais baixas na Guerra. Ainda faz pouco tempo que eu li algures sobre isso. Realmente a diferença com as outras unidades é muito grande. Eu li que quem fosse para a guerra como comando tinha dez vezes  :shock: mais probabilidades de ser ferido ( por exemplo infantaria normal tinha 1 % de baixas e os comandos tinham 10 % ). Pelos vistos eles estavam sempre a meter a cabeça na boca do lobo e isso sai caro !!  Foi assim que a mistica deles se foi criando...com muito sangue e sofrimento .


Eu só me estou a referir aos dados numéricos dos sites acima indicados.
Os comandos serem só 1% do total das forças aceito, formaram-se 9.000 comandos durante a guerra e o total de portugueses mobilizados para Àfrica foi cerca de 1 milhão, aqui os numeros batem certo.
Mas que tiveram 10% do total dos mortos é mentira, o numero total de portugueses mortos na guerra foi de 8.290 mortos, o que dá uma percentagem aos comandos de 4.3%, gostava de saber onde é que foram buscar essa dos 10%...

... ou então não sei fazer contas, porque para mim 10% de 8.290 é 829.
 

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TazMonster

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« Responder #153 em: Janeiro 25, 2007, 05:52:06 pm »
Atenção que a referencia às mortes de Comandos (e a percentagem dos 10%) refere-se às mortes em combate. Dos 8290, nem todos foram em  combate. Muitos deveram-se a acidentes.
Taz
 

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Yosy

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« Responder #154 em: Janeiro 25, 2007, 09:47:21 pm »
Citação de: "p_shadow"
Citação de: "Yosy"
As tropas de operações especiais são forças para realizar operações especiais. Enquandram-se nesta área os OEs, Percursores (dos Páraquedistas) e Comandos; na Marinha temos o DAE e na Força Aérea o ResCom.

Não sei até que ponto se pode apelidar uma força como o RESCOM da FAP como de operações especiais, tendo em conta que (e tirando o tempo da deslocação em vôo) a sua acção directa é muito curta.

Obviamente que tem de haver muitas capacidades "masterisadas" e com um alto nível de prontidão/perfeição na sua execução.
Mas então, e o piloto ou tripulação que esteja inserida nessa missão CSAR não poderá ser considerada de "Especial"? Ou um piloto de um U-2 de reconhecimento que passa dias, semanas ou anos da sua carreira atrás das "linhas inimigas", demonstrando em cada missão o resultado de muito tempo de formação a que foi sujeito, e a um nível a que poucos conseguem?

Ou é preciso camuflado, arma em riste e "caparro"? :?


Cumptos


CSAR é provavelmente uma das especialidades mais difíceis de dominar. Se à alguem que merece o estatuto de tropa de operação especial são eles. Nem sempre as missões dessas unidades são assim tão curtas, mas a dificuldade inerente às suas missões fazem com que essas unidades estejam num campo à parte.

Os pilotos também estão num campo à parte. Eles não vão para o terreno. Podem ter treino de operações especiais (e os pilotos CSAR têm de certeza) mas não são "operacionais especiais".
 

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migbar2

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« Responder #155 em: Janeiro 25, 2007, 11:25:33 pm »
Citação de: "TazMonster"
Atenção que a referencia às mortes de Comandos (e a percentagem dos 10%) refere-se às mortes em combate. Dos 8290, nem todos foram em  combate. Muitos deveram-se a acidentes.





É exactamente isso. As mortes foram mais ou menos metade em combate e metade por outros motivos.
 

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Lancero

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« Responder #156 em: Janeiro 26, 2007, 11:44:02 pm »
AFAIK, são 10% das baixas em combate - deve contar 357 mortos, 28 desaparecidos e 771 feridos. Isto em 9074 Comandos efectivamente empenhados em missões activas.

O número total de baixas das forças armadas não o sei precisar, apenas encontro este quadro no livro "Guerra Colonial", de Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes. Onde se lê Exército, julgo que se deve ler todos os 3 ramos.

"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Lightning

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« Responder #157 em: Janeiro 27, 2007, 12:09:03 pm »
Citação de: "TazMonster"
Atenção que a referencia às mortes de Comandos (e a percentagem dos 10%) refere-se às mortes em combate. Dos 8290, nem todos foram em  combate. Muitos deveram-se a acidentes.


E "todos" os comandos mortos durante a guerra colonial foi em combate?
É possivel, mas acho dificil de acreditar que nem um tenha morrido por outras razões, mas como não tenho pormenores repito, é possivel.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #158 em: Janeiro 27, 2007, 12:11:00 pm »
Houve mortes durante os cursos de Comandos...
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Lancero

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« Responder #159 em: Janeiro 27, 2007, 07:51:33 pm »
Citação de: "Lightning"
E "todos" os comandos mortos durante a guerra colonial foi em combate?


Posso-lhe garantir - embora não tenha aqui os documentos - que não.
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Lightning

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« Responder #160 em: Janeiro 27, 2007, 08:14:22 pm »
Citação de: "Lancero"
Posso-lhe garantir - embora não tenha aqui os documentos - que não.


Então dá-me razão, ou se compara total de comandos mortos com total de portugueses mortos, ou comandos mortos em combate com portugueses mortos em combate.
Não se compara total de comandos mortos só com os portugueses mortos em combate.
 

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Yosy

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« Responder #161 em: Janeiro 29, 2007, 12:04:10 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Houve mortes durante os cursos de Comandos...


E na altura, um curso de Comandos que não tivesse mortes era considerado "fraquinho"...
 

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Lancero

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« Responder #162 em: Fevereiro 09, 2007, 03:53:12 pm »
De acordo com o semanário Sol de hoje, uma patrulha (três Hummves/14 militares) da 11.ª companhia pára-quedista escapou no dia 20 de Janeiro a um IED colocado à beira de uma estrada em Cabul. Ao que parece, a patrulha passou e o engenho explodiu cinco segundos depois - aparentemente as contra-medidas instaladas nas viaturas (empastelamento dos sinais e frequências) funcionaram.
Ninguém ficou felizmente ferido, nem ocorreram danos materiais nas viaturas.
Os portugueses não terão sido alvos escolhidos, antes alvos de oportunidade.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Lancero

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« Responder #163 em: Fevereiro 09, 2007, 04:00:20 pm »
Tanto quanto se sabia, a única restrição era o emprego da força em altitudes (muito) elevadas.

Citar
NATO: Portugal mantém contingente no Afeganistão, sem restrições operacionais

Lisboa, 09 Fev (Lusa) - Portugal vai manter o contingente militar que integra as forças da NATO no Afeganistão, mas sem restrições operacionais, disse hoje à agência Lusa o ministro da Defesa português, Nuno Severiano Teixeira.

      Em declarações telefónicas a partir de Sevilha, Espanha, onde participou numa reunião informal dos ministros da Defesa da NATO, quinta-feira e hoje, o ministro notou que o comando militar da força da NATO no Afeganistão pretende, sobretudo, mais homens e menos restrições operacionais.

      Para Nuno Severiano Teixeira, "o problema do Afeganistão vai além do aspecto estritamente militar e a responsabilidade pela sua resolução ultrapassa a NATO".

      Esta questão, que foi debatida em Sevilha pelos ministros da Defesa da Aliança Atlântica, "não pode ser vista apenas no plano militar, mas sim de uma forma integrada, incluindo a reconstrução económica e a construção do Estado central", notou o ministro.

      Esta "aproximação global" defendida na reunião de Sevilha terá que envolver, além da componente militar da NATO, toda a comunidade internacional, por intermédio da ONU, de instituições financeiras internacionais e regionais e de organizações não-governamentais no terreno, afirmou.

      Por outro lado, os ministros da Defesa da NATO consideraram necessário reforçar a vertente da informação e da comunicação públicas sobre as actividades no Afeganistão, quer em termos de segurança, quer de ajuda ao desenvolvimento.

      A reunião de Sevilha discutiu também a situação no Kosovo, havendo um apoio consensual dos ministros da Defesa ao plano da ONU, de Martti Ahtisaari, para a região.

      Defenderam contudo que, até ser apresentado ao Conselho de Segurança, se mantenha uma "condição de prudência" - não divulgação -, visando "evitar fracturas" na comunidade internacional, nomeadamente, da parte da Rússia e da Sérvia, que se opõem à independência do território, adiantou o ministro português.

      Após a aprovação do estatuto final do Kosovo, "haverá a necessidade de uma cooperação política e militar NATO-UE para o período de transição, para evitar que se crie um vazio", sublinhou.

      Finalmente, os ministros da NATO defenderam a necessidade de se manter no terreno a Kfor - força da Aliança no Kosovo - durante todo o período após a definição do estatuto e até à estabilização total, adiantou Nuno Severiano Teixeira, notando que Portugal se disponibilizou já para manter o seu contingente na actual província sérvia.

      Para Portugal, "deve ser dada uma perspectiva de aproximação institucional euro-atlântica, sobretudo a nível da UE, tanto à Sérvia como ao Kosovo, que servirá como um elemento de estabilidade para a região", referiu o ministro.

      O Diálogo do Mediterrâneo esteve também presente na reunião de Sevilha, tendo participado nas discussões responsáveis dos sete países da margem sul que o integram, nomeadamente, Argélia, Egipto, Israel, Jordânia, Marrocos, Mauritânia e Tunísia.

      No encontro, "Portugal salientou a prioridade a dar ao diálogo do Mediterrâneo", sobretudo por se estar numa fase de "transição das agendas de segurança", disse Nuno Severiano Teixeira.

      "Estamos numa fase de transição das agendas de segurança, que deixaram de ser dominadas pelas questões leste-oeste, passando a ser definidas pelo pós-11 de Setembro", sublinhou o ministro, considerando "fundamental o eixo norte-sul e o diálogo de civilizações, em que o Mediterrâneo é prioritário".

      "Deve haver uma deslocação das prioridades das questões leste- oeste para o Diálogo de Civilizações", acentuou, acrescentando que os presentes na reunião de Sevilha consideraram necessário "um maior nível de ambição".

      Os ministros defenderam, nomeadamente, a possibilidade de incremento de acções de formação dos militares do Sul pela NATO, o desenvolvimento da interoperabildiade entre as Forças Armadas dos diversos países do Diálogo do Mediterrâneo e a possibilidade de alguns destes integrarem operações da NATO, como já se passa nas operações de patrulhamento do Mediterrâneo.

      Durante a sua estada em Sevilha, Nuno Severiano Teixeira manteve encontros bilaterais, nomeadamente, com o novo secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, que o convidou para visitar Washington brevemente, e com os ministros da Defesa da Turquia e de Israel, com quem trocou sobretudo informações sobre a situação no Líbano, onde Portugal tem também um contingente.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Cabeça de Martelo

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« Responder #164 em: Fevereiro 09, 2007, 04:46:07 pm »
Citação de: "Lancero"
De acordo com o semanário Sol de hoje, uma patrulha (três Hummves/14 militares) da 11.ª companhia pára-quedista escapou no dia 20 de Janeiro a um IED colocado à beira de uma estrada em Cabul. Ao que parece, a patrulha passou e o engenho explodiu cinco segundos depois - aparentemente as contra-medidas instaladas nas viaturas (empastelamento dos sinais e frequências) funcionaram.
Ninguém ficou felizmente ferido, nem ocorreram danos materiais nas viaturas.
Os portugueses não terão sido alvos escolhidos, antes alvos de oportunidade.


Graças a Deus que tudo correu pelo melhor, não nos podemos esquecer que foi assim que o pobre do 1º Sargento Comando morreu.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...