Páras no Afeganistão

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Cabeça de Martelo

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« Responder #105 em: Janeiro 22, 2007, 04:30:18 pm »
Acabei de falar com um grupo de amigos sobre esta temática, e é sempre engraçado ver as diferenças de opinião sobre os Comandos e as Forças Armadas em geral num grupo em que todos deram-se como voluntários para as Forças Armadas. Um camarada da minha tropa disse que era contra os Comandos porque os Páras são capazes de fazer todas as missões que eles fazem, outro que teve nos Fuzos é um admirador confesso deles e apoia a existência da especialidade e das unidades operacionais. Outros tiveram vários tipos de opiniões que pouco mais são do que o lançar daqueles chavões que todos ouvimos sobre os Comandos. No final houve um bacano que não chegou a ganhar a boina porque não aguentou o treino disse que o perfeito era cada um na sua casa, Páras na FAP, Comandos no Exército e Fuzos na Marinha. Como vêem acho que cada pessoa tem a sua opinião e todas elas são mais ou menos válidas. A presença no Afeganistão, na Bósnia, no Kosovo, nos PALOPs, etc; é foi tb tema de discussão com resultados semelhantes…
Ou seja, os Portugueses adoram ser treinadores de bancada, mas como não têm poder para fazer seja o que for têm que aguentar as decisões de terceiros. Pessoalmente tanto me faz, tanto me fez…
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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migbar2

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« Responder #106 em: Janeiro 22, 2007, 11:40:59 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Acabei de falar com um grupo de amigos sobre esta temática, e é sempre engraçado ver as diferenças de opinião sobre os Comandos e as Forças Armadas em geral num grupo em que todos deram-se como voluntários para as Forças Armadas. Um camarada da minha tropa disse que era contra os Comandos porque os Páras são capazes de fazer todas as missões que eles fazem, outro que teve nos Fuzos é um admirador confesso deles e apoia a existência da especialidade e das unidades operacionais. Outrso tiveram vários tipos de opiniões que pouco mais são do que o lançar daqueles chavões que todos ouvimos sobre os Comandos. No final houve um bacano que não chegou a ganhar a boina porque não aguentou o treino disse que o perfeito era cada um na sua casa, Páras na FAP, Comandos no Exército e Fuzos na Marinha. Como vêem acho que cada pessoa tem a sua opinião e todas elas são mais ou menos válidas. A presença no Afeganistão, na Bósnia, no Kosovo, nos PALOPs, etc; é foi tb tema de discussão com resultados semelhantes…
Ou seja, os Portugueses adoram ser treinadores de bancada, mas como não têm poder para fazer seja o que for têm que aguentar as decisões de terceiros. Pessoalmente tanto me faz, tanto me fez…









Comparar comandos com pára quedistas é novo para mim  :shock: .
Pedindo desde já desculpa a quem discordar, mas na verdade uma unidade pára quedista é uma unidade de infantaria com uma formação de pára quedismo como meio alternativo de chegar ao campo de batalha. O que faz destas unidades uma unidade de elite ? É obviamente a importancia que as chefias politicas e militares dão á sua capacidade de deslocação rápida sendo assim unidades prioritárias na recepção de novos equipamentos e nos orçamentos disponiveis para treinos, etc.
Por sua vez os comandos são soldados preparados para entre outras coisas realizar operações tipo comando. Para quem souber o que isso é julgo não haver lugar a grande confusão.
Já agora o que me confunde é o porque de haver sempre vozes a pedir o fim dos comandos por este ou aquele motivo !!! Porque não o fim dos páras ??? Porque cada um tem a sua utilidade. Agora quer se goste ou não, enquanto o páraquedista é uma especialidade de infiltração no terreno, comando é uma formação de combate, ou seja quem vai para um conflito como comando aborda-o de forma diferente de qualquer outro soldado de infantaria.
 

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Lightning

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« Responder #107 em: Janeiro 22, 2007, 11:56:28 pm »
Citação de: "migbar2"
Comparar comandos com pára quedistas é novo para mim  :shock: .
Pedindo desde já desculpa a quem discordar, mas na verdade uma unidade pára quedista é uma unidade de infantaria com uma formação de pára quedismo como meio alternativo de chegar ao campo de batalha. O que faz destas unidades uma unidade de elite ? É obviamente a importancia que as chefias politicas e militares dão á sua capacidade de deslocação rápida sendo assim unidades prioritárias na recepção de novos equipamentos e nos orçamentos disponiveis para treinos, etc.
Por sua vez os comandos são soldados preparados para entre outras coisas realizar operações tipo comando. Para quem souber o que isso é julgo não haver lugar a grande confusão.
Já agora o que me confunde é o porque de haver sempre vozes a pedir o fim dos comandos por este ou aquele motivo !!! Porque não o fim dos páras ??? Porque cada um tem a sua utilidade. Agora quer se goste ou não, enquanto o páraquedista é uma especialidade de infiltração no terreno, comando é uma formação de combate, ou seja quem vai para um conflito como comando aborda-o de forma diferente de qualquer outro soldado de infantaria.


 :shock:

Só falta dizer que infantaria pára-quedista é a mesma coisa que infantaria mecanizada mas trocam os blindados por paraquedas.
 

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ricardonunes

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« Responder #108 em: Janeiro 23, 2007, 12:03:25 am »
Citação de: "Lightning"
Citação de: "migbar2"
Comparar comandos com pára quedistas é novo para mim  :shock: .
Pedindo desde já desculpa a quem discordar, mas na verdade uma unidade pára quedista é uma unidade de infantaria com uma formação de pára quedismo como meio alternativo de chegar ao campo de batalha. O que faz destas unidades uma unidade de elite ? É obviamente a importancia que as chefias politicas e militares dão á sua capacidade de deslocação rápida sendo assim unidades prioritárias na recepção de novos equipamentos e nos orçamentos disponiveis para treinos, etc.
Por sua vez os comandos são soldados preparados para entre outras coisas realizar operações tipo comando. Para quem souber o que isso é julgo não haver lugar a grande confusão.
Já agora o que me confunde é o porque de haver sempre vozes a pedir o fim dos comandos por este ou aquele motivo !!! Porque não o fim dos páras ??? Porque cada um tem a sua utilidade. Agora quer se goste ou não, enquanto o páraquedista é uma especialidade de infiltração no terreno, comando é uma formação de combate, ou seja quem vai para um conflito como comando aborda-o de forma diferente de qualquer outro soldado de infantaria.

 :wink:
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Duarte

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« Responder #109 em: Janeiro 23, 2007, 12:04:00 am »
Citação de: "Lightning"

 :shock:

Só falta dizer que infantaria pára-quedista é a mesma coisa que infantaria mecanizada mas trocam os blindados por paraquedas.


Idem... os Paras também são tropas especiais, tal como os Comandos.
A seguir tal lógica, os Comandos seriam apenas Infantaria, com uma instrução um pouco mais dura.. Todas as unidades da BriRR têm o seu valor e papel próprio..
слава Україна!
“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"
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Lightning

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« Responder #110 em: Janeiro 23, 2007, 12:10:48 am »
:lol:

Então os Fuzileiros são infantaria...
...mas em vez de tar no exército estão na Marinha...
...praticam natação numa piscina cheia de lama...
... e em vez de ir à praia para ir para à àgua fazem ao contrario, vem da àgua para a praia :wink: )
 

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ricardonunes

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« Responder #111 em: Janeiro 23, 2007, 12:17:41 am »
Alguém que explique as razões politicas da transferencia dos paras para o exercito (não sei precisar a data mas julgo que em 93) e a extinção dos comandos em 95. :wink:
Foi tudo politica.
Potius mori quam foedari
 

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Bravo Two Zero

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« Responder #112 em: Janeiro 23, 2007, 12:29:47 am »
Citação de: "ricardonunes"
Alguém que explique as razões politicas da transferencia dos paras para o exercito (não sei precisar a data mas julgo que em 93) e a extinção dos comandos em 95. :wink:
Foi tudo politica.


Então não foi uma "santa" ideia, própria de certos "iluminados" retirar os páras da tutela da FAP, e uni-los aos comandos, criando assim a BAI ?
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

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ricardonunes

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« Responder #113 em: Janeiro 23, 2007, 12:32:35 am »
Os  MAMA SUMAE, que digam o que lhes vai na alma :wink:
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Lightning

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« Responder #114 em: Janeiro 23, 2007, 12:38:12 am »
Sim mas a "iluminação" foi a seguinte.

1- Portugal é um pais pequeno para Corpo de Tropas Pára-quedistas na FAP, Corpo de Fuzileiros na Marinha e Regimento de Comandos, tem que se reduzir e/ou extinguir alguma dessas unidades.

2- A ideologia virava-se de guerra contra-guerrilha para guerra convencional, quer os páraquedistas como os fuzileiros transformaram-se em unidades de assalto especializadas (assalto por ar, assalto por mar), os Comandos como tinham sido uma unidade originalmente como contra-insurreição não encontrava um papel defenido neste tipo convencional de guerra.

3- Morrem uns quantos recrutas nos Comandos, é a desculpa necessária para acabar com eles, simulaneamente coloca-se os páras no Exército à semelhança dos outros paises da NATO.

Penso que foi mais ou menos isto.
 

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ricardonunes

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« Responder #115 em: Janeiro 23, 2007, 12:51:52 am »
Lightning, tendo em consideração que a nossa luta é contra-guerrilha quem está mais apto?
Pena os anos perdidos em politiquices :?

Mais os paras devem estar na FAP, quem é que tem os aviões?
Isso fazia todo o sentido se o exercito tivesse meios proprios, mas não tem, e ainda bem porque este país é muito pequenino para tanta capelinha.
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Lightning

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« Responder #116 em: Janeiro 23, 2007, 01:30:52 am »
Citação de: "ricardonunes"
Lightning, tendo em consideração que a nossa luta é contra-guerrilha quem está mais apto?
Pena os anos perdidos em politiquices :?

Mais os paras devem estar na FAP, quem é que tem os aviões?
Isso fazia todo o sentido se o exercito tivesse meios proprios, mas não tem, e ainda bem porque este país é muito pequenino para tanta capelinha.


Pessoalmente acho que os Comandos seriam para estar colocados na fronteira com o Paquistão (zona mais perigosa) em conjunto com os americanos, canadianos, britânicos,etc a limpar as montanhas dos talibans, enquanto forças regulares seriam colocadas em zonas menos perigosas, os Páraquedistas seriam para estar de reserva numa qualquer base aérea junto com helicopteros prontos a serem enviados rapidamente em apoio às forças regulares ou de comandos, conforme a necessidade.
É por isso que afirmei que considerava a actual missão portuguesa no Afeganistão mais do género dos páraquedistas do que dos Comandos, é claro que as coisas não tem que ser assim tão preto e branco, se quiserem por os páraquedistas a limpar montanhas e os comandos como força de reacção rápida muito bem, acredito plenamente que a missão seria cumprida, isto claro num conflito de contra-insurreição.

Num conflito convencional os páraquedistas tem a sua missão muito bem definida, inserção por trás das linhas inimigas por via aérea (avião ou helicoptero) formar uma segunda frente de batalha e ocupar pontos estratégicos (exemplo pontes) que facilitem a mobilidade de uma suposta força terrestre de grande envergadura que vai ao seu encontro.
Os comandos ai é mais confuso, penso que nesse caso iriam com essa tal força terrestre como infantaria de choque, havendo um objectivo que a infantaria tenha fracas hipoteses de conquistar, manda-se os comandos.

Os comandos em missões sem ser contra-insurreição deveriam ser a unidade de apoio as forças de operações especiais, estilo Rangers americanos, exemplo, uma equipa OE vai capturar/resgatar alguém, os Comandos teriam como missão força bruta caso o grupo OE necessitasse e assegurar uma segura extracção ocupando uma pista de aviação ou qualquer que seja o metodo de retirada.

Eu também sou contra as capelinhas, mas se houver uma boa ligação exército e força aérea e acabarem com muita burocracia, não acho necessário retirar os páraquedistas do Exército.
 

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Yosy

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« Responder #117 em: Janeiro 23, 2007, 06:48:49 pm »
Acho que é melhor fazermos a distinção entre tropas especiais e tropas de operações especiais.

As tropas de operações especiais são forças para realizar operações especiais. Enquandram-se nesta área os OEs, Percursores (dos Páraquedistas) e Comandos; na Marinha temos o DAE e na Força Aérea o ResCom.

As tropas especiais são tropas usadas de modo especial - os Páraquedistas, Comandos e Fuzileiros.

Agora como podem ver, os Comandos estão em ambas as categorias. Embora eles sejam sobretudo tropa especial, também podem realizar operações especiais, mesmo não sendo essa a sua principal função.

As tropas de operações especiais também podem ser usadas para realizar operações convencionais, embora isto não seja nada aconselhavel, pois estas tropas não têm o poder de fogo que uma força convencional tem, nem têm o nível de treino que as tropas convencionais dispõem nesta área. Nos média, dá-se sempre a impressão que forças de OEs podem fazer tudo! Ponham Rangers a realizar missões da Brigada Mecanizada e vejam no que é que dá. Cada macaco no seu galho!
 

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Johnnie

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« Responder #118 em: Janeiro 23, 2007, 08:38:21 pm »
Neste momento os Comandos deixaram de ser uma força contra insureição e são o que se pode definir uma tropa de infantaria de choque...grande mobilidade, poder de fogo e capacidade de resistencia...Usem-na como bem entenderem e onde acharem ser necessário
«When everything is coming your way... You are in the wrong lane!!!!"
 

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zecouves

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« Responder #119 em: Janeiro 23, 2007, 10:35:37 pm »
Por engano fiz este post noutro fórum ...  :oops:

 Penso que as proximas linhas não vão ajudar para esclarecer o que quer que seja, mas aqui vai:

O tema da diferenciação entre Comandos - Páras - Operações Especiais dá pano para mangas. Actualmente as OE's já "conquistaram" os seu espaço, isto é, são forças de operações especiais que executam operações especiais. A discórdia e indefinição, mesmo nas altas chefias militares, é entre missões de Páras e Comandos. Talvez os Páras se encaixassem como infantaria ligeira convencional, obviamente com valencia Páraquedista. Para os Comandos proponha algo parecido com
http://usmilitary.about.com/gi/dynamic/ ... index.html respeitando as devidas distancias EUA-Portugal, portanto algo à escala.