Segunda Guerra Mundial

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Lusitano89

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Re: Segunda Guerra Mundial
« Responder #345 em: Novembro 15, 2011, 07:20:12 pm »
Citação de: "jopeg"
Caros,

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Denis Avey,o homem que quis entrar em Auschwitz

Por Vanda Marques, publicado em 15 Nov 2011 - 03:00 | Actualizado há 1 hora 48 minutos

Denis Avey trocou de lugar com um judeu de Auschwitz e testemunhou o Holocausto na primeira fila. Com 92 anos, conta a sua história


Quando ouvimos a história de um prisioneiro de guerra que troca de lugar com um judeu de Auschwitz achamos que das duas uma:ou o senhor era suicida ou sofria de perturbações mentais.Nenhuma das duas é verdade. Osoldado britânico Denis Avey era prisioneiro de guerra nas redondezas de Auschwitz e trabalhava numa fábrica alemã com os judeus. Testemunhou as atrocidades dos nazis e quis ver o que se passava no campo de concentração. Passou lá uma noite e conseguiu regressar. Enquanto prisioneiro, fez tudo o que pôde para ajudar os judeus. Quando a guerra acabou não quis voltar a falar do que viu porque ninguém lhe ligava. Com 92 anos contou a sua história ao jornalista Rob Broomby e juntos publicaram "A Última Testemunha de Auschwitz". Denis Avey falou com o i por email.

Porque só escreveu as suas memórias agora, passados mais de 65 anos?

Já me tinham sugerido antes, mas achava que não tinha nada de diferente para contar. Era apenas mais um prisioneiro de guerra. Mudei de ideias quando o jornalista da BBC Rob Broomby conseguiu descobrir algo novo – o homem que ajudei, um judeu chamado Ernst Lobethal, que sempre pensei que tinha morrido, afinal tinha sobrevivido ao Holocausto. OErnst, com quem troquei de lugar, deixou a Europa, foi viver para os Estados Unidos, e nunca se esqueceu de mim. O jornalista depois descobriu a irmã do Ernst, a Susanne, e teve acesso a um vídeo da Fundação Shoah com o testemunho do Ernst. Tudo isto deu nova dimensão à minha história.

Como conheceu Ernst?

Conheci-o enquanto trabalhava na fábrica IG Farben, que foi construída pelos escravos do campo de concentração Auschwitz III e que era guardado pelas SS. Depois de ter sido capturado fui para o campo de prisioneiros de guerra, que ficava perto dessa fábrica onde trabalhavam os judeus. Quando os vi pela primeira vez com os pijamas às riscas não percebi bem quem eram. Pareciam sombras, mas cedo entendi que não era um campo de trabalho normal. Depois transferiram-nos para mais perto de Auschwitz, para um campo chamado E715, que era na periferia da IG Farben e do campo Auschwitz III. Estávamos proibidos de falar com os judeus mas enquanto trabalhávamos lá íamos conversando.

Foi nessa altura que começou a falar com oErnst?

Sim, ele contou-me que a irmã dele, a Susanne, tinha escapado para Inglaterra antes da guerra. Como ainda podíamos escrever aos nossos familiares, já que éramos prisioneiros de guerra, escrevi uma carta à minha mãe e pedi-lhe que contactar a irmã do Ernst. Ela explicou à Susanne que a única moeda de troca em Auschwitz eram os cigarros e pediu-lhe que lhe desse o maior número possível e que os faria chegar até mim pela Cruz Vermelha e depois seriam entregues ao irmão. Durante meses ele teve cigarros que podia trocar por algo mais importante, como por exemplo sapatos. Foram os sapatos que lhe salvaram a vida quando os campos foram abandonados no Inverno de 45 e os judeus fugiram de lá.

Mas quando chegou ao campo sabia o que se passava lá?

No início não, mas depressa percebemos que eles eram gaseados e reduzidos a cinzas. Lembro-me que um dia perguntei pelo Franz, que nunca mais tinha aparecido, e os judeus responderam-me "foi pela chaminé". Era assim que eles falavam. Apesar de o nosso campo estar longe, sentíamos o cheiro do crematório 24 horas por dia. Além disso, todos os dias batiam nos prisioneiros à nossa frente.

Como conseguiu trocar de lugarcom oErnst?

Planeei tudo durante semanas. Na verdade, eu conhecia Ernst como Hans, porque ali ninguém tinha o nome verdadeiro.Eu era o "Ginger", por causa do meu cabelo ruivo. Tornámo-nos amigos e começámos a planear trocar de lugar durante uma noite.Queria ver o que se passava emAuschwitz e ele dormiria no campo dos prisioneiros ingleses. Tínhamos a mesma estatura, isso ajudava, e eu aprendi a andar como eles, a falar como eles. A troca era simples: minutos antes de sairmos da fábrica, mudávamos de roupa e íamos para a parada. Consegui subornar um dos guardas, que os judeus consideravam menos violento, para não me criar problemas. No lado britânico, dois amigos meus esconderam-no e deram-lhe comida.

Toda a gente já lhe deve ter perguntadoporque fez uma coisa tão perigosa.

Sabia que chegaria o dia em que alguém teria de responder por aquelas atrocidades. Os judeus diziam-nos:"Por favor, se conseguirem chegar a casa, contem o que se passou aqui." Mas isso não era suficiente para mim. Sentia que era meu dever tentar ver mais e testemunhar pessoalmente. Naquele tempo não sabíamos quanto tempo a guerra demoraria, nem o que se estava a passar. Como era prisioneiro, sabia que a minha revolta tinha de ser canalizada para alguma coisa.

Sempre foi aventureiro?

Vamos pôr as coisas assim:sou ruivo e tenho um temperamento a condizer. Sempre fui um boxeur e fervia em pouca água. Mas não há nada de corajoso no meu tempo em Auschwitz. Aquilo era uma obscenidade do início ao fim. Era o inferno.

Que memórias guarda desses tempos?

Acho que nunca me esquecerei da vez em que perdi a cabeça e gritei com um guarda. Ele estava a bater num miúdo judeu e a obrigá-lo a estar de pé. De repente bateu-lhe na cabeça e o sangue começou a jorrar sem parar da cabeça do miúdo. Mesmo assim, o guarda continuava a bater-lhe e a obrigá-lo a ficar de pé. Não aguentei e insultei o guarda. O resultado disso foi que ele me bateu num olho. Depois do fim da guerra, acabei por perder esse olho. Mas não consegui ficar calado. Até hoje não me esqueço da cara desse miúdo.

Isso foi o mais difícil de esquecer?

Sim, isso e a vez em que vi um bebé ser morto por um oficial das SS. Estava à distância, mas não tenho dúvidas do que aconteceu. Tinha acabado de chegar um grupo de judeus ao campo e uma das mulheres tinha um bebé ao colo que não parava de chorar. O guarda das SS bateu--lhe até ele se calar. Coisas destas nunca se esquecem.

Quando regressou foi difícil falar sobre o que aconteceu?

Quando os soldados abandonaram o campo começaram as marchas da morte. Caminhávamos por cima de cadáveres, com frio. Consegui atravessar a Europa Central e cheguei perto de Nuremberga, onde encontrei as tropas americanas. No início ninguém sabia nada dos campos de concentração, e pouco depois nem queriam ouvir os prisioneiros traumatizados por trabalharem nos campos alemães. E pior, muitos diziam que tínhamos ajudado o inimigo, o que era um insulto. Ninguém acreditava no que tinha visto em Auschwitz, por isso deixei de falar disso. Tive stresse pós--traumático, tuberculose sistémica e fiquei internado 18 meses. A seguir à guerra as pessoas queriam heróis simples, não traumatizados.

É importante continuar a falar do Holocausto?

Fico desesperado ao pensar que as pessoas podem esquecer o que aconteceu. É uma das razões pelas quais aceito sempre ir a escolas falar. Ainda existem pessoas que duvidam que o Holocausto tenha acontecido e até minimizam o que se passou. Eu vi os prisioneiros judeus com os meus próprios olhos. Vi a brutalidade e nunca a vou esquecer. Muitas vezes achei que o Grande Arquitecto nos tinha virado as costas. Aquilo era o inferno na terra.

Voltou a Auschwitz?

Não. Nunca conseguiria lá voltar. Muitas televisões já me convidaram para lá ir, mas com 92 anos é muito tarde. Tenho um enfisema pulmonar, o que faz com que seja impossível voar, e batalho com uma colostomia, e com esta idade tenho muitas dores nas costas. Como digo, não há futuro na velhice.

Como tem sido recebido o livro?

Muito bem. O livro tocou muito as pessoas. Quero que não esqueçam o que aconteceu. Apesar de dizerem que isto não vai acontecer outra vez, eu não tenho a certeza.


Abraço,

Jopeg





Já li esse livro, está muito bom, recomendo vivamente ...  c34x
 

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Carlos Rendel

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Re:Ainda Robert Citino e a II Grande Guerra
« Responder #346 em: Novembro 28, 2011, 11:18:03 am »
O livro de Citino ---professor de História na Universidade do Kansas--é bem claro a elogiar as forças armadas alemãs na II Grande Guerra ,frisando que,em combate,por norma eram inferiores em número e por norma venciam os adversários.

O livro em questão procura uma certa equidade,sem esconder os erros e disparates de qualquer das forças em presença,e como e porquê os cometiam.

Basta relêr uma conclusão retirada de um relatório norte americano citada por Citino, com o título "Force Structure Blitzkrieg Strategy and  Economic Difficulties: Nazi Grand Strategy in the 1930"  (217-228):

"Quando o pó assentou,em 1918 e 1945, os alemães haviam demonstrado que eram políticamente ineptos e estratégicamente incompetentes".                                                              C.R.
CR
 

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miguelbud

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Re: Segunda Guerra Mundial
« Responder #347 em: Dezembro 20, 2011, 01:58:21 pm »
Existe algum livro sobre a invasao de Timor durante esta guerra?
 

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Lusitano89

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Re: Segunda Guerra Mundial
« Responder #348 em: Janeiro 27, 2012, 08:42:14 pm »
Putin revela que perdeu um irmão no cerco de Leninegrado


Viktor Vladimirovithc Putin, morreu de difteria em 1942, aos dois anos de idade, durante o cerco a Leninegrado, tendo sido enterrado no cemitério da cidade, juntamente com mais de 420 mil pessoas.

O primeiro-ministro russo e candidato às eleições presidenciais de Março, Vladimir Putin, revelou esta sexta-feira, em São Petersburgo (antiga Leninegrado), que teve um irmão que morreu ali na Segunda Guerra Mundial, durante o cerco nazi à cidade (1941-1944).

"Tive um irmão que nunca cheguei a conhecer, e que foi enterrado aqui, não sei exatamente onde", afirmou Putin, no cemitério de Piskariovskoie, durante um encontro com veteranos de guerra para assinalar os 68 anos do cerco a Leninegrado, anunciou o site do seu partido, Rússia Unida.

Segundo a AFP, vários internautas russos, apaixonados pela história da Segunda Guerra Mundial, anunciaram imediatamente, após as declarações do primeiro-ministro, que tinham encontrado o nome do irmão de Putin entre os registos dos mortos no cerco de Leninegrado.

"Examinámos o "Livro de Memória de Leninegrado" e encontrámos o nome de Viktor Vladimirovithc Putin, que nasceu em 1940 (dez anos antes de Putin) e morreu em 1942 (aos dois anos de idade), vítima de difteria, tendo sido enterrado no cemitério Piskariovskoie. São os únicos dados que correspondem ao artigo escrito no site Poxoronka.ru, por Alex N., com o título "Putin procura a campa do seu irmão".

O cerco a Leninegrado, que começou em Setembro de 1941 e durou até 27 de Janeiro de 1944, fez cerca de um milhão e meio de mortos. O cemitério de Piskariovskoie, a norte de São Petersburgo, foi o local onde se depositaram, na época, os cadáveres, de mais de 420 mil pessoas em 186 valas comuns.

Durante o cerco Leninegrado, as crianças russas foram retiradas às suas famílias pelas autoridades soviéticas, como forma de as salvar da guerra. Mas durante a retirada, o irmão de Putin acabou por morrer de difteria, aos dois anos de idade, sem que a família soubesse exatamente onde estava enterrado.

DN
 

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Re: Segunda Guerra Mundial
« Responder #349 em: Fevereiro 14, 2012, 12:12:36 am »
Milhares assinalaram bombardeamento de Dresden


Milhares de alemães assinalaram hoje, em Dresden, no Este da Alemanha, as vítimas do bombardeamento aliado de 1945 e protestaram contra uma concentração de neo-nazis, que queriam instrumentalizar o aniversário, noticia a AFP.

Ao fim da tarde, treze mil pessoas formaram uma cadeia humana no centro da capital saxã para dizer não à extrema-direita, segundo a polícia.

Esta manifestação é "uma declaração clara contra o nacional-socialismo, o racismo e a violência", declarou o autarca da cidade de Dresden, Dirk Hilbert.

Antes, cerca de 2.500 pessoas tinham participado numa marcha contra a extrema-direita e o nazismo, segundo a polícia e as associações "Dresden sem nazis" e outros 150 tinham depositado flores no cemitério de Heide, onde estão sepultados muitas das cerca de 25 mil vítimas, que morreram em três dias de bombardeamentos anglo-norte-americanos, realizados em fevereiro de 1945.

Ao início da noite, mais de 1.600 neo-nazis tinham-se reunido, face aos quais se concentravam milhares de contra-manifestantes - entre cinco mil a seis mil, segundo os organizadores -, que gritavam "nazis fora!", sem que registassem incidentes.

Desde há anos, que a extrema-direita procura instrumentalizar, para fins de propaganda, o aniversário do terrível bombardeamento, com bombas incendiárias, que destruiu grande parte desta cidade do leste alemão entre 13 e 15 de fevereiro de 1945.

Lusa
 

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Re: Segunda Guerra Mundial
« Responder #350 em: Fevereiro 20, 2012, 09:30:44 pm »
Japoneses desafiaram Salazar há 70 anos com invasão de Timor


A invasão japonesa de Timor-Leste aconteceu há 70 anos, deixando em três anos um rasto de destruição e 50 a 70 mil mortos na única parte do território português que, apesar da neutralidade de Salazar, viveu a II Guerra Mundial. Investigadores portugueses contactados pela Lusa consideraram «trágica» e «catastrófica» a invasão, já que a resistência transformou Timor-Leste num teatro de guerrilha, estimando-se que 50 mil pessoas tenham morrido directamente devido à guerra e outras devido à fome, às doenças e aos trabalhos forçados pelos japoneses. No total, estima-se que mais de 10 por cento da população timorense tenha desaparecido naquele período.

Há também registo da morte de 75 pessoas de origem europeia, 10 em combate, 37 assassinadas e oito em detenção, contou investigador António Monteiro Cardoso.

Além disso, acrescentou, «a destruição foi imensa», devido aos bombardeamentos efectuados, tanto pelos japoneses, como pelos aliados que tentavam expulsá-los. «Díli sofreu 94 ataques aéreos», disse o investigador, autor do livro Timor na 2.ª Guerra Mundial — O Diário do Tenente Pires, acrescentando que poucas foram as casas que ficaram de pé e a maioria das povoações timorenses desapareceu neste período.

A invasão, que ocorreu a 20 de Fevereiro de 1941, um dia depois de um bombardeamento a Darwin, «foi facilitada» porque não havia tropas portuguesas no território, contou o investigador. As tropas vinham de Moçambique e estavam já próximo de Timor-Leste quando os japoneses desembarcaram em Díli.

Apesar de a data não ter sido assinalada oficialmente hoje em Timor-Leste, na segunda-feira o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, referiu-se a estes acontecimentos históricos, durante uma visita que efectua à Austrália.

«Foi um momento definidor na relação entre timorenses e australianos», disse num memorial da guerra, em Sydney, considerando-o também «uma época em que a nacionalidade foi transcendida e, como seres humanos, os nossos povos não só sofreram uma dor profunda mas também fizeram actos de grande altruísmo, o que resultou numa ligação de amizade e de honra numa herança duradoira».

No mesmo dia 20 de Fevereiro de 1941, militares japoneses desembarcaram também em Kupang, no lado holandês da ilha, mas as autoridades do lado ocidental renderam-se ao fim de cinco dias. No lado oriental, tropas australianas preparadas para a guerra de guerrilha infiltraram-se nas montanhas e lançaram emboscadas logo que os japoneses começaram a sair de Díli.

Cedo estes militares contaram com o apoio dos timorenses, chocados com a violência da ocupação dos japoneses, que fizeram pilhagens e violaram mulheres. Também muitos dos portugueses que haviam sido deportados para Timor, sobretudo por questões políticas, se juntaram à guerrilha.

Segundo o investigador Moisés Fernandes, os portugueses não eram mais de 350 a 400 e havia uma divisão entre a elite da administração, que era pró-japonesa, e os restantes, pró-aliados.

Esta ideia é refutada por António Monteiro Cardoso, que defende que os principais administradores do território tomaram partido pelos aliados, contra a vontade do governo do chefe do governo português, António Oliveira Salazar, que exigia a manutenção da neutralidade e manteve relações diplomáticas com o Japão ao longo de toda a guerra.

Para António Monteiro Cardoso, Portugal «esqueceu» a invasão japonesa de Timor durante anos porque «a Salazar não interessava dizer que havia uma zona tocada pela guerra» e também porque a ausência de tropas em 1941 - destinada a garantir a neutralidade portuguesa - poderá ter facilitado a entrada das tropas nipónicas.

Lusa
 

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Re: Segunda Guerra Mundial
« Responder #351 em: Março 11, 2012, 12:11:08 am »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Segunda Guerra Mundial
« Responder #352 em: Março 11, 2012, 02:21:53 pm »
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Re: Segunda Guerra Mundial
« Responder #354 em: Abril 12, 2012, 11:57:48 pm »
Morreu um dos últimos resistentes franceses


Raymond Aubrac colaborou com Jean Moulin; a mulher esteve envolvida na operação de que resultou a sua libertação, em 1943. Era apoiante de François Hollande.

Um dos principais quadros da resistência francesa à ocupação nazi durante a II Guerra Mundial morreu terça-feira à noite, aos 97 anos, num hospital militar de Paris.

Raymond Aubrac foi co-fundador do movimento Libertação Sul ("Libération Sud") e um dos últimos dirigentes da resistência a ter conhecido Jean Moulin, figura central do combate contra a ocupação alemã. A sua colaboração com Moulin ajudou a torná-lo, também ele, uma espécie de lenda no universo da resistência francesa.

Aubrac era o último sobrevivente dos chefes da resistência que foram presos enquanto estavam reunidos, em junho de 1943, com Jean Moulin num célebre encontro na localidade de Caluire, com o objetivo de unificarem a atuação contra o ocupante.

Do grupo de presos em Caluire, Aubrac e 14 outros foram libertados numa audaciosa operação de resgate organizada pela sua mulher, Lucie Aubrac, considerada uma lenda da resistência. Lucie morreu em 2007, aos 94 anos.

Aubrac e sua mulher procuraram depois refúgio em Londres, onde chegaram em fevereiro de 1944.

Após a guerra, Aubrac permaneceu ativo na política, à esquerda. A sua última posição pública foi o apoio declarado ao candidato socialista François Hollande e de crítica ao Presidente Nicolas Sarkozy. Contudo, não deixou de viajar com este para Londres, em 2010, para comemorar o 70.º aniversário da proclamação do general De Gaulle aos franceses, momento decisivo no início da resistência às forças alemãs.

Sarkozy não deixou de homenagear a memória do resistente como exemplo de "todos aqueles heróis das sombras que salvaram a honra da França, quando esta parecia perdida."

Hollande, por seu lado, considerou Aubrac "um daqueles justos, por eles mesmos e pela ligação aos valores universais da nossa república, que tiveram a energia e a coragem de resistirem à barbárie nazi".

Engenheiro de formação, nasceu numa família judaica em 1914 sob o nome de Raymond Samuel; viu os pais e irmão serem deportados para Auschwitz, onde morreram.

Em 1996 publicou a sua autobiografia, Où la Mémoire S'Attarde.

DN
 

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Re: Segunda Guerra Mundial
« Responder #355 em: Maio 04, 2012, 05:48:38 pm »
Ódio de Hitler aos judeus cresceu com derrotas no exterior


Reveses militares levaram Hitler a concentrar-se sobre o "inimigo interior", indica um estudo de 1942 da autoria de psicólogos britânicos.

Um estudo psicológico dos discursos de Hitler levado a cabo pelos serviços de escuta da BBC, em 1942, chamou a atenção para a sua "paranóia" face aos judeus no momento que coincidiu com a concretização da Solução Final, decidida na conferência de Wansee, em janeiro daquele ano.

A conferência de Wansee, localidade balnear nos arredores de Berlim, é considerada o ato fundador do extermínio sistemático dos judeus na Alemanha e nos restantes países ou territórios ocupados pelo regime nazi.

O serviço de escuta da BBC estava encarregue de seguir as emissões de rádio na Europa ocupada e na Alemanha, delas elaborando um relatório semanal. Neste serviço funcionava uma unidade composta por psicólogos que tentavam determinar o seu estado de espírito e as suas preocupações pelo tom e tema dos seus discursos.

O estudo agora entregue à Universidade de Cambridge deteta "tendências mórbidas" em Hitler e uma crescente obsessão com o "veneno judaico". O documento estará brevemente disponível para consulta dos historiadores, indicou a instituição em comunicado.

"No momento em que o estudo foi elaborado, os ventos da guerra começavam a mudar na Alemanha", considera o historiador Scott Anthony. "O documento revela que os serviços secretos pressentiram o que se passava (...), face a derrotas na frente de batalha exterior, Hitler concentra-se sobre o que considera ser o inimigo interior, os judeus".

O ano de 1942 fica marcado pelo início da batalha de Estalinegrado, que se inicia no verão deste ano e culmina na derrota alemã em fevereiro de 1942. O fracasso alemão em chegar a Moscovo e o impasse em Estalinegrado, com a sorte das armas virar-se, lenta mas irreversivelmente, contra os alemães constituem as primeiras derrotas significativas do III Reich. Os avanços e recuos do Afrika Korps no Norte de África entre finais de 1941 e o ano de 1942 são reveses importantes, mas sem a dimensão de que se revestem as derrotas na campanha da Rússia, até pela diferença de dimensão do esforço de guerra nazi em ambas as frentes.

Os autores do documento, como antecipando aquilo que estava em marcha na Alemanha, escrevem que para Hitler "os judeus são a encarnação do mal, enquanto ele encarna o espírito divino. Ele é o deus pelo qual uma vitória sacrificial sobre o mal pode ser alcançada".

Para o historiador Scott Anthony, "atendendo àquilo que hoje sabemos sobre a Solução Final, este documento é pungente".

DN
 

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papatango

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Re: Segunda Guerra Mundial
« Responder #356 em: Maio 07, 2012, 10:58:18 pm »
É muito mais simples a tese de que em 1942, Hitler teve que reconhecer que não tinha alternativa para empurrar os judeus para a Russia asiática.
Com a vitória alemã sobre os russos, os judeus seriam empurrados junto com os eslavos e todos os indesejáveis para lá dos montes urais, onde muitos como é óbvio acabariam por morrer.

De qualquer das formas o III Reich não os alimentaria.
Como não havia meios para manter tantos judeus, mesmo dando-lhes pouca comida, a solução mais simples era mata-los.

Em 1942, a raiva de Hitler era para com os russos que lhe furaram os planos de ganhar a guerra em 12 semanas, tomando Moscovo até ao final de Outubro e controlando a Russia europeia até ao final do ano de 1941.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

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Thiago Barbosa

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Re: Segunda Guerra Mundial
« Responder #357 em: Junho 19, 2012, 08:24:52 am »
A derrota do Afrika Korps no Norte da África não é um revés importante. Foi essencial para elevar o moral britânico, mas para os alemães não havia sido uma grande derrota, apesar de ter havido a possibilidade de ter sido uma grande vitória, caso Rommel tivesse conseguido expulsar os ingleses e seus aliados do Norte da África. A campanha africana sempre foi considerada apenas uma força expedicionária por Hitler.
 

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Carlos Rendel

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Re: Segunda Guerra Mundial
« Responder #358 em: Junho 21, 2012, 08:45:05 pm »
Últimos anos de Hitler ?

Com este título publicaram Gerrard Wiliams e Simon Dunstan  uma obra reveladora  que "eles" Hitler e Eva Braun escaparam num submarino

e desembarcaram algures na costa argentina.Viveram anos a fio nas cercanias de San Carlos de Bariloche,onde tiveram duas filhas.O livro cita

inúmeras fontes incluindo médicos e cozinheiros.Todos afirmam tê-lo visto ou conhecido antes da sua morte em 13 de Fevereiro de 1962.

Não me posso pronunciar sobre esta obra dado desconhecer os fundamentos de que dispõem os autores.


   Eis o endereço do referido livro para o efeito de descarga-suponho que extratos: "http://wnlibrary.com/Portabel%20documents/The%

    20Grey%20Wolf20-%20Simon%20Dunstan.pdf"
CR
 

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Digo

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Re: Segunda Guerra Mundial
« Responder #359 em: Julho 22, 2012, 09:41:12 pm »
Hitler queria lançar uma bomba atômica em Nova York
22 de julho de 2012, em Estratégia, História, por Alexandre Galante



O mapa acima, de outubro de 1943, mostra o alcance de uma bomba atômica alemã lançada sobre a cidade de Nova York, nos EUA.

O plano Amerika-Bomber foi completado em 27 de abril de 1942 e submetido ao Reichsmarschall Hermann Göring, em 12 de maio de 1942.

O plano de 33 páginas foi descoberto em Potsdam pelo historiador alemão Olaf Groehler. Dez cópias do plano foram produzidas, com seis indo para diferentes escritórios da Luftwaffe e quatro mantidas em reserva. O plano menciona o uso de base nos Açores como aeródromo de trânsito para alcançar os EUA.

Caso fosse utilizado, os aviões He 277, Junkers Ju 290, e o Messerschmitt Me 264 poderiam atingir alvos nos EUA com cargas de bombas de 3, 5 e 6,5 toneladas respectivamente.

De acordo com o historiador James P. Duffy, Hitler viu nos Açores a possibilidade de efetuar ataques aéreos aos EUA, forçando os americanos a construir uma defesa antiaérea local. A ideia era fazer com que os americanos reforçassem sua defesa em detrimento da defesa da Grã-Bretanha, permitindo à Luftwaffe atacar com menos resistência.



Fonte:Poder Aéreo - Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil