A verdade é que esta notícia da modernização dos C-130 não muda muita coisa pois as aeronaves iam provavelmente ter de ser modernizadas na mesma até que as novas aeronaves chegassem (tempo de avaliações/testes, negociação de contratos, formação de pessoal, instalação de equipamento de manutenção, construção das aeronaves, etc.).
Aliás, a única forma de evitar modernizar os nossos C-130 seria comprar C-130 em segunda-mão ou até novos seriam possivelmente entregues rapidamente. Dos aviões que temos aqui falado é o único com todos os testes concluídos, certificações prontas e com a linha de produção a funcionar a 100%, cadeias de logística prontas e testadas, e programas de formação e doutrina concluídos e testados. Os restantes ainda vão demorar dois ou mais anos até que o primeiro avião fosse fabricado e entregue para poder entrar
operacionalmente ao serviço.
Agora o porquê desta decisão de não encomendar o 390 após andarem políticos, oficiais e empresários a dizer de boca cheia que tínhamos de encomendar o bicho senão íamos morrer todos uma morte horrível é interessante. Mas como podem existir tantos motivos...
- o colega night_runner já apresentou bem um possível motivo;
- a FAP pode ter feito pressão para adquirir uma aeronave norte-americana (como reza a tradição?) ou europeia por motivos de doutrina ou logística;
- pode ser para dar mais tempo para o programa do 390 avançar, realizar os testes e resolver os problemas que surjam, e receber as certificações todas necessárias (seria também uma maneira de nós não levarmos em cima com os custos das certificações)
- pode o governo ter levado nas orelhas por querer gastar já dinheiro em material que ainda não está a cair de podre;
- pode alguém ter achado que não seria uma boa altura para fazer estes negócios agora com a PJ a querer mostrar trabalho feito;
- pode o MDN/FAP estar a negociar a comprar com desconto de C-130 como partes dos acordos bilaterais entre os EUA e Portugal (Lajes ou outra coisa qualquer).
Tanto me dá que o C-130 seja modernizado (desde que tenha condições de voo), substituído por o modelo J, A-400 ou KC-390, etc, mas convém perguntar ao Sr. Ministro "que não quer ser criticado" e demais partidos da esquerda à direita que pouco ou nada se manifestam em todo um numero de ocasiões relativas à defesa e até aplaudem todos de pé (nomeadamente na vinda da Embraer para Évora e a assinatura da carta de intenção de compra), para que a assinatura da tal carta de intenções e o espectáculo de até ir a S. Paulo à pala dos contribuintes, assistir à apresentação de um avião que agora diz até 2030 não ter intenção de comprar (e por aqui me fico para não entrar em alguns assuntos de referência ridícula deste MDN como por exemplo a execução do programa de construções da Marinha, iniciado e assinado pelo Dr. Paulo Portas que agora ATÉ ESTÁ NO GOVERNOe que nada disse à medida que os contratos eram terminados e não cumpridos)?
Às tantas até foi com medo que o negócio ia dar para o torto ou que depois o próximo governo ia cancelar a coisa que o homem não foi para frente com isto.

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Acho que nunca perdemos um único cêntimo directamente com o programa do A-400M, visto até que nunca chegamos a assinar um contracto. Devemos é ter perdido é o dinheiro do costume nas empresas de consultadoria e de advogados que estiveram a analisar a coisa. Mas de resto...
Cumprimentos,