Mas oh Get_it o Kc não porquê?
Pelos motivos que já temos vindo aqui a discutir, mas respondendo à pergunta de forma rápida: há melhores aeronaves no mercado ou que nos trazem mais vantagens.
Acho que uma coisa a ter em mente aquando a substituição do C-130: nós adquirimos os C-295M. Estas aeronaves comparadas com os C-212 vieram trazer um aumento de capacidade à FAP e conseguem executar missões que até à uns anos atrás apenas os C-130H podiam executar. Por isso mesmo que no início dos anos 2000 na FAP se falava de uma dupla com capacidade low-medium / high no caso do C-295M e A400M.
C-130:
Existem já aeronaves em segunda-mão no mercado mas ainda com um bom número de horas de voo disponíveis: podem ser rapidamente entregues e adquiridas por um custo de aquisição menor;
Pode-se negociar uma descida do preço, mesmo sem contar com a Base das Lajes;
Dá-nos acesso à escola de aviação norte-americana (pilotos, navegadores,
loadmasters, técnicos, etc.) sem termos de estar a pagar muito mais por isso;
Partilha grande parte da sua logística e infraestrutura de apoio com os C-130H que já se encontram ao serviço;
Tem um grande número de componente em comum com o C-130H: menos tempo necessário na conversão dos pilotos (e especialmente pilotos-comandante) e de pessoal de manutenção às novas aeronaves;
Partilha parte da sua logística com os P-3 Orion;
Tem componentes fabricados nas OGMA, que também ajuda a manter as certificações para a manutenção das aeronaves;
Dá-nos acesso à cadeia logística das forças armadas norte-americanas.
A400M:
Principal vantagem - bem trazer um enorme aumento de capacidade comparado com as outras duas opções aqui discutidas;
Partilha grande parte da sua logística e de componentes com o C-295M;
Dá-nos acesso à cadeia logística das outras forças armadas europeias;
A Alemanha e Espanha colocaram à venda algumas das suas aeronaves: duvido que as aeronaves alguma vez sejam vendidas por um custo inferior mas deverá abrir a possibilidade de pedir um empréstimo com juros menores ou até sem juros (como os franceses ofereceram às Filipinas) para a aquisição das aeronaves.
Eu não consigo ver qual é o problema de ser o KC-390, aliás, só vejo vantagens, é construído em Portugal (partes da fuselagem), é muito mais barato que o A400M e é mais recente que o c-130. Que eu saiba ainda não se pode dizer que o KC-390 seja pior que o c-130.
De notar que o C-130 também tem componentes fabricados cá. A única coisa de pior que o 390 terá comparado com o C-130J será na logística e não nos dar acesso à escola norte-americana nem à europeia. E possivelmente também nos custos de operação, mas há que esperar para ver.
Essa do 390 ser construído em parte cá em Portugal não aceito como vantagem pelo simples motivos da Embraer já ter colocado cá a fábrica(s) e ter ganhado bastante com isso. A Embraer alguma vez ia estar a colocar uma fábrica cá só por causa de 6 unidades? A Embraer ao colocar cá a fábrica já teve acesso a tecnologia portuguesa (e europeia), a mão-de-obra qualificada, aos nossos centros de investigação, a facilidades nas finanças e impostos, e a acesso a subsídios do estado e da União Europeia. Nós não estamos em dívida perante a Embraer.

Cumprimentos,