Programa de substituição do C-130

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Get_It

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #285 em: Janeiro 01, 2015, 06:37:03 pm »
Parece que já é mais que certa a escolha pelo 390 para substituir os C-130: um certo boy acabou de arranjar emprego na Embraer no Brasil como consultor onde deverá receber um salário de fazer inveja aos Soares. Fiquemos atentos ao Diário da República nestes próximos meses.

Costumam dizer que a esperança é a última a morrer, mas infelizmente acho que a minha já morreu. Fica agora a esperança que o MP e a PJ fiquem interessados nestes processo como toda a gente ficou com o dos submarinos?

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #286 em: Janeiro 02, 2015, 01:34:06 pm »
Citação de: "Get_It"
Costumam dizer que a esperança é a última a morrer, mas infelizmente acho que a minha já morreu.

Get It, a sua esperança era em quê? A400M? C-130J?
 

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Get_It

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #287 em: Janeiro 02, 2015, 06:19:41 pm »
A minha esperança era um concurso com competição a sério e uma aquisição sem luvas e sem fazer favores aos outros que já se fartaram de receber regalias. A minha fantasia era A400M. Mas por mim até C-130J britânicos em segunda-mão eram bons, até porque em princípio as primeiras aeronaves poderiam ser entregues mais cedo do que qualquer outra solução e quem sabe ajudar evitar gastar dinheiro a modernizar os nossos C-130H.

Cumprimentos,
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Crypter

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #288 em: Janeiro 02, 2015, 08:14:32 pm »
Citação de: "Get_It"
A minha esperança era um concurso com competição a sério e uma aquisição sem luvas e sem fazer favores aos outros que já se fartaram de receber regalias. A minha fantasia era A400M. Mas por mim até C-130J britânicos em segunda-mão eram bons, até porque em princípio as primeiras aeronaves poderiam ser entregues mais cedo do que qualquer outra solução e quem sabe ajudar evitar gastar dinheiro a modernizar os nossos C-130H.

Cumprimentos,

Mas oh Get_it o Kc não porquê?
 

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SinSy

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #289 em: Janeiro 02, 2015, 10:42:41 pm »
Citação de: "Get_It"
A minha esperança era um concurso com competição a sério e uma aquisição sem luvas e sem fazer favores aos outros que já se fartaram de receber regalias. A minha fantasia era A400M. Mas por mim até C-130J britânicos em segunda-mão eram bons, até porque em princípio as primeiras aeronaves poderiam ser entregues mais cedo do que qualquer outra solução e quem sabe ajudar evitar gastar dinheiro a modernizar os nossos C-130H.

Cumprimentos,


Eu não consigo ver qual é o problema de ser o KC-390, aliás, só vejo vantagens, é construído em Portugal (partes da fuselagem), é muito mais barato que o A400M e é mais recente que o c-130. Que eu saiba ainda não se pode dizer que o KC-390 seja pior que o c-130.
 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #290 em: Janeiro 03, 2015, 01:53:12 am »
Citação de: "Crypter"
Mas oh Get_it o Kc não porquê?
Pelos motivos que já temos vindo aqui a discutir, mas respondendo à pergunta de forma rápida: há melhores aeronaves no mercado ou que nos trazem mais vantagens.

Acho que uma coisa a ter em mente aquando a substituição do C-130: nós adquirimos os C-295M. Estas aeronaves comparadas com os C-212 vieram trazer um aumento de capacidade à FAP e conseguem executar missões que até à uns anos atrás apenas os C-130H podiam executar. Por isso mesmo que no início dos anos 2000 na FAP se falava de uma dupla com capacidade low-medium / high no caso do C-295M e A400M.

C-130:
Existem já aeronaves em segunda-mão no mercado mas ainda com um bom número de horas de voo disponíveis: podem ser rapidamente entregues e adquiridas por um custo de aquisição menor;
Pode-se negociar uma descida do preço, mesmo sem contar com a Base das Lajes;
Dá-nos acesso à escola de aviação norte-americana (pilotos, navegadores, loadmasters, técnicos, etc.) sem termos de estar a pagar muito mais por isso;
Partilha grande parte da sua logística e infraestrutura de apoio com os C-130H que já se encontram ao serviço;
Tem um grande número de componente em comum com o C-130H: menos tempo necessário na conversão dos pilotos (e especialmente pilotos-comandante) e de pessoal de manutenção às novas aeronaves;
Partilha parte da sua logística com os P-3 Orion;
Tem componentes fabricados nas OGMA, que também ajuda a manter as certificações para a manutenção das aeronaves;
Dá-nos acesso à cadeia logística das forças armadas norte-americanas.

A400M:
Principal vantagem - bem trazer um enorme aumento de capacidade comparado com as outras duas opções aqui discutidas;
Partilha grande parte da sua logística e de componentes com o C-295M;
Dá-nos acesso à cadeia logística das outras forças armadas europeias;
A Alemanha e Espanha colocaram à venda algumas das suas aeronaves: duvido que as aeronaves alguma vez sejam vendidas por um custo inferior mas deverá abrir a possibilidade de pedir um empréstimo com juros menores ou até sem juros (como os franceses ofereceram às Filipinas) para a aquisição das aeronaves.

Citação de: "SinSy"
Eu não consigo ver qual é o problema de ser o KC-390, aliás, só vejo vantagens, é construído em Portugal (partes da fuselagem), é muito mais barato que o A400M e é mais recente que o c-130. Que eu saiba ainda não se pode dizer que o KC-390 seja pior que o c-130.
De notar que o C-130 também tem componentes fabricados cá. A única coisa de pior que o 390 terá comparado com o C-130J será na logística e não nos dar acesso à escola norte-americana nem à europeia. E possivelmente também nos custos de operação, mas há que esperar para ver.

Essa do 390 ser construído em parte cá em Portugal não aceito como vantagem pelo simples motivos da Embraer já ter colocado cá a fábrica(s) e ter ganhado bastante com isso. A Embraer alguma vez ia estar a colocar uma fábrica cá só por causa de 6 unidades? A Embraer ao colocar cá a fábrica já teve acesso a tecnologia portuguesa (e europeia), a mão-de-obra qualificada, aos nossos centros de investigação, a facilidades nas finanças e impostos, e a acesso a subsídios do estado e da União Europeia. Nós não estamos em dívida perante a Embraer.



Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Miguel

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #291 em: Janeiro 04, 2015, 10:10:59 am »
Eu tambem digo que era melhor a FAP ficar com 3 A400M que nos permitia ter uma capacidade de projecçao muito maior e interoperacionalidade com os maiores parceiros da NATO.
 

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Lightning

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #292 em: Janeiro 05, 2015, 02:03:42 am »
Citação de: "Get_It"
A minha esperança era um concurso com competição a sério e uma aquisição sem luvas e sem fazer favores aos outros que já se fartaram de receber regalias. A minha fantasia era A400M. Mas por mim até C-130J britânicos em segunda-mão eram bons, até porque em princípio as primeiras aeronaves poderiam ser entregues mais cedo do que qualquer outra solução e quem sabe ajudar evitar gastar dinheiro a modernizar os nossos C-130H.

Cumprimentos,

Nestas coisas nem sempre há concurso, não sou barra em direito mas acho que se o país for construtor não tem/precisa que fazer concurso, a maior parte dos países que tem ou vai ter o Eurofighter, A400M, NH-90 não escolheram estas aeronaves por concurso, Portugal como estava no consórcio de construção do A400M e do NH-90 não fez concurso para eles, os NPO Viana do Castelo foram construídos sem concurso, os C-295M, os EH101 Merlin, os blindados Pandur II, os submarinos Tridente, já foram escolhidos por concurso, meios comprados em 2ª mão também não tem concurso  :mrgreen: (Leopard 2, P-3C, Fragatas Bartolomeu Dias).
 

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Lightning

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #293 em: Janeiro 05, 2015, 02:37:49 am »
Citação de: "Miguel"
Eu tambem digo que era melhor a FAP ficar com 3 A400M que nos permitia ter uma capacidade de projecçao muito maior e interoperacionalidade com os maiores parceiros da NATO.

Mas nós temos mais coisas para fazer do que andar a ter interoperacionalidade com a NATO, isso é 1 mês por ano, o resto do ano são missões nacionais.

Além de que se virmos bem o A400M é possivelmente muita areia para o nosso camião, já viram bem que a Bélgica (o Luxemburgo vai comprar um mas acho que é para estar junto com os Belgas) é o único pais pequeno que vai operar este avião, todos os restantes países são grandes (Alemanha, Reino Unido, França, Espanha, Turquia).

Onde estão os outros países da NATO?
A Itália, Canadá, Dinamarca e Noruega compraram C-130J.
A Holanda, Grécia e países de Leste para já, nem um nem outro.

O KC390 para já ainda vai ter que provar o que vale, e de certeza que a FAP não vai ficar satisfeita com algo que faça menos do que o C-130 faz.
 

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Crypter

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #294 em: Janeiro 05, 2015, 03:03:15 pm »
Citação de: "Lightning"
O KC390 para já ainda vai ter que provar o que vale, e de certeza que a FAP não vai ficar satisfeita com algo que faça menos do que o C-130 faz.

Continua-me meter alguma comichão dizerem que o KC pode aterrar em pistas não preparadas... aqueles motores a jacto não me inspiram lá grande confiança para essas andanças.. mas!

Relativamente à aproximação das escolas.. é um misto! Acho que podiamos e deveriamos continuar a aproximação constante aos parceiros da NATO e por consequência dos EUA e da UE, mas sinceramente o futuro de Portugal não vai passar essencialmente por aí. Basta ver o apoio (ou a falta dele) que tivemos recentemente nesta crise maldita, onde a UE em nada nos ajudou, onde ficamos e continuamos sós a lidar com situações que não são só 100% (bah 90 são) culpa nossa!

Daí eu defender uma maior aproximação a outras grandes potências actuais e futuras (falo Brasil, Angola, etc..) que apesar de todas as diferenças, alguns rancores existentes, são nossos irmãos de sangue.

Por isso eu não repudio por completo uma compra dos KC..
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #295 em: Janeiro 05, 2015, 04:08:36 pm »
Citação de: "Crypter"
Citação de: "Lightning"
O KC390 para já ainda vai ter que provar o que vale, e de certeza que a FAP não vai ficar satisfeita com algo que faça menos do que o C-130 faz.

Continua-me meter alguma comichão dizerem que o KC pode aterrar em pistas não preparadas... aqueles motores a jacto não me inspiram lá grande confiança para essas andanças.. mas!



Citar
Relativamente à aproximação das escolas.. é um misto! Acho que podiamos e deveriamos continuar a aproximação constante aos parceiros da NATO e por consequência dos EUA e da UE, mas sinceramente o futuro de Portugal não vai passar essencialmente por aí. Basta ver o apoio (ou a falta dele) que tivemos recentemente nesta crise maldita, onde a UE em nada nos ajudou, onde ficamos e continuamos sós a lidar com situações que não são só 100% (bah 90 são) culpa nossa!

Aproximação? Nós somos OTAN, nós somos UE!

Eu também acho que a crise poderia ter sido e muito minorada se o Euro tivesse sido feito de uma outra forma, mas ao mesmo tempo o BCE andou a comprar a nossa divida, um dos elementos da Troika é exactamente a UE, etc. Há que atacar o mau, mas não devemos olhar para o lado e culpar terceiros por coisas pelas quais também temos responsabilidades.

Citar
Daí eu defender uma maior aproximação a outras grandes potências actuais e futuras (falo Brasil, Angola, etc..) que apesar de todas as diferenças, alguns rancores existentes, são nossos irmãos de sangue.

De sangue? Eu diria que são países com quem nós temos ligações históricas.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Alvalade

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #296 em: Janeiro 05, 2015, 04:16:02 pm »
Citação de: "Crypter"
Citação de: "Lightning"
O KC390 para já ainda vai ter que provar o que vale, e de certeza que a FAP não vai ficar satisfeita com algo que faça menos do que o C-130 faz.

Continua-me meter alguma comichão dizerem que o KC pode aterrar em pistas não preparadas... aqueles motores a jacto não me inspiram lá grande confiança para essas andanças.. mas!

Relativamente à aproximação das escolas.. é um misto! Acho que podiamos e deveriamos continuar a aproximação constante aos parceiros da NATO e por consequência dos EUA e da UE, mas sinceramente o futuro de Portugal não vai passar essencialmente por aí. Basta ver o apoio (ou a falta dele) que tivemos recentemente nesta crise maldita, onde a UE em nada nos ajudou, onde ficamos e continuamos sós a lidar com situações que não são só 100% (bah 90 são) culpa nossa!

Daí eu defender uma maior aproximação a outras grandes potências actuais e futuras (falo Brasil, Angola, etc..) que apesar de todas as diferenças, alguns rancores existentes, são nossos irmãos de sangue.

Por isso eu não repudio por completo uma compra dos KC..

Falta de apoio ? Emprestaram-nos o dinheiro e agora graças ao BCE estamos a vender divida a juros bem baixos.
Aproximação de Angola ? Com esta queda dos preços do petróleos numa economia que assenta em 90% na exportação do petróleo, quem vai precisar de ajuda a curto prazo são eles.
 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #297 em: Janeiro 05, 2015, 05:53:26 pm »
Citação de: "Lightning"
Mas nós temos mais coisas para fazer do que andar a ter interoperacionalidade com a NATO, isso é 1 mês por ano, o resto do ano são missões nacionais.
Se temos muitas mais coisas para fazer então nem devíamos estar na NATO. Os C-130 quando andaram no Afeganistão e noutros afins estiveram lá muito mais que um mês e agora no Mali estamos lá com pessoal da Europa/NATO. E estas não são simples missões nacionais. Concordo que não devemos exagerar a nível de requerer interoperacionalidade com os países da NATO (bons exemplos são o que aconteceu como o NH-90 para o UALE e o que está acontecer com o F-35 noutros países), mas também não devemos fugir a isso especialmente quando um dos principais objectivos da NATO é ajudar a simplificar a logística.

Citação de: "Lightning"
Além de que se virmos bem o A400M é possivelmente muita areia para o nosso camião, já viram bem que a Bélgica (o Luxemburgo vai comprar um mas acho que é para estar junto com os Belgas) é o único pais pequeno que vai operar este avião, todos os restantes países são grandes (Alemanha, Reino Unido, França, Espanha, Turquia).
A não ser que se esteja a referir aos custos de aquisição tenho de discordar totalmente. E mesmo quanto aos custos de aquisição... Se o A400M é muita areia para o nosso camião então tenho de recomendar que nos fiquemos apenas pelos C-295 e em vez de gastar dinheiro num substituto para o C-130 que invistamos o dinheiro antes a contribuir para a Strategic Airlift Capability (aluguer de C-17 e outros meios) da NATO e na European Air Transport Command (contribuindo também com pilotos e técnicos para manter alguma capacidade).

Citação de: "Lightning"
O KC390 para já ainda vai ter que provar o que vale, e de certeza que a FAP não vai ficar satisfeita com algo que faça menos do que o C-130 faz.
Eu diria que a FAP nestes últimos anos teve muita sorte na aquisição de novos meios mas a verdade é que não apenas eles que decidem o equipamento a comprar. Também envolvidos estão vários políticos, partidos inteiros, primos do MDN, empresas de advogados, empresas de consultadoria, bancos e agências de empréstimos/leasing.

Citação de: "Crypter"
Relativamente à aproximação das escolas.. é um misto! Acho que podíamos e deveríamos continuar a aproximação constante aos parceiros da NATO e por consequência dos EUA e da UE, mas sinceramente o futuro de Portugal não vai passar essencialmente por aí. Basta ver o apoio (ou a falta dele) que tivemos recentemente nesta crise maldita, onde a UE em nada nos ajudou, onde ficamos e continuamos sós a lidar com situações que não são só 100% (bah 90 são) culpa nossa!
A corrupção e a falta do combate contra a corrupção, abuso de poder e fraude também não ajudaram nada nesta crise maldita. No fundo dos fundos a UE e a CPLP são tão pior um como o outro.

Citação de: "Crypter"
Daí eu defender uma maior aproximação a outras grandes potências actuais e futuras (falo Brasil, Angola, etc..) que apesar de todas as diferenças, alguns rancores existentes, são nossos irmãos de sangue.
Eu concordo que não nos devemos virar apenas para um lado. Nada de «Europa, Europa, Europa», nada de «Espanha, Espanha, Espanha», mas também nada de «CPLP, CPLP, CPLP».

Tudo bem que temos relações históricas com os países da CPLP, mas temos de nos lembrar que os nossos interesses económicos e estratégicos tanto como o nosso "dia-a-dia" é partilhado com a Europa e com os países da NATO, principalmente no caso de interesses militares. Geograficamente e economicamente estamos inseridos na Europa. Ignorar isto e ir numa aventura de tentar reconquistar o Antigo Império, mesma que seja apenas a nível económico é um erro enorme. Nunca vamos ter o mesmo peso que a China ou o Brasil. Também não vão ser os países da CPLP que nos vão acudir em caso de crise financeira ou em caso de conflito bélico. Aliás, nestes anos todos de crise o Brasil e Angola têm servido como parceiros económicos e alvos das exportações portuguesas mas também têm estado aqui para comprar ao desbarato tudo que puderem levar. Vejam lá o controlo que a máfia e a "monarquia" Angolana já tem em várias empresas estratégicas portuguesas e vejam lá as tentativas por parte de certos indivíduos de fazerem a fusão de empresas portuguesas e brasileiras.

Cumprimentos,
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #298 em: Janeiro 05, 2015, 06:41:29 pm »
Citação de: "Alvalade"
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O KC390 para já ainda vai ter que provar o que vale, e de certeza que a FAP não vai ficar satisfeita com algo que faça menos do que o C-130 faz.

Continua-me meter alguma comichão dizerem que o KC pode aterrar em pistas não preparadas... aqueles motores a jacto não me inspiram lá grande confiança para essas andanças.. mas!

Relativamente à aproximação das escolas.. é um misto! Acho que podiamos e deveriamos continuar a aproximação constante aos parceiros da NATO e por consequência dos EUA e da UE, mas sinceramente o futuro de Portugal não vai passar essencialmente por aí. Basta ver o apoio (ou a falta dele) que tivemos recentemente nesta crise maldita, onde a UE em nada nos ajudou, onde ficamos e continuamos sós a lidar com situações que não são só 100% (bah 90 são) culpa nossa!

Daí eu defender uma maior aproximação a outras grandes potências actuais e futuras (falo Brasil, Angola, etc..) que apesar de todas as diferenças, alguns rancores existentes, são nossos irmãos de sangue.

Por isso eu não repudio por completo uma compra dos KC..

Falta de apoio ? Emprestaram-nos o dinheiro e agora graças ao BCE estamos a vender divida a juros bem baixos.
Aproximação de Angola ? Com esta queda dos preços do petróleos numa economia que assenta em 90% na exportação do petróleo, quem vai precisar de ajuda a curto prazo são eles.

desculpa? Emprestaram dinheiro sim, mas com que condições? Depois temos um país que teve um dos maiores perdões de divida da história recente da Humanidade (Alemanha) vir a público dizer que ou pagas o que queremos ou saiem do Euro...

Eu também emprestava € ao meu vizinho se fosse ganhar MUITISSIMO com isso!

Mas não é isso que estamos a discutir aqui. Sou a favor da abertura a outros mercados a nível militar, mas como diz o camarada Get_it nem sempre "Europa, Europa, Europa" ou "CPLP, CPLP"..  Pode e deve haver uma distribuição por todas essas "doutrinas". Só saímos a ganhar.
 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #299 em: Janeiro 05, 2015, 07:38:20 pm »
Citação de: "Crypter"
Citação de: "Alvalade"
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O KC390 para já ainda vai ter que provar o que vale, e de certeza que a FAP não vai ficar satisfeita com algo que faça menos do que o C-130 faz.

Continua-me meter alguma comichão dizerem que o KC pode aterrar em pistas não preparadas... aqueles motores a jacto não me inspiram lá grande confiança para essas andanças.. mas!

Relativamente à aproximação das escolas.. é um misto! Acho que podiamos e deveriamos continuar a aproximação constante aos parceiros da NATO e por consequência dos EUA e da UE, mas sinceramente o futuro de Portugal não vai passar essencialmente por aí. Basta ver o apoio (ou a falta dele) que tivemos recentemente nesta crise maldita, onde a UE em nada nos ajudou, onde ficamos e continuamos sós a lidar com situações que não são só 100% (bah 90 são) culpa nossa!

Daí eu defender uma maior aproximação a outras grandes potências actuais e futuras (falo Brasil, Angola, etc..) que apesar de todas as diferenças, alguns rancores existentes, são nossos irmãos de sangue.

Por isso eu não repudio por completo uma compra dos KC..

Falta de apoio ? Emprestaram-nos o dinheiro e agora graças ao BCE estamos a vender divida a juros bem baixos.
Aproximação de Angola ? Com esta queda dos preços do petróleos numa economia que assenta em 90% na exportação do petróleo, quem vai precisar de ajuda a curto prazo são eles.

desculpa? Emprestaram dinheiro sim, mas com que condições? Depois temos um país que teve um dos maiores perdões de divida da história recente da Humanidade (Alemanha) vir a público dizer que ou pagas o que queremos ou saiam do Euro...

Eu também emprestava € ao meu vizinho se fosse ganhar MUITISSIMO com isso!

Mas não é isso que estamos a discutir aqui. Sou a favor da abertura a outros mercados a nível militar, mas como diz o camarada Get_it nem sempre "Europa, Europa, Europa" ou "CPLP, CPLP"..  Pode e deve haver uma distribuição por todas essas "doutrinas". Só saímos a ganhar.

Eu não tenho ilusões com a CPLP, é tudo muito bonito para organizar cimeiras e para dizer que somos todos irmãos, mas sempre que que acontece alguma coisa (Golpes de Estado, Desastre Naturais, Guerras Civis, etc) assobiam todos para o ar e lá temos que ir nós tentar remediar a situação, dentro das nossas possibilidades. Com a NATO/UE já sabemos que mais cedo ou mais tarde vai aparecer alguma missão em que vamos participar com os nossos parceiros, portanto é mais aconselhável investir nesse cenário até porque interoperabilidade com a NATO sai mais barato.
 
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