Mas como podemos ver nos últimos tempos isto dos investimentos na verdade não interessa. O que interessa é quem grita mais alto e quem consegue mais endorsements (*wink*wink*).
Pois é, isto é aquilo que não é preciso ser (o que mais investe), basta parecer (que se é), e "aparecer" na tv muitas vezes. É o mundo Big Brother e televisivo em que vivemos.
Mas por outro lado traria maior capacidade para a FAP e hoje também já temos os C-295M que conseguem fazer missões que até há uns anos atrás apenas os C-130H podiam fazer.
Pois é, mas num futuro com 12 C-295 e 3 A400M, estou a ver é a FAP passar de destacamentos de C-130 para C-295 (que já acontecem) e passam a ser regra e não de A400M, pois são poucos e ficam mais como transporte estratégico.
Acho que nesse ponto existem certas manobras que podem ser feitas. Desde aproveitar que a Alemanha e Espanha querem vender algumas das suas encomendas; a participar numa pool europeia que seria pool apenas em nome e onde ficássemos à mesma com as aeronaves para o que nos apetecesse; a obter financiamento da UE para ajudar a cobrir os custos; até comprar as primeiras unidades aos espanhóis e alemães com pouquíssimas horas de voo como aeronaves sem segunda-mão, ficando eles com as restantes encomendas que queriam vender.
Isso é a hipótese que o MajorAlvega referiu

, vamos ver.
Quanto às influências, isso tem muito que se diga, e tem muito que se pode analisar relativamente a geopolítica, posição estratégica e vantagens financeiras. Mas eu pessoalmente não sou da opinião que Bruxelas tenha uma influência absoluta nesta matéria. Quer porque não dão grande importância cá ao burgo ou porque têm outros trunfos na manga ao qual a Airbus poderia recorrer. E não nos vamos esquecer que a Airbus e os franceses em geral têm feito grandes negócios no Brasil. Se já na altura da venda do Rafale falavam na aquisição do 390 para suplementar o A400M e substituir os C-130 na Força Aérea Francesa então talvez também não se iriam importar muita de abrir mão do mercado português para não arranjarem chatices.
Anda ai um post que a França encomendou alguns C-130J, mas se também quiserem comprar KC390 isso é com eles. Claro que para a Airbus é mais importante o Brasil do que Portugal, é outra dimensão, e entramos na geopolítica, ninguém quer ficar a perder, se eles tiverem que fazer essa escolha, claro que 3 A400M perde na balança contra dezenas de aviões comerciais, helicópteros, etc, que eles podem vender ao Brasil, mas se a Airbus puder vender a ambos Brasil e Portugal, então vai vender. Acho que quem está mais interessado em despachar A400M nem é a Airbus propriamente dita, eu acho que é a Alemanha e Espanha, pois a Airbus vai construir esses aviões e a Alemanha e Espanha vão ter que os pagar à Airbus, se depois os conseguem vender a terceiros, isso já pouco afecta a Airbus, mas se a Airbus a pedido da Alemanha e Espanha puder fazer alguma força nisso, deve fazer, sempre ganham mais um cliente na logística.
Uma outra hipótese que me surgiu, comprávamos o avião de dimensão que me parece mais acertada C-130J/KC-390, mas quando tivéssemos grandes quantidades de material para movimentar, como recentemente material dos Comandos para a Republica Centro-Africana, em vez de alugarmos aviões Antonov passávamos a alugar A400M à força europeia

. Claro que são precisos 4 voos de A400M (37t) para transportar a tonelagem de um voo de An-124 (150t), não sei se compensaria.