E será que eu me fiz entender? É que tanto o KC-390 como o A-400 foram ambos feitos com o objectivo de substituir o C-130, estando, automaticamente, na mesma categoria, com vista o mesmo nicho de mercado, entendeu agora ou precisa de um desenho?
Realmente não percebe português... Estava a referir-me aos custos da mão de obra, salários, isto é, aquele dinheiro que tem de ser pago a cada trabalhador ao fim do mês, percebe agora? Santa paciência... Ambos sabemos que os salários são mais altos na Europa do que na América do Sul, logo, os simples custos de produção do A-400 aumentam só por aí.
Não tenho desejo nenhum... simplesmente é uma hipótese a ter em conta antes de vir "mandar bitaites" sobre custos de uma aeronave que ainda não passa de um protótipo. E mais, o avião não é somente constituído pelos motores, pelo menos que eu saiba, logo, os motores podem estar bem, mas outras coisas não.
Mais uma vez, nenhuma força aérea do mundo utiliza os seus aviões de transporte com carga máxima a tempo inteiro... Logo, essa sua teoria não faz sentido, visto que para 99% das forças aéreas, não valia a pena ter aeronaves capazes de transportar mais de 15 toneladas...
Ah pronto, é economista, sendo assim temos de concordar todos consigo, porque como economista, sabe dizer o que as forças armadas de outro país precisam... Quem falou em subutilizá-lo? Sendo assim os nossos C-130 são constantemente subutilizados... Pense assim, é preferível ter mais capacidade, mesmo que não seja utilizada todos os dias do ano, do que não ter... E é esta a ideia por trás das aeronaves de transporte maior... Sim, para as missões de transporte do dia-a-dia, um C-295 bastaria se calhar, visto não ser normal andar a transportar de um lado para o outro 15 toneladas em equipamento... no entanto estes existem para quando for necessário fazer, mesmo que seja uma vez por ano, a capacidade está lá e é para isto que servem.
Isso das "jantaradas" por cá é algo que se faz várias vezes por ano, seja no Natal, Páscoa, ou até aniversários, muitas vezes até se fazem jantares/almoços simplesmente quando familiares vêm da outra ponta do país. E nessas situações é comum fazer-se uma quantidade enorme de comida, desperdício? Para muitos pode parecer, mas culturalmente é hábito fazer isso, pensar "mais vale fazer mais e sobrar, do que menos e faltar". E era apenas um exemplo para ver se entendia... como não percebeu, olhe pense por si mesmo.
Sim os materiais essenciais às ilhas estão lá, mas as ilhas não têm capacidade de ter tudo, portanto, caso haja uma catástrofe maior, teria de vir do continente meios para complementar os existentes, e é nisto que me baseei, quando fosse necessário transportar algo para lá, que fosse ou mais pesado, ou maior em termos de volume que ocupa, o A-400 permitia isso sem problemas. Quem diz um camião dos bombeiros diz um helicóptero do INEM.
A capacidade de transporte de um avião não depende apenas dos motores. Se assim fosse, facilmente se colocava motores mais potentes nos C-130 e estava feito, mais 1 ou 2 toneladas de capacidade...
Raio de combate do Gripen? Qual Gripen? O C/D? É que o NG não passa de um protótipo ainda, logo os números que se dizem são apenas teóricos, tal como a SAAB dizia há uns anos que o Gripen NG era o melhor caça do mundo nos seus vídeos de apresentação... A realidade é que o Gripen NG só tem um protótipo, logo é pouco para dizer se tem ou não tais capacidades reais, e mesmo que tenha as capacidades que estão no "papel", não são um grande avanço relativamente a um F-16, que compense mudar totalmente de logística e exija uma adaptação.
Sim, tem um radar AESA (ou melhor, vai ter), mas como dá para perceber que é um entendido na matéria, deve saber que já há F-16 equipados com radar semelhante (investigue lá o F-16 Block 60), e estão a ser desenvolvidos dois radares AESA para os F-16 mais antigos, para substituir por exemplo os radares que neste momento equipam os MLU (como gosta de pesquisar, procure sobre os radares SABR e RACR), portanto, onde está a vantagem do Gripen? Se é só pelo radar AESA, não vale a pena, pois há ou irá haver no futuro próximo radares desses para os MLU, e com certeza ficaria mais barato do que adquirir um caça novo que poucas vantagens traria para alem do radar.
Sim, o KC-390 é de facto um projecto com potencial, e se tudo correr como planeado, será um sucesso de exportações, isto porque a concorrência não é muita sequer, logo aí já tem grande potencial.