Projecto Embraer KC-390

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Alvalade

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Re: Projecto Embraer C-390
« Responder #270 em: Abril 05, 2015, 12:18:30 pm »
Já deu para ver ao que vem e só me vou dar ao trabalho de lhe responder uma vez, se continuar com esta atitude da minha parte fica a falar com uma parede.

Dito isto vou responder apenas ao que escreveu no tópico do C-390, porque o que escreveu no tópico "Embraer ganha programa LAS (USAF)"  foi só uma tentativa de ofensa a um membro desta comunidade .

Falando do C-390, Portugal não tem de dar justificações a ninguém, o que Portugal tem de fazer é escolher os meios que melhor se adequam às suas necessidades, era o que faltava que as decisões estratégicas nacionais fossem condicionadas por empresas estrangeiras.

A Embraer está em Portugal devido a várias regalias que foram oferecidas  pelo governo Português e porque quer ter acesso ao mercado da UE e da NATO. Na realidade a Embraer em Portugal recebe mais do que dá .

No caso do transporte aéreo temos duas opções (vou excluir o A400M apenas para facilitar a discussão) o C-130J e o C-390.

De um lado temos um “turboprop” que é a evolução de uma aeronave que já é operada em Portugal e é fabricado por um aliado.
O seu custo de operação em princípio é mais baixo que e já foi experimentado em missões reais.

Do outro temos um protótipo que tem capacidades (Probe-and-drogue refueling) que não interessam à Força Aérea Portuguesa.
Utiliza “turbofans” o que torna seu custo de manutenção e de operação mais elevado e o seu uso em pistas não preparadas é duvidoso.
 
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Re: Projecto Embraer C-390
« Responder #271 em: Abril 05, 2015, 07:13:12 pm »
Citação de: "JMKeynes"
É claro que Portugal não te de dar justificações a ninguém,  bem como não existe a obrigatoriedade de compra do avião, mas bem, o que se espera é um mínimo de racionalidade e compreensão neste caso, seria muito interessante ver o KC-390 voando com as cores dos Elefantes. Seria visto também como uma importante demonstração de boa vontade e cooperação.
E já não é demonstração suficiente de boa vontade e cooperação a troca de tecnologia e know-how, os programas de cooperação de envio de técnicos entre os dois países, a formação e participação de engenheiros brasileiros em universidades, centros de investigação e empresas de norte a sul do país?

Citação de: "JMKeynes"
Nesta você foi bastante infeliz, a Embraer poderia se instalar em qualquer país da UE a fim de receber as "as várias regalias" em questão, a Embraer gera milhares de empregos e renda em Portugal, mas poderia fazer o mesmo na França ou aí do lado, na Espanha, mas o fez e Portugal, por que será? se a Embraer tivesse criado essa unidade na Espanha o que vocês estariam dizendo agora? pense nisso.
Espanha dificilmente (nunca?) aceitaria a entrada da Embraer por causa das suas medidas proteccionistas. França talvez, desde que houvesse outra troca de favores: aquisição do Rafale. Outros países, como a Alemanha, também são proteccionista do seu mercado de defesa e da sua indústria ou não têm ligações suficientes com o Brasil para dar um passo tão grande. Os restantes países, como a República Checa, não têm dinheiro suficiente para investir nos programas ou não têm know-how suficiente. Gerar milhões em renda não deve ser bem assim graças às benesses fiscais e o que a Embraer gasta em ajudar a manter empregos directos e indirectos logo recebe através de tecnologia desenvolvida graças ao dinheiro Estadual e europeu e a pessoal com formação e com os conhecimentos e a experiência necessária. Depois o facto da Embraer também já ter presença em Portugal através da OGMA ajuda bastante e fez uma diferença enorme. E nem vamos falar dos "namoros" que aí vão entre os empresários e políticos dos dois países.

Há que lembrar também que os portugueses (os políticos, os centros de investigação, e as empresas de consultadoria) são especialistas em mamar dinheiro à custa dos fundos europeus.

Citação de: "JMKeynes"
"
Citar
Do outro temos um protótipo que tem capacidades (Probe-and-drogue refueling) que não interessam à Força Aérea Portuguesa"

Espero que vossa senhoria não seja um assessor militar de José Pedro Correia de Aguiar Branco, dizer que uma Força Aérea não precisa dessa capacidade é algo realmente medonho.
Eu espero que o nosso ministro da Defesa tenha assessores que lhe expliquem que os nossos caças não utilizam o sistema probe-and-drogue e que a outra única aeronave com capacidade para reabastecimento em voo seriam os EH-101. Talvez seria bom relembrar que para o nosso dia-a-dia não temos necessidade de reabastecimento aéreo graças aos dois porta-aviões que temos (NRP Açores e NRP Madeira), o que ajudam a aumentar o alcance das aeronaves quer em missões de intercepção, quer de patrulha marítima/resgate. Para o resto por algum motivo estamos envolvidos em programas da NATO e União Europeia para financiar e ter acesso a aeronaves com essa capacidade.

Se vier uma aeronave com capacidade de reabastecimento aéreo (A400M ou 390) tudo bem. Mas nunca iremos tirar partido dessa capacidade pois isso implicaria gastar recursos no treino das tripulações e manutenção dos sistemas adicionais. O custo que essa capacidade adiciona ao custo de aquisição e da operação das aeronaves que já trazem isso de fábrica pode ser ignorar se a capacidade da aeronave ou os custos de aquisição. Agora, se tivéssemos a falar do C-130J-30, aí nunca iria valer a pena os custos de estar a adquirir o KC-130J-30.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Re: Projecto Embraer C-390
« Responder #272 em: Abril 05, 2015, 11:45:03 pm »
Por alma de quem é que a Espanha haveria de construir componentes do KC-390? Lá produzem componentes do A-400, logo não ganhariam nada em ter uma fábrica de peças ou mesmo do avião completo, de um avião que não iriam adquirir...

Quanto às capacidades do KC-390... para já é só no papel, pois enquanto não for demonstrado nada, não se pode dizer automaticamente que é mais ou menos capaz que outro avião...

Para já tenha calma que ainda recentemente voou o primeiro protótipo, depois até Portugal avançar para a substituição dos C-130 vai levar alguns anos e por fim, fala do KC-390 ser superior ao C-130, mas esquece-se do A-400... porque não fala? Não lhe convém?
Para alem disto, o A-400 também era dado como certo cá... mas depois Portugal saiu do programa (na minha opinião uma estupidez tremenda), só por isso é que o Brasil teve hipóteses de vender o KC-390 a Portugal...
E sinceramente, não é por a Embraer vender 5 ou 6 a Portugal que vai ser um sucesso de vendas... ganham muito mais por ser um país da NATO a utilizar o seu avião, pelo menos do ponto de vista da visibilidade para os restantes países...
Para terminar... Portugal adquirir apenas 1 ou 2? Isso seria risório! Mais valia ficar quieto... Na minha opinião, com a falta de pilotos na FAP, ficávamos muito mais bem servidos com apenas 4 A-400, do que 6 KC-390... A capacidade mantinha-se (nesta proporção de 4 para 6), mas o nº de pilotos necessários seria inferior.
 
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Re: Projecto Embraer C-390
« Responder #273 em: Abril 05, 2015, 11:50:22 pm »
Concordo sair do consorcio do A-400 foi uma grande argolada, mas adiante...
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Re: Projecto Embraer C-390
« Responder #274 em: Abril 06, 2015, 12:27:44 am »
Duvido que quisessem... já têm um avião do género, já investiram nisso e têm muito mais participação no A-400 do que teriam no KC-390 (isto se a participação fosse igual à portuguesa).

Sim, e a capacidade de carga de um avião depende somente dos motores...

Em termos de capacidades? Sim, são de categorias diferentes. Em termos de mercado? Competem um com o outro, quer queira quer não, e o A-400 será sempre superior, e a escolha do KC-390 (ou de um C-130) em detrimento deste será somente por questões de custos.
Só eu é que faço comparação entre KC-390 e A-400? Tem de começar a ver melhor as discussões que há por aqui, principalmente no tópico " Programa de substituição do C-130", e depois venha dizer que só eu comparo um com o outro... Para alem disso, internacionalmente são comparados os dois, tal como é comparado o C-130 com o A-400... Agora, se para tornarem o vosso avião "claramente superior", precisam de comparar com algo com 50 anos... isso já é outra história...Sim o concorrente directo do KC-390 é o C-130, mas habituem-se que será também comparado com o A400, não só em fóruns do tema, como também em concursos de aquisição deste tipo de aeronave.
Já agora, A-400 na liga do C-17, C-5 e Antonov's? Essa matou-me... então, no paragrafo antes, diz que o KC-390 não pode ser comparado com o A-400... mas depois vem dizer que este ultimo é da mesma categoria que o C-5? Leu o que disse? Sabe o propósito desses que disse e o propósito do A-400?

Sim, existe a questão do orçamento, e por estes lados isso está bem presento (ou a falta dele mais concretamente). Mas já se tinha investido dinheiro no programa A-400, logo, acabámos por deitar dinheiro fora, para depois entrar para outro programa que, mais ano menos ano, pode acontecer o mesmo por uma simples troca de governo ou até mesmo requisitos da FAP... E o que disse da minha preferência pelo A-400, não é nada contra o KC-390, simplesmente, por cá há uma conhecida e mais que falada falta de pilotos, logo, se for possível num tipo de avião reduzir o numero mas mantendo a capacidade, então, tendo em conta a falta de pilotos existente, compensaria muito mais ter apenas 4 aeronaves superiores nas suas capacidades (para alem de serem utilizadas pelos nossos principais aliados), do que ter 6, ficando uma ou duas paradas por falta de pilotos, no entanto os custos relativos a essas duas aeronaves, continuariam a existir mesmo estando paradas...
 

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Re: Projecto Embraer C-390
« Responder #275 em: Abril 06, 2015, 12:37:49 am »
A reacção será/seria exatamente a mesma se os actuais C-130 fossem substituídos por outros C-130... portanto, não é nada contra o KC-390, apenas por cá aprendemos a não festejar antes do tempo... e muito menos se festeja por aquisições militares com bases politicas... Sempre foi hábito por aqui criticar as decisões única e exclusivamente politicas no que respeita a aquisições militares, pois estas geralmente não têm em conta as reais necessidades dos ramos das forças armadas.
Na sua ultima frase apontou exatamente o problema, "decisão por parte das autoridades governamentais lusas"... quando é o governo a escolher e não as forças armadas, sai sempre trapalhada...
Há uns anos a decisão racional era claramente o A-400, se não me engano iam ser fabricadas componentes cá (tal como do KC-390), estavam portugueses envolvidos no projecto, a aeronave ia ser utilizada pelos principais aliados e o avião em si era claramente superior ao que vinha a substituir, permitindo a aquisição de um numero ligeiramente inferior, compensando os custos. Mais uma vez, uma decisão politica tirou-nos do projecto.
 

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Re: Projecto Embraer C-390
« Responder #276 em: Abril 06, 2015, 01:59:48 am »
Sim, é um avião de carga pesado, mas não é, nem de perto, um avião de transporte estratégico como o C-17, C-5 e os Antonov.

Claro que a Airbus não "deu bola"! Tem um avião que está numa classe à parte de tudo o resto no mercado, está entre um C-130 e um C-17, preço/capacidades/custos superiores ao primeiro e inferiores ao segundo, no entanto não deixa de concorrer com nenhum destes... E lá está você a trazer o C-295 e C-27 para a conversa... Deve ter algum complexo de superioridade para se comparar com os inferiores...

Mas sem A-400, o mercado ficaria essencialmente reduzido a duas opções, C-130 ou KC-390. Portanto, o A-400 tira mercado sim senhor, até porque permite a muitos países comprar uma só aeronave, quando, caso adquirisse um KC-390 ou C-130, necessitaria de uma aeronave com mais capacidades, uma segunda aeronave de transporte...
Claro que será muito mais caro que o KC-390! Mais capacidade, cria uma classe própria que permite competir tanto com C-130's e semelhantes e com C-17's, etc., para não falar da mão de obra, e neste caso, a diferença da mão de obra europeia nomeadamente a alemã e francesa por exemplo, que é muito superior à do Brasil e qualquer outro país da américa do sul, e tal como um carro será mais barato se for produzido na Roménia em vez de ser produzido em França. Aqui é igual, mão de obra mais cara, normalmente produto mais caro. Para não falar que o A-400 está muito caro devido às derrapagens no seu desenvolvimento, pois qualquer problema irá aumentar os custos, e não pense que o KC-390 ficará isento de problemas no inicio... Podem ter sorte e correr na perfeição, tal como de um dia para o outro podem encontrar problemas que aumentam os custos da aeronave final.

Pode operar A-400 quem preferir menor numero de aeronaves e manter a capacidade, logo menores custos. E no caso de Portugal, como referi antes, com a falta de pilotos, é algo a pensar seriamente, se valerá a pena adquirir um numero tão grande, ou se compensa mais adquirir menos mas cuja capacidade de cada aeronave seja superior.

Então mas Portugal é pequeno em terra, depois tem um grande mar, não se esqueça disso, mais dois arquipélagos. Portugal precisa de um avião com capacidade para 37 toneladas tanto quanto precisa de um com capacidade para 23 ou 26... Acha que se usa sempre a capacidade máxima? Por essa ordem de ideias, não compensa ir alem do C-295, visto que raramente vamos até às 15/16 toneladas nos C-130... Tal como Portugal jamais irá operar a tempo inteiro um A-400 com "full cargo", o Brasil não vai fazer o mesmo com o seu KC-390, compreende?
Eu exemplifico com um caso da vida real: pelo menos por cá, quando há jantaradas de família ou algo do género, as pessoas que convidam, geralmente fazem muito comer, ou seja, podiam fazer aquilo que achavam que ia ser comido e se não chegasse "paciência!"... mas não, faz-se sempre a mais, mesmo sabendo que vai sobrar, ao menos sabe-se com toda a certeza que toda a gente sairá satisfeita. Ora aqui é semelhante, a maior parte do tempo podemos nem passar das 20 toneladas, mas se um dia precisarmos de levar 30 toneladas, já não precisamos de pedir a outros que nos façam o favor de levar aquela carga! Imagine a diferença que faz ter um avião com a capacidade do A-400M, no caso de uma catástrofe nos Açores ou na Madeira! Imagine se tem de se levar algum equipamento demasiado volumoso para lá e que "não caiba" num C-130 ou num KC-390? Levamos de barco e demora-se muito mais tempo? Pedimos emprestado um avião para levar? Pois, por fora tem-se a ideia dum "Portugal pequenino", mas não sabem o que é ter arquipélagos no meio do oceano, em que para levar algo para lá, volumoso ou não, o meio mais eficaz de o fazer é de avião... Sim, se calhar o custo será superior, sim se calhar não é preciso tanto no dia a dia... no entanto, é fácil perceber que, com mais capacidade de transporte, pode-se fazer mais, fazer algo que antes só seria possível a partir de um barco que levasse dias a lá chegar. E em caso de catástrofe de grandes dimensões, em que fosse necessário levar, por exemplo um carro dos bombeiros mais volumoso e que não coubesse em nenhum dos outros dois, já seria possível com o A-400M.

Por fim, está a pôr em causa a capacidade do A-400, no entanto diz com toda a certeza que o KC-390, que apenas recentemente fez o primeiro voo, tem garantidamente uma determinada capacidade de carga...
 

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Re: Projecto Embraer C-390
« Responder #277 em: Abril 06, 2015, 02:08:26 am »
Absolutamente desejáveis?  :shock: Em que medida?

KC-390 é uma escolha racional politicamente, de resto, tem que mostrar o seu valor primeiro...
Quanto às aeronaves de transporte VIP, não é só a Embraer que fabrica, portanto, não há qualquer tipo de "desejo" em adquirir uma aeronave especifica... Tem de vir o mais adequado e pronto.
AEW e guerra eléctronica? Por cá, para já, é só um sonho e nem está, nem nunca esteve nos planos adquirir uma aeronave do género. Com ou sem versão anti-submarina, já temos os P-3 e os C-295 Vimar, que dão bem conta do recado.
Gripen? Não obrigado, pessoalmente acho que não representa um salto tão grande relativamente aos F-16, mal por mal, ia-se comprar uns F-16 Block 60, assim poupava-se dinheiro na adaptação ao novo avião. Para alem disso, há a questão da imensidão de mar sobre jurisdição portuguesa e a distância para os arquipélagos, o que torna proibitiva a aquisição de um caça como o Gripen com o seu curto alcance.
 

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Johnnie

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Re: Projecto Embraer C-390
« Responder #278 em: Abril 06, 2015, 10:10:47 am »
O KC-390 parece-me ser um projecto com grande potencial e é de louvar a nossa pequena participação nessa empreitada.

Se vai ser o sucesso de exportações que a Embraer deseja? Não sei, aliás ninguem sabe, mas que tem potencial tem...

Agora vamos ser objectivos quanto a um facto: O mercado de armas como bem sabemos é tudo menos transparente, é um mundo com meandros cheio de manobras politicas, golpes sujos nos bastidores, não é só a qualidade da aeronave e o seu custo que releva no final...

Tendo dito isto penso que a opção da FAP de deixar correr algum tempo até tomar a opção final prolongando a vida util dos C-130 por mais uns anos é a mais sensata.

Aqui as alternativas ao KC-390 são: Ou vamos para os C-130 mais modernos, mesmo que usados, se disponíveis ou atiramo-nos de cabeça no A-400.
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Re: Projecto Embraer C-390
« Responder #279 em: Abril 06, 2015, 10:19:17 am »
Mas continua o debate à volta de um avião que apenas tem um protótipo a voar? Não se conhece custos de operação nem aquisição e não se sabe até com atrasos de pagamento à Embraer do Estado Brasileiro, quando entrará em serviço? Tem tempo o debate quando o avião estiver em serviço e se poder saber se é um sucesso ou um fiasco, agora nesta fase?  Já parece brincadeira. :twisted:
Citação de: "JMKeynes"
Em tempo: fiz uma pesquisa rápida na pédia e descobri que o raio de ação de combate do Gripen  é maior que do F16MLU, o F16 usa radar pulso dopler, e o NG um radar AESA, parei por aí.
De facto, debater com alguns foristas do outro lado do Atlântico é "extraordinário". Além da "boa criação" e forma "ordeira" como debatem. são uns "experts" de calibre -1 e uns patriotas que batem palmas a qualquer palhaçada encabeçada pelos seus políticos. Deve ter sido o radar AESA que não existe e o Gipen NG que voa um exemplar biplace. Enfim, o Português debate realidade e o Brasileiro que por aqui aparece faz futurologia (Depois do Vítor temos o Keyes, devem ser da mesma região e ideologia).  :mrgreen:


Saudações Portuguesas  :G-beer2:
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Re: Projecto Embraer C-390
« Responder #280 em: Abril 06, 2015, 10:26:25 am »
Citação de: "JMKeynes"
Em tempo: fiz uma pesquisa rápida na pédia e descobri que o raio de ação de combate do Gripen  é maior que do F16MLU, o F16 usa radar pulso dopler, e o NG um radar AESA, parei por aí.

Belas fontes as tuas  :lol:
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Re: Projecto Embraer C-390
« Responder #281 em: Abril 06, 2015, 10:52:50 am »
Embraer quer produzir novos jatos em Évora com fundos comunitários

10:07 Segunda, 6 de Abril de 2015

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/embraer-quer-produzir-novos-jatos-em-evora-com-fundos-comunitarios=f918581#ixzz3WWMztdRk

Citar
A empresa tenciona produzir os jatos E2 em Portugal, mas para concretizar o investimento associado a esse projeto pretende assegurar fundos comunitários, através de uma candidatura ao programa Portugal 2020, revela o "Diário Económico".




A empresa brasileira Embraer, que controla a portuguesa OGMA e tem já duas fábricas de componentes de aviação em Évora, manifestou ao Governo português a sua vontade de reforçar o investimento em Portugal, para poder produzir em Évora os seus novos jatos E2, mas para tal pretende ver aprovada a sua candidatura aos fundos comunitários através do programa Portugal 2020.

"Já desenvolvemos os protótipos dos novos E-Jets, a série E2, em Évora e estamos a discutir com o Governo português, no âmbito do Portugal 2020, que se faça em Évora a fabricação dos aviões", revelou ao "Diário Económico" o presidente executivo da Embraer, Frederico Fleury Curado.

O gestor da empresa brasileira nota que a obtenção de fundos comunitários para apoiar o investimento em Évora é "um dos pontos importantes para a decisão". Já na construção das suas atuais instalações na cidade alentejana a Embraer contou com financiamento do anterior quadro de apoios da União Europeia.

Frederico Curado espera, segundo frisou em entrevista ao "Diário Económico", que o processo de avaliação da candidatura da Embraer seja célere. "Não podemos esperar até 2020. Nos próximos 12 meses gostaríamos de ter uma decisão, porque precisamos de definir onde vamos fixar a produção dos componentes", referiu o mesmo responsável.

Em dezembro de 2014 o presidente da Embraer já tinha admitido o interesse em Portugal como base para o projeto dos jatos E2 . "Daqui a um ano vamos ter de decidir onde fabricar alguns componentes e Évora surge como uma das opções", afirmou Frederico Curado.

Em Évora, onde investiu 180 milhões de euros, a Embraer já produz vários componentes do cargueiro militar KC390. Parte deste avião é também fabricada nas instalações de Alverca da OGMA, que a Embraer controla a 75%.

O presidente da empresa brasileira assegura que o compromisso da Embraer com Portugal é de "longo prazo". "Achamos que as fábricas de Évora e a OGMA são um ponto impotante do nosso tecido industrial. A nossa presença em Portugal é de longo prazo, não foi apenas uma questão de oportunidade", realçou Frederico Curado.


A Embraer não veio para Portugal só por uma questão de caridade, a Embraer está a ter muitas vantagens com isso. Estes apoios da União Europeia seriam mais dificeis de obter por parte da Embraer se estivesse noutro país como Espanha, França ou Alemanha.

Mesmo que Portugal não compre o KC-390 a Embraer já ganhou muito por investir em Portugal.
 
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Re: Projecto Embraer C-390
« Responder #282 em: Abril 06, 2015, 12:08:50 pm »
Tenho impressão que alguns dos foristas Brasileiros tem problemas de amnésia. Esquecem-se o porque da Embraer ter ido Produzir Super Tucanos para os EUA... :roll: http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2014/09/embraer-confirma-para-setembro-entrega-de-super-tucanos-aos-eua.html
 
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Os aviões estão sendo produzidos em Jacksonville, na Flórida, desde o ano passado, depois que a empresa venceu uma licitação do governo americano. A data de entrega ainda não foi informada.

Segundo a Embraer, também não foi definido se haverá evento de entrega com presença de autoridades. Não foram divulgadas quantas aeronaves serão entregues na primeira leva feita pela empresa.

O contrato com a Força Aérea dos EUA envolve a compra inicial de 20 aeronaves, no valor de US$ 428 milhões, além de peças e serviços de manutenção. Na época, a licitação foi contestada pela  concorrente Beechcraft, mas a venda foi mantida pela Força Aérea americana.

Os aviões serão usados em apoio às missões militares dos EUA no Afeganistão. É a primeira venda de um produto de defesa da Embraer para o governo dos EUA, considerado o maior comprador de equipamentos de defesa.



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Re: Projecto Embraer C-390
« Responder #283 em: Abril 06, 2015, 12:49:26 pm »
E será que eu me fiz entender? É que tanto o KC-390 como o A-400 foram ambos feitos com o objectivo de substituir o C-130, estando, automaticamente, na mesma categoria, com vista o mesmo nicho de mercado, entendeu agora ou precisa de um desenho?

Realmente não percebe português... Estava a referir-me aos custos da mão de obra, salários, isto é, aquele dinheiro que tem de ser pago a cada trabalhador ao fim do mês, percebe agora? Santa paciência... Ambos sabemos que os salários são mais altos na Europa do que na América do Sul, logo, os simples custos de produção do A-400 aumentam só por aí.

Não tenho desejo nenhum... simplesmente é uma hipótese a ter em conta antes de vir "mandar bitaites" sobre custos de uma aeronave que ainda não passa de um protótipo. E mais, o avião não é somente constituído pelos motores, pelo menos que eu saiba, logo, os motores podem estar bem, mas outras coisas não.

Mais uma vez, nenhuma força aérea do mundo utiliza os seus aviões de transporte com carga máxima a tempo inteiro... Logo, essa sua teoria não faz sentido, visto que para 99% das forças aéreas, não valia a pena ter aeronaves capazes de transportar mais de 15 toneladas...

Ah pronto, é economista, sendo assim temos de concordar todos consigo, porque como economista, sabe dizer o que as forças armadas de outro país precisam... Quem falou em subutilizá-lo? Sendo assim os nossos C-130 são constantemente subutilizados... Pense assim, é preferível ter mais capacidade, mesmo que não seja utilizada todos os dias do ano, do que não ter... E é esta a ideia por trás das aeronaves de transporte maior... Sim, para as missões de transporte do dia-a-dia, um C-295 bastaria se calhar, visto não ser normal andar a transportar de um lado para o outro 15 toneladas em equipamento... no entanto estes existem para quando for necessário fazer, mesmo que seja uma vez por ano, a capacidade está lá e é para isto que servem.
Isso das "jantaradas" por cá é algo que se faz várias vezes por ano, seja no Natal, Páscoa, ou até aniversários, muitas vezes até se fazem jantares/almoços simplesmente quando familiares vêm da outra ponta do país. E nessas situações é comum fazer-se uma quantidade enorme de comida, desperdício? Para muitos pode parecer, mas culturalmente é hábito fazer isso, pensar "mais vale fazer mais e sobrar, do que menos e faltar". E era apenas um exemplo para ver se entendia... como não percebeu, olhe pense por si mesmo.

Sim os materiais essenciais às ilhas estão lá, mas as ilhas não têm capacidade de ter tudo, portanto, caso haja uma catástrofe maior, teria de vir do continente meios para complementar os existentes, e é nisto que me baseei, quando fosse necessário transportar algo para lá, que fosse ou mais pesado, ou maior em termos de volume que ocupa, o A-400 permitia isso sem problemas. Quem diz um camião dos bombeiros diz um helicóptero do INEM.

A capacidade de transporte de um avião não depende apenas dos motores. Se assim fosse, facilmente se colocava motores mais potentes nos C-130 e estava feito, mais 1 ou 2 toneladas de capacidade...

Raio de combate do Gripen? Qual Gripen? O C/D? É que o NG não passa de um protótipo ainda, logo os números que se dizem são apenas teóricos, tal como a SAAB dizia há uns anos que o Gripen NG era o melhor caça do mundo nos seus vídeos de apresentação... A realidade é que o Gripen NG só tem um protótipo, logo é pouco para dizer se tem ou não tais capacidades reais, e mesmo que tenha as capacidades que estão no "papel", não são um grande avanço relativamente a um F-16, que compense mudar totalmente de logística e exija uma adaptação.
Sim, tem um radar AESA (ou melhor, vai ter), mas como dá para perceber que é um entendido na matéria, deve saber que já há F-16 equipados com radar semelhante (investigue lá o F-16 Block 60), e estão a ser desenvolvidos dois radares AESA para os F-16 mais antigos, para substituir por exemplo os radares que neste momento equipam os MLU (como gosta de pesquisar, procure sobre os radares SABR e RACR), portanto, onde está a vantagem do Gripen? Se é só pelo radar AESA, não vale a pena, pois há ou irá haver no futuro próximo radares desses para os MLU, e com certeza ficaria mais barato do que adquirir um caça novo que poucas vantagens traria para alem do radar.

Sim, o KC-390 é de facto um projecto com potencial, e se tudo correr como planeado, será um sucesso de exportações, isto porque a concorrência não é muita sequer, logo aí já tem grande potencial.
 
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Johnnie

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Re: Projecto Embraer C-390
« Responder #284 em: Abril 06, 2015, 01:00:16 pm »
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