Exército com os "nuestros hermanos" é brincar com o fogo... uma coisa é uma unidade "secundária" como o "BIMec(Lag) + GCC" (tb conhecida por BrigMec...) assumir cooperação e compatibilidade de material com eles, outra é a nível NATO / EU assumirmos a totalidade. A bandeira "Cruz de Borgoña" ainda me faz confusão - sou velho.
Atenção que a ideia da minha parte não é formar um "exército comum".
É, na perspectiva NATO/UE, ter os países organizados em grupos, de acordo com a sua área de responsabilidade. Formando blocos que têm que responder a determinados padrões de capacidades. Essencialmente, formar uma coligação dentro da aliança, que em caso de conflito vai operar em conjunto.
Isto implica interoperabilidade, treino e criação de doutrinas conjuntas. Implica cada país investir nos meios/capacidades que façam sentido para a área de responsabilidade que esta "Divisão" alberga.
Depois existem é várias formas de o fazer. Desde ramo a ramo, unidade a unidade, passando até mesmo por algo tão simples como a criação de frotas regionais (frota do Atlântico, frota do Báltico, frota do Mediterrâneo, frota do Ártico).
O que me parece óbvio, é que não faz sentido a situação actual, em que se enviam meios de um lado para o outro sem qualquer critério, sem pensar na interoperabilidade ou sinergias, nem doutrinas.
Não faz sentido nenhum ter uma força tarefa com uma BD nossa, uma FREMM francesa, uma F-124 alemã, uma Nansen norueguesa, uma OHP espanhola, uma corveta turca, tudo ao molho e fé em Deus.
Com os blocos regionais, não existe a pressão de Portugal tentar uniformizar com a Roménia e ao mesmo tempo com a Noruega, e ao mesmo tempo com Espanha.
É claro que o nível de importância que teríamos neste bloco, dependia totalmente do nível de investimento, das capacidades diferenciadas, e de nos colocarmos em pé de igualdade.
O F-35 é um exemplo de capacidade diferenciadora.
Umas T26 ou F110 colocavam-nos em paridade.