Talvez me possas ajudar com outra dúvida. O sensor fusion não é mais importante para o ataque ao solo do que para o combate aéreo?
Não, é importante para ambas.
Num cenário de conflito, apesar de todas as ajudas que possas eventualmente ter à disposição (AWACS, por exemplo), tanto necessitas de ter uma imagem o mais completa possível do que te rodeia no ar, como no solo, e é isso que o "Sensor Fusion" te confere, aumentando assim a tua Consciência Situacional (SA).
Só acrescentar ao que o CJ disse.
Nos nossos F-16 já temos data fusion através do Link 16, ou seja varias fontes de radar são combinadas pelo computador de missão e apresentados ao piloto de uma forma visual simples. Tal não acontece com os P-3, onde é o responsável de comunicações que recebe as mensagens Link 16 e é responsável por introduzir manualmente as informações nos sistemas do avião.
No caso do F-35, é muito importante ter a fusão de dados para que estes sejam apresentados de forma fácil e compreensível para o piloto. O F-35 é o caça que mais dados gera devido ao seu sistema de guerra eletrónica, ao DAS(sistema infravermelhos), datalink, satcom, etc. Se o piloto tivesse de manualmente gerir e analisar esses dados não tinha tempo para pilotar o caça.
Antigamente metia-se um segundo lugar para o co-piloto e este ficava encarregue disso, mas agora com a evolução dos computadores esta tarefa fica entregue a eles.
E sem ser especialista, mas aproveito tb para partilhar algumas coisas que fui lendo.
O F-16V para além de de alguns brinquedos novos recebe uma grande atualização e avanço no sensor fusion dai ter a denominação 4.5G, contudo como é um caça pequeno e não foi pensado para isso está algo limitado na quantidade de "computadores" que pode ter e na forma como pode gerir essa informação.
A principal ideia dos caças de 5G e do sensor fusion é melhorar e aumentar a capacidade de diferentes sistemas funcionarem como um todo e muitas vezes de forma automática, ou seja em vez de termos diversos componentes separados (radares Terrestres, sensores Fragatas, sensores Drones, Sensores Avições) passarmos a ter um sistema distribuído onde a informação é partilhada e usada de forma rápida e automática.
exemplo1: Um piloto num F-35 conseguir "controlar" ou aceder aos dados de um drone que esteja numa determinada área, e espera-se (ainda não se sabe como o controlo de acessos vai ser feito) conseguir usar (ser eles a controlar) o drone para atacar um posição..
exemplo2 : um F-35 tem um alvo que se encontra fora do alcance do seu Radar, mas existe um Drone/Radar móvel terrestre que tem alcance no alvo, a ideia é permitir que o F-35 consiga atacar o alvo (a muito longa distancia) recorrendo aos dados de de outro meio dentro do sistema.
exemplo3: Através do Stealth do F-35 este consegue penetrar em território inimigo e detetar ameaças, essa informação ser partilhada em tempo real e automática e outro nó do sistema atacar (F-15, Fragata com Míssil,...)
Este é o verdadeiro poder e tecnologia disruptiva dos caças de 5 geração. Permite toda uma nova dinâmica e técnicas/estratégias de ataque/defesa. Contudo convém destacar que o F-35 é apenas mais um Nó no sistema distribuído.