Por muitas e variadas experiências, eu não tenho a certeza de coisa nenhuma, vamos ver como evolui a situação financeira e política do país, estamos a falar de uma aquisição caríssima. Aliás acho bem improvável que um governo minoritário do PS com apoio da esquerda aprove isso, se por acaso houver aquisição do F-35 antecipo uma gritaria semelhante à dos submarinos.
Vamos ser claros e politicamente (in)correctos: apesar das cativações este ano pelos vistos irem aumentar, e do Governo afirmar o contrário (veja-se a imprensa de ontem), o sonho do PS é obviamente conseguir a maioria absoluta nas legislativas de Outubro e livrar-se da bengala de PCP e BE. E caso consiga, aí acredito que avance sem problemas para o F-35A. Se não conseguir, e houver uma reedição ou espécie de "geringonça", a negociação política também irá ter em conta os resultados eleitorais do PCP e BE, e esses serão uma incógnita embora tudo indique que possam descer e com isso a sua influência junto de um executivo minoritário do PS.
O que me preocupa, e isso neste caso é claro, é que as escolhas [de material militar] continuam a ser quase sempre de cariz político em detrimento daquilo que realmente encaixa nos requisitos. Não quer isto dizer que a aquisição do F-35A a partir da década de 30 não seja um bom passo; nessa altura já não será um sistema de armas tão imaturo, terá experiência operacional e de combate mais assinalável, o seu software estará concerteza actualizado para lá mesmo do Block 4 e, o mais importante de tudo, o preço terá supostamente baixado para um patamar mais acessível. Além de tudo isto há também o bónus da EPAF 2.0 a operar a aeronave, facilitando a cadeia logística e transmissão de conhecimentos entre parceiros.
A minha maior dúvida continua a ser a seguinte: se o Ministro da Defesa afirmou ontem que a LPM 2019-2030 estará a salvo de cativações, mesmo assim onde vamos encontrar os muitos milhares de milhões de euros para a levar adiante com sucesso com a quantidade de aquisições necessárias e contempladas na mesma lei para esse período temporal? Há petróleo no Beato e não sabemos?
Isso já eu disse aqui no fórum, mas fui logo atacado, a dizer que isso seria impossível de acontecer na FAP.
Sinceramente não ficava surpreendido com uma solução intermédia de 12 a 18 F-35A e uns 18 F-16V, com upgrade estrutural incluído.
Estou contente porque há anos que defendo estas posições por aqui e sempre fui "atacado" ou ridicularizado, mas sempre defendi que a FAP nunca vai querer sair da linha da frente da EPAF, até pelo que já investiu neste percurso conjunto até agora.
Prevejo também que a FAP começe a ir ao mercado de 2º mão, para se poupar dinheiro para esta aquisição.
Aviões de transporte, helis médios, caças de treino etc.
Cumrimentos,
Rapaz, já nos conhecemos há muitos anos, desde os tempos do Charlie Golf e ENGAED. Sei que este teu post é-me sobretudo dirigido, no entanto penso que nunca te ataquei ou tão pouco ridicularizei. Tentei, isso sim, trazer-te um pouco à realidade tendo em conta o que na altura se sabia e pressupunha, mas como vês isto parece que é cada cabeça, sua sentença; bastou mudar o MDN e as coisas subitamente alteraram-se. Há até quem neste momento conjecture que a vontade de seguir agora para o F-35 após o F-16 MLU é uma jogada de bastidores da Lockheed Martin relacionada com o KC-390, desejando assim o monstro da indústria aeronáutica que permaneçamos com eles através de uma suposta compra do C-130J, da modernização de meia vida dos P-3 e aquisição do F-35, tipo matar 3 coelhos com uma cajadada só, um pouco à imagem do que a Leonardo está a fazer connosco a nível dos helicópteros militares. São só e apenas rumores, porém começaram logo a circular.
Sim, dei-te umas quantas "bélinhas"

de vez em quando porque eras adepto incondicional, diria mesmo Fã nº 1, do Lightning II sem teres em conta a quantidade crescente de problemas que este vai apresentando, o que ligado ao seu preço incomportável o tornava numa opção menos apetecível, pelo menos a curto prazo. E por muito que a USAF tente afirmar o contrário, a taxa de operacionalidade do F-35A tem vindo a subir, é um facto, mas ainda não se compara à do F-16. E comprarmos uma frota de caças para estarem parados por problemas mecânicos ou de software era deitar (muito) dinheiro à rua.
Não vão haver 2 frotas distintas de caças na FAP no futuro, tal como hoje também não acontece, por isso ou será o F-35A ou o F-16V. Porém, e como já se viu, isto basta uma "oscilaçãozita" e o que hoje é, amanhã já não é. A decisão da compra de novas aeronaves de combate tem de ser no máximo tomada até 2025 e até lá muita coisa pode obviamente mudar, por isso em relação a isto ontem anunciado pelo MDN mantenho-me expectante. A própria história da FAP é testemunha de tantas aeronaves que eram para ter vindo, e algumas até cá chegaram a estar, mas que nunca vieram a ostentar a Cruz de Cristo na fuselagem.
Vá, amigos como dantes?

Entretanto vou tentar saber mais sobre esta história toda e afinal o que se poderá esperar mais para os MLU além da introdução futura da nova OFP S1.2. Desta forma de facto mais vale vender todos os PA II à Roménia e ficar só com os PA I.

P.S. Página 100 do tópico e agora é o F-35A. Veremos se se mantém daqui para a frente.