Comandos participam na apresentação nacional do jogo Call of Duty: Modern Warfare 3.
Acho natural que nos tempos que correm o exército participe em acções desta natureza, neste caso principalmente pela possibilidade de divulgação do recrutamento em todas as caixas do jogo. O impacto destes meios é de tal ordem que o exército norte-americano criou de raiz um jogo de computador (America's Army) para promover o recrutamento.
No entanto, é necessário algum cuidado com a imagem que se passa. Ouvir um oficial superior dizer que um jogo que é um first person shooter cria consciência social do que é o papel do exército é demais.
Tenho a sensação que a imagem que o exército passa oscila um bocado entre o "somos uns rambos muita mauzões que rebentamos com tudo" e o "só participamos em operações humanitárias, para ajudar os pobrezinhos do mundo", em ambos os casos sempre com algum folclore à mistura. Raramente se vê algo mais "limpo" e realista, em parte porque a realidade é em muitos casos "pouco convidativa" e não interessa mostrar. O jornalismo também tende a não passar a fronteira da banalidade, sendo o exemplo mais evidente e degradante uma reportagem da TVI no Afeganistão em que os pontos altos são a vitória de um militar português numa corrida entre as forças internacionais e um pedido de casamento pela televisão, com direito a reportagem para ouvir a resposta em solo pátrio... Parolice ao rubro.