Os sistemas CIWS baseados em canhões ainda têm alguma utilidade, mas são muito limitados quando comparados com sistemas baseados em mísseis, como o RAM ou o SeaRAM. Quanto a mim, a sua utilidade actual é de complementaridade aos sistemas baseados em mísseis e no futuro poderão servir de base a sistemas de laser.
As maiores limitações dos Phalanx, Milleniums e afins são o curto alcance, a incapacidade de lidar com mais de um alvo em simultâneo e o pequeno número de 'engagements' que as munições disponíveis permitem. Tendo em consideração que os tempos de detecção de mísseis atacantes são extremamente curtos (< 01 minuto), um CIWS baseado em canhão não consegue garantir a sobrevivência do navio no caso de uma ataque de saturação (05 mísseis ou mais), mesmo com o auxílio dos sistemas passivos (ECM, chaff). Há ainda a possibilidade de navio ter de manobrar para garantir ângulo de tiro, o que num cenário em que há poucos segundos para reagir é mais uma limitação. O alcance curto (cerca de 02 km) significa que mesmo que a peça tenha sucesso em atingir o míssil atacante, o mais provável é que este, ou parte deste (estilhaços a alta velocidade), consiga ainda atingir o navio.
Em contrapartida, um sistema como o RAM com os seus 21 mísseis, ou o SeaRAM com os seus 11 mísseis, permitem múltiplos 'engagements'. Com salvas típicas de 02 mísseis contra cada míssil atacante, o RAM permite lidar contra 10 alvos e o SeaRAM contra 05 alvos. Recorde-se que o RAM tem uma taxa de sucesso de 95% em testes. O facto de os 'engagements' ocorrem a maior distância do navio é mais outro factor a seu favor.
Agora se adicionarmos a isto tudo que as nossas fragatas não dispõem de um radar de Banda X, ideal para detectar com precisão sea-skimmers, como o APAR, o SEAPAR, o SPQ-9B, ou o Seawatcher 100, que teima em não aparecer no novo mastro da BD, o melhor mesmo é mantê-las longe de potencial granel.