Eu não tenho mais nenhum contributo a dar a este forum a não ser a certeza de que quer na agricultura, quer nas pescas, quer na marinha mercante se há alguem culpado pela sua quase extinção é o poder político.
(...)
Mais uma vez, a Republica é o País, e o País é a Republica.
Se não há X, é porque o(s) Governo(s) não quer(em). Se há, é porque há apoios. Neste conceito de país, são 15 a trabalhar e o 9.999.985 Portugeses feitos espectadores.
E já agora, só para ficar claro, discussões sobre de quem é ou deixa de ser "a culpa" de não haver Pesca/Marinha Mercante, não têm a menor consequência no campo que estavamos a discutir - o de se há, ou não, capacidade, equipamento, know-how... resultantes da existencia das mesmas.
Discordo completamente quando se diz que não que os postos de trabalho não devem pesar na balança, mas devemos ter ideologias politicas diferentes... se calhar preferia ver o navio a dar de comer a chineses ou alemães do que a portugueses..
O meu caro percebeu-me mal.
Eu não opinei sobre o peso dos postos de trabalho na decisão politica, nem para um lado nem para o outro. O que disse foi que não é por os ENVC (ou qualquer outra empresa) serem 1%, 3%, 20% ou 99% do emprego nesta ou naquela região que por isso são mais capazes de construir ou produzir o que se quer.
edit: mas para não ficar com só meia resposta, digo também que entre gastar Y€ para dar emprego a X portugas, ou gastar 1/2 de Y na China e usar a metade que sobra para dar emprego/formação aos mesmos X noutro sitio qualquer... escolhia a segundo.
Por outras palavras - mesmo o argumento do emprego não é absoluto. Dinheiro gasto num sitio é dinheiro que não e gasta noutro. Há que escolher o investimento que mais frutos dê. O protecionismo raramente o é.
E 5 NPO's p/ década não salvam os ENVC, pois não...... assim não....
Mas relembro que desde 2000 eles já entregaram cerca de 20 navios comerciais de vários tipos, com um total de mais de 175.000 TDW
Precisamente como eu disse - não é um ou outro projecto do Governo da Republica que faz a diferença entre uns estaleiros modernos, com experiencia e equipamento e o que quer que tenhamos hoje (que segundo o nosso tsahal não é muito). São os projectos "civis", nos quais o Governo não manda - e quanto mais tentar meter-se mais lixa.
Caro P44 quando disse que não concordava, acerca de que não somos, um país de marinheiros, isso não tem nada a ver se temos ou não, uma grande marinha mercante, que não há candidatos enfim, não é por morrer uma andorinha que morre a primavera, por tradição somos sim, uma país de marinheiros, e é assim que o mundo nos conhece.
É uma Realidade Virtual bonita, mas o Mundo não nos conhece de momento por nada que não seja um Futebol assim-assim, e uma Economia que é
the new sick man of Europe, uma educação risivel, e para não ser tudo mau,
um PM bem vestido.
O resto é conversa nostalgica, que não leva a lado nenhum. Já fomos marinheiros já, mas perdemos-lhe o jeito. Se fica à espera que este ou aquele governo para que a coisa mude, bem pode sentar-se.
Já agora, o
tamokae podia explicar o ultimo paragrafo melhor? É que não percebi se acabou em tom optimista ou pessimista, na verdade. Obrigado.[/url]