Viva a todos:
Ao contrário do que o Cabeça de Martelo escreveu, penso que os LEO2A6, muito dificilmente serão empregues no exterior, não só pela falta de logística despendiosa e necessária para tal, mas acima de tudo, pelas capacidades/limitações operacionais (entenda-se estratégicas) que Portugal possui, tendo como base um contexto global e/ou globalizante, onde todos estamos inseridos e a viver actualmente.
Para a realidade prática (económico-politico-social) portuguesa, talvez uma Cª de Comandos, ou Páras, ou Fuzos, a fazer de reserva táctica a canadianos ou americanos, seja mais realista, do que o emprego de um Batalhão inteiro, onde não existem verbas orçamentais para manter 300 efectivos, mais manutenção de material, mais deslocação de material, mais... etc... Assim deixámos de ter batalhões empregues orgânicamente em missões no exterior... pelo menos é bom saber que a crise calha a todos...
Relativamente ao tema LEO2A6, propriamente dito, e às 37 unidades que irão ser adquiridas, penso que são em nº reduzido. Todavia não há pessoal para treinar em nº suficiente para mais do que esse número, e sinceramente, prefiro ver 30-35 LEO2A6 perfeitamente operacionais, do que actualmente dos 100 M60A3, 20 na reserva, 20 para treino (?) e dos outros 60 em Santa Guida, para metade não existem verbas nem para o gasóleo, quanto mais para a manutenção e treino das tripulações. è melhor 30 LEO2A6 em perfeitas condições com tripiulações devidamente treinadas do que 100 M60A3... sem nada... só para a estatística.
Meus caros a nossa realidade não pode ser comparada, por exemplo, à de "nuestros hermanos", nem económica, nem social, nem politicamente. A diferença reside precisamente aqui. Nós, aqui em Portugal, não temos qualquer tipo de estrutura, para nos dar-mos ao luxo de ter 400 LEO2A6... nem 50.
Duas perguntas que deixo no ar:
Os M88A1 e A2 que possuimos têm capacidade de operar com os LEO2?
E as viaturas lança-pontes M60A1AVLB será que também têm?
É que se a resposta for negativa, das duas uma: ou substituímos as viaturas existentes por, pelo menos 10 outras viaturas dos dois tipos acimas descritos, com base no LEO2, ou mantemos as existentes (M88 e M60AVLB), para dar apoio ao M113 e pouco mais... não esquecer que a doutrina do Carro de Combate, mesmo na realidade actual, assenta também em sub-unidades e equipamentos de apoio.
Em suma 37 unidades é pouco, mas é um bocado como ir aos saldos... tem-se 4 casacos no armário, mas compra-se o 5º só por estar barato... mesmo que não se utilize... mesmo que não combine com qualquer outro tipo de roupa que esteja nesse mesmo armário. Penso que aqui é que está a grande diferença... entre nós portugueses e os demais... sinais da "Crise"...
Cumprimentos a todos