Tanto quanto sei EOD quer dizer «Explosive Ordnance Disposal».
A qualidade de equipas de neutralização de explosivos não pode infelizmente servir de bitola ou referência para uma força armada.
Na realidade, como é sabido, há graves problemas em termos de modernização das forças armadas que se reflectem na sua capacidade para agir em conjunto com outros países em operações onde fosse necessária a utilização de maiores contingentes.
A força e capacidade de negociação internacional dos países também se mede pelo tamanho das forças que conseguem disponibilizar. Neste caso, a nossa capacidade é reduzida.
O que temos é algumas capacidades interessantes, mas de resto, será preciso fazer esforços consideráveis.
Nota-se especialmente um enorme desfasamento entre o tamanho (em termos de numero de militares) do exército e o número e dimensão das tropas de que conseguimos efectivamente dispor.
Se um exército, tiver como objectivo ter capacidade para projectar de 10 a 20% dos seus efectivos, então deveriamos - com um exército com 24.000 efectivos - ter capacidade para projectar forças com 600 a 1200 militares no total, com quatro rotações.
Estamos próximos do patamar inferior mas a rotação média (e isto são valores que são sempre contestáveis, porque podem ser objecto de mil e uma modificações) deve ser inferior.
Além disto, andamos a equipar pequenas forças para conseguir ter alguma representação internacional em termos de operações da NATO.
Continuamos sem decisões efectivas sobre que tipo de unidades pesadas teremos, e como se sabe, ainda há no exército quem fale de previsões de modernização dos M-113.
Somos o último país a adoptar o calibre 5.56 e por isso tivemos que andar a comprar pequenas séries de armas. Os veículos 8x8 são uma lufada de ar fresco, mas fica-se com a impressão de que poucos têm ideias efectivas sobre o que fazer com eles.
A aquisição de veículos blindados sobre rodas (4x4) arrasta-se, quando deveria ser neste momento prioridades das prioridades. E valha-nos o «Santo» que mandou que não se mandassem os Hummer para o Afeganistão sem os blindar primeiro.
É evidente que mesmo os kits israelitas são hoje considerados insuficientes, caso contrário não veríamos os Hummer Plasan-Sasa equipados com grelhas de protecção para pré detonar RPG's e quejandos.
Há no entanto que considerar que não só neste momento não parece haver condições para mais voos, como o que se tem feito nos últimos anos não pode deixar de se realçar.
Em muitos casos, andamos ainda hoje, por incrível que pareça, às cavalitas do enorme esforço de guerra que se fez entre 1966 e 1973.