Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real

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papatango

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« Responder #450 em: Novembro 08, 2006, 10:07:34 pm »
Não há aqui uma questão de anexação.

O Ibérismo português, considera não a anexação de Portugal pela Espanha, mas sim a criação de um República Federal, ou então, como no caso de alguns deputados crentes e ingénuos, uma espécie de Benelux, em que a cooperação economica será grande, mas onde os países mantêm a sua identidade.

O problema, é que isso é possível no Benelux, pode até ser possível na Escandinávia, mas é impossível na Peninsula Ibérica, por causa de uma coisa que aqui já tratámos até à exaustão:
O Nacionalismo castelhano.

Esse tipo de nacionalismo é por definição agregador. Considera-se o núcleo da célula, que inevitavelmente acabará por retirar razão de ser às periferias.

É assim desde que o país foi criado em 1715, e já era assim que os castelhanos se viam durante o periodo dos Habsburgos.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
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Johnnie

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« Responder #451 em: Novembro 08, 2006, 11:47:46 pm »
Caro Papatango...Quando em 1415 enfunamos as velas e partimos em direcção a Ceuta o nosso destino estava traçado...O tal Portugal pequeno na Europa mas Grande no mundo tornou-se realidade...O que os nossos vizinhos la fazem no quintal de trás pouco nos interessa...
«When everything is coming your way... You are in the wrong lane!!!!"
 

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luis filipe silva

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« Responder #452 em: Novembro 10, 2006, 03:43:40 pm »
Mário Lino:
Segundo o CM de hoje na última página, um grupo de cidadãos portugueses civis e militares, processou o ministro por traição à Pátria, na sequência de declarações feitas há pouco tempo, apoiando o iberismo.

http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... l=90&p=200
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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Lancero

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« Responder #453 em: Novembro 10, 2006, 03:55:35 pm »
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Queixa na Procuradoria contra ministro Mário Lino por defender iberismo

Lisboa, 09 Nov (Lusa) - Um grupo de cidadãos, incluindo vários oficiais

reformados, entregaram, hoje, uma participação na Procuradoria-Geral da Repúbli ca, contra o ministro Mário Lino, pelas declarações do governante a defender o i berismo, disse um dos promotores da iniciativa.

        Os subscritores da queixa consideram que o ministro das Obras Públicas, ao afirmar-se "iberista convicto" e ao considerar que a "unidade histórica e cu ltural ibérica é uma realidade que persegue tanto o Governo espanhol como o port uguês", incorreu no crime de traição à pátria, punido com uma pena de dez a 20 a nos de prisão, de acordo com o Código Penal.

        Ao afirmar a "Ibéria" como uma "nova `realidade´", Mário Lino "ofende e põe em perigo a independência de Portugal", porque é "incompatível" com a união dos dois países ibéricos, segundo a participação com 12 subscritores entregue n a Procuradoria.

        A atitude do ministro é "inadmissível em qualquer parte do mundo", e se Mário Lino "quer ser castelhano, que vá para lá", para Espanha, disse, à agênci a Lusa, um dos promotores da queixa, o tenente-coronel reformado da Força Aérea  João Brandão Ferreira.

        Como "não houve condenação moral, nem política e a Procuradoria não tom ou nenhuma decisão - e devia tê-lo feito", o grupo decidiu tomar a iniciativa, " num puro gesto de indignação", acrescentou.

        As declarações do governante, "nunca desmentidas", foram feitas a 23 de Abril, em Santiago de Compostela, Espanha, mas a queixa só foi entre agora porq ue o processo "arrastou-se", devido às "inércias naturais nestas coisas", afirmo u o piloto-aviador aposentado.

        "Tenho vergonha de ter um ministro que diz uma coisa daquelas", afirmou Brandão Ferreira, sustentando que "as pessoas não podem dizer asneiras e ficar  impunes". "Nem no Burkina Faso isto acontece", acentuou.

        Para o militar, "o risco" de Portugal ser anexado por Espanha "é efecti vo" e "só não é maior porque eles estão divididos", numa alusão às autonomias de várias regiões espanholas, como a Catalunha, o País Basco ou a Galiza.

        Os espanhóis "estão a tomar conta disto em termos económicos e culturai s", considera, apontando a banca como um dos exemplos, onde, diz, 25 por cento d os bancos nacionais está na mão dos espanhóis. "E se chegar aos 51 por cento", i nterroga.

        O ministro escusou-se a comentar a queixa.

        Cerca de uma semana depois das declarações de Mário Lino terem sido div ulgadas, o primeiro-ministro, José Sócrates, veio a público defende-lo, consider ando que ele "disse que era iberista no sentido em que Portugal e Espanha precis am de ter uma visão conjunta no que diz respeita à gestão territorial, das infra -estruturas e dos recursos naturais".

        José Sócrates salientou a importância dos ministros terem "visões parti lhadas com os dirigentes políticos espanhóis em termos de gestão dos recursos na turais, de articulação dos planos hidrológicos, e também de articulação do plano de desenvolvimento infra-estrutural" nacional.

        Um mês depois das declarações, a 24 de Maio, o PS chumbou, na reunião d a Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, uma audição do ministro das  Obras Públicas, Mário Lino, pedida pelo CDS-PP.

        O requerimento em que o CDS-PP pedia a audição do ministro das Obras Pú blicas, Transportes e Comunicações em Comissão, considerando que as suas declara ções "põem em causa a soberania nacional", obteve os votos favoráveis do PSD e d o PCP mas foi chumbado pela maioria parlamentar socialista.

        "Apesar de o senhor ministro querer vir cá, o PS entende que o CDS-PP a penas pretendia criar um facto político que é artificial, que mais releva da cha cota do que da actividade fiscalizadora da Assembleia da República", justificou  o deputado socialista Ricardo Rodrigues, em declarações à agência Lusa.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Jorge Pereira

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« Responder #454 em: Novembro 10, 2006, 04:14:16 pm »
Finalmente alguém decide pôr cobro à bandalheira!

Um grande abraço para esses Patriotas e que muitos mais sigam o vosso exemplo. Bem hajam!


Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Pantera

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« Responder #455 em: Novembro 10, 2006, 05:20:07 pm »
Esta queixa crime é fantástica,no entanto segundo o que li na lei,não vai dar em nada.Deveriamos era apresentar queixa crime aqueles que introduziram o euro em portugal e puseram a soberania portuguesa ao controlo dos estrangeiros.

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luis filipe silva

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« Responder #456 em: Novembro 10, 2006, 11:59:11 pm »
Pantera escreveu:
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Esta queixa crime é fantástica,no entanto segundo o que li na lei,não vai dar em nada.

O que interessa é que seja feita, pelo menos para despertar consciências e políticos.
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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Pantera

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« Responder #457 em: Novembro 11, 2006, 11:12:16 am »
sim concordo plenamente.
gostava de saber quem a fez..eu próprio já pensei que apresentar queixa em relação a casos de perca de soberania nacional,basta lembrar a constituição europeia.O Dr. Traidor Sampaio defendeu o federalismo num prazo de 10 a 20 anos,tal como tanta gente neste país.Espero sinceramente que este queixa seja a primeira de muitas.

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TOMKAT

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« Responder #458 em: Novembro 11, 2006, 02:07:26 pm »
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Queixa na Procuradoria contra ministro Mário Lino por defender iberismo

Parabéns ao sr. ministro Lino, fez acordar algumas consciências neste país adormecido e conformado, a precisar como sempre de um abanão para saír do comodismo letárgico e subserviente em que por norma se encontra.

Esta "história" talvez sirva para que se refreiem os já tradicionais impulsos para o "inocente disparate" (sem consequências para os autores), que parece estar a fazer escola na classe política portuguesa, e ponha fim ao Complexo de Calimero, espécie de convicção beata, de que por mais disparates que se digam, ou se façam, uma qualquer desculpa parola serve para calar as consciências, e daí não venha nenhum mal ao mundo.

Tenho pena que não tenha ido mais longe na sua dialética iberista.
O abanão seria maior.

O andar a reboque das atitudes do nosso vizinho parece já ser um reflexo instalado.

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Espanha: Universidade de Coimbra deve retirar grau doutor a Franco

Coimbra, 10 Nov (Lusa) - O professor de Relações Internacionais José Pureza defendeu hoje que a Universidade de Coimbra (UC) deve retirar o título de doutor "honoris causa" ao ditador espanhol Francisco Franco, seguindo o exemplo da congénere galega de Santiago de Compostela.

Ressalvando que a competência para tomar essa iniciativa cabe ao Senado da UC, José Manuel Pureza frisou que aquele grau honorífico da instituição, fun dada há 716 anos pelo rei D. Dinis, deverá galardoar "homens que se distinguiram pelos grandes valores do humanismo e da decência universal".

"Manifestamente, não é este o caso de Francisco Franco", sublinhou.

Na opinião do docente da Faculdade de Economia da UC, onde é responsáve l pelo programa de doutoramentos em Política Internacional e Resolução de Conflitos, o ditador espanhol "está muito longe de ser alguém que dignifica" a Universdade de Coimbra.

A direcção da Universidade de Santiago de Compostela deliberou hoje, por unanimidade, retirar o título de doutor "honoris causa" concedido a Francisco Franco Bahamonde em 1965, pedindo o mesmo à Universidade de Coimbra.

Uma fonte da Universidade de Coimbra disse à Lusa que o reitor, Seabra Santos, que esta semana apresentou a sua candidatura a um segundo mandato de qua tro anos no cargo, "não comenta, para já, o pedido" da Universidade de Santiago de Compostela.

Pedro Santos, do Gabinete de Comunicação e Identidade da UC, sublinhou uma eventual decisão de anular o título de doutor "honoris causa" de Francisco F ranco "será sempre levada ao Senado".

Escusou-se também a esclarecer se Seabra Santos (para já o único candidato conhecido à governação universitária, cujas eleições se realizam no dia 15 d e Janeiro de 2007) tomará aquela iniciativa numa próxima reunião do Senado, órgão a que preside o reitor.

Pedro Santos adiantou que o pedido da Universidade de Santiago não chegou ainda, durante a tarde, à reitoria da instituição de Coimbra.

Francisco Franco, que há 70 anos, com apoio do ditador português António Salazar, encetou a insurreição golpista que derrotaria pelas armas o governo d a República, eleito democraticamente, recebeu em 25 de Outubro de 1949 o grau de doutor "honoris causa" pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FD UC).

O último destes doutoramentos pela Faculdade de Direito foi atribuído a o presidente do Parlamento Europeu, o espanhol de origem catalã Josep Borrel Fon telles.

Mário Soares, ex-Presidente da República português e opositor à ditadur a de Salazar (1997); o falecido papa João Paulo II (1982); Juan Carlos I, rei de Espanha (1989); e Javier Pérez de Cuellar, antigo secretário-geral das Nações Unidas (1987) figuram, ao lado de Franco, na lista de doutorados "honoris causa" propostos pela FDUC.

A lista inclui ainda, entre outras figuras políticas e académicas, os a ntigo presidentes da Itália e da Alemanha, Amintone Fanfani (1982) e Richard Von Weizsõcker (1990), respectivamente, e os homólogos do Brasil João Café Filho (1 955), Juscelino Kubitschek de Oliveira (1960), Tancredo Neves (1985), José Sarne y (1986).

Doutorado em Sociologia, José Manuel Pureza obteve a sua licenciatura e m Direito na FDUC.

Na sua opinião, retirar o título de doutor "honoris causa" ao ditador F rancisco Franco constitui "uma homenagem aos povos de Espanha, à democracia e aos direitos humanos".

O reitor da Universidade de Santiago de Compostela, Senén Barro, ao anunciar hoje essa decisão, explicou aos jornalistas que o ditador espanhol "não tinha os méritos académicos suficientes" para lhe ser atribuído o título que lhe foi concedido em 1965.

Franco "não reúne os méritos científicos nem pessoais para ostentar esta honra e, em consequência, o seu nome é retirado da lista de ilustres 'honoris causa' desta Universidade, bem como do livro de honras", refere a instituição galega em comunicado.

É a primeira vez que a Universidade de Santiago de Compostela adopta um a decisão deste tipo, que começou a ser debatida há um ano, sendo tomada agora coincidindo com a aprovação pelo Parlamento de Espanha da Lei de Memória Histórica, que visa reabilitar a memória das vítimas da Guerra Civil, em especial dos vencidos republicanos.

Senén Barro revelou que a sua universidade contactou já as congéneres de Coimbra e Salamanca (Espanha) para que tomem uma decisão no mesmo sentido.

"Embora eu não faça parte do Senado, serei francamente favorável a que este órgão da Universidade de Coimbra acolha esta iniciativa com toda a prioridade", declarou à Lusa José Manuel Pureza.


Porque diabo é preciso ser a Universidade de Santiago de Compostela a pedir a retirada do título honoris causa ao ditador Franco, para que isso aconteça?

Será que o legado histórico de Franco mudou nestas últimas décadas?

Ou existiu o medo de ferir suceptibilidades castelhanas?

Vamos ver algum ministro, iberista convicto, a defender a manutenção do titúlo honorífico, se em Espanha isso acontecer?
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Coby

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« Responder #459 em: Novembro 11, 2006, 11:57:19 pm »
El ministro portugués de Transportes, denunciado por traidor a la patria por defender el iberismo

http://www.libertaddigital.es/noticias/noticia_1276292411.html
 

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Luso

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« Responder #460 em: Novembro 12, 2006, 12:06:32 am »
A impunidade dos políticos é perigosa.
Em primeiro lugar para nós, portugueses.
Mas depois será para eles.
E para quem os protege, por actos e omissões.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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PereiraMarques

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« Responder #461 em: Novembro 14, 2006, 11:09:56 am »
Mais um episódio de ficção científica:

 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #462 em: Novembro 14, 2006, 11:30:12 am »
Não gostava de ter um país muçulmano mesmo ao meu lado!
Felizmente é só fantasia, mas gostei da parte de Portugal e da Catalunha (acho que estou a ficar infectado pelo virus Hispanus Imperialista  :twisted: ).
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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papatango

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« Responder #463 em: Novembro 23, 2006, 06:26:18 pm »
Aquele mapa é inaceitável, porque aquela tal de Euskadi está a ocupar territórios que são nossos por direito.

 :twisted:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
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Artic Fusion

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« Responder #464 em: Novembro 23, 2006, 07:05:32 pm »
Mas temos a Galiza e a zona de Leão! :twisted: