http://www.garfos.letrascomgarfos.net/Muita gente pensa que Zapatero faz concessões à ETA em nome da paz; e que Mário Lino se disse “iberista” em Espanha por lapso; e que a política de Sócrates de “Espanha, Espanha, Espanha” é uma figura de estilo. Desenganem-se. A ideia de Pan-iberismo, com capital em Madrid, passa por concessões à ETA, passa por concessões à Catalunha, isto é, passa por concessões às nacionalidades, porque Portugal também é uma nação.
Os socialistas portugueses, alinhados ao ideário maçónico sem pátria, ajoelham-se perante Espanha com a conivência e colaboração dos socialistas espanhóis. As máquinas socialistas de ambos os países actuam na sombra. Esta sondagem publicada pela TSF é seguida de outra já publicada em Portugal há semanas sobre o mesmo tema (só que os portugueses são menos adeptos do iberismo – pudera, passaríamos a ser cidadãos de terceira classe, porque de segunda já somos hoje com Sócrates no poder). Será coincidência que num prazo de um mês se publiquem sondagens deste tipo em ambos os países? Yo no creo en brujas; pero que las hay, las hay.
Lisboa não é Barcelona nem Portugal é a Catalunha. Lisboa é a capital de um país e de uma nação que gerou países novos e novas nacionalidades e cuja língua se fala por mais de 200 milhões de pessoas nesses países. O catalão fala-se nas casas-de-banho das cidades catalãs. Nada de confusões, Sr. Sócrates.
Uma coisa é a integração de Espanha e Portugal na União Europeia, onde estão hoje 25 países. Outra coisa é o aproveitamento da dinâmica da construção europeia para a absorção de Portugal por Espanha com a consequente sujeição de Lisboa a Madrid, que é o que Sócrates e Zapatero estão a fazer. Não tenho absolutamente dúvidas nenhumas disto. E como não tenho dúvidas, só posso acusar Sócrates de traidor à pátria, o Miguel de Vasconcelos e Brito [Google] moderno; ao antigo Vasconcelos, o grupo dos quarenta empurrou-o pelas janelas do Paço do terreiro abaixo. Hoje somos mais civilizados: vamos empurrar Sócrates para fora do governo, porque Sócrates foi é um equívoco tremendo que o marketing político e o lobby plutocrata transformaram em “competência”.