Eu suponho que haverá sites neo-nazis, falangistas ou outros, onde você se sentirá seguramente melhor que neste, e onde não ficará tão irritado com as conclusões.
Parece-me que este tipo de argumento é de extremo mau gosto.
Sugerir a uma pessoa, só porque tem opiniões diferentes ir visitar sites neo-nazis e falangistas?
O meu comentário, tem a ver com os comentários anteriores do Sierra002, afirmando as razões do seu (dele) ibérismo.
Nestas circunstâncias, conhecendo-se os objectivos da falange e da extrema direita espanhola, apenas recomendei fóruns mais condizentes com aqueles pontos de vista.
Eu não discordei nem insultei ninguém, limitei-me a concluir o óbvio. O Sierra002, estará seguramente muito melhor na companhia de outros espanhóis que defendem o mesmo tipo de raciocínio, embora eventualmente haja extremistas espanhóis que gostaríam de chegar às vias-de-facto militares e outros acreditem na nossa destruição com “falinhas mansas” e elogios, que são como todos sabemos uma característica espanhola.
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Ter Espanhois neste forum é uma oportunidade não muito comum de debater ideias, duma forma que não seria possível em ditadura.
Os que mais se proclamam defensores da Democracia, deveriam ser os primeiros a desejar este diálogo.
Absolutamente de acordo.
Desde que não percamos o norte, e não nos esqueçamos que há coisas que não são discutíveis.
Como já aqui foi referido várias vezes, não há espanhóis que não sejam iberistas, no sentido de negarem a Portugal o direito de existir.
Essa negação está implicita em praticamente todos os textos em que o tema é aflorado.
Faz parte da genética agregadora castelhana, reforçada pela historiografia do Estado Espanhol, que nega o direito das minorias em favor do “Imperium”.
Uns aceitam o iberismo a longo prazo, outros (presentemente miniritários) ainda acreditam que em caso de necessidade, a Espanha-Estado, tem o direito de intervir nas questões portuguesas.
Meu caro amigo, não caia nesse erro. Se tem dúvidas ou reticências quanto aos historiadores espanhois, compare com a forma como nos tratam os outros.
Eu estou-me nas tintas para como nos trata a historiografia da Eslovénia, do Burkina Faso, da Inglaterra ou de Marte.
Até prefiro que nos ignorem.
O que lhe garanto, Augusto Bizarro, é que essas historiografias, não se desenvolvem à volta de conceitos que em última instância justificam a nossa destruição como Nação.
A historiografia da Espanha Imperial, que é ainda hoje a oficial, é TODA voltada para ideias e conceitos, que permitem a qualquer pessoa depois de a ler, pelo menos ficar com dúvidas sobre o nosso direito a existir como Nação.
Esse é o perigo. Esse é o perigo dos canais pejados de Espanholismo como o canal Historia, onde começamos a ver as tradicionais mentiras espanholas, a espanholização da nossa história e a distorção dos factos. (Lembro-lhe o caso do Lusitânia Espanhol ou da primeira travessia aérea do Atlântico Sul). Tudo erros pios, claro, não intencionais, como é óbvio, eles vão continuar a enganar-se até que ninguém ligue, e quando ninguém ligar, é a “Hestoria” à Espanhola (cheia de mentiras) que vai ser a oficial.
Começamos a amolecer, e isso não é admissível.
papatango, porquê tanto receio em relação a Espanha?
Os Europeus do Norte dominam completamente a economia, vem aí a China, a Rússia e outra potências. Não resta muito tempo
(...)
Foi esta política de aliança com o mais forte(Inglaterra,França), que nos trouxe grandes prejuízos, evitando conflitos (ou adiando-os), mas conduzindo á situação actual. O Reino Unido lucrou infinitamente mais com a nossa cooperação, do que nós. Por fim, o Brasil ficou indepentemente (De acordo com o plano Inglês), e todas as províncias ultramarinas portuguesas desapareceram. .
Eu é que não entendo minimamente o seu preconceito relativamente aos países do norte da Europa.
É um sentimento atávico, do pobre que olha com o preconceito provocado pela inveja para o rico, que é rico porque trabalhou para isso, e não ficou ao Sol a olhar para ontem e à espera que voltassem as caravelas.Nós somos desde sempre, ao contrário da Espanha Ibérica (com mais ligações ao mediterrâneo), um país que estabeleceu os seus principais laços economicos ao norte da Europa.
Você acha que as nossas relações com a Inglaterra, ocorrem por acaso?
Nós sempre fomos uma ilha caro AugustoBizarro, e por sermos uma ilha, os nossos contactos com a Europa fizeram-se principalmente por barco.
Por causa da pressão dos árabes no norte de África, que retirava incentivo ao comércio com o Mediterrâneo, a maioria dos nossos barcos navegava para norte, para a França, a Inglaterra e a Flandres.
Por muito que não o queira admitir, são os norte-europeus e não os "sul-europeus" que estão intimamente ligados à conquista de Lisboa, e por via disso, à afirmação de Portugal como Estado e Nação independente.
Em toda a nossa história, sempre que precisámos de ajuda, ela veio do norte da Europa e não do Mediterrâneo. Do Mediterrâneo, só vieram esquadras invasoras, pejadas de Castelhanos, Mouros, Italianos e tudo o resto, e sempre que vieram, nunca, repito
NUNCA foi para nos ajudarem em NADA.
Nós estamos numa encruzilhada, e evidentemente Portugal não é um país do norte da Europa, mas negar toda a importância que os países do norte da Europa tiveram na nossa própria existência é ajudar a criar a ideia de que somos um país mediterrânico.
Se pouco podemos esperar dos países do norte, muito menos podemos esperar dos países do sul, e especialmente da Espanha, que nunca deixará de tentar absorver a nossa pouca mas ainda existente importância estratégica, para ganhar posições em termos internacionais.
A Espanha é o último país em que devemos confiar. Como Estado, nunca cumpriu tratados e nunca respeitou promessas (e a nossa história está cheia de provas de que a Espanha Castelhana tem esse problema), e não há a mais pequena razão para acreditar na bondade dos seus tradicionais protestos de "amizade eterna".
Para os Espanhóis, a nossa amizade só é necessária desde que seja vantajosa para os seus designios de afirmação.
É nosso dever evitar que esses desígnios sejam atingidos à nossa custa.
É nosso dever, pensar naqueles que virão depois de nós.
Se não cumprirmos essas obrigações, desculpando-nos com ibérismos fúteis e irresponsáveis, não estaremos a ser dignos de pisar esta terra.
Estamos aqui, porque muitos acharam que valia a pena resistir, porque acima dos conceitos comezinhos dos comércios e das aliançazinhas está a necessidade de garantir a existência de Portugal independente como Nação.
Toda e qualquer aliança preferêncial com a Espanha, é uma traição criminosa a todos os nossos antepassados.
Você pode achar que os antepassados, são apenas um monte de ossos secos e pedras velhas e pode estar disposto a admitir que estão mortos.
Eu como já disse, ao contrário, acho que esses antepassados só morrem quando morrer o último português que se lembrar deles.
Eu por mim, como já disse, recuso-me a esquecer.
E é porque me recuso a esquecer que falo, e Olivença, é apenas uma das formas de evitar o esquecimento.
Cumprimentos