Portugal comecerá a recuperar?

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Mike23

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« Responder #405 em: Maio 20, 2009, 11:39:17 am »
Portugal é o país mais competitivo do sul da Europa


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Portugal subiu três lugares no ranking que mede a competitividade dos países a nível mundial.

O nosso país ocupa este ano o 34.º lugar numa lista de 57 países que fazem parte do World Competitiveness Yearbook, organizado pelo Institute for Mangement Development.

A subida de três posições, face a 2008, é vista pelo coordenador do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho, como a prova de que as medidas que este Plano, em particular, tem posto em prática estão a ter resultados positivos.

"O que este ranking mostra é que Portugal, ao contrário da União Europeia, ganha competitividade neste contexto de crise. O que significa que as medidas estruturantes, como o Plano Tecnológico, estão a dar os seus frutos", frisou Carlos Zorrinho.

Neste ranking, que analisa factores como a performance económica, as infra-estruturas tecnológicas e básicas, o enquadramento institucional, educação, etc., Portugal está no grupo de cinco países da UE que mais melhoraram a sua posição. Atrás do nosso país ficaram Espanha, Itália e Grécia, permitindo a Portugal situar-se como o país mais competitivo do Sul da Europa. À semelhança do nosso país, Alemanha e Suécia também progrediram três posições. Entre os 24 países da UE do ranking, Portugal ocupa a 16.ª posição, dois lugares acima do que em 2008.

Salientando que o World Competitiveness Yearbook analisa "tudo o que é fundamental para a competitividade", Carlos Zorrinho, defende que este resultado mais do que ajudar o país no contexto internacional deve ser um estímulo para os portugueses.

"Não há razões para que os portugueses não tenham esperança no futuro", perante as melhorias que o país está a verificar a este nível, referiu o coordenador do Plano Tecnológico.
« Última modificação: Maio 28, 2009, 06:08:46 pm por Mike23 »
O Novo Portugal! Mais de 3 Milhões de Quilómetros Quadros!

 

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emarques

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« Responder #406 em: Maio 20, 2009, 11:47:06 am »
E subimos no ranking porquê, o artigo não diz? É que se tivermos subido porque houve reduções de burocracias e bloqueios ao investimento, melhoria da produtividade e da qualidade da força de trabalho, isso é muito bom. Se for porque os níveis salariais da concorrência têm subido enquanto que os nossos estaganaram, já não é exactamente ouro sobre azul.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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André

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« Responder #407 em: Maio 20, 2009, 12:56:26 pm »
Citação de: "emarques"
E subimos no ranking porquê, o artigo não diz? É que se tivermos subido porque houve reduções de burocracias e bloqueios ao investimento, melhoria da produtividade e da qualidade da força de trabalho, isso é muito bom. Se for porque os níveis salariais da concorrência têm subido enquanto que os nossos estaganaram, já não é exactamente ouro sobre azul.



Segundo o estudo, a performance económica e a melhoria das infra-estruturas foram essenciais para a subida global do país, que se destacou também pela sua competitividade nos custos, pelo enquadramento legal e social e pelas suas infra-estruturas tecnológicas.

"Portugal tem feito melhorias pequenas mas sólidas, que reflectem políticas estruturais e o plano tecnológico e é melhor nos indicadores relativos aos preços, infra-estruturas, condições ambientais e educação mas tem mais dificuldades no que diz respeito ao crescimento económico e contextos ligados a práticas de gestão", disse o coordenador do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho.

O World Competitiveness Yearbook é uma publicação anual promovida pelo IMD que classifica e analisa o modo mais de 250 critérios/variáveis agrupados em quatro factores de competitividade: performance económica, eficiência de Governo, eficiência empresarial e infra-estruturas.

A análise da competitividade das economias estudadas é feita a partir de dados estatísticos recolhidos junto de organizações internacionais, nacionais e regionais.

DN

 

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« Responder #408 em: Maio 20, 2009, 03:22:56 pm »
não me digam que é mais um artigo "daqueles encomendados á OCDE pelo PS"?  :twisted:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #409 em: Maio 21, 2009, 04:41:46 pm »
Ser os mais competitivos à custa de salarios de miséria, nao obrigado !
O salario minimo na Hungria (ex républica comunista) ja é de 700 euros, nao admira que sejamos competitivos...
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Vicente de Lisboa

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« Responder #410 em: Maio 21, 2009, 05:21:30 pm »
Citação de: "legionario"
Ser os mais competitivos à custa de salarios de miséria, nao obrigado !
O salario minimo na Hungria (ex républica comunista) ja é de 700 euros, nao admira que sejamos competitivos...

Não sei onde foi buscar esse dado, mas muito honestamente, se for verdade, não acredito que seja cumprido.

O PNB per capita da Hungria é (era) ~20.000 contra os nossos ~22.000, os niveis de desemprego eram maiores (pré-crise), e não têm o euro. (dados da wikipedia)

Pós-crise, tiveram de pedir 20 Biliões de Dollars ao FMI/UE (wiki), o florin perdeu 10% do valor, e já há quem pergunte se eles não são a nova Islândia.

All in all, são sinais de uma economia mais fraca que nós. Se têm mesmo 700 de mínimo é porque há muita gente a trabalhar ilegalmente.

edit: fui ver na wiki e o salário mínimo Húngaro é 71.500 Florins, o que dá uns 255€. link
 

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« Responder #411 em: Maio 21, 2009, 10:55:29 pm »
A fonte foi o EuroNew's ;)
Seja como for, nos temos dos salarios mais baixos da UE e esse tem sido sempre o principal critério para a nossa competividade. O caminho a seguir  nao esta em abrir as pernas (refiro-ma às leis e incentivos que favorecem certo tipo de investimentos estrangeiros como os que foram oferecidos à autoeuropa p.ex ) para que outros se venham aqui instalar, mas sim em investir na inovaçao, criatividade e claro esta, na produtividade através de salarios justos.
Que nem mais uma fabrica se instale em Portugal atraida pelos baixos salarios é o que desejo. A globalizaçao deveria significar tambem que um operario portugues receba tanto de salario como o alemao .
...Desejaria tambem que se reconstruisse muita da nossa industria desmantelada por causa das deslocalizaçoes para paises onde se nao respeitam  regras nenhumas.
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« Responder #412 em: Maio 22, 2009, 08:48:59 am »



de
http://www.eurofound.europa.eu/eiro/200 ... 07101s.htm

existem outras tabelas neste link

(Portugal não aparece nestas tabelas, não me perguntem porquê.  :?  )
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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PedroM

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« Responder #413 em: Maio 22, 2009, 09:08:42 am »
Desfazendo alguns mitos que andam em muitas cabeças e em muitas páginas de jornal e da net.

Década perdida?

Os dados recentes apontam para que em 2009 Portugal deva convergir com os países da União Europeia (UE). Nada de novo! Entre 2004 e 2008 Portugal já convergiu com a UE15 e mesmo, em menor grau, com a UE27, aproximando-se...

Os dados recentes apontam para que em 2009 Portugal deva convergir com os países da União Europeia (UE). Nada de novo! Entre 2004 e 2008 Portugal já convergiu com a UE15 e mesmo, em menor grau, com a UE27, aproximando-se também do Japão e dos EUA.

Estes factos contrariam a ideia tantas vezes repetida de que Portugal está há dez anos a afastar-se cada vez mais dos países mais desenvolvidos da Europa e do Mundo. Uma ideia falsa. Na última década houve convergência entre Portugal e os países mais desenvolvidos (UE15, EUA e Japão), mesmo se esta foi muito mais moderada do que na década anterior - em especial do que no período entre 1986 e 1999.

Nos últimos quatro anos Portugal esteve até entre os cinco países da UE15 que apresentaram uma evolução mais favorável do rendimento "per capita". Considerando toda a década de 1998 a 2008 verificamos que Portugal esteve a meio da tabela da UE15, com sete países com melhor desempenho e sete com pior. Mais, o rendimento per capita de Portugal não só se aproximou da UE15 (2,6 pontos percentuais) mas também do dos EUA (3,5 pontos) e do Japonês (13,0).
Objectivamente, Portugal está hoje mais próximo da média dos países mais ricos da Europa e do Mundo do que alguma vez esteve na sua história recente (ver gráfico).

Como é que tal é possível num contexto de fraco crescimento económico? A verdade é que a última década não foi brilhante para Portugal, mas também não o foi para a generalidade dos países mais desenvolvidos. Foi a década da afirmação da China e da Índia, e na Europa, da afirmação dos países do alargamento. Mas por que é que Portugal não conseguiu ter um desempenho idêntico ao da década anterior ou ter uma performance semelhante à dos novos países que entraram para a UE?

Nos últimos 10 anos os países do alargamento tiveram um choque externo positivo semelhante ao verificado em Portugal quando o País entrou na CEE, enquanto Portugal foi afectado por dois choques externos negativos - a liberalização das trocas entre a UE e Ásia e o próprio alargamento. Choques a que se somou uma situação interna pouco favorável. Muitos já salientaram a responsabilidade do endividamento e do desequilíbrio das contas públicas para a desaceleração depois de 2000, mas eventualmente, os choques externos tiveram um efeito ainda maior no travar do crescimento da economia portuguesa.

O choque da emergência dos países asiáticos, cujas exportações para a UE cresceram exponencialmente, teve um efeito brutal nas exportações tradicionais de Portugal. O choque do alargamento desviou muito do investimento estrangeiro (IDE) que antes estava a ser direccionado para o Sul da Europa.

É importante notar que as exportações chinesas de produtos intensivos em mão-de-obra barata concorrem muito mais com as tradicionais exportações portuguesas do que com as francesas, alemãs ou suecas. Além disso, o Leste absorveu mais o tipo de investimentos que viriam para Portugal do que os destinados à Finlândia, Áustria ou à Dinamarca. Estes dois choques colocaram mais em cheque a competitividade portuguesa do que a dos países desenvolvidos (da UE-15). No entanto, Portugal aproximou-se da média da UE15 e nos últimos quatro anos mesmo da média da UE27, crescendo mais que a França, Alemanha, Áustria, Dinamarca, e muito mais que a Itália - país a que por vezes o nosso desempenho é comparado -, que na última década caiu 13 pontos face à média da UE15, enquanto Portugal avançou 2,6 - ver quadros.

O que é que estes dados nos dizem sobre a situação do País? Dizem pelo menos que as análises catastrofistas, baseadas na premissa de que o País está a andar para trás face aos países mais desenvolvidos, são no mínimo muito exageradas. O desempenho de Portugal, sendo mau, conseguiu garantir convergência.

Como? Nesta década Portugal alterou radicalmente a estrutura das exportações e evoluiu para sectores e produtos de maior sofisticação e qualidade. A qualificação dos trabalhadores também melhorou significativamente. Houve um esforço importante para melhorar a eficiência das instituições públicas e diminuir os entraves que estas colocam à actividade económica. Nestes aspectos, os últimos dez anos estiveram longe de ser uma década perdida.

Há ainda muito a fazer em qualquer destas áreas, bem como em outras. No entanto, o progresso, ainda que limitado, permitiu que o País conseguisse manter alguma convergência mesmo numa década tão difícil, que agora se tornou ainda pior. Penso que o continuar destas reformas pode também permitir que a economia portuguesa continue a convergir com a dos países mais ricos na década que se vai seguir à actual crise.

Manuel Caldeira Cabral
Professor do Departamento de Economia, Universidade do Minho

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=369052
« Última modificação: Maio 22, 2009, 11:20:06 am por PedroM »
 

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« Responder #414 em: Maio 22, 2009, 11:07:32 am »
Citação de: "P44"



de
http://www.eurofound.europa.eu/eiro/200 ... 07101s.htm

existem outras tabelas neste link

(Portugal não aparece nestas tabelas, não me perguntem porquê.  :?  )


Essa tabela é como tantas outras que encontrei na net, ou seja, cheia de incorreçoes.  O salario minimo em França é cerca de 9 euros /hora...
Fiquei admirado com o salario minimo espanhol  ; é praticamente igual ao nosso ?
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« Responder #415 em: Maio 22, 2009, 11:15:47 am »
bem, essa tabela foi tirada de um observatório oficial da UE , acho eu
:


qto ao salário minimo o nosso actualmente é de 450 € e em Espanha acho que é 600€

****atenção que essa tabela refere-se a 2004!!!!

encontrei esta tabela referente a 2009:
PT=450€
ES=624€
http://www.fedee.com/minwage.html
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« Responder #416 em: Maio 22, 2009, 11:27:03 am »
Impressionante a evoluçao de Malta : passou de 125.89 euros em 2004 para 634.75 euros em 2008 .
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« Responder #417 em: Maio 22, 2009, 11:29:47 am »
Citação de: "legionario"
Impressionante a evoluçao de Malta : passou de 125.89 euros em 2004 para 634.75 euros em 2008 .


Meu caro, para mim não será surpresa nenhuma se TODOS nos passarem, inclusivé Roménias e Bulgárias  :roll:
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« Responder #418 em: Maio 22, 2009, 11:48:17 am »
Pode ser que nao , haja fé :(
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JLRC

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« Responder #419 em: Maio 22, 2009, 03:28:34 pm »
Citação de: "P44"
o "arauto da desgraça" Medina Carreira


Outro? :lol:  :lol: