U209PN

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Lightning

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Re: U209PN
« Responder #1440 em: Outubro 14, 2009, 07:13:51 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Amanhã pelos F-35 da Força Aérea

Eu "amanhã", a nivel da Força Aérea, defendo é a não venda de F-16 MLU, é que os F-35 é só para o mês que vem :lol:
 

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Edu

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Re: U209PN
« Responder #1441 em: Outubro 14, 2009, 09:19:22 pm »
Caro Jorge Pereira, acredita de facto que a Força Aérea Portuguesa contará a curto ou médio prazo com o F-35?
Quando falo em curto e médio prazo falo até cerca de 2020-2025 que é quando os nossos F-16 terão mesmo de ser substituidos.
Eu pessoalmente não acredito nisso, mas é só a minha opinião.
Até mesmo nos E.U.A. só uma coisa é certa em relação ao F-35, é que ele será carissimo para os numeros que se prevê que se vão adquirir.

Mas aqui já estou a entrar em off-topic, peço desculpa por isso.

Cumprimentos  :wink:
 

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Jorge Pereira

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Re: U209PN
« Responder #1442 em: Outubro 14, 2009, 09:45:50 pm »
Amanhã = no futuro.  :wink:

Mas claro que partilho da ideia óbvia do Lightning. Nada de vender F-16. Essa ideia é outro absurdo!
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Jorge Pereira

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Re: U209PN
« Responder #1443 em: Outubro 14, 2009, 11:03:45 pm »
De há 2 anos atrás:



Urgem mais iniciativas de esclarecimento como estas!!!



P.S.O que eu não dava para ter uma maqueta daquelas!
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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ShadIntel

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Re: U209PN
« Responder #1444 em: Outubro 15, 2009, 06:23:07 pm »
Exerto do discurso do CEMA na Abertura do Ano Operacional

Parte relativa aos submarinos:
Citar
(...)
Finalmente, a Esquadra irá em breve dispor dos dois novos submarinos: o “Tridente”, actualmente a efectuar provas de mar e que esperamos receber no próximo ano, e o “Arpão”, em 2011.
Estaremos, como sempre, longe da turbulência que tem existido na opinião pública, com fins que não nos compete avaliar. Estamos, porém, certos que Portugal não pode ceder a outros a sua responsabilidade soberana e de intervenção nas zonas oceânicas do seu interesse estratégico, não podendo, por isso, dispensar a arma submarina, como, em devido tempo, e bem, foi reconhecido pelo poder político. Ter submarinos é caro, muito caro, mas muito mais caro seria não os ter em especial para as gerações que nos sucedem.
Faço votos para que a miopia marítima que ciclicamente nos afecta e que nos últimos anos tem apresentado sintomas de recuperação não sofra uma recaída irreversível que retire a Portugal o seu maior potencial de desenvolvimento – o mar.
(...)

Discurso integral:
viewtopic.php?p=173451#p173451
http://www.marinha.pt/PT/noticiaseagend ... ional.aspx
 

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ShadIntel

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Re: U209PN
« Responder #1445 em: Outubro 16, 2009, 12:59:12 am »
Já aprendi uma coisa hoje; segundo a TVI24, vamos ter submarinos novos, mas já não são U209PN, são Akula...  :arrow:  http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/marin ... -4071.html

 

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Re: U209PN
« Responder #1446 em: Outubro 17, 2009, 10:05:37 pm »
Meus senhores se alguma pessoa tem alguma duvida sobre a importância deste sistema de arma em Portugal, a Marinha que faça o favor de fazer uma demonstração aos senhores deputados, ministros e afins. É dever da Marinha demonstrar a estas pessoas "analfabetas" em tácticas-militares e equipamentos militares sobre a relevância que este sistema de armas possui. Este submarino vai permitir a Portugal continuar a ser "dono" na sua ZEE, vigiar a sua ZEE face a ameaças externas e de ilícitos que possam acontecer, esta arma permite vigiar a costa de um determinado país, antes de mandarmos para lá barquinhos a retirar cidadãos nacionais em apertos e apuros, sim com todo o respeito que tenho pelas Fragatas nacionais ou outro e qualquer navio de superficie de um qualquer estado mundial, mas uma Fragata, Contra-torpedeiro, Fragata AA, Porta Avioes, etc são uns meninos... desculpem barquinhos comparados com o poder que o submarino representa, eu poderia falar aqui num tom jacoso em mandar um Harpoon para acordar os meninos da AR, mas vou ser condescendente por quem não tem a mínima cultura militar, assim apelo às chefias da Marinha, que façam uma demonstração para estes senhores, sobre a real importância do Submarino para Portugal. Já que o senhor Almeida Santos se acha um verdadeiro "burro" e desculpe a palavra, mas como sabem ela não é de minha autoria, sobre a importância dos submarinos, aconselhava se me permitem às Chefias da Marinha de convidar este senhor para passar uma semana abordo deste navio(Barracuda) em missoes reais de vigilância da nossa costa, se assim ainda não estiver devidamente esclarecido ou satisfeito, é metê-lo num tubo dos torpedos e disparar contra uma embarcação suspeita, para ser com os seus prórpios olhos o que estava a vigiar e a monitorizar.
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

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Francisco Ferreira

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Re: U209PN
« Responder #1447 em: Outubro 18, 2009, 12:11:07 pm »
Do Diário Económico:

Defesa
Submarinos comprados pelo Estado têm 1 ano de garantia
Económico  
18/10/09 09:28

   
--------------------------------------------------------------------------------
 
O Estado português pagou 832,9 milhões de euros, sem juros, pelos dois submarinos.
Collapse Comunidade
Partilhe:                       Os dois submarinos adquiridos ao German Submarin Consortium (GSC) só têm um ano de garantia geral contra defeitos de equipamento.

Segundo o contrato de aquisição dos dois submarinos assinado em 2004 por Paulo Portas, que era ministro da Defesa, com um custo de 832,9 milhões de euros, sem juros, quando o período de garantia terminar, o consórcio alemão fica obrigado a prestar apoio durante 30 anos, revela hoje o "Correio da Manhã".

O jornal adianta que pela manutenção técnica dos navios, o GSC vai receber cerca de cinco milhões de euros por ano. Contas feitas, a empresa vai encaixar 150 milhões pelo apoio técnico.

Dez arguidos acusados no caso dos submarinos

O Ministério Público acusou este mês 10 arguidos (sete portugueses e três alemães) por falsificação de documentos e burla qualificada no processo das contrapartidas na compra dos submarinos pelo Governo português.

No despacho divulgado pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), é pedida ainda uma indemnização para o Estado de quase 34 milhões de euros.

Este despacho é a conclusão de um primeiro processo e diz respeito à burla de que o Estado terá sido vítima neste negócio.

A decorrer está um outro processo sobre o mesmo negócio, que pode envolver líderes políticos que estavam no poder na altura.


1 Ano de garantia!!?? :?

Cumprimentos
 

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Crypter

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Re: U209PN
« Responder #1448 em: Outubro 18, 2009, 12:23:59 pm »
Tava convencido, que o equipamento militar não teria qualquer tipo de garantia! Visto tratar-se de um equipamento com a natureza especifica de guerra..

Mas prontos. Aprende-se todos os dias
 

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papatango

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Re: U209PN
« Responder #1449 em: Outubro 18, 2009, 07:18:21 pm »
É natural que exista algum tipo de garantia específica.
Não nos podemos no entanto esquecer de uma coisa, que a imprensa naturalmente se esqueceu de referir:

A garantia só começa a contar depois de o navio ter sido testado e depois de o cliente o ter testado e verificado que ele cumpre com as especificações.

Quanto à garantia dos equipamentos dos navios é a normal. Pelo que sei, há vários equipamentos nos navios, que precisam ser substituidos apos X horas de utilização, mesmo que estejam em boas condições. Um navio da NATO passa por um processo idêntico ao processo de certificação de qualidade numa empresa.

Quem já tiver tido oportunidade de passar por isso, sabe a dor de cabeça que é, com a certificação de toda a porcaria de equipamento. Até a sanita tem que ter certificado, declaração de qualidade do fabricante e tem que haver um processo para se saber o que fazer com a sanita se ela se partir...  :evil:

Logo, a garantia teria sempre que ter limites.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

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Re: U209PN
« Responder #1450 em: Outubro 23, 2009, 10:04:34 am »
Citar
AutoEuropa pode ser moeda de troca para submarinos

Por Graça Rosendo e Tânia Ferreira

O Governo está a reunir argumentos jurídicos e financeiros para tentar evitar a entrega dos novos submarinos e o pagamento dos cerca de mil milhões de euros previstos no contrato com o consórcio alemão GSC, avança a edição do SOL desta sexta-feira.

A acusação do Ministério Público (MP) de há quinze dias – que considerou fictícios e fraudulentos alguns dos pressupostos em que assentou o contrato das contrapartidas da compra dos submarinos para a economia portuguesa – abriu portas a esta pretensão do Governo.

O dossiê está a ser  gerido pelo próprio ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que entregou a análise jurídica dos dois contratos – o das contrapartidas e o da aquisição dos submarinos – a advogados  externos e encomendou também uma peritagem técnica independente. Estes trabalhos deverão estar concluídos, soube o SOL, no prazo de 15 dias a um mês.

O objectivo do ministro das Finanças – que tem mantido o primeiro-ministro sempre informado sobre este processo – é conseguir a nulidade de ambos os contratos, evitando assim que Portugal tenha mesmo de fazer esta despesa.

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Socied ... _id=151671

 :roll:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Jorge Pereira

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Re: U209PN
« Responder #1451 em: Outubro 23, 2009, 10:18:24 am »
A notícia na íntegra do SOL:

Citar
Submarinos renegociados

Governo estuda solução: não pagar ou exigir da Alemanha mais investimento na Autoeuropa


JOSÉ SÉRGIO

Graça Rosendo
graça, tania.ferreira@sol.pl


O GOVERNO está a reunir argumentos jurídicos e financeiros para tentar evitar a entrega dos novos submarinos e o pagamento dos cerca de mil milhões de euros previstos no contrato com o consórcio alemão GSC.
A acusação do Ministério Publico (MP) de há quinze dias - que considerou fictícios e fraudulentos alguns dos pressupostos em que assentou o contrato das contrapartidas da compra dos submarinos para a economia portuguesa - abriu portas a esta pretensão do Governo. O dossiê está a ser gerido pelo próprio ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que entregou a análise jurídica dos dois contratos - o das contrapartidas e o da aquisição dos submarinos - a advogados externos e encomendou também uma peritagem técnica independente. Estes trabalhos deverão estar concluídos, soube o SOL, no prazo de 15 dias a um mês.
O objectivo do ministro das Finanças - que tem mantido o primeiro-ministro sempre informado sobre este processo - é conseguir a nulidade de ambos os contratos, evitando assim que Portugal tenha mesmo de fazer esta despesa.
O argumento jurídico para sustentar esta tese já foi fornecido pelo MP, que, na acusação contra empresários alemães e portugueses ligados ao negócio das contrapartidas, defende que os dois contratos são acessórios, ou seja, dependem um do outro.
Caso falhe esta intenção, o Governo tem já delineado um plano B, que passa por recorrer a uma negociação política e diplomática directamente com o Governo alemão, de Angela Merkel.
O Executivo de Sócrates, sobretudo depois das declarações dos responsáveis da empresa Man Ferrostaal – que lidera o consórcio que vende os submarinos e que o MP acusou de burla ao Estado –, deixou de os considerar parceiros legítimos numa nova negociação sobre este dossier.
Por um lado, o MP provou que os empresários alemães assumiram compromissos de que conseguiam negócios para Portugal com grandes empresas do seu país, como a Volkswagen, que nunca cumpriram. Por outro lado, e já depois de ser conhecida a acusação, os líderes da Ferrostaal ameaçaram o Estado português, numa conferência de Imprensa, dando a entender que o seu país poderia retaliar com a deslocalização da Autoeuropa, a fábrica da VW em Palmela. Chegaram mesmo a dizer que poderiam pedir a intervenção de Merkel para assegurar que Portugal vai «honrar os seus compromissos».
No Governo, porém, a convicção é a de que os empresários estarão a fazer bluff e que, neste momento, já nem contarão com o apoio das autoridades do seu país. Isso mesmo terá sido transmitido ao Governo português, em recentes contactos informais com o gabinete de Merkel, soube o SOL.
Assim que Teixeira dos Santos tenha na sua posse as conclusões dos trabalhos dos peritos que lhe permitam assumir uma posição de força -ou seja, que os dois contratos podem ser denunciados sem prejuízo para Portugal –, a estratégia do Governo pode seguir dois caminhos. Preferencialmente, o Executivo pretende a anulação pura e simples do negócio, sem retaliações políticas, financeiras ou mesmo jurídicas por parte dos alemães.
Mas, se tiver mesmo de receber (e de pagar) os submarinos, o ministro vai tentar minimizar os respectivos impactos, compensando-os com contrapartidas de investimento alemão em Portugal E é aqui que entra o dossier Autoeuropa. A ideia, segundo soube o SOL, é conseguir prolongar a vida da fábrica da VW em Palmela e, sobretudo, reforçar os investimentos, nomeadamente através da angariação de novos produtos, ou seja, a produção em Portugal de outros modelos automóveis.
Uma das principais motivações de Teixeira dos Santos é evitar uma maior derrapagem das contas públicas. O que está previsto é que em 2010 Portugal receba o primeiro dos dois submarinos. Apesar de não ter de o pagar logo, o seu valor (cerca de 400 milhões de euros) terá de ser inscrito como despesa nas contas do Estada.


Como é habitual o Governo desmentir as notícias bombásticas do SOL, coisa que tem acontecido inúmeras vezes, não vou fazer por enquanto comentários a esta notícia.

Deixo no entanto um outro trabalho feito pelo Público há uns dias atrás:


Citar
Ministério Público acusou três alemães da Man Ferrostaal de burla qualificada

Apesar da burla, o Estado dificilmente conseguirá anular compra dos submarinos

18.10.2009 - 08:50 Por Mariana Oliveira


Há pouco mais de duas semanas, o Ministério Público acusou sete gestores portugueses e três alemães da Man Ferrostaal, uma das três empresas que fazem parte do consórcio alemão que ganhou o concurso dos submarinos, de burla qualificada e falsificação de documentos nas contrapartidas associadas ao contrato de compra e venda.

Numa altura em que a crise aperta e alguns teimam em não ver vantagem na aquisição dos dois submergíveis, o PÚBLICO falou com vários juristas e tentou perceber as implicações desta descoberta no contrato principal: a compra dos submarinos que irão custar ao Estado português cerca de mil milhões de euros. Todos concordam que teoricamente o Estado poderia pôr fim ao negócio, pedindo a resolução do contrato. Mas a complexidade do problema é de tal ordem que, além de desproporcional, tal decisão pode revelar-se financeiramente desvantajosa para Portugal.

"No plano jurídico é possível resolver unilateralmente o contrato, mas essa decisão pode revelar-se demasiado pesada para o Estado português", avalia Pedro Gonçalves, professor de Contratos Públicos e Direito Administrativo na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Para terminar com o negócio, é preciso primeiro provar a burla e que sem essas contrapartidas o Estado nunca teria entregue este contrato ao consórcio alemão.

Tal pode, contudo, não ser fácil. É que, se é claro que a existência de contrapartidas - negócios que pretendem compensar o avultado dispêndio nacional com a aposta no desenvolvimento tecnológico e na modernização do tecido empresarial nacional, neste caso de 1210 milhões de euros - era uma condição do concurso, que implicou a assinatura de dois contratos no dia 21 de Abril de 2004, o de aquisição dos dois submarinos e o de contrapartidas; também é verdade que o programa de contrapartidas apresentado pelos alemães perdeu contra o que foi sugerido pelos seus concorrentes franceses. A proposta dos franceses da DCN-I foi classificada de bom contra o médio atribuído à do consórcio alemão, que apresentou um programa de contrapartidas mais baixo quase 500 milhões de euros face ao dos franceses. Foram, por isso, critérios como o preço, o mérito operacional e técnico e a garantia e a assistência técnica que determinaram a vitória do German Submarine Consortium.

Recurso a tribunal arbitral

Outro condicionante deste complicado puzzle é o valor da alegada burla. Mesmo que o crime seja provado, o prejuízo que terá causado ao Estado português é de cerca de 34 milhões de euros, um valor diminuto face aos 1210 milhões de euros previstos no programa de contrapartidas e aos mil milhões de euros que o Estado terá que pagar pelos dois submarinos.

"O Estado resolver o contrato parece-me uma decisão pouco proporcional", considera Colasso Antunes, professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, que prefere não se alongar na análise face à complexidade do caso. Trinta e quatro milhões de euros é o montante de uma indemnização que o Ministério Público pede às várias empresas portuguesas envolvidas na alegada burla e ao consórcio alemão, além de aos dez arguidos.

E o facto, mesmo que não concertado com o Ministério da Defesa, que representa o Estado neste negócio, parece dificultar a eventual vontade de pôr um ponto final neste negócio. "À partida suporia que para avançar com um pedido de indemnização civil, o Ministério Público terá instruções do Ministério da Defesa, o que significa que este teria afastado a hipótese de resolução", refere o advogado João Correia, com uma vasta experiência na área dos contratos. "Mas como não sabemos se tal aconteceu, a hipótese de resolução não fica totalmente afastada", diz.

Outro problema é que a provar-se a burla, ela terá sido cometida pelos responsáveis de uma das empresas que integram o consórcio, a Ferrostaal, mas não pelas empresas construtoras dos submarinos, a HDW e a TNSW, parceiras na construção "A resolução é uma sanção ao contraente, mas neste caso tenho dúvidas de que este esteja em incumprimento", lança Pedro Gonçalves.

João Correia vê ainda uma outra opção: pedir a redução do negócio na parte relativa ao incumprimento. Pedro Gonçalves admite, ainda que muito remotamente, que se possa pedir a nulidade da adjudicação. O mais provável, contudo, é que tudo se resolva por negociação ou, na pior hipótese, acabe num tribunal arbitral.

Aguardemos pelo desmentido do Governo…
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Re: U209PN
« Responder #1452 em: Outubro 23, 2009, 10:37:03 am »
Podem não conseguir, mas que vão mover céus e terra para tentar anular a compra , lá isso vão.

Só espero é que o Jorge Pereira tenha razão no que escreveu á tempos , que tal não será possivel.

A mim não me admirava nada que o fosse.
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Mike23

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Re: U209PN
« Responder #1453 em: Outubro 23, 2009, 12:08:11 pm »
Essa notícia não faz muito sentido. Os alemães já executaram mais ou menos 30% das contrapartidas. Isto mais coisa menos coisa dá 300 milhões de Euros. Se a “fraude” que tem que ser provada é de só 34 milhões de euros, é óbvio que falar em nulidade dos contratos é um absurdo.
Se provar que houve alguma fraude (tenho as minhas dúvidas por aquilo que já ouvi dos envolvidos) o Estado português só teria de ser ressarcido desses 34 milhões de euros. Ponto final. Falar em anular os contratos por isso não faz sentido. Como é que seria então com os 300 milhões já executados das contrapartidas? O Estado português iria pagá-los para além de outras mais que prováveis penalizações? Absurdo.
O Novo Portugal! Mais de 3 Milhões de Quilómetros Quadros!

 

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Vicente de Lisboa

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Re: U209PN
« Responder #1454 em: Outubro 23, 2009, 12:15:04 pm »
O Sol está mesmo decidido a ser o novo Independente não está?