Moldes favoráveis a França consegue não é por acaso que vende imenso na america latina para países que pagam a conta gotas. Pior era ficar sem submarinos um bom tempo se não for algum já em construção não vejo como pode ser feito este negocio numa altura destas...
Mas mesmo na América Latina, são poucos os utilizadores. Tendo em conta que o valor "mínimo" previsto para 4 submarinos, seria de 2000M de euros (um valor mais realista seria superior a isto), difícil seria arranjar esse dinheiro, ainda por cima logo agora que é preciso investir em praticamente tudo, desde fragatas aos caças, a sistemas AA terrestres, modernizar todo o EP, etc.
A nível de prazos, também fica complicado, porque correr o risco de ficar 2 a 4 anos sem um único submarino, é algo que não faz grande sentido, e ainda nos arriscamos a ser mais um programa a ser empurrado com a barriga, podendo a Marinha ficar sem arma submarina.
Agora se é para levar a sério a possibilidade de venda dos Tridente, então:
-ou pedimos financiamento à UE, e juntamo-nos por exemplo aos gregos (no caso hipotético deles também venderem os seus a Marrocos), e fazemos um programa conjunto para reduzir custos (e entram os candidatos do costume nesse concurso);
-ou fazemos um acordo sem concurso, por um modelo europeu que corresponda às nossas necessidades, mediante um bom preço e prazos de entrega comportáveis;
-ou olhamos para opções fora da Europa, nomeadamente da Coreia do Sul, como derivados do KSS-III (opções de 2000 e 3000 toneladas). Basicamente U-214 XL, que sempre devem ser mais baratos que subs europeus. Em termos de prazos, parecem-me ser os que têm mais probabilidade de entregas "rápidas".
Mas esta decisão, teria que ser tomada havendo certezas de todas as partes, tanto do lado político de que ia arranjar verbas, do lado do estaleiro escolhido que conseguia fazer entregas atempadas, e do lado marroquino que ia de facto comprar os ditos por um valor que faça sentido.