Caro emarques:
Desculpe-me mas não alinho nesses argumentos de que custa muito dinheiro, ou que teremos dificuldade de obter niveís de produção "razoaveís".
Problemas existem para se resolver, não para se baixar os braços e render-se a uma suposta "impossibilidade" de serem resolvidos. Não me digam que não se pode fabricar uma arma ligeira em Portugal, que sejá um projecto completamente Português. Tudo isso é derrotismo nacional, ou pior preguiça de não gostar de pensar, por parte dos responsaveís por estas áreas do governo.
Se as forças armadas portuguêsas precisam de 50,000 ou 100,000, ou sejá o no. que for que precisam de armas, a única coisa que têm a
fazer é montar a capacidade produtiva para que tal aconteça. Para já não é preciso substituir, de uma vez só, todas as armas que estam em uso presentemente, a substituição pode ser feita gradualmente.
Sendo assim não é preciso um sistema de produção que produza 50,000 armas por ano, basta ter um que faça 10,000 por ano. Logo aí temos produção para os próximos 5 anos. E as armas não precisam de ser fabricadas para terem uma vida útil de 20 anos, façam-nas para que durem no máximo 5 anos, assim teremos que estar continuamente a produzir novas armas para substituir as que ao fim de 5 anos já estam velhas.
E não me venham dizer que nós não podemos competir com outras companhias, porque de novo isso é derrotismo. Primeiro, em que livro é que está escrito que um projecto Português á partida está condenado ao falhanço e incapacidade de ser competitivo. Segundo, porque razão necessitámos nós de ser competitivos.
Fabricar armas nacionaís, no meu ponto de vista nada têm a ver com um projecto qualquer onde se pretende fazer um novo empreendimento comercial, e obter market share, e ter lucratividade, isso é factor beneficial que se pode obter do projecto. O principal objectivo a alcançar é aumentar a capacidade nacional de auto-defesa, onde se inclui a capacidade Portuguêsa de construir as ferramentas de guerra para o seu próprio uso.
Construir em Portugal, significa gastar o dinheiro dos Portuguêses em Portugal, no emprego de Portuguêses, em empreas Portuguêsas, para o beneficio de Portugal. Gastar dinheiro no estrangeiro só beneficia o estrangeiro, nós não ganhamos, perdemos por todos os lados.
E quanto aos custos de I&D, podemos facilmente fazer uma parceria com Inglêses ou Americanos, ou Holandêses, ou Canadianos, ou Japonêses, ou Israelitas, ou Brasileiros, ou sejá quem for que se possa encontrar e que estejá interessado em trabalhar em conjunto com os Portugêses, de forma a que se possa compartilhar os custos com o parceiro.
E quantos homens é que se necessita para desenvolver uma arma? Provavelmente 1 bom engenheiro mecânico, habilidoso, creativo, que estejá a trabalhar numa empresa qualquer Portuguêsa, ou desempregado, e que possa ser contratado pelo governo para passar um ano ou dois a desenhar, e a testar um prótotipo, até chegar nalguma coisa que atenda ás necessidades das forças armadas. Nem precisa de inventar nada de novo, pode usar por base a G3, estudar os "designs" e especificações técnicas dos novas versões da G3, fazer um "reverse engineering" para entender como funciona, fazer algumas alterações estéticas para dar a impressão que é diferente, e temos uma arma Portuguêsa.
Onde está a complexidade? E quem faz uma arma de assalto, fáz uma pistola, uma metralhadora de grande calibre, uma espingarda para "snipers", um canhão, etc.
Não seria melhor que o governo Português através das forças armadas dé-se trabalho a engenheiros Portuguêses que poderiam dedicar a carreira deles a desenvolver este tipo de projectos, e a melhorá-los continuamente, em vez de empregarem as lontras da administração pública que passam o dia todo a mudar papeís de um lado, e que não produzem nada, só servem para gastar dinheiro.
Desculpem-me se eu estou sempre a bater na mesma tecla, mas revolta-me ver tanto desperdicio de dinheiro e talento nacional.
Cumprimentos....