Os quatro atentados registados esta manhã em Madrid causaram, pelo menos, 173 mortos e 590 feridos, de acordo com o mais recente balanço oficial divulgado pelo ministério espanhol do Interior, que, no entanto, adverte que os números são "ainda provisórios".
Os atentados foram atribuídos, mas ainda não reivindicados pela organização separatista basca ETA.
Arnaldo Otegi, dirigente do ilegalizado partido radical basco Batasuna, afastou porém esta hipótese e apontou para a "resistência árabe" como sendo a responsável pelas explosões.
Os partidos políticos decidiram suspender as actividades do penúltimo dia de campanha eleitoral, o mesmo acontecendo a outros actos previstos para esta quinta-feira envolvendo os sectores económico, social, cultural e social do país.
Por volta das 07:35 locais (06:35 em Lisboa), quando milhares de pessoas se deslocavam para os seus empregos, ocorreram de forma quase simultânea, e sem aviso prévio, várias explosões.
Uma registou-se num comboio que se encontrava na estação do bairro madrileno de Santa Eugénia, outra no apeadeiro do bairro de El Pozo e as últimas duas em comboios na estação de Atocha, no centro de Madrid.
Em conferência de imprensa, o ministro do Interior assegurou que o Estado de Direito "dará uma resposta adequada e contundente" e que os terroristas "pagarão caro as suas culpas".