Ainda agora fizemos um concurso de aquisição de um helicóptero ligeiro para ser pau para toda a obra que teve os seus requisitos definidos no nível mais baixo possível, sendo inclusive monoturbina.
Não é bem assim, o CEMFA disse que o AW119 se destina a fazer as missões que os Alouettes fazem
actualmente, instrução de pilotos, SAR costeiro, apoio à protecção civil, etc, já por isso é que vemos a aquisição de apenas 5 a 7 unidades, o nivel de ambição era baixo, simplesmente substituir os Alouettes no que eles fazem hoje, nunca foi ideia destes aparelhos efectuarem mais do que isso, incluindo missões de combate.
Não teria sido mais sensato ter feito um único concurso para um modelo um pouco melhor que conseguisse cumprir as diversas missões? Ou fazer um concurso para 2 modelos em conjunto, procurando o máximo de compatibilidade entre equipamentos e cadeias logísticas do mesmo fornecedor?
À primeira pergunta, talvez sim ou talvez não, pois para a missão de instrução a FAP quer um helicóptero simples, mono-turbina, poderia ser bimotor? Não sei, Será demasiado complexo para quem está a dar os primeiros passos? Será que um heli de instrução será sempre pouco para um helicóptero táctico e o táctico demasiado complexo para instrução?
À segunda pergunta concordo completamente.
Enfim, espero que de facto o que vier (se vier...) seja algo de outra gama e aí a minha preferência seria o Black Hawk, um helicóptero com muitas provas dadas, uma infinidade de configurações possíveis e custo de operação relativamente baixo. Teria sido a escolha ideal para a UALE se houvesse tino. Eu por principio também prefiro material europeu e principalmente a possibilidade de participação industrial neste tipo de projeto, mas isso não pode justificar tudo. O NH90 era um bicho caríssimo de adquirir e de operar, para se ter noção a Suécia (que tem um PIB per capita 2,5 vezes o nosso) encostou-os na missão de transporte táctico porque o custo de operação é incomportável, 5 vezes mais do que o Black Hawk! Ao contrário da opinião geral do fórum eu não sou crítico do cancelamento desta aquisição e se isso não tivesses acontecido provavelmente já estariam encostados e teriam sugado o orçamento de outros programas mais importantes.
Concordo.