Por favor, lê o primeiro parágrafo do meu post. Já repetiste estes argumentos todos ad nauseam, eu e outros já os rebatemos e nenhum de nós mudou de ideias no que diz respeito a este assunto. Aliás, acho que posso afirmar que nos anos que levo aqui no FD, NUNCA te vi mudar de opinião acerca de nada. Como nunca ninguém está certo 100% das vezes, a conclusão é óbvia.
O problema é que ignoras as premissas de uma discussão quando estas não te agradam e depois voltas a reciclar as tuas verdades absolutas. Pareces aqueles outos na escola que não sabem a resposta à pergunta, mas respond em outra coisa qualquer, só para mostrar que sabem algo, a ver se levam alguma pontuação. Acabaste de o fazer (um UCAV só obedece a uma das três premissas, por exemplo, isto sem falar no teu ódio patológico ao KC), tal como fizeste na discussão sobre o F-35, só para dar um exemplo recente, em que a premissa da discussão era ver se eurocanard usados ou novos fariam sentido se o objetivo é desmamar dos EUA e a tua resposta foi “mas a melhor opção é o upgrade aos F-16”. Até pode ser, mas não era essa a discussão. Lamento muito, mas neste assunto, e no que me diz respeito, podes responder com um post de 3000 caracteres, que vais ficar a falar sozinho.
A piada é tu achares que a tua opinião importa ao ponto de a querer mudar. A realidade, é que a dita aquisição nunca fez sentido. Se tu bates palmas à dita aquisição, é contigo. Agora eu não vou apoiar uma compra forçada, sem que se tenham dado ao trabalho de realizar as comparações necessárias, e com base numa premissa em que se pretende colocar em risco pilotos desnecessariamente.
E se tu achas normal nós gastarmos 200M em 12 aeronaves, quando Espanha em 2019 encomendou 24 unidades do principal concorrente, pelo mesmo valor, lamento, mas algo aí não está bem. Isto acontecer em qualquer outro programa, era um escândalo. Se o F-35 custasse o dobro dos concorrentes directos, não se calavam com isso.
Ódio ao KC? Tu não sabes o que é ódio. Defender que, com as FA num estado lastimável, não devíamos ter gasto tanto dinheiro nos KC, bastando encomendar 3 sabendo que já tínhamos 4 C-130 em modernização, não é ódio, é ser racional.
Quanto à discussão dos eurocanards, tomar uma decisão dessas à pala de alarmismo, não faria qualquer sentido, e qualquer discussão daquele tema teria que ter em consideração todas as variáveis, não a ignorá-las.
Aparentemente a USAF acha que “avionetas” CAS não só têm futuro em cenários de alta intensidade, como em certos casos podem ter vantagens…
https://www.twz.com/air/can-the-oa-1k-skryraider-ii-actually-be-useful-in-a-pacific-fight?utm_term=The%20War%20Zone_Wire_05.06.25&utm_campaign=The%20War%20Zone_Dedicated/Sales&utm_source=Sailthru&utm_medium=email
Taya’s possibilidades de utilização de uma aeronave que custa 10x menos a operar que um Rafale ou F-35, mas tem mais capacidade de carga, é menos vulnerável e mais adaptável que um UCAV… haja imaginação… no nosso caso, cenários desde interdição marítima até operações de apoio terrestre em áreas mais remotas,, entre outras, como é dito, e muito bem na peça…
Vamos esperar para vir aqui alguém provar em 4000 caracteres que na USAF são todos uns burros…
Porreiro pá. É tão fácil apresentar um ponto, ignorando factores pouco importantes tipo... orçamento.
E já estou a dar de barato que não seja apenas uma questão de tentar convencer o congresso a não cortar neste programa, tendo inclusive havido uma redução de 75 para 62 aeronaves.
Mas já que estás numa de fazer paralelismos com a USAF, porque não incluis os bombardeiros estratégicos? Ou só vamos comparar o nicho que é conveniente?
E estás a ignorar aqueles "pequenos detalhes" que tornariam possível a utilização de um turboprop num conflito de alta intensidade. Toda aquela cadeia de eventos da doutrina americana, que tem como objectivo de limitar ao máximo as capacidades do adversário. Pois, se calhar num país que nem mísseis de cruzeiro, nem doutrina SEAD tem, se calhar não é particularmente inteligente falar de avionetas a fazer CAS em TOs de alta intensidade.
Mas ainda não acabei. O OA-1K é uma besta completamente diferente do ST, é na prática um mini-A10. Portanto não vamos usar o OA-1K como termo de comparação.
-Capacidade de carga? O ST tem pouco mais payload que o MQ-9A, tem menos payload que o MQ-9B e EuroDrone.
-Menos vulnerável? O ST tem a mesma vulnerabilidade dum MQ-9, com a desvantagem de que, se o ST for abatido, tens um piloto para ir resgatar. Em vários UCAVs podem operar a maior altitude que o ST.
-Mais adaptável? Nem por isso, principalmente quando comparamos com o Skyguardian ou EuroDrone.
Operações de interdição marítima é algo engracado, até veres que nem sequer os F-16 foram equipados para isso, nem os C-295 VIMAR foram capacitados para lançar armamento ASW e ASuW.
E tu achas mesmo preferível usar STs para ASuW naval, em vez de uns EuroDrone? Quando estes teriam um pacote de sensores muito mais avançado para patrulha marítima, e o armamento podia chegar a 2 JSM, para não falar da sua endurance?

Nós devíamos adquirir meios que nos fazem falta, não adquirir meios à toa, e depois "usem a imaginação para fazer alguma coisa com eles".
Exatamente! Muito bem dito… não sei de onde vem essa noção de que se o Turra tiver um Strella, o ST já não pode fazer CAS… enfim…
Muito bem dito, se há coisa que faz sentido, é em 2025 fazer comparações com o Vietname! Na volta os M-113 são perfeitamente adequados para o século XXI.
A noção vem de um conceito chamado "não sabes o que potenciais forças opositoras terão ao seu dispor para lutar contra ti". Não existe garantia nenhuma que esses supostos TOs não venham a estar minados de ameaças bem superiores aos Strella. Da última vez que se desvalorizou uma ameaça, acabaram militares portugueses mortos no Iraque, porque não se quis investir nos meios adequados (viaturas blindadas/MRAPs).
E volto a dizer, para fazerem o policiamento/patrulha aérea normal diário no nosso território dão e sobram, com um custo infimamente inferior.
Usem o valor poupado para treino avançado e munições para a aviação de caça.
Isso obrigava a ter mais um QRA, o que custa dinheiro e obriga pilotos a permanecer em alerta. Dado o número real de ocorrências que envolvem a intercepção de slow movers, não justitica ter um QRA dedicado.
Além disso, ao contrário do que acontece na FAB, Portugal não tem um AWACS para detectar essas aeronaves, logo os ST andariam às cegas, particularmente nos casos em que as avionetas fogem à detecção das estações radar, como já aconteceu.