F-35A Lightning II na FAP

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Bubas

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #3405 em: Julho 29, 2025, 01:26:45 pm »
É ajuizado aguardar por uma cabal explicação deste acordo.
Mas o chefe de estado de uma nação agir como um bully não nos faz nação amiga.
Não responder a bullies faz-nos fracos. Nem que enchamos as FA com equipamento militar americano.
Se ainda existia a duvida dos f-35, acabou.
Vão chegar, nem que dupliquem o preço, agora compramos por ordem os EUA.

Mas também hão-de haver coisas más

Como assim coisas más? Só se for o facto de deixarem te ter com que reclamar... Acabou-se a Embraer, o Gripen...

O Lula também age como um bully. E nós pagámos por cada KC cerca de 30% a mais do que o valor prometido pelo fabricante.

De resto, cuspir para o ar que vamos pagar o dobro pelos F-35, é até ver algo sem qualquer fundamento. Seria aliás uma burrice tremenda para a LM, pois colocava o preço do F-35 ao mesmo nível dos 6G em desenvolvimento, limitando imenso as chances no mercado.

Entretanto, ficaram desfeitas dúvidas? Onde? É que até ver, nada está assinado, e do lado do Ministério também não existe grande pressa.

O Lula age como um Bully? A mim parece mais um chefe de estado com péssima credibilidade com quem nós decidimos o que comprar e se comprar. Continua a bater nos 30% a mais, mas estamos a ganhar com cada venda, ou não estamos? Foi um negocio de interesse mútuo, uma escolha. Não foi propriamente um "ou compram ST ou aumentamos as tarifas para 30% nas vendas de Portugal para o Brasil".

Segundo Trump o acordo inclui 750MM$ de compras aos EUA, incluindo compras militares. Vamos comprar o quê nessa ordem de grandeza? Espingardas?
Com esse valor envolvido não lhe parece que existe a probabilidade dos F-35 estarem envolvidos? E não lhe parece que serão os EUA a decidirem o que vão vender?
"Não está nada assinado", se tudo isto for para a frente, nem precisa de estar assinado, quem decide é o vendedor. Vai decidir o que vai vender, a que preço, com que especificações e quando. Vendas por decreto, "vocês pagam 15%, nós pagamos 0%"
Com vendas da LM garantidas (afinal perderam o novo contrato e tem de continuar a ganhar) quase que apostava que vão incluir um killswitch diário inútil, só para chatear e dizer quem manda.

E tudo isto porque muitas vezes, você tem razão.
Andamos anos a ser governados por incompetentes que nos tiraram qualquer capacidade de negociação. Sempre à espera que do outro lado estivesse alguém para nos fazer as vontades. Agora está lá uma anta e nós não temos nenhuma vantagem negocial. Ou pelo menos assim parece.

Espero mesmo estar ERRADO...

« Última modificação: Julho 29, 2025, 01:30:23 pm por Bubas »
 

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dc

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #3406 em: Julho 29, 2025, 05:01:45 pm »
Sim, o Lula age como bully. O homem opina que se farta sobre os outros. Até critica os 5% que a NATO acordou gastar em Defesa, e manda bocas de como devíamos (nós europeus) gastar mais com outras coisas.

O Lula também meteu o bedelho na questão da Imigração em Portugal, em concreto nas regras de atribuição de nacionalidade, e começou logo a dar a dica "olhem que os portugueses no Brasil têm um certo estatuto...".
Se fosse o Trump a fazer afirmações destas, vinham aqui cascar no gajo (e com razão), mas quando é um alto cargo brasileiro, não se passa nada.

Engraçado é o gajo opinar contra os investimentos europeus na Defesa, mas depois tem a Embraer a tentar espremer ao máximo o mercado europeu. Se o gajo é contra, então a Embraer devia recusar vender à Europa, ou não?

750000M em compras aos EUA, podem ser de muita coisa. É essencialmente uma garantia que a UE continua a comprar produtos americanos (em geral) para manter as taxas nos 15%.

Com base nisto, tirar ilações de que vamos comprar F-35 ao dobro do preço, é algo sem qualquer fundamento. Ainda para mais estando definido que inclui diversos tipos de produtos, não apenas militares. Esse dinheiro gastas facilmente em importações de energia e comida.

Os EUA não te podem obrigar a comprar produtos específicos. Especialmente se o custo destes produtos exceder o valor daquilo que exportas para os EUA (e que portanto está sujeito a tarifas).

Relativamente aos negócios da Embraer, queres mesmo entrar por aí? É que a Embraer sentiu-se empoderada para aumentar o preço dos KCs sem nos dizer nada previamente. O Governo português tentou negociar o contrato, e, adivinha, o Governo perdeu a negociação, sendo o negócio exactamente nos contornos que a Embraer quis.
Não achas que existe uma forte probabilidade de ter havido chantagem por parte da Embraer, ameaçando retirar a linha de produção em Portugal caso não comprássemos os aviões?

Lá está, para vocês, negociatas com a Embraer são todas justificadas, não importam os contornos. Mas se desconfiam/supõem que outro país/empresa fez o mesmo, já criticam.
 
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #3407 em: Julho 29, 2025, 07:39:06 pm »
Sim, o Lula age como bully. O homem opina que se farta sobre os outros. Até critica os 5% que a NATO acordou gastar em Defesa, e manda bocas de como devíamos (nós europeus) gastar mais com outras coisas.

O Lula também meteu o bedelho na questão da Imigração em Portugal, em concreto nas regras de atribuição de nacionalidade, e começou logo a dar a dica "olhem que os portugueses no Brasil têm um certo estatuto...".
Se fosse o Trump a fazer afirmações destas, vinham aqui cascar no gajo (e com razão), mas quando é um alto cargo brasileiro, não se passa nada.

Engraçado é o gajo opinar contra os investimentos europeus na Defesa, mas depois tem a Embraer a tentar espremer ao máximo o mercado europeu. Se o gajo é contra, então a Embraer devia recusar vender à Europa, ou não?
Estava à espera que discordasse de si sobre o Lula?


750000M em compras aos EUA, podem ser de muita coisa. É essencialmente uma garantia que a UE continua a comprar produtos americanos (em geral) para manter as taxas nos 15%.

Com base nisto, tirar ilações de que vamos comprar F-35 ao dobro do preço, é algo sem qualquer fundamento. Ainda para mais estando definido que inclui diversos tipos de produtos, não apenas militares. Esse dinheiro gastas facilmente em importações de energia e comida.

Conforme diz é apenas uma opinião sobre a qual quero estar errado.
"O acordo inclui também o compromisso da Europa de comprar mais produtos americanos, especialmente armas e energia. A energia - gás natural, petróleo e combustível nuclear para substituir o fornecimento de energia russo - deverá custar 750 mil milhões de dólares (aproximadamente 640 mil milhões de euros) ao longo de três anos, ou 250 mil milhões de dólares (aproximadamente 213 mil milhões de euros) anualmente.

O valor é significativo se comparado, por exemplo, com as importações de petróleo e gás dos EUA que totalizara 84 mil milhões de dólares (aproximadamente 72 mil milhões de euros) em 2024.

Além deste valor, haverá ainda um investimento de mais de 600 mil milhões de dólares (511 mil milhões de euros) nos EUA, incluindo equipamentos militares americanos, segundo avançou a BBC."

Mais uma vez deixo a pergunta, vai ser em espingardas? A Europa tem uma obrigação de compras por decreto 600MM$ e acha plausível que nós é que escolhemos o quê ou até o preço?


Os EUA não te podem obrigar a comprar produtos específicos. Especialmente se o custo destes produtos exceder o valor daquilo que exportas para os EUA (e que portanto está sujeito a tarifas).

Não pode obrigar? Então existe uma "obrigação" de gastar um valor, eles é que vendem e nós é que vamos decidir o que é que eles querem vender?


Relativamente aos negócios da Embraer, queres mesmo entrar por aí? É que a Embraer sentiu-se empoderada para aumentar o preço dos KCs sem nos dizer nada previamente. O Governo português tentou negociar o contrato, e, adivinha, o Governo perdeu a negociação, sendo o negócio exactamente nos contornos que a Embraer quis.
Não achas que existe uma forte probabilidade de ter havido chantagem por parte da Embraer, ameaçando retirar a linha de produção em Portugal caso não comprássemos os aviões?

Acho que existe uma grande probabilidade de o governo ter percebido que existiria forma de ganhar com o negócio, o que veio efetivamente a acontecer ou ainda estamos na fase em que Portugal não ganha nada por cada KC que se vende?
Existe a hipótese de se Portugal tivesse escolhido qualquer outro avião em vez do KC, estariamos com uma parte da produção em Portugal e com um ganho por cada avião produzido?
Ou seja, negócio, foi uma escolha.
Ameaçar com uma linha de produção, não é bem a mesma coisa que aumentar as taxas de exportação para um mercado como a América.


Lá está, para vocês, negociatas com a Embraer são todas justificadas, não importam os contornos. Mas se desconfiam/supõem que outro país/empresa fez o mesmo, já criticam.

Você não perceber a diferença entre uma negociata, entre estados, em que ambos podem escolher ou não entrar, e aquilo que acabou de acontecer com os EUA, é no mínimo estranho.
 

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #3408 em: Julho 30, 2025, 10:46:41 am »
Ou muito me engano ou vamos para o dito.......
Não vale a pena andarem a pensar noutras opções....
Com a ideologia dos nossos governantes
que primeiro falam e falam mas depois baixam a cabeça.
Francês, sueco ou o diabo que os carregue, será duma estupidez sem limites, pois estas nações já estão envolvidos no substituto dos aviões que têm ao seu serviço e nós iríamos comprar
quando eles já estão noutra etapa ???
Se a  LM avançar com o F35 super não seria ideal modernizar alguma células do F16 e mais tarde adquirir o F35??

 

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #3409 em: Julho 30, 2025, 02:18:09 pm »
Ou muito me engano ou vamos para o dito.......
Não vale a pena andarem a pensar noutras opções....
Com a ideologia dos nossos governantes
que primeiro falam e falam mas depois baixam a cabeça.
Francês, sueco ou o diabo que os carregue, será duma estupidez sem limites, pois estas nações já estão envolvidos no substituto dos aviões que têm ao seu serviço e nós iríamos comprar
quando eles já estão noutra etapa ???
Se a  LM avançar com o F35 super não seria ideal modernizar alguma células do F16 e mais tarde adquirir o F35??

Já está decidido desde 2018. Mas os políticos vão tentar adiar o mais que conseguirem.
 

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dc

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #3410 em: Julho 31, 2025, 11:05:45 am »
Mais uma vez deixo a pergunta, vai ser em espingardas? A Europa tem uma obrigação de compras por decreto 600MM$ e acha plausível que nós é que escolhemos o quê ou até o preço?

Estás a falar da Europa toda, em primeiro lugar. O que Portugal vai ou não comprar, ou se vai sequer comprar alguma coisa, não se sabe.

O preço é sempre o vendedor que faz, e depois é negociado. Em qualquer caso o cliente nunca "escolhe" o preço.

Sim, vais escolher o que comprar. Vais gastar dinheiro naquilo que te for (enquanto país) mais conveniente. Não vais comprar 10 porta-aviões só porque eles disseram.

Citar
Não pode obrigar? Então existe uma "obrigação" de gastar um valor, eles é que vendem e nós é que vamos decidir o que é que eles querem vender?

Não pode obrigar, e sim, "nós" é que decidimos o que vamos comprar.
Toda e qualquer compra será negociada individualmente, e as negociações demoram tempo. Se Portugal fosse comprar F-35, a achar que ia pagar 5000-6000M pelo programa, e do nada a LM viesse com um preço de 10000-12000M pelo mesmo número de aeronaves, o processo ficaria preso nas negociações, e não avançaria durante meses/anos. No fim, não gastavas nada se não quisesses, e quando desses conta, passavam os 3 anos.

Como é que o Trump vai controlar que se gasta aquele dinheiro todo? Como é que ele vai obrigar os países europeus a gastar? Vai andar de 2 em 2 meses a ameaçar com tarifas absurdas? E depois anda neste para-arranca durante meses? Vai esperar até ao fim de 12 meses para o fazer? Pois, não sabes, viste o acordo, e lembraste-te de vir aqui desestabilizar este tópico, porque te era narrativamente conveniente.

A ironia, é que Portugal não tem urgência em adquirir caças nos próximos 3 anos, o próprio governo não tem essa questão em cima da mesa, logo esse acordo seria inconsequente neste aspecto.

Quanto muito podes criar um tópico onde levantas a questão de que equipamentos militares poderia Portugal comprar aos EUA a curto prazo como parte desse acordo. Se calhar não com este título, algo mais curto.

Citar
Acho que existe uma grande probabilidade de o governo ter percebido que existiria forma de ganhar com o negócio, o que veio efetivamente a acontecer ou ainda estamos na fase em que Portugal não ganha nada por cada KC que se vende?
Existe a hipótese de se Portugal tivesse escolhido qualquer outro avião em vez do KC, estariamos com uma parte da produção em Portugal e com um ganho por cada avião produzido?
Ou seja, negócio, foi uma escolha.
Ameaçar com uma linha de produção, não é bem a mesma coisa que aumentar as taxas de exportação para um mercado como a América.

O retorno estava garantido de alguma maneira quando entrámos no programa.
A não ser que estejas a insinuar que nos atirámos de cabeça para o programa KC-390, sem ter em vista qualquer retorno, e que esse retorno só passou a estar em cima da mesa quando fomos negociar a compra dos aviões, e quando a Embraer nos cobrou 30% a mais por cada um... será isso?

Teria curiosidade em saber as contas desse retorno, e também qual o retorno que a Argentina tem ganho, sem sequer ter comprado o avião. Porque é que só nós é que somos obrigados a comprar o avião, 30% mais caro do que o prometido, para ter acesso a esse retorno?

Se Portugal já estava a ganhar os supostos 10M por cada avião vendido, a compra do 6⁰ KC faz sentido em que medida? E porquê o segundo (e caríssimo) simulador? Lógica da batata? Como tens retorno, vais gastá-lo todo em mais aviões? Quando é que deixamos de o fazer?

O 6⁰ KC fazia sentido caso houvesse o risco da fábrica fechar por falta de encomendas, não agora. O segundo simulador fazia sentido se víssemos realmente vários clientes estrangeiros a vir formar pilotos a Portugal, e que o primeiro simulador não chegava.

Mas as negociatas com a Embraer não se ficam por aí, ou ficam? Qual o racional para os STs? Não é o retorno das vendas do avião, porque o mercado europeu para uma aeronave daquelas é minúsculo. Não são critérios operacionais nem técnicos. Não é o preço. Não é o envolvimento da indústria nacional, pois será insignificante e seria melhor empregue noutro programa com mais potencial de mercado.

Ameaçar com o fecho da linha de produção, é exactamente a mesma coisa. No fim, põe em causa empresas nacionais e postos de trabalho.

No fim de contas, os programas da Embraer em Portugal são de uma dimensão estratosférica, representam uma grande percentagem do PIB, e são importantíssimos para o país... se formos ler determinadas notícias e opiniões...

Ou se calhar a importância destes programas varia consoante a conveniência. Quando se fala de um retorno de 10M, o programa KC é super relevante, importantíssimo para o país. Quando se fala da Embraer ameaçar fechar uma fábrica caso não comprássemos os seus produtos, já não tem grande importância.

Conveniente.

Citar
Você não perceber a diferença entre uma negociata, entre estados, em que ambos podem escolher ou não entrar, e aquilo que acabou de acontecer com os EUA, é no mínimo estranho.

Eu percebo a diferença, o Bubas é que não percebe as semelhanças.  :mrgreen:

Por exemplo, na compra dos STs, Portugal não teve direito a escolha, comparações/concurso ou o que seja. Tivémos que comprar e pronto.
 

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Charlie Jaguar

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #3411 em: Julho 31, 2025, 02:39:48 pm »
Em Beja, na semana passada, foi-me dito que é intenção da FAP contar com "40 F-35A Block 4" ao serviço em 2040. Daqui a 15 anos veremos quantos destes 40 se vieram a materializar, já que o processo de substituição dos F-16M avança a passo de caracol.  ::)
Saudações Aeronáuticas,
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"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #3412 em: Julho 31, 2025, 03:41:35 pm »
Em Beja, na semana passada, foi-me dito que é intenção da FAP contar com "40 F-35A Block 4" ao serviço em 2040. Daqui a 15 anos veremos quantos destes 40 se vieram a materializar, já que o processo de substituição dos F-16M avança a passo de caracol.  ::)

40 F-35 ao serviço em 2040? Isso significa que a primeira entregas deveriam começar por volta de 2036, por aí. Logo, e com o actual backlog, que o processo de compra fosse encerrado o mais tardar até 2029. Ou seja, não há muito tempo a perder... :)
Cumprimentos,
 

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #3413 em: Julho 31, 2025, 04:37:25 pm »
E há alguma "informação não oficial" sobre o que diabo aconteceu para o upgrade aos nossos F-16 PAI não ser opção? Não se arranjam uns 16 F-16 que mereçam ser melhorados para um V?
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #3414 em: Julho 31, 2025, 05:45:11 pm »
E há alguma "informação não oficial" sobre o que diabo aconteceu para o upgrade aos nossos F-16 PAI não ser opção? Não se arranjam uns 16 F-16 que mereçam ser melhorados para um V?

O que circula é em tudo semelhante ao que o Subsea já aqui escreveu em ocasiões anteriores, ou seja, que neste momento avançar-se para o pacote Viper - fosse ele mais ou menos extenso - é pura perda de tempo e desperdício de verbas necessárias para a sustentação da frota F-16M por pelo menos mais uma década. Isto sem falar nos problemas estruturais que alegadamente estarão a assolar parte da frota, e a constante dor de cabeça com a disponibilidade dos motores.

Há 10 anos teria sido a ocasião perfeita para avançar, agora pura e simplesmente já não faz sentido segundo me é dito.
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"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #3415 em: Julho 31, 2025, 10:03:23 pm »
E há alguma "informação não oficial" sobre o que diabo aconteceu para o upgrade aos nossos F-16 PAI não ser opção? Não se arranjam uns 16 F-16 que mereçam ser melhorados para um V?

O que circula é em tudo semelhante ao que o Subsea já aqui escreveu em ocasiões anteriores, ou seja, que neste momento avançar-se para o pacote Viper - fosse ele mais ou menos extenso - é pura perda de tempo e desperdício de verbas necessárias para a sustentação da frota F-16M por pelo menos mais uma década. Isto sem falar nos problemas estruturais que alegadamente estarão a assolar parte da frota, e a constante dor de cabeça com a disponibilidade dos motores.

Há 10 anos teria sido a ocasião perfeita para avançar, agora pura e simplesmente já não faz sentido segundo me é dito.

Este tipo de posts tem um nome: " Serviço Público".
Devia ser o tipo de coisas que apareciam em artigos no Expresso e no Público...
Tks Charlie (e ao Subsea)
 
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #3416 em: Julho 31, 2025, 11:25:49 pm »
E há alguma "informação não oficial" sobre o que diabo aconteceu para o upgrade aos nossos F-16 PAI não ser opção? Não se arranjam uns 16 F-16 que mereçam ser melhorados para um V?

O que circula é em tudo semelhante ao que o Subsea já aqui escreveu em ocasiões anteriores, ou seja, que neste momento avançar-se para o pacote Viper - fosse ele mais ou menos extenso - é pura perda de tempo e desperdício de verbas necessárias para a sustentação da frota F-16M por pelo menos mais uma década. Isto sem falar nos problemas estruturais que alegadamente estarão a assolar parte da frota, e a constante dor de cabeça com a disponibilidade dos motores.

Há 10 anos teria sido a ocasião perfeita para avançar, agora pura e simplesmente já não faz sentido segundo me é dito.

E não poderia ser uma hipótese comprar-se uma dúzia de motores aos belgas, holandeses, dinamarqueses ou noruegueses?
De certeza que lhes devem ter sobrado uns poucos e nem todos terão sido encaminhados para a Ucrània, muito provavelmente
Cumprimentos,
 

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dc

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #3417 em: Julho 31, 2025, 11:42:55 pm »
Os motores deles devem estar ainda piores que os nossos, se suposermos que foram sempre os mesmos desde a entrada ao serviço nos respectivos países. Entretanto, alguns (possivelmente muitos) devem estar a servir de peças para os F-16 da Ucrânia, para além dos restantes F-16 europeus, e ainda os que têm sido vendidos, por exemplo para a Argentina.

Se os problemas estruturais se confirmarem, caso precisemos de uma solução temporária, se calhar era de procurar F-16 em segunda-mão que ainda tenham boas condições tanto a nível estrutural como de motorização, e preferencialmente numa versão mais moderna que o MLU.

Já tinha falado de se sondar os Emirados por 2 dúzias de Block 60, para ver se estariam dispostos a vender. Os Sufa também seriam uma opção interessante, mas devem ter muito mais desgaste.

Isto para precaver, caso haja resistência/demora na compra de novos caças, ou caso se pretenda a 6ª geração.

Entretanto volto a chamar a atenção, que a possibilidades de recebermos caças novos daqui a 10 anos, não elimina a necessidade de armar como deve ser os F-16 num curto prazo.
 
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Bubas

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #3418 em: Hoje às 04:20:12 am »
Primeira parte, espero mesmo que tenha razão.

De resto, o bla, bla, bla do costume…
Bla bla bla 30% a mais , bla bla bla ST…
Fomos obrigados a comprar ST pelo Brasil mas com os EUA compramos o que queremos???? Forçados a entrar num negócio de 200M€ , pelo Brasil? Não foi uma negociação entre estados e validada por dois governos diferentes, onde terá o lula ido buscar toda essa força???

OK, leve lá a bicicleta. Quanto ao resto, mais uma vez, espero mesmo que tenha razão.

Mais uma vez deixo a pergunta, vai ser em espingardas? A Europa tem uma obrigação de compras por decreto 600MM$ e acha plausível que nós é que escolhemos o quê ou até o preço?

Estás a falar da Europa toda, em primeiro lugar. O que Portugal vai ou não comprar, ou se vai sequer comprar alguma coisa, não se sabe.

O preço é sempre o vendedor que faz, e depois é negociado. Em qualquer caso o cliente nunca "escolhe" o preço.

Sim, vais escolher o que comprar. Vais gastar dinheiro naquilo que te for (enquanto país) mais conveniente. Não vais comprar 10 porta-aviões só porque eles disseram.

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Não pode obrigar? Então existe uma "obrigação" de gastar um valor, eles é que vendem e nós é que vamos decidir o que é que eles querem vender?

Não pode obrigar, e sim, "nós" é que decidimos o que vamos comprar.
Toda e qualquer compra será negociada individualmente, e as negociações demoram tempo. Se Portugal fosse comprar F-35, a achar que ia pagar 5000-6000M pelo programa, e do nada a LM viesse com um preço de 10000-12000M pelo mesmo número de aeronaves, o processo ficaria preso nas negociações, e não avançaria durante meses/anos. No fim, não gastavas nada se não quisesses, e quando desses conta, passavam os 3 anos.

Como é que o Trump vai controlar que se gasta aquele dinheiro todo? Como é que ele vai obrigar os países europeus a gastar? Vai andar de 2 em 2 meses a ameaçar com tarifas absurdas? E depois anda neste para-arranca durante meses? Vai esperar até ao fim de 12 meses para o fazer? Pois, não sabes, viste o acordo, e lembraste-te de vir aqui desestabilizar este tópico, porque te era narrativamente conveniente.

A ironia, é que Portugal não tem urgência em adquirir caças nos próximos 3 anos, o próprio governo não tem essa questão em cima da mesa, logo esse acordo seria inconsequente neste aspecto.

Quanto muito podes criar um tópico onde levantas a questão de que equipamentos militares poderia Portugal comprar aos EUA a curto prazo como parte desse acordo. Se calhar não com este título, algo mais curto.

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Acho que existe uma grande probabilidade de o governo ter percebido que existiria forma de ganhar com o negócio, o que veio efetivamente a acontecer ou ainda estamos na fase em que Portugal não ganha nada por cada KC que se vende?
Existe a hipótese de se Portugal tivesse escolhido qualquer outro avião em vez do KC, estariamos com uma parte da produção em Portugal e com um ganho por cada avião produzido?
Ou seja, negócio, foi uma escolha.
Ameaçar com uma linha de produção, não é bem a mesma coisa que aumentar as taxas de exportação para um mercado como a América.

O retorno estava garantido de alguma maneira quando entrámos no programa.
A não ser que estejas a insinuar que nos atirámos de cabeça para o programa KC-390, sem ter em vista qualquer retorno, e que esse retorno só passou a estar em cima da mesa quando fomos negociar a compra dos aviões, e quando a Embraer nos cobrou 30% a mais por cada um... será isso?

Teria curiosidade em saber as contas desse retorno, e também qual o retorno que a Argentina tem ganho, sem sequer ter comprado o avião. Porque é que só nós é que somos obrigados a comprar o avião, 30% mais caro do que o prometido, para ter acesso a esse retorno?

Se Portugal já estava a ganhar os supostos 10M por cada avião vendido, a compra do 6⁰ KC faz sentido em que medida? E porquê o segundo (e caríssimo) simulador? Lógica da batata? Como tens retorno, vais gastá-lo todo em mais aviões? Quando é que deixamos de o fazer?

O 6⁰ KC fazia sentido caso houvesse o risco da fábrica fechar por falta de encomendas, não agora. O segundo simulador fazia sentido se víssemos realmente vários clientes estrangeiros a vir formar pilotos a Portugal, e que o primeiro simulador não chegava.

Mas as negociatas com a Embraer não se ficam por aí, ou ficam? Qual o racional para os STs? Não é o retorno das vendas do avião, porque o mercado europeu para uma aeronave daquelas é minúsculo. Não são critérios operacionais nem técnicos. Não é o preço. Não é o envolvimento da indústria nacional, pois será insignificante e seria melhor empregue noutro programa com mais potencial de mercado.

Ameaçar com o fecho da linha de produção, é exactamente a mesma coisa. No fim, põe em causa empresas nacionais e postos de trabalho.

No fim de contas, os programas da Embraer em Portugal são de uma dimensão estratosférica, representam uma grande percentagem do PIB, e são importantíssimos para o país... se formos ler determinadas notícias e opiniões...

Ou se calhar a importância destes programas varia consoante a conveniência. Quando se fala de um retorno de 10M, o programa KC é super relevante, importantíssimo para o país. Quando se fala da Embraer ameaçar fechar uma fábrica caso não comprássemos os seus produtos, já não tem grande importância.

Conveniente.

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Você não perceber a diferença entre uma negociata, entre estados, em que ambos podem escolher ou não entrar, e aquilo que acabou de acontecer com os EUA, é no mínimo estranho.

Eu percebo a diferença, o Bubas é que não percebe as semelhanças.  :mrgreen:

Por exemplo, na compra dos STs, Portugal não teve direito a escolha, comparações/concurso ou o que seja. Tivémos que comprar e pronto.
 

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dc

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #3419 em: Hoje às 09:16:39 am »
Contra factos não há argumentos. E neste momento o Bubas já se arrependeu de vir aqui insinuar que vamos pagar o dobro pelos F-35 sem qualquer fundamento, e apenas para criar confusão no tópico.

Bastou a chapada de luva branca, ao mencionar o programa KC, esse sim um exemplo real em que a empresa decidiu unilateralmente aumentar o preço do avião nas nossas costas, e que nós tivemos que engolir.

E não foi o Lula a ir buscar "toda essa força", foi o lobby Embraer que se instaurou.
No fim, o que se sabe é que não havia orçamento na LPM 2019 para STs, não havia uma decisão quanto ao futuro do treino avançado. No entanto "de um dia para o outro" surge a vontade de comprar STs em específico, numa quantia bastante avultada para o que é habito em Portugal, e cujo custo de aquisição é muito superior ao que Espanha pagou (em 2019) pelo principal concorrente.

Isto no mesmo país onde é impossível acrescentar 10M ao programa VSHORAD, onde é impossível avançar com verba para 2 Marlin, onde os Fuzos não tiveram orçamento durante anos para substituir as G-3, onde não se compraram munições para os Leopard...

Realmente nada de estranho envolveu o dito programa.


Agora vens aqui tentar insinuar que o Trump nos vai obrigar a comprar F-35, quando a FAP já tem interesse no avião há quase uma década, não faz qualquer sentido.
Também não faz sentido a conversa de sermos obrigados a comprar produtos específicos, porque ao Trump interessa dinheiro, não importa de que forma. Se escolhes gastar em F-35, em Apaches, em munições, etc, podes.