A incapacidade do A-7 levar mísseis BVR, tornava-o obsoleto enquanto único caça numa Força Aérea. Os próprios F-16 A/B já eram praticamente obsoletos precisamente por esta lacuna, mas tinham a performance para os safar.
Com o MLU aos F-16, estes conferiram à FAP esta capacidade ar-ar, e neste caso, os A-7 limitar-se-iam a funções de ataque ao solo. Como o A-7 era um avião já limitado, e como o programa MLU confere aos F-16 capacidade BVR, mas também muito mais capacidade ar-solo, o A-7 perde total utilidade no seu nicho de missão, sendo mais racional uniformizar a frota com mais F-16. Logo aqui, o A-7 também era obsoleto.
A obsolescência de um meio, faz-se através da comparação com os adversários e da capacidade ou incapacidade de desempenhar a sua missão. Quando a ideia de não-obsolescência é apenas baseada naquilo que temos (que muito raramente é moderno) e não naquilo que existe, tanto como alternativas no mercado, como meios adversários, temos um problema.