Os nossos KC-390 foram muito mais caros do que o valor prometido pela Embraer. O facto de Portugal participar no projecto, e a Embraer não ter tido transparência para dar uma estimativa dos custos reais que teríamos que pagar, diz muito acerca do assunto.
O C-130 tem custos semelhantes. A diferença é que o C-130 é fabricado nos EUA, e portanto o custo da mão de obra é várias vezes superior.
Portugal saiu do programa do A-400M assim que o custo unitário começou a ultrapassar os 100/100 e poucos milhões, para agora comprar uma aeronave que custa quase o mesmo, mesmo tendo capacidade inferiores.
Outra coisa relevante no preço, é que com o aumento do custo unitário, dos ~80 milhões/unidade previstos, para os 110 ou mais, devíamos ter reduzido a encomenda de 5 para 3. Fazia todo o sentido pelo facto de termos C-130 a ser modernizados ao mesmo tempo, e cuja substituição podia ser feita mais tarde, onde se decidiria a compra de mais 2 KC-390, caso o preço baixasse, ou dos tais A-400M já falados ou mesmo de MRTT.
Aqueles 200 e tal milhões poupados pela redução da encomenda, juntos com os ~200 milhões dos ST, permitiam comprar um substituto a jacto dos Alpha Jet. Aqui se vê como a negociata do KC-390 e agora a tentativa de compra forçada dos ST, só vêm lixar outros programas.
Entretanto, o programa egípcio apresenta valores parecidos aos do 390, e não sabemos o que vem incluído.
O programa australiano pode estar dólares australianos, mas mesmo que não esteja, eles normalmente contabilizam os custos da aeronave durante toda a "vida".