Plataforma Naval Multifuncional

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #1125 em: Novembro 25, 2023, 08:48:54 pm »
Citação de: Visitante123
Alguém sabe dizer o que é que faz de um navio uma fragata? A partir de quantas armas? A partir de quanta tonelagem? Alguém consegue definir o que é uma fragata?
É uma questão de resposta dificil, porque o que torna em primeiro lugar o navio uma fragata, é a decisão politica.

Várias fragatas são chamadas de corvetas e deslocam mais que as Vasco da Gama.

Não considerando o tempo dos navios à vela, a fragata aparece depois da II guerra mundial.

Quando começam a tornar-se comuns os couraçados, os franceses desenvolveram uma arma barata para os destruir, as lanchas torpedeiras, ou torpedo-boats.
Como resultado, os ingleses, que tinham a maior força de couraçados, começaram a desenvolver pequenos navios a que deram o nome de torpedo-boat destroyers. Ou seja, destruidores de lanchas torpedeiras. Em português a designação técnica foi de contra-torpedeiro.

Durante a I Guerra  e também a II guerra, os Destroyers ou Contra-torpedeiros foram os navios para toda a obra. Eles atingiam velocidades elevadas, mas a sua autonomia era relativamente reduzida, o que os tornava menos adequados para operações de escolta.

Os ingleses começaram então a desenhar em massa, navios com dimensões equivalentes aos contra-torpedeiros, igualmente bem armados, mas com uma velocidade de ponta muito menor. Em alto-mar não havia o perigo das lanchas torpedeiras e os submarinos eram sempre mais lentos que os 20 a 22 nós que esses navios, chamados de sloops ou corvettes ou Avisos (na França) faziam.

Os inglese voltam a vulgarizar o termo Fragata quando começam a construir maior numero desdes navios ainda durante a II guerra mundial. Relativamente maiores que as corvetas, relativamente bem armados especialmente com capacidade ASW, as fragatas eram uma espécie de parente pobre do contra-torpedeiro, mas com a vantagem da autonomia.

(isto é uma enorme generalização, porque há excepções a tudo isto em todas as marinhas)

Em Portugal, os Avisos coloniais, acabaram sendo maiores que os contra-torpedeiros e eram mais vantajosos já que podiam servir nas colónias.
Comprámos fragatas aos ingleses em segunda-mão e posteriormente quando montámos em Portugal as fragatas da classe Pereira da Silva, que eram consideradas como contra-torpedeiros nos E.U.A. aqui, designamos os navios como fragatas.
Desde então, os principais navios combatentes da marinha são fragatas.

Hoje, chamamos contra-torpedeiros a navios de dimensões bastante maiores que as 2.000 a 4.000t de deslocamento.
Os espanhois chamam fragatas aos seus navios de defesa aérea, mas na realidade aquilo são contra-torpedeiros pelos padrões atuais.


Uma fragata, e aqui estou apenas a considerar o que conheço e a relacionar com a nossa realidade das últimas décadas, deverá ter um deslocamento entre as 3.500 e as 5.000t, pelo menos uma peça de artilharia principal de no mínimo 57mm (até 127mm) um sistema de defesa antiaérea proxima, capacidade para lançar mísseis anti-aéreos para se defender de aeronaves, capacidade para lançar mísseis anti-navio, e naturalmente os radares necessários para operar este tipo de armamento.

Normalmente estes navios são os mouros de combate e também se espera que tenham capacidade anti-submarina e algum meio de disparar torpedos.

Para esta função, os navios necessitam ter capacidade para pelo menos perseguir um submarino de propulsão nuclear, pelo que devem ter capacidade para manter durante algum tempo uma velocidade de pelo menos 28 nós.

Agradeço a resposta porque é muito completa e aprendi algumas coisas que não sabia.

Mas a pergunta era retórica. Para o pessoal que passa o tempo a dizer "fragatas, precisamos de fragatas" " fragatas isto e aquilo". Nós precisamos de navios bem equipados em sensores, armas e controlo. O que esses navios são (fragatas ou outra coisa qualquer) não é o mais relevante.

Os britânicos, holandeses e dinamarqueses estão vocacionados para navios modulares com forte capacidade de troca rápida de hardware/software e o pessoal não se cala com as Crossover, as AH-140 ou as Absalon. Mas se Portugal fala em sistemas modulares ou sistemas contentorizados atiram-se ao ar. Já pensaram que os Harpoon, os SeaSparrow e os VLS são sistemas contentorizados?
 

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #1126 em: Novembro 25, 2023, 08:54:35 pm »
Um navio mais pequeno que as pequenas fragatas atuais da Marinha, e fazem daquilo sei lá que mega ship. Tirando o facto de ter aquela espécie de pista estreita terá menos capacidade logística que o Crossover 131. Isto só para tirar  a ideia de um logístico para salvar as ilhas.
Com tanto cientista(42), deve ter o interior com vários laboratórios, mais as acomodações para 46 tripulantes e os cientistas, mais os espaços de lanchas e drones, resta o quê?

Como se pode levar sério conversas de futuras fragatas baseadas num projecto civil.

Uma Fragata, ou escoltador ou caçador de submarinos e combatente em geral, o que quiserem chamar, tem de ter velocidade de ponta, tem de ter velocidade de reacção com mudanças bruscas de velocidade e elevada capacidade de manobra. Como é que em algum ponto do conceito daquele navio pode ter lugar a isso?

Fala-se aqui de pesos de blindagens acima do costado para os NPO e, depois Fragatas, navios combatentes, desenhados para serem ágeis levam pistas corridas e paredes direitas, como o desenho de concepção futurista já por aqui apresentado do que poderia ser uma Fragata baseada neste barco civil.
Façam um batelão mais alto e voilà, uma fragata de drones e, um belo alvo

O que há é muita gente alinhada com a politica de não gastar com a Marinha para Navios Combatentes a sério.
Guarda Costeira é o que é, fofinha e sensível

Não existissem estes dois submarinos nem isso viria e, com este pensar nem serão substituídos um dia.

« Última modificação: Novembro 25, 2023, 09:14:41 pm por Pescador »
 

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CruzSilva

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #1127 em: Novembro 25, 2023, 09:16:31 pm »
Citação de: Visitante123
Alguém sabe dizer o que é que faz de um navio uma fragata? A partir de quantas armas? A partir de quanta tonelagem? Alguém consegue definir o que é uma fragata?
É uma questão de resposta dificil, porque o que torna em primeiro lugar o navio uma fragata, é a decisão politica.

Várias fragatas são chamadas de corvetas e deslocam mais que as Vasco da Gama.

Não considerando o tempo dos navios à vela, a fragata aparece depois da II guerra mundial.

Quando começam a tornar-se comuns os couraçados, os franceses desenvolveram uma arma barata para os destruir, as lanchas torpedeiras, ou torpedo-boats.
Como resultado, os ingleses, que tinham a maior força de couraçados, começaram a desenvolver pequenos navios a que deram o nome de torpedo-boat destroyers. Ou seja, destruidores de lanchas torpedeiras. Em português a designação técnica foi de contra-torpedeiro.

Durante a I Guerra  e também a II guerra, os Destroyers ou Contra-torpedeiros foram os navios para toda a obra. Eles atingiam velocidades elevadas, mas a sua autonomia era relativamente reduzida, o que os tornava menos adequados para operações de escolta.

Os ingleses começaram então a desenhar em massa, navios com dimensões equivalentes aos contra-torpedeiros, igualmente bem armados, mas com uma velocidade de ponta muito menor. Em alto-mar não havia o perigo das lanchas torpedeiras e os submarinos eram sempre mais lentos que os 20 a 22 nós que esses navios, chamados de sloops ou corvettes ou Avisos (na França) faziam.

Os inglese voltam a vulgarizar o termo Fragata quando começam a construir maior numero desdes navios ainda durante a II guerra mundial. Relativamente maiores que as corvetas, relativamente bem armados especialmente com capacidade ASW, as fragatas eram uma espécie de parente pobre do contra-torpedeiro, mas com a vantagem da autonomia.

(isto é uma enorme generalização, porque há excepções a tudo isto em todas as marinhas)

Em Portugal, os Avisos coloniais, acabaram sendo maiores que os contra-torpedeiros e eram mais vantajosos já que podiam servir nas colónias.
Comprámos fragatas aos ingleses em segunda-mão e posteriormente quando montámos em Portugal as fragatas da classe Pereira da Silva, que eram consideradas como contra-torpedeiros nos E.U.A. aqui, designamos os navios como fragatas.
Desde então, os principais navios combatentes da marinha são fragatas.

Hoje, chamamos contra-torpedeiros a navios de dimensões bastante maiores que as 2.000 a 4.000t de deslocamento.
Os espanhois chamam fragatas aos seus navios de defesa aérea, mas na realidade aquilo são contra-torpedeiros pelos padrões atuais.


Uma fragata, e aqui estou apenas a considerar o que conheço e a relacionar com a nossa realidade das últimas décadas, deverá ter um deslocamento entre as 3.500 e as 5.000t, pelo menos uma peça de artilharia principal de no mínimo 57mm (até 127mm) um sistema de defesa antiaérea proxima, capacidade para lançar mísseis anti-aéreos para se defender de aeronaves, capacidade para lançar mísseis anti-navio, e naturalmente os radares necessários para operar este tipo de armamento.

Normalmente estes navios são os mouros de combate e também se espera que tenham capacidade anti-submarina e algum meio de disparar torpedos.

Para esta função, os navios necessitam ter capacidade para pelo menos perseguir um submarino de propulsão nuclear, pelo que devem ter capacidade para manter durante algum tempo uma velocidade de pelo menos 28 nós.

Agradeço a resposta porque é muito completa e aprendi algumas coisas que não sabia.

Mas a pergunta era retórica. Para o pessoal que passa o tempo a dizer "fragatas, precisamos de fragatas" " fragatas isto e aquilo". Nós precisamos de navios bem equipados em sensores, armas e controlo. O que esses navios são (fragatas ou outra coisa qualquer) não é o mais relevante.

Os britânicos, holandeses e dinamarqueses estão vocacionados para navios modulares com forte capacidade de troca rápida de hardware/software e o pessoal não se cala com as Crossover, as AH-140 ou as Absalon. Mas se Portugal fala em sistemas modulares ou sistemas contentorizados atiram-se ao ar. Já pensaram que os Harpoon, os SeaSparrow e os VLS são sistemas contentorizados?
Mas há características das fragatas que as distinguem claramente da PNM. Uma fragata serve apenas praticamente para combate - para fazer guerra. Não é hidrográfico, não é laboratório, não tem a função de transportar aeronaves (tripuladas ou não).

O problema das afirmações do Sr. Almirante é que parecem apenas querer agradar ao poder político - "Não se preocupem que não vos vou pedir muito dinheiro! Não só não vou pedir a aquisição de novas fragatas como vou mandar as que estão serviço para a sucata assim que o tempo de vida útil que têm terminar! As fragatas estão a ficar obsoletas!". Eu quero ver se o próximo CEMA vai partilhar desta opinião sobre as fragatas, estou mesmo curioso.
« Última modificação: Novembro 25, 2023, 09:17:49 pm por CruzSilva »
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #1128 em: Novembro 25, 2023, 09:26:07 pm »
Eu concordo consigo, impigiram tanta missão que até vai dar pena ouvir depois a indignação quando ficar maior parte do tempo parado no Alfeite.

Nós nem para o que realmente importa não temos verbas quanto mais para ter 200 dias por ano um navio no mar para motivos cientificos (Nada contra, bem pelo contrário), só não percebo é certo pessoal comer tantos gelados com a testa.

Citar
então que meteorologia fazer? tem algum radar meteorologico? Ou vão lançar balões do convés?

Tem drop keel para baixar instrumentos científicas e um guincho CTD para saber a condutividade, temperatura, profundidade e pressão.

Citar
Apoio médico? ainda não vi informação alguma sobre a capacidade médica do bixo, terá algum hospital ou clinica ou até sala de cirugia?

Sim, enfermaria com capacidade para Role 2 da NATO descrito da seguinte forma:

1612. Role 2 support is normally provided at larger unit level, usually of Brigade or larger size, though it may be provided farther forward, depending upon the operational requirements. In general, it will be prepared to provide evacuation from Role/Echelon 1 facilities, triage and resuscitation, treatment and holding of patients until they can be returned to duty or evacuated, and emergency dental treatment. Though normally this level will not include surgical capabilities, certain operations may require their augmentation with the capabilities to perform emergency surgery and essential post-operative management. In this case, they will be often referred to as Role 2+. In the maritime forces, Echelon 2 is equivalent to the land forces' Role 2+, as a surgical team is integral to this echelon. Maritime echelon 2 support is normally found on major war vessels and some larger logistics or support vessels, and at some Forward Logistics Sites (FLS).

E possiblidade de embarcar outras valências.

Citar
Protecção civil e transporte, é possivel transportar alguma lancha de desembarque no mesmo e/ou receber lanchas de desembarque e descarregar material nas mesmas enquanto estão no mar? É que pelas imagens tm 5 mt de calado, ou seja vai ficar sempre dependente de ter um porto para atracar. Em caso de necessidade não haverá navios civis com mais capacidade de fazerem a mesma missão de transporte?

Em relação ao hidrogáfico quero ver reposicionarem boias com esse navio.

Sim tem uma prancha de desembarque orgânica e uma lancha hidográfica também orgânica e capacidade para mais 2 lanchas se necessário.


« Última modificação: Novembro 25, 2023, 09:27:05 pm por Visitante123 »
 

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CruzSilva

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #1129 em: Novembro 25, 2023, 09:28:35 pm »
Não sou construtor naval embora no passado tenha participado na construção de uma Aiola e de uma Chata, mas fiquei surpreso que podemos agarrar num navio qualquer e meter misseis e helicópteros e ficamos com uma Fragata.
Os estupidez dos outros em não chegaram lá.
Que tal um porta contentores para isso? Ou um navio de carregar cereais, assim metem elevadores para fazer subir os helicópteros vindo do interior, sem esquecem as células de misseis que pode levar ali enfiadas e claro. E claro uma abertura de saída de viaturas  e outas para motos de água e lanchas a sair de uma rampa baixa lateral

Ideias não faltam c...  :bang:
E essa afirmação de fragata ainda fica mais engraçada quando basta olhar para o convés para se perceber que este navio de fragata nada tem. Agora as fragatas têm um convés que serve para lançar e aterra aeronaves?  ::) Enfim...

Os japoneses chamam a isto um destroyer...  :mrgreen:

https://en.m.wikipedia.org/wiki/Hy%C5%ABga-class_helicopter_destroyer
Pois chamam e acho que você sabe bem porquê.
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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #1130 em: Novembro 25, 2023, 09:38:42 pm »
Citação de: Visitante123
Alguém sabe dizer o que é que faz de um navio uma fragata? A partir de quantas armas? A partir de quanta tonelagem? Alguém consegue definir o que é uma fragata?
É uma questão de resposta dificil, porque o que torna em primeiro lugar o navio uma fragata, é a decisão politica.

Várias fragatas são chamadas de corvetas e deslocam mais que as Vasco da Gama.

Não considerando o tempo dos navios à vela, a fragata aparece depois da II guerra mundial.

Quando começam a tornar-se comuns os couraçados, os franceses desenvolveram uma arma barata para os destruir, as lanchas torpedeiras, ou torpedo-boats.
Como resultado, os ingleses, que tinham a maior força de couraçados, começaram a desenvolver pequenos navios a que deram o nome de torpedo-boat destroyers. Ou seja, destruidores de lanchas torpedeiras. Em português a designação técnica foi de contra-torpedeiro.

Durante a I Guerra  e também a II guerra, os Destroyers ou Contra-torpedeiros foram os navios para toda a obra. Eles atingiam velocidades elevadas, mas a sua autonomia era relativamente reduzida, o que os tornava menos adequados para operações de escolta.

Os ingleses começaram então a desenhar em massa, navios com dimensões equivalentes aos contra-torpedeiros, igualmente bem armados, mas com uma velocidade de ponta muito menor. Em alto-mar não havia o perigo das lanchas torpedeiras e os submarinos eram sempre mais lentos que os 20 a 22 nós que esses navios, chamados de sloops ou corvettes ou Avisos (na França) faziam.

Os inglese voltam a vulgarizar o termo Fragata quando começam a construir maior numero desdes navios ainda durante a II guerra mundial. Relativamente maiores que as corvetas, relativamente bem armados especialmente com capacidade ASW, as fragatas eram uma espécie de parente pobre do contra-torpedeiro, mas com a vantagem da autonomia.

(isto é uma enorme generalização, porque há excepções a tudo isto em todas as marinhas)

Em Portugal, os Avisos coloniais, acabaram sendo maiores que os contra-torpedeiros e eram mais vantajosos já que podiam servir nas colónias.
Comprámos fragatas aos ingleses em segunda-mão e posteriormente quando montámos em Portugal as fragatas da classe Pereira da Silva, que eram consideradas como contra-torpedeiros nos E.U.A. aqui, designamos os navios como fragatas.
Desde então, os principais navios combatentes da marinha são fragatas.

Hoje, chamamos contra-torpedeiros a navios de dimensões bastante maiores que as 2.000 a 4.000t de deslocamento.
Os espanhois chamam fragatas aos seus navios de defesa aérea, mas na realidade aquilo são contra-torpedeiros pelos padrões atuais.


Uma fragata, e aqui estou apenas a considerar o que conheço e a relacionar com a nossa realidade das últimas décadas, deverá ter um deslocamento entre as 3.500 e as 5.000t, pelo menos uma peça de artilharia principal de no mínimo 57mm (até 127mm) um sistema de defesa antiaérea proxima, capacidade para lançar mísseis anti-aéreos para se defender de aeronaves, capacidade para lançar mísseis anti-navio, e naturalmente os radares necessários para operar este tipo de armamento.

Normalmente estes navios são os mouros de combate e também se espera que tenham capacidade anti-submarina e algum meio de disparar torpedos.

Para esta função, os navios necessitam ter capacidade para pelo menos perseguir um submarino de propulsão nuclear, pelo que devem ter capacidade para manter durante algum tempo uma velocidade de pelo menos 28 nós.

Agradeço a resposta porque é muito completa e aprendi algumas coisas que não sabia.

Mas a pergunta era retórica. Para o pessoal que passa o tempo a dizer "fragatas, precisamos de fragatas" " fragatas isto e aquilo". Nós precisamos de navios bem equipados em sensores, armas e controlo. O que esses navios são (fragatas ou outra coisa qualquer) não é o mais relevante.

Os britânicos, holandeses e dinamarqueses estão vocacionados para navios modulares com forte capacidade de troca rápida de hardware/software e o pessoal não se cala com as Crossover, as AH-140 ou as Absalon. Mas se Portugal fala em sistemas modulares ou sistemas contentorizados atiram-se ao ar. Já pensaram que os Harpoon, os SeaSparrow e os VLS são sistemas contentorizados?

Mas há características das fragatas que as distinguem claramente da PNM. Uma fragata serve apenas praticamente para combate - para fazer guerra. Não é hidrográfico, não é laboratório, não tem a função de transportar aeronaves (tripuladas ou não).

O problema das afirmações do Sr. Almirante é que parecem apenas querer agradar ao poder político - "Não se preocupem que não vos vou pedir muito dinheiro! Não só não vou pedir a aquisição de novas fragatas como vou mandar as que estão serviço para a sucata assim que o tempo de vida útil que têm terminar! As fragatas estão a ficar obsoletas!". Eu quero ver se o próximo CEMA vai partilhar desta opinião sobre as fragatas, estou mesmo curioso.

Discordo do que está a Bold. Quase não se encontra uma fragata sem drones neste momento. E o pessoal sempre a pensar numa maneira de embarcar mais.

Se pegassem no NPM e lhe tirassem os laboratórios e a pista as funcionalidades não são muito diferentes das Absalon. Capacidade carga, área multissão, capacidade de transportar centenas de pessoas, rampa traseira, conteúdos contentorizados, etc. A diferença está claramente nos sensores e em cinco pontos (Cinco) para carregar armamento a bordo (StanFlex) das Absalon. O casco dessa classe deu lugar às Iver Huldfelt que deu lugar às AH-140 que podem levar 128 VLS.
 

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Icterio

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #1131 em: Novembro 25, 2023, 09:44:09 pm »
Citação de: Visitante123
Alguém sabe dizer o que é que faz de um navio uma fragata? A partir de quantas armas? A partir de quanta tonelagem? Alguém consegue definir o que é uma fragata?
Os ingleses começaram então a desenhar em massa, navios com dimensões equivalentes aos contra-torpedeiros, igualmente bem armados, mas com uma velocidade de ponta muito menor. Em alto-mar não havia o perigo das lanchas torpedeiras e os submarinos eram sempre mais lentos que os 20 a 22 nós que esses navios, chamados de sloops ou corvettes ou Avisos (na França) faziam.

Os inglese voltam a vulgarizar o termo Fragata quando começam a construir maior numero desdes navios ainda durante a II guerra mundial. Relativamente maiores que as corvetas, relativamente bem armados especialmente com capacidade ASW, as fragatas eram uma espécie de parente pobre do contra-torpedeiro, mas com a vantagem da autonomia.

De facto, até ao fim da WWII havia um entendimento internacional específico das designações de cruzador, destroyer (contra-torpedeiros) ou fragata em termos de deslocamento e dimensões.  A definição acima é a mais aceitável; a fragata é geralmente entendida como um destroyer de escolta, um navio mais lento que um destroyer (geralmente só tem uma hélice) mas com boa autonomia e capacidade de armas polivalente.  Por outras palavras, substituia os preciosos (e caros) destroyers nas banais missões de escolta no atlântico ou em áreas de menor ameaça.  Uma das heranças dessas missões de escolta no atlântico foi a especialização das fragatas na missão ASW.

Mas na era moderna os termos começaram a se misturar e perderam o significado, em alguns casos os termos fragata ou cruzador tornaram-se meramente títulos honoríficos.
Só para notarmos as incongruências notem os seguintes exemplos; os navios da classe Virginia da década de 70-80, monstros de mais de 10000t de deslocamento, foram, inicialmente, designados como... fragatas! 
Por outro lado, os famosos Zumwalt, de quase 15000t de deslocamento, é chamado de... destroyer.

Por outro lado, um exemplo "perfeito" de fragata moderna seria a FFG-7 Oliver H. Perry dos anos 80-90; barata e simples de construir, uma hélice, armamento e capacidades polivalentes, ideal para escolta e missões secundárias.  O que libertava os destroyers das classes Arleigh Burke e Spruance para outro tipo de missões mais exigentes.





 

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CruzSilva

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #1132 em: Novembro 25, 2023, 09:53:26 pm »
Discordo do que está a Bold. Quase não se encontra uma fragata sem drones neste momento. E o pessoal sempre a pensar numa maneira de embarcar mais.

Mas a função principal não é essa - sim podem operar drones e aeronaves de asa rotativa. Não têm uma pista nem compartimento por baixo do convés para guardar as aeronaves.

As fragatas existem para, com o seu próprio armamento, atacarem e defenderem-se. Essas armas não são maioritariamente os veículos que embarcam. Pela sua lógica até couraçados como o USS Missouri serviam para lançar drones porque também os tinham.

Se pegassem no NPM e lhe tirassem os laboratórios e a pista as funcionalidades não são muito diferentes das Absalon. Capacidade carga, área multissão, capacidade de transportar centenas de pessoas, rampa traseira, conteúdos contentorizados, etc. A diferença está claramente nos sensores e em cinco pontos (Cinco) para carregar armamento a bordo (StanFlex) das Absalon. O casco dessa classe deu lugar às Iver Huldfelt que deu lugar às AH-140 que podem levar 128 VLS.
Olhe se retirar o que realcei a negrito deixa de ser a Plataforma Naval Multifuncional e o seu desenho deixa de ser único.
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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #1133 em: Novembro 25, 2023, 10:39:24 pm »
Discordo do que está a Bold. Quase não se encontra uma fragata sem drones neste momento. E o pessoal sempre a pensar numa maneira de embarcar mais.

Mas a função principal não é essa - sim podem operar drones e aeronaves de asa rotativa. Não têm uma pista nem compartimento por baixo do convés para guardar as aeronaves.

As fragatas existem para, com o seu próprio armamento, atacarem e defenderem-se. Essas armas não são maioritariamente os veículos que embarcam. Pela sua lógica até couraçados como o USS Missouri serviam para lançar drones porque também os tinham.

Se pegassem no NPM e lhe tirassem os laboratórios e a pista as funcionalidades não são muito diferentes das Absalon. Capacidade carga, área multissão, capacidade de transportar centenas de pessoas, rampa traseira, conteúdos contentorizados, etc. A diferença está claramente nos sensores e em cinco pontos (Cinco) para carregar armamento a bordo (StanFlex) das Absalon. O casco dessa classe deu lugar às Iver Huldfelt que deu lugar às AH-140 que podem levar 128 VLS.
Olhe se retirar o que realcei a negrito deixa de ser a Plataforma Naval Multifuncional e o seu desenho deixa de ser único.



Vou tentar outra vez, de uma forma diferente;

Um navio de guerra (possível substituto de fragatas tradicionais) já estava na cabeça do Gouveia e Melo em 2019 (ver o documento que ele publicou, já afixado aqui por mim) quando surgiu a pergunta:

Vai haver muito dinheiro deste tal PRR para gastar. Será que a Marinha não consegue ir buscar algum?

As condições é que tinha que ser fofo, não militar.
Então: ontem foi assinado o contrato para o construir.
Parabens Gouveia e Melo.

E se os meus companheiros de FD olharem bem para ele, vêm que será a coisa mais fácil do mundo fazer um armado e bem armado. JÀ FOI PENSADO ASSIM.
E adeus fragatas como nós as conhecemos.

Quando?

Quando as Bartolomeu Dias recém modernizadas e as Vasco da Gama, a modernizar daqui a entre 19 e 30 meses chegarem ao fim das suas vidas.

Uma coisa é certa;
Lá para 2027 vão ver o A888 participar no maior encontro de drones da NATO, ao lado de Lisboa.
E não vai estar armado.
E vai receber muitas visitas.

E nessa altura estarão em circulação esboços e maquetes daquilo virá a seguir.
« Última modificação: Novembro 25, 2023, 10:50:02 pm por saabGripen »
 
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papatango

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #1134 em: Novembro 25, 2023, 10:45:29 pm »
Citação de: Visitante123
Mas a pergunta era retórica. Para o pessoal que passa o tempo a dizer "fragatas, precisamos de fragatas" " fragatas isto e aquilo". Nós precisamos de navios bem equipados em sensores, armas e controlo. O que esses navios são (fragatas ou outra coisa qualquer) não é o mais relevante.

Falamos em Fragatas porque são na marinha portuguesa os principais meios combatentes.

Os meios combatentes, têm que ter capacidade de combate e capacidade para suportar o combate.

Os navios militares é suposto serem muito diferentes por dentro do que parece. São mais compartimentados e possuem redundancias (sim, o almirante tinha razão nas redundâncias).

Não é um navio qualquer que pode receber armamento assim, sem mais nem menos.
Só para lhe dar uma ideia, para colocar uma peça de artilharia naval de 127mm com poço, você tem não só que perfurar a embarcação, alterando completamente o layout interior, como além disso tem que reforçar toda a estrutura por onde se dissipa a energia de cada disparo, caso contrário você vai começar a ver rachaduras e ferrugem na área do poço.

O reforço é feito com mais aço e vai alterar o centro de gravidade do navio, e vai ser necessário recalcular tudo.
A vantagem nos dias de hoje, é que demora segundos para fazer calculos de estabilidade com o software que hoje existe. Na década de 1970 podia demorar meses,

Mas não entendo o que tem este projeto de navio porta-drones que ver com fragatas ...
O almirante não deve ter qualquer intenção de mandar este navio civil para combate, primeiro porque ele vai ter características civis, não tem capacidade de defesa e o proprio almirante disse (se disse) que as fragatas poderão deixar de fazer sentido no futuro.

Temos um navio adequado para a Proteção Civil, em coordenação com uma futura Guarda Costeira. A marinha, se nem fragatas precisa, então é porque este almirante decidiu que não tem qualquer futuro ...

penso eu de que.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 
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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #1135 em: Novembro 25, 2023, 10:52:26 pm »
Citação de: Visitante123
Mas a pergunta era retórica. Para o pessoal que passa o tempo a dizer "fragatas, precisamos de fragatas" " fragatas isto e aquilo". Nós precisamos de navios bem equipados em sensores, armas e controlo. O que esses navios são (fragatas ou outra coisa qualquer) não é o mais relevante.

Falamos em Fragatas porque são na marinha portuguesa os principais meios combatentes.

Os meios combatentes, têm que ter capacidade de combate e capacidade para suportar o combate.

Os navios militares é suposto serem muito diferentes por dentro do que parece. São mais compartimentados e possuem redundancias (sim, o almirante tinha razão nas redundâncias).

Não é um navio qualquer que pode receber armamento assim, sem mais nem menos.
Só para lhe dar uma ideia, para colocar uma peça de artilharia naval de 127mm com poço, você tem não só que perfurar a embarcação, alterando completamente o layout interior, como além disso tem que reforçar toda a estrutura por onde se dissipa a energia de cada disparo, caso contrário você vai começar a ver rachaduras e ferrugem na área do poço.

O reforço é feito com mais aço e vai alterar o centro de gravidade do navio, e vai ser necessário recalcular tudo.
A vantagem nos dias de hoje, é que demora segundos para fazer calculos de estabilidade com o software que hoje existe. Na década de 1970 podia demorar meses,

Mas não entendo o que tem este projeto de navio porta-drones que ver com fragatas ...
O almirante não deve ter qualquer intenção de mandar este navio civil para combate, primeiro porque ele vai ter características civis, não tem capacidade de defesa e o proprio almirante disse (se disse) que as fragatas poderão deixar de fazer sentido no futuro.

Temos um navio adequado para a Proteção Civil, em coordenação com uma futura Guarda Costeira. A marinha, se nem fragatas precisa, então é porque este almirante decidiu que não tem qualquer futuro ...

penso eu de que.

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CruzSilva

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #1136 em: Novembro 25, 2023, 10:53:59 pm »
Discordo do que está a Bold. Quase não se encontra uma fragata sem drones neste momento. E o pessoal sempre a pensar numa maneira de embarcar mais.

Mas a função principal não é essa - sim podem operar drones e aeronaves de asa rotativa. Não têm uma pista nem compartimento por baixo do convés para guardar as aeronaves.

As fragatas existem para, com o seu próprio armamento, atacarem e defenderem-se. Essas armas não são maioritariamente os veículos que embarcam. Pela sua lógica até couraçados como o USS Missouri serviam para lançar drones porque também os tinham.

Se pegassem no NPM e lhe tirassem os laboratórios e a pista as funcionalidades não são muito diferentes das Absalon. Capacidade carga, área multissão, capacidade de transportar centenas de pessoas, rampa traseira, conteúdos contentorizados, etc. A diferença está claramente nos sensores e em cinco pontos (Cinco) para carregar armamento a bordo (StanFlex) das Absalon. O casco dessa classe deu lugar às Iver Huldfelt que deu lugar às AH-140 que podem levar 128 VLS.
Olhe se retirar o que realcei a negrito deixa de ser a Plataforma Naval Multifuncional e o seu desenho deixa de ser único.



Vou tentar outra vez, de uma forma diferente;

Um navio de guerra (possível substituto de fragatas tradicionais) já estava na cabeça do Gouveia e Melo em 2019 (ver o documento que ele publicou, já afixado aqui por mim) quando surgiu a pergunta:

Vai haver muito dinheiro deste tal PRR para gastar. Será que a Marinha não consegue ir buscar algum?

As condições é que tinha que ser fofo, não militar.
Então: ontem foi assinado o contrato para o construir.
Parabens Gouveia e Melo.

E se os meus companheiros de FD olharem bem para ele, vêm que será a coisa mais fácil do mundo fazer um armado e bem armado. JÀ FOI PENSADO ASSIM.
E adeus fragatas como nós as conhecemos.

Quando?

Quando as Bartolomeu Dias recém modernizadas e as Vasco da Gama, a modernizar daqui a entre 19 e 30 meses chegarem ao fim das suas vidas.

Uma coisa é certa;
Lá para 2027 vão ver o A888 participar no maior encontro de drones da NATO, ao lado de Lisboa.
E não vai estar armado.
E vai receber muitas visitas.

E nessa altura estarão em circulação esboços e maquetes daquilo virá a seguir.
Olhe eu consigo nem vou tentar, fique lá com a taça Gouveia e Melo.
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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #1137 em: Novembro 25, 2023, 10:59:33 pm »
Discordo do que está a Bold. Quase não se encontra uma fragata sem drones neste momento. E o pessoal sempre a pensar numa maneira de embarcar mais.

Mas a função principal não é essa - sim podem operar drones e aeronaves de asa rotativa. Não têm uma pista nem compartimento por baixo do convés para guardar as aeronaves.

As fragatas existem para, com o seu próprio armamento, atacarem e defenderem-se. Essas armas não são maioritariamente os veículos que embarcam. Pela sua lógica até couraçados como o USS Missouri serviam para lançar drones porque também os tinham.

Se pegassem no NPM e lhe tirassem os laboratórios e a pista as funcionalidades não são muito diferentes das Absalon. Capacidade carga, área multissão, capacidade de transportar centenas de pessoas, rampa traseira, conteúdos contentorizados, etc. A diferença está claramente nos sensores e em cinco pontos (Cinco) para carregar armamento a bordo (StanFlex) das Absalon. O casco dessa classe deu lugar às Iver Huldfelt que deu lugar às AH-140 que podem levar 128 VLS.
Olhe se retirar o que realcei a negrito deixa de ser a Plataforma Naval Multifuncional e o seu desenho deixa de ser único.



Vou tentar outra vez, de uma forma diferente;

Um navio de guerra (possível substituto de fragatas tradicionais) já estava na cabeça do Gouveia e Melo em 2019 (ver o documento que ele publicou, já afixado aqui por mim) quando surgiu a pergunta:

Vai haver muito dinheiro deste tal PRR para gastar. Será que a Marinha não consegue ir buscar algum?

As condições é que tinha que ser fofo, não militar.
Então: ontem foi assinado o contrato para o construir.
Parabens Gouveia e Melo.

E se os meus companheiros de FD olharem bem para ele, vêm que será a coisa mais fácil do mundo fazer um armado e bem armado. JÀ FOI PENSADO ASSIM.
E adeus fragatas como nós as conhecemos.

Quando?

Quando as Bartolomeu Dias recém modernizadas e as Vasco da Gama, a modernizar daqui a entre 19 e 30 meses chegarem ao fim das suas vidas.

Uma coisa é certa;
Lá para 2027 vão ver o A888 participar no maior encontro de drones da NATO, ao lado de Lisboa.
E não vai estar armado.
E vai receber muitas visitas.

E nessa altura estarão em circulação esboços e maquetes daquilo virá a seguir.
Olhe eu consigo nem vou tentar, fique lá com a taça Gouveia e Melo.

Desejo-lhe um bom Domingo.
 
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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #1138 em: Novembro 25, 2023, 11:32:05 pm »
Citar
Os meios combatentes, têm que ter capacidade de combate e capacidade para suportar o combate.

Os navios militares é suposto serem muito diferentes por dentro do que parece. São mais compartimentados e possuem redundancias (sim, o almirante tinha razão nas redundâncias).

Não é um navio qualquer que pode receber armamento assim, sem mais nem menos.
Só para lhe dar uma ideia, para colocar uma peça de artilharia naval de 127mm com poço, você tem não só que perfurar a embarcação, alterando completamente o layout interior, como além disso tem que reforçar toda a estrutura por onde se dissipa a energia de cada disparo, caso contrário você vai começar a ver rachaduras e ferrugem na área do poço.

O reforço é feito com mais aço e vai alterar o centro de gravidade do navio, e vai ser necessário recalcular tudo.
A vantagem nos dias de hoje, é que demora segundos para fazer calculos de estabilidade com o software que hoje existe. Na década de 1970 podia demorar meses,

Não tenho dúvidas nenhumas que será necessário proceder a alterações internas no navio e por isso discuti que o navio pode vir a ser maior, mais caro e com outras características internas. Mais áreas estanques, redundância de ponte e de controle do navio, reforço da super estrutura, espaço para armas, novos sensores, etc.

Se quisermos substituir as fragatas em 2035 e começarmos a construção em 2032 isso dá cinco anos para estudar as mudanças. Parece-me perfeitamente possível para analisar dar, alterar e melhorar o desenho inicial.

Direi mais, o dinheiro para construir o NPM é pouco e acho que a Damen só aceita o desafio porque vê a potencialidade de novos clientes neste design.
 

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #1139 em: Novembro 26, 2023, 12:20:34 am »
O Picas nunca esteve tão certo. De facto, fragatas como temos hoje, serão completamente desnecessárias no futuro. Eu até ia mais longe e diria que são desnecessárias no presente. No entanto, isto só se aplica às fragatas portuguesas -- navios concebidos nos anos 80 e construídos nos anos 80/90 -- que passaram ou vão passar por umas actualizações tísicas, onde sensores principais se mantém inalterados, ou os novos armamentos previstos não são adquiridos ou são adquiridos em números irrisórios. Ou seja, não têm significado militar num cenário de combate moderno.

Para as restantes marinhas do mundo, que não pararam no tempo, fragatas e contratorpedeiros continuarão a ser os principais meios de combate de superfície.

As tretas "holísticas", "resilientes" e "disruptivas" não passam de palavras ocas para encher os ouvidos do poder político e enganar o povinho néscio, vindas de homens sem fibra, única e exclusivamente focados na gestão das suas carreiras. A sua prioridade é manterem a imagem interna -- porque lá fora não conseguem enganar ninguém --, ao ponto de descer ao ridículo de mandarem acólitos vir para aqui debitar bosta. Como se este fórum -- independentemente da qualidade dos seus membros -- tivesse alguma influência nas decisões políticas ou na opinião pública. A mente pequena nunca cessa de surpreender.

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